Jovens indígenas resistem a tentativas de apagar a sua cultura

Uma reza que fala da força coletiva na cura dos povos originários, entoada por adolescentes das etnias Mbya Guarani e Awa Guarani, do Sul e Sudeste do Brasil. Acompanham os cantos agudos e afinados os passos tradicionais que levantam a terra do chão, um violão, duas rabecas e alguns maracás. No segundo dia de Acampamento Terra Livre (ATL) 2023, em Brasília, fica evidente a força dos jovens indígenas na resistência contra as tentativas de apagar a cultura por séculos.

A coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Ju Kerexu, também professora de guarani, explica a importância da reza cantada pelos povos originários.

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Governo deve homologar terras indígenas na sexta-feira.Indígenas chegam a Brasília para o Acampamento Terra Livre.Parlamentares instalam frente em defesa dos direitos indígenas.“Para nós, o canto e a reza trazem essa cura através desse conjunto, do coletivo, com as vozes das mulheres, da meninas, então é fazer a expansão da cura, vamos nos fortalecer todos juntos, com canto e com reza”, destacou.

Por todos os lados do acampamento, a presença de crianças e adolescentes indígenas mostra que a luta ancestral não acabou e não vai ser interrompida. Fruto de violências, como a miscigenação forçada, o chamado aculturamento causou a perda da identidade étnica da indígena Sara Key, que não sabe a etnia de origem e se recusa a usar o sobrenome colonial.

“A miscigenação foi o maior estupro coletivo legalizado pelo Estado. Essa ferida escorre até hoje formas de filhos que não sabem o seu povo, não sabem a sua origem. Matam primeiro você por dentro, então eles tiram a sua língua materna, o direito às suas tradições, às suas medicinas. E esse mesmo Estado que tirou de você hoje te cobra essa pureza, etnocídio que chama”, criticou. 

Neste segundo dia de ATL, a pauta da demarcação das terras indígenas voltou a ser debatida em mais uma plenária, como forma de proteger, também, a cultura e os costumes desses povos. Só dessa forma, as políticas públicas de proteção chegam, de fato, a essas pessoas, com eficácia. E só assim se combate com firmeza as invasões nos territórios e o garimpo ilegal.

Presente no evento desta terça, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destacou que a pasta encaminhou 12 terras indígenas para demarcação do governo federal.

De acordo com a Apib, o Brasil tem mais de 200 terras de povos originários que precisam ser demarcadas. O Acampamento Terra Livre vai até a próxima sexta-feira (28).

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Lula conversará com Macron sobre acordo entre Rússia e Ucrânia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve marcar, até semana que vem, um encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, para conversar sobre uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia. O presidente está em viagem oficial à Espanha e participou de um fórum empresarial, nesta terça-feira (25), em Madri. “Pretendo, possivelmente, esta semana [ou] semana que vem marcar um encontro com o Macron”, afirmou, referindo-se às negociações de paz. Em discurso no evento, ele criticou novamente a invasão do território ucraniano pelo russo e afirmou que essa é uma “guerra insana”.

“O Brasil está empenhado na tentativa de arrumar parceiros para que possamos trazer a paz, para que a Ucrânia possa ficar com seu território, para que os russos fiquem com a Rússia, para que o mundo não sofra a falta de alimentos, para que o mundo não sofra a falta de fertilizantes e para que o mundo volte a prosperar para gerar os empregos que a humanidade precisa”, disse, reforçando a preocupação com as crises alimentar e energética provocadas pela guerra.

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Lula condena violação da integridade territorial da Ucrânia.Lula é recebido na Assembleia da República e encerra visita a Portugal.A intenção de Lula pode indicar, portanto, uma visita à França em breve. Ainda não há, porém, confirmação dessa viagem. Segundo o presidente, ele já tratou pessoalmente sobre o tema com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e com os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, além de já ter conversado por telefone com o próprio Macron. A tentativa, disse Lula, é de “construir um movimento que traga a paz de volta na nossa querida Europa, para que a gente não fique sonhando toda noite com a possibilidade de uma 3ª Guerra Mundial ou até do uso de bomba nuclear”.

Presidente Lula discursa em um evento com empresários do Brasil e da Espanha – Ricardo Stuckert/PR

“O que pode evitar isso é sensatez de a gente tentar encontrar um denominador comum para chegar à paz”, acrescentou. Amanhã (26), Lula também conversará sobre o assunto com o presidente espanhol, Pedro Sánchez.

“Uma guerra que jamais poderia ter acontecido porque não pode se aceitar que um país invada a integridade territorial de outro país. Mas uma guerra que também não tem ninguém falando em paz. E, às vezes, eu fico perguntando até quando essa guerra vai durar? Porque se ninguém quiser construir a paz, se os dois lados, o que invadiu está reticente e o invadido também tem sua razão de estar reticente, eu fico me perguntando quem é que vai tentar resolver essa situação”, disse.

Atração de investimentos

Aos empresários, Lula também disse que quer atrair investimentos em novos negócios no Brasil, em especial em energias renováveis, como hidrogênio verde, usinas eólicas, de biomassa e energia solar. Para isso, ele afirmou que o Brasil voltou a oferecer credibilidade e estabilidade política, econômica e social, além de previsibilidade jurídica com o fortalecimento de marcos regulatórios.

Ele citou ainda o programa de projetos em infraestrutura que será lançado pelo governo federal no próximo mês. “Pedi para que cada governador apresentasse os três projetos mais importantes para o seu estado e, com esses projetos, vamos sair internamente e vamos sair ao mundo oferecendo a oportunidade investimento”, disse. “O aperfeiçoamento da infraestrutura logística é um desafio que o Brasil deve enfrentar para consolidar seu desenvolvimento. Vamos superar os gargalos que minam a competitividade brasileira”, acrescentou.

Evento em Madri reúne empresários do Brasil e da Espanha – Ricardo Stuckert/PR

O apoio à inovação e à indústria do conhecimento também foi destacado por Lula em seu discurso. Entretanto, para ele, a competitividade que o Brasil quer “não pode resultar na redução da renda dos trabalhadores, na diminuição do emprego formal, na restrição da liberdade dos trabalhadores ou desmonte das políticas públicas”.

“Queremos reproduzir nos setores secundário e terciário da economia a exitosa experiência que fez do Brasil uma potência agropecuária, produtora de alimentos e agroenergia, agregando as condições naturais do país à eficiência do trabalho, da ciência e da tecnologia e de políticas públicas eficazes”, disse. “Todas as medidas domésticas são complementadas com ações de fortalecimento do comércio exterior, com ampliação mercados e iniciativas nos organismos multilaterais, a fim de deter a marcha insensata do protecionismo no mundo”, acrescentou.

O presidente criticou, novamente, o patamar da taxa Selic, os juros básicos da economia, por encarecer o crédito e dificultar os investimentos no país. A Selic está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. No mês passado, pela quinta vez seguida, o Banco Central não mexeu na taxa, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado. “Espero que a Espanha coloque dinheiro para emprestar mais barato, para podermos ter empresários que vêm aqui buscar dinheiro emprestado”, disse Lula.

A Espanha é o segundo país que mais investe no Brasil, atrás dos Estados Unidos. Durante seu discurso, Lula citou casos de sucesso de empresas espanholas no Brasil, como a Telefônica e o Banco Santander.

“Esse sucesso não é só medido pelo resultado financeiro da companhia ou pelos lucros aos seus acionistas, é medido, sobretudo, pelo impacto positivo que trazem à sociedade na qual estão inseridas, por meio da geração de emprego e distribuição de renda”, disse o presidente. “A estabilidade política e o crescimento da economia brasileira voltarão a fazer excelentes retornos as empresas espanholas”, acrescentou.

Hoje, a presidência da União Europeia (UE) está com a Suécia e, a partir de julho, será da Espanha. Nesse sentido, Lula destacou que ambos os países estão engajados na conclusão do acordo Mercosul-UE, cuja finalização se arrasta há anos.

“É um acordo importante para todos e queremos que seja equilibrado e que contribua para a reindustrialização do Brasil”, disse o presidente. Há uma expectativa de que o acordo possa ser concluído ainda em 2023.

Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. Uma tramitação que envolve 31 países.

Trabalhadores de aplicativos

Mais cedo, o presidente Lula e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se reuniram, em Madri, com lideranças sindicais espanholas do Sindicato Unión General de Trabajadoras y Trabajadores de España (UGT) e da Comisiones Obreras (CCOO).

Presidente Lula e ministro Luiz Marinho se reuniram com lideranças sindicais espanholas – Ricardo Stuckert/PR

De acordo com o Planalto, Lula e as centrais conversaram sobre a reforma trabalhista na Espanha, “que recuperou direitos e lidou com a questão da melhora de condições de vida dos trabalhadores de aplicativos”. “Uma das conquistas dos trabalhadores espanhóis foi a obrigação de que as empresas abram os dados e parâmetros dos algoritmos das empresas”, explicou a Presidência, em comunicado.

O governo federal deve apresentar uma proposta de regulamentação do trabalho por aplicativo até o fim deste semestre. O Ministério do Trabalho tem ouvido representantes dos próprios trabalhadores e das plataformas de serviços, especialistas e estudado a legislação de outros países para chegar a um consenso sobre uma proposta que assegure direitos à categoria.

O presidente Lula está em viagem oficial a Europa desde sexta-feira (21) e desde então cumpriu agenda em Portugal. Nesta terça-feira, ele foi homenageado em uma sessão solene da Assembleia da República Portuguesa. Na sequência, a comitiva brasileira embarcou para Madri, capital da Espanha, onde permanece até amanhã (26).

Esportes: Destaque do judô brasileiro, Daniel Cargnin está fora do Mundial

da Agência Brasil –

Líder do ranking olímpico classificatório para os Jogos de Paris 2024, o judoca Daniel Cargnin está fora da seleção brasileira que disputa o Mundial em Doha, a partir de 7 de maio. De acordo com a Confederação Brasileira de Judô (CBJ), o atleta foi cortado após passar por exames de imagens que identificaram uma hérnia discal.  

FORÇA, DANIEL CARGNIN! 🥋🇧🇷

O judoca será submetido a cirurgia para tratar uma lesão na lombar e está fora do Mundial de Judô Doha 2023.

Estamos torcendo pela sua recuperação, guerreiro! 🙏 pic.twitter.com/YwR3AYSkLE

— Time Brasil (@timebrasil) April 24, 2023

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Judô: Daniel Cargnin conquista prata no Grand Slam de Paris. Após 10 anos, Brasil volta a ser ouro no Masters de Judô com Cargnin.Daniel Cargnin fatura primeiro bronze do judô brasileiro na Olimpíada.Segundo Guilherme Garofo, médico da CBJ, Cargnin vinha sofrendo com dores lombares agudas que não melhoraram após um tratamento conservador. O judoca gaúcho, de 24 anos, será submetido a um procedimento cirúrgico com o ortopedista Rafael Sugino, especialista em coluna.

“Com o avanço da medicina, hoje disponibilizamos de técnicas muito pouco agressivas, como a cirurgia endoscópica da coluna vertebral, que preserva muito mais a musculatura das costas e permite uma recuperação mais rápida, essencial para os atletas de alta performance, associado a uma equipe experiente de fisioterapeutas”, explicou Sugino. “Esperamos que, uma vez que a cirurgia corra bem, o atleta inicie uma rotina adaptada de treinos já nas próximas semanas”, completou.

Cargnini arrematou o bronze na categoria dos 73 quilos na última edição do Mundial, em outubro passado, no Uzbequistão. Dois meses depois, em Israel, foi campeão nos World Masters, a segundo maior competição do circuito mundial de judô, após 10 anos de jejum de mealhas do Brasil na competição. Nesta temporada, o gaúcho já havia faturado prata no Grand Slam de Paris e bronze no Grand Slam de Tel Aviv, ambos em fevereiro.  Nos Jogos de Tóquio, Cargnin conquistou o bronze, sua primeira medalha olímpica, quando ainda competia na categoria até 66kg.

A comissão técnica da seleção brasileira de judô ainda divulgará o substituto de Cargnin nos 73kg, categoria cujos atletas também disputam por equipes mistas no Mundial.

Agência Brasil – Read More

Acordos garantem posse de terra à comunidade Kalunga

Dois acordos celebrados pela Advocacia-Geral da União (AGU) garantiram a posse imediata à comunidade quilombola Kalunga das fazendas Fonte das Águas (antiga Fazenda Luíza de Melo), com área de 6,5 mil hectares, e da Fazenda Vista Linda (Gleba 4), com 2,3 mil hectares, ambas no município de Cavalcante (GO).

Em 2014, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por meio da AGU, ajuizou duas ações de desapropriação das fazendas para regularização do território quilombola. A oferta do Incra pela fazenda Fonte das Águas foi de R$ 4,3 milhões e, pela fazenda Vista Linda, de R$ 1,7 milhão.

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Revisão de regras pode beneficiar mais de 2,5 mil quilombos.A AGU chegou a interpor recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sustentando que deve ser reconhecida às comunidades quilombolas a propriedade definitiva de suas terras, não se aplicando prazos legais. Antes que a apelação fosse julgada, o TRF1 designou duas audiências de conciliação, que resultaram na celebração dos acordos.

O primeiro acordo foi mais amplo e definiu, inclusive, a transferência das terras para o Incra, tendo as partes concordado com os valores da indenização já depositada em juízo. No segundo acordo, ficou acertada a realização de uma perícia judicial, a fim de definir a extensão e os limites da área desapropriada para, então, ser fixado o preço a ser pago pelas terras.  

“Tão logo finalizados os procedimentos definidos em lei, será feita a titulação dos imóveis em favor da comunidade Kalunga”, destacou a AGU.

O território quilombola Kalunga, legitimamente reconhecido na órbita federal e estadual, abrange uma área de 261,9 mil hectares e se estende pelos municípios goianos de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás. Atualmente, abriga cerca de 4 mil pessoas, distribuídas nas localidades de Engenho II, Prata, Vão do Moleque e Vão das Almas.

Fonte Agência Brasil – Read More

Campos Neto: alta de juros em ano eleitoral mostra critério técnico

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o movimento de alta de juros implementado pela autoridade monetária brasileira foi feito durante o período eleitoral, o que, em sua avaliação, demonstra que critérios técnicos prevalecem em relação a políticos nas decisões do BC.

A afirmação foi feita nesta terça-feira (25), em Brasília, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Segundo ele, “nunca na história deste país, nem na história do mundo, foi feito um movimento de alta de juros tão grande no período eleitoral, mostrando que o Banco Central, mesmo no período eleitoral, entendeu que a inflação ia subir”, explicou.

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Haddad avalia medidas para coibir abusos em juros sobre capital.Bancos entregarão estudo sobre juros do rotativo do cartão.Campos Neto lembrou que essa movimentação foi iniciada, no Brasil, antes de grande parte dos outros países. “O Brasil foi um dos primeiros a subir os juros. Fez uma subida muito grande no ano eleitoral, e a gente pode ver a comparação com outros anos eleitorais. Se o Banco Central não tivesse feito esse movimento, a gente teria tido uma inflação de 10%, em vez de 5,8%”, argumentou.

“Aí, hoje, pra gente controlar a inflação – e a expectativa do ano que vem, que seria muito mais alta do que os 10% – a gente estaria com juros de 18,75% [ao ano]”, acrescentou, ao reiterar a defesa pela autonomia do BC. “É importante entender que o BC atua de forma autônoma e acumulou antes. E quanto mais cedo você atua, menos custo tem para a sociedade”, complementou.

Inflação

Campos Neto descreveu o cenário financeiro do Brasil com a média dos núcleos de inflação em 7,8% e a taxa Selic em 13,75% ao ano.

“Olha que curioso: a gente está com o núcleo de inflação [de] 7,8% e com a juros de 13,75%. Na última vez que o juro estava [em] 14,75%, o núcleo de inflação estava mais ou menos o mesmo nível que está hoje. A gente tem uma inflação um pouquinho mais baixa do que quando os juros estavam em 14,25%. O fato de termos atuado antes funcionou”, argumentou.

Na avaliação do presidente do BC, as medidas adotadas pela autoridade monetária têm sido aplicadas de forma suave para evitar grandes choques no prazo imediato.

“Um dos parâmetros que está no mandato [no BC] é a suavização. Sim, o BC suaviza. Se eu quisesse combater o choque no período curto, eu teria que ter juros muito altos [posteriormente]. A gente não vai fazer isso. Suavizar significa alongar o horizonte para ter uma inflação controlada num horizonte que seja relevante, com o mínimo custo social possível”, disse.

Credibilidade

O presidente do Banco Central acrescentou que o objetivo é também o de evitar alongar demais esse “horizonte”, uma vez que é necessário, ao governo, manter a credibilidade.

“Quando você alonga demais o horizonte, eventualmente você perde credibilidade, e, se perder a credibilidade, a expectativa de inflação lá na frente sobe e contamina os preços presentes. Aí, depois, o custo é muito mais caro”, ponderou.

“O mundo não gira na Selic [taxa básica de juros]. Grande parte dos juros é prefixada. Controlar os juros de um dia não garante [queda para] o resto da curva de juros, que é determinada pelo preço que as pessoas estão dispostas a emprestar para o governo. Portanto, se eu não tiver credibilidade eu posso fazer cair os juros curtos, mas os demais vão subir porque a economia não gira no juro curto”, disse.

Segundo Campos Neto, o que possibilita uma queda de juros sustentável é a capacidade de se fazer os juros a curto prazo caírem, e essa curva se perpetuar e propagar.

Fonte Agência Brasil – Read More

Arrecadação federal atinge R$ 171,05 bilhões em março

A União arrecadou R$ 171,05 bilhões em impostos em março de 2023, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (25) pela Receita Federal. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve redução real de 0,42%, ou seja, descontada a inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No acumulado do ano, a arrecadação alcançou R$ 581,79 bilhões, representando acréscimo acima da inflação de 0,72%. O valor é o maior da série para o trimestre desde 1995. Os dados sobre a arrecadação de março estão disponíveis no site da Receita Federal.

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Haddad avalia medidas para coibir abusos em juros sobre capital.Arcabouço fiscal estancará sangria nas contas públicas, diz Haddad.Quanto às receitas administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado em março ficou em R$ 165,91 bilhões, representando decréscimo real de 0,07%, enquanto no período acumulado de janeiro e março, a arrecadação alcançou R$ 553,88 bilhões, alta real de 1,21%.

A queda pode ser explicada, principalmente, pela redução de recolhimentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. Segundo a Receita, ambos são importantes indicadores da atividade econômica, sobretudo, do setor produtivo.

As desonerações concedidas no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) também influenciaram no resultado.

Lucro das empresas

A arrecadação do IRPJ e da CSLL somou R$ 33,64 bilhões em março, com redução real de 5,87% sobre o mesmo mês de 2022. O resultado é explicado pelo decréscimo real de 23,79% na arrecadação da estimativa mensal de empresas. Na apuração por estimativa mensal, o lucro real é apurado anualmente, sendo que a empresa está obrigada a recolher mensalmente o imposto, calculado sobre uma base estimada.

No acumulado do ano, o IRPJ e a CSLL somaram R$ 152,70 bilhões, com queda real de 0,76%. Esse desempenho é explicado pelo crescimento real de 7,62% da estimativa mensal, de 15,81% do balanço trimestral e de 6,35% do lucro presumido, conjugado com o decréscimo real de 35,16% na declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, relativa a fatos geradores ocorridos em 2022.

“Além disso, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 5 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no primeiro trimestre deste ano, e de R$ 15 bilhões, no primeiro trimestre de 2022”, informou a Receita Federal.

Já no mês de março não houve recolhimento de receitas extraordinárias. Por outro lado, houve desonerações tributárias. Apenas em março, a redução de alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis resultou em uma desoneração de R$ 3,75 bilhões. No ano, chega a R$ 11,25 bilhões. Já a redução de alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) custou R$ 1,9 bilhão à Receita no mês passado e R$ 5,70 bilhões no acumulado de janeiro e março.

“Sem considerar os fatores não recorrentes acima, haveria um crescimento real de 6,26% na arrecadação do período e de 5,24% na arrecadação do mês de março”, informou o órgão.

Outros destaques

Outro destaque da arrecadação de março foi a receita previdenciária, que alcançou R$ 47,06 bilhões, com acréscimo real de 6,03%, em razão do aumento real de 11,62% da massa salarial. Além disso, houve crescimento de 41% das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18, que vedou a utilização de créditos tributários para a compensação de débitos de estimativas mensais do IRPJ e da CSLL.

No acumulado do ano, o resultado da receita previdenciária chega a R$ 142,13 bilhões, alta real de 6,99%. Esse item pode ser explicado pelo aumento real de 12,07% da massa salarial.

O PIS/Pasep e a Cofins apresentaram, no conjunto, uma arrecadação de R$ 32,64 bilhões, representando decréscimo real de 5,76%. Esse resultado se deve à redução da arrecadação relativa, especialmente, ao setor de combustíveis (tendo em vista as desonerações e alterações nas bases de cálculo dessas contribuições) e do acréscimo de 10% no montante das compensações tributárias.

As outras receitas administradas pela Receita Federal apresentaram arrecadação de R$ 3,67 bilhões, com acréscimo real de 37,60%. Esse resultado pode ser explicado pela arrecadação do programa de redução de litigiosidade, que somou, aproximadamente, RS 1,2 bilhão no mês.

O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimentos do Trabalho registrou arrecadação de R$ 16,71 bilhões em março, representando queda real de 0,55%. O resultado deve-se ao acréscimo real na arrecadação dos itens Rendimentos do Trabalho Assalariado (8,3%) e aos decréscimos reais em Aposentadoria do Regime Geral ou do Servidor Público (queda de 14,66%) e em Participação nos Lucros ou Resultados (queda de 26,51%).

Já no acumulado de janeiro e março, o valor chega a R$ 52,27 bilhões, alta real de 8,17% no IRRF – Rendimentos do Trabalho.

Outro destaque no acumulado do ano é no IRRF – Rendimentos de Capital, que soma R$ 24,58 bilhões de janeiro a março, alta de 43,06%. Os resultados podem ser explicados pela alta da taxa Selic (juros básicos da economia), que influenciou o recolhimento dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa. Apenas em março, o acréscimo foi de 39,06% nesse item, chegando a R$ 6,79 bilhões.

Indicadores macroeconômicos

É costume da Receita Federal apresentar, também, os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação, tanto no mês quanto no acumulado do ano. Entretanto, alguns dados não estão disponíveis devido à mudança de metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na apuração e divulgação dos resultados da venda de bens e serviços e da produção industrial.

A informação já disponível é da massa salarial, que mantém crescimento de 17,87% no mês de fevereiro (fator gerador da arrecadação de março) em relação ao mesmo mês de 2022, e de 18,47% em 12 meses. Já o valor em dólar das importações teve queda de 0,10% em relação a fevereiro do ano passado e queda de 1,36% em 12 meses.

Fonte Agência Brasil – Read More

Pesquisa revela aumento de extremos de temperatura na costa

Um estudo inédito feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que toda a costa brasileira já está sofrendo algum impacto das mudanças climáticas em relação à temperatura do ar. As regiões mais impactadas são o litoral do Sudeste e o do Sul. Apesar de as regiões Norte e Nordeste registrarem extremos de temperatura ao longo de todo o ano, eles não estão aumentando em frequência ou intensidade.

A pesquisa foi feita com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O estudo avaliou uma série histórica com dados de temperatura do ar observados a cada hora do dia ao longo dos últimos 40 anos, em cinco regiões costeiras do país para analisar as ondas de calor ao longo da costa brasileira pela variação na intensidade e frequência de eventos extremos de temperatura.

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Brasileiro tem sentimento de vulnerabilidade ecológica e climática .Governo lança plataforma para identificar vulnerabilidades climáticas .Os resultados demonstraram que está se tornando mais frequente encontrar temperaturas cada vez mais altas na costa sudeste e sul brasileira. As regiões pesquisadas foram São Luís, Natal, São Mateus (ES), Iguape (SP) e Rio Grande (RS). O estudo permitiu observar como a frequência e a intensidade dos valores de temperaturas máxima e mínima, as alterações da amplitude térmica ao longo do dia e as mudanças abruptas de temperatura entre dias consecutivos variam em cada região e época do ano.

“Um dos exemplos práticos das mudanças climáticas é o aumento na intensidade e na frequência de eventos extremos de temperaturas quentes e frias. Uma ocorrência de temperatura extrema ocorre quando uma dada temperatura máxima ou mínima excede um ‘limite’ esperado e característico da região. Uma onda de calor ou de frio corresponde a um evento extremo e é caracterizada por um período de alguns dias com temperaturas máximas superiores ou mínimas inferiores ao limite esperado para a época do ano”, explicou um dos pesquisadores, William Conti.

Os dados mostram que o litoral do Espírito Santo é a região com maior impacto, com aumento da frequência das ondas de calor e de frio. Nos últimos 40 anos, a ocorrência de eventos extremos de temperatura quase dobrou no litoral de São Paulo (84%), dobrou no do Rio Grande do Sul (100%) e quase triplicou no do Espírito Santo (188%).

No litoral de São Paulo e no do Rio Grande do Sul, a frequência dos eventos extremos de calor tem aumentado. No Maranhão e no Rio Grande do Norte, não houve alterações nos padrões de temperaturas extremas durante o ano. Também chama a atenção a temperatura mais baixa, com frio extremo, cada vez mais frequente no litoral do Rio Grande do Sul.

“Estes dados mostram como as regiões Sudeste e Sul brasileira já se encontram com impactos da temperatura do ar e que irão afetar a biodiversidade e até a economia. Identificamos o litoral do ES como a região mais afetada dentre as que estudamos, pois, além das ondas de calor, foi a única região onde a frequência de ondas de frio é cada vez maior”, destacou o autor da pesquisa, Fábio Sanches.

O número de eventos por ano é variável dependendo de condições específicas como por El Niño e La Niña, mas, se for considerada uma média, no Espírito Santo, a taxa de aumento de eventos extremos é de 4,7% ao ano, enquanto em São Paulo é de 2,1% ao ano e no Rio Grande do Sul, de 2,5% ao ano.

Além de analisar os extremos de temperatura máxima e mínima, os pesquisadores avaliaram as possíveis variações da amplitude térmica ao longo de um mesmo dia e se existiam mudanças bruscas de temperatura, a partir da comparação da máxima ou mínima entre dias consecutivos. A conclusão foi a de que toda a costa brasileira apresenta alterações climáticas. A região do Rio Grande do Norte foi a única que não apresentou variações na amplitude térmica diária, mas no Maranhão é cada vez mais frequente encontrar dias de maior amplitude térmica. No Sudeste e Sul (ES, SP e RS), o aumento da frequência de dias de maior amplitude térmica é cada vez mais frequente, com dias cada vez mais variáveis na temperatura.

Ao avaliar as mudanças abruptas de temperatura entre dias consecutivos, o padrão da costa brasileira se inverteu, com Maranhão e Rio Grande do Norte apresentando mais impactos do que o Sudeste e Sul. Nos dois estados do Nordeste, foi registrado aumento de mudanças abruptas tanto das temperaturas máximas quanto mínimas em dias consecutivos, sendo que no Maranhão foi ainda observado que o número de dias seguidos em que as temperaturas máximas variam muito entre dias é cada vez mais frequente.

O Espírito Santo, que tinha apresentado muitos impactos referentes às ondas de calor, frio e a amplitude térmica diária, não mostrou nenhum impacto quando analisadas as variações entre dias consecutivos. Já para São Paulo e Rio Grande do Sul, existe um aumento da frequência de eventos onde a temperatura máxima entre dias consecutivos é muito variável.

Fonte Agência Brasil – Read More

Seguro residencial cresce 25% em quatro anos

Pesquisa da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) revela o crescimento de 25% na contratação do seguro residencial no Brasil, no período de 2017 a 2021. “Foi realmente um crescimento bastante relevante na penetração do seguro residencial”, disse nesta terça-feira (25) o presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg, Jarbas Medeiros.

“A gente saiu de 13,6% na época, em 2017 – primeiro ano da série histórica – e, hoje, 17% de todas as residências do Brasil têm seguro residencial. A gente está falando, em números absolutos, de 12,7 milhões de residências em todo o país”, disse.

No período de quatro anos, o aumento foi de 2,8 milhões de residências protegidas pelo seguro residencial.

Embora os números referentes a 2022 ainda não estejam fechados, porque dependem de informações das 61 companhias que comercializam esse tipo de seguro no Brasil, Jarbas Medeiros estimou que a perspectiva é continuar crescendo. “Porque é um mercado que tem muita oportunidade. Você tem 83% ainda das residências do Brasil que não têm seguro residencial. É um potencial gigantesco. Certamente, nós vamos crescer mais”.

Em termos de receita, o mercado de seguro residencial atingiu R$ 4,48 bilhões em 2022, uma expansão de 16% em comparação ao ano anterior. Em 2017, o total registrado em receita foi R$ 2,65 bilhões, contra R$ 3,86 bilhões, em 2021, aumento de 45% em quatro anos.

O levantamento da FenSeg cruzou dados das 61 seguradoras que comercializam o seguro residencial no país com números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Regiões

Em termos regionais, a pesquisa identificou que a maior penetração, em 2021, ocorreu no Sul do país, com 29,7% de residências com proteção, seguindo-se Sudeste (22,3%), Centro-Oeste (12,9%), Nordeste (7%) e Norte (4,6%). Entre os estados, a liderança é exercida pelo Rio Grande do Sul, com 38,6%, à frente de São Paulo (29%), Santa Catarina (27,1%), Paraná (22,7%) e Distrito Federal (21,8%).

“No Nordeste e Norte, [o seguro residencial] está mais subpenetrado, e o Nordeste tem quase 20 milhões de domicílios. Tem muita coisa para fazer ali ainda”, disse Medeiros.

Jarbas Medeiros disse que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) teve participação importante no aumento do seguro residencial no Brasil, porque, à medida que as pessoas ficaram mais em casa, dedicando mais tempo ao trabalho e estudo, começaram a dar mais atenção ao local onde moram. “Houve uma ressignificação do conceito da casa. De fato, as pessoas usando muito mais, a residência está mais sujeita a danos, a todo tipo de situação”.

Coberturas

De acordo com a FenSeg, a cobertura básica e obrigatória no seguro residencial é incêndio, incluindo explosão. São mais comercializadas também, dentro do seguro residencial, danos elétricos, vendaval (incluindo furacão, ciclones), roubo (assalto à mão armada, arrombamento) e responsabilidade civil contra terceiros, como infiltração e vazamento que atinge o apartamento de vizinhos.

O valor da apólice depende de quanto e do quê se contrata. Na média Brasil, o seguro de uma casa gira em torno de R$ 600 por ano; de um apartamento, o preço médio alcança cerca de R$ 400 por ano.

Somente 10% das apólices contratadas atualmente incluem a cobertura de desmoronamento, enquanto a de alagamento representa menos de 1% do total. Medeiros destacou que não são todas as companhias que comercializam esse tipo de cobertura, porque têm risco grande, bem como a procura ainda é baixa por parte das pessoas, por falta de conhecimento da população e, até, por uma questão cultural.

Outra conclusão do levantamento é que os serviços emergenciais, ou plano de assistência 24 horas, presentes em todos os contratos desse seguro, são cada vez mais acionados pelos clientes. Entre eles, estão chaveiro, encanador, eletricista, vidraceiro, desentupimento, conserto de aparelhos.

Fonte Agência Brasil – Read More

Ministério da Saúde lança campanha contra malária

O Ministério da Saúde (MS) lançou hoje (25) uma campanha voltada para a prevenção e combate à malária. Com o slogan O combate à malária acontece com a participação de todos: cidadãos, comunidade e governo, a campanha tem como foco a Região Amazônica, que concentra 99% dos casos no país. A doença, cuja incidência ocorre nas populações de maior vulnerabilidade social, representa um grande problema de saúde pública no país. A data marca o Dia Mundial de Luta Contra a Malária e os 20 anos de atuação do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária.

Em 2019, o Brasil registrou mais 153 mil casos de malária; em 202 0 foram 143 mil; em 2021, 193 mil casos e em 2022, foram registrados 129 mil casos da doença e 50 óbitos. Dados preliminares da pasta mostram que, nos dois primeiros meses de 2023, já foram registrados 21.273 casos, um aumento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Testes rápidos para malária são distribuídos em terras yanomami.Fiocruz denuncia desvio de remédios contra malária para garimpeiros.Segundo o Ministério da Saúde, a campanha de publicidade será veiculada na televisão, rádio, internet, redes sociais e outdoors nos estados da Região Amazônica (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO). A campanha será divulgada também em carros e barcos de som, para que a informação chegue à população das localidades mais vulneráveis.

A malária, também conhecida como impaludismo, paludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium.

A doença tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Entretanto, a doença pode evoluir para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada.

O Plasmodium falciparum é considerado o mais agressivo, por ser associado à forma grave da doença, cujos sintomas são: prostração, alteração da consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque e hemorragias.

No Brasil, 30 municípios concentraram 80% dos casos da doença. Considerando apenas malária por P. falciparum, 16 municípios concentram 80% dos casos. Na região extra-amazônica, composta pelas demais unidades federativas, as ações se concentram em evitar a transmissão autóctone (local).

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Alda Cruz, disse que a campanha vai ser veiculada nas regiões, consideradas especiais e mais afetadas, com foco em alertas, as formas de prevenção e tratamento da doença.

“O dever de casa é diagnosticar e tratar todos os casos de forma adequada e oportuna, com a realização das atividades de prevenção e controle, incluindo educação em saúde e evitar o restabelecimento nas áreas sem transmissão autóctone nos últimos três anos, que vem sendo implementado na região extra-amazônica”, destacou.

Alda informou que todos os medicamentos para o tratamento de malária estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e que o ministério distribuiu 171,9 mil testes, para atender estados da federação e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Outros 300 mil testes serão entregues em duas etapas ao longo do ano de 2023. Ainda para este ano, o SUS está preparado para tratar mais de 800 mil pessoas com a doença, incluindo malária grave.

Os dados do MS, mostram que houve, entre 2021 e 2022, uma redução na transmissão de malária em áreas especiais, a exceção da área de garimpo, que apresentou um aumento de 11, 4% dos casos, passando de 20.554, em 2021, para 22.889 no ano seguinte.

Na área rural, o número de casos caiu de 50.896 para 47.621, uma redução no período de 6,4%; no assentamento houve  diminuição de 7.727 para 6.961, queda de 9,9%; na área urbana o número de casos caiu de 11.976 para 10.483, redução de 12,5%; e na área indígena a queda foi de 15,7%, passando de 46.048 para 38.807.

Para a oficial nacional de malária e doenças neglicenciadas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Sheila Rodovalho, é preciso ter atenção detalhada porque a forma de transmissão da doença varia em cada área. Ela destacou que a organização estuda fortalecer o apoio para a equipe nacional que trabalha na área, especialmente no estado do Amapá.

“Estamos avaliando um apoio para fortalecer a equipe nacional, mas também em um estado específico que estamos trabalhando hoje, que é o Amapá. É um estado que conseguimos identificar várias situações: temos área indígena, temos garimpo, ribeirinhos, temos áreas de fronteira onde tem uma ameaça de resistência a medicamentos”, disse.

A secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do MS, Ethel Maciel, disse que, além da campanha, a pasta deve lançar nos próximos dias, um plano estratégico de combate à malária específico para a Amazônia Legal. Entre as ações que devem ser realizada estão a capacitação de lideranças para a eliminação da doença.

“Trabalharemos nessas duas frentes: um plano específico visando o preenchimento de alguns vazios, tanto na vigilância quanto na assistência. Quando olhamos a distribuição, inclusive dos equipamentos de saúde no Brasil, eles são um tanto diferenciados por região e a Região Norte é aquela que precisamos olhar de forma diferenciada para efetivar a equidade em saúde”, explicou.

Fonte Agência Brasil – Read More

Cidade de SP começa a vacinar maiores de 50 anos com dose bivalente

Pessoas com mais de 50 anos e que vivem na cidade de São Paulo poderão se vacinar com a Pfizer bivalente, contra a covid-19, a partir de amanhã (26). O anúncio foi feito hoje (25) pela prefeitura paulistana, que disse ter recebido 161 mil doses desse imunizante para esse público.

A vacina bivalente protege contra a cepa original do novo coronavírus e também contra algumas subvariantes da Ômicron.

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Covid-19: governo amplia vacina bivalente para todos acima de 18 anos.Prefeitura do Rio também amplia vacina bivalente contra covid-19.Ontem (24), o Ministério da Saúde liberou a vacinação com a Pfizer bivalente para a população acima dos 18 anos de todo o país. No entanto, a Secretaria de Saúde do estado de São Paulo informou que ainda não foram enviadas doses suficientes para toda a população do estado acima dos 18 anos e, por isso, orientou as prefeituras municipais de São Paulo a fazerem um calendário escalonada, iniciando pelo público mais velho.

“O que temos hoje em estoque, mais a quantidade já distribuída aos municípios anteriormente, é o suficiente para iniciarmos a imunização deste público, porém, é necessário que, o quanto antes, possamos receber uma nova remessa do Ministério para abastecer os municípios e seguirmos com a imunização para toda população”, disse Tatiana Lang D’Agostini, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do estado de São Paulo.

Segundo a secretaria estadual, a estimativa é de que há cerca de 23 milhões de pessoas com mais de 50 anos em todo o estado.

“Nossa rede está estruturada para vacinar toda a população com a dose da Pfizer bivalente. Temos 470 UBSs [unidades básicas de saúde] preparadas para realizar a imunização. Como são mais de 9 milhões de pessoas acima de 18 anos na capital, vamos ampliar a vacinação conforme o recebimento de novos lotes”, disse Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal da Saúde de São Paulo.

Até agora, a vacina bivalente estava disponível apenas para idosos acima dos 60 anos, maiores de 12 anos com comorbidades ou imunossupressão, indígenas, gestantes e puérperas, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, população em situação de rua, residentes em instituições de longa permanência e funcionários dessas instituições.

Pode tomar a dose bivalente quem recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A dose mais recente deve ter sido tomada há quatro meses. Quem está com dose em atraso também pode procurar as unidades de saúde.

Mais de 1,09 milhão de pessoas receberam a dose bivalente na capital. Considerando-se todo o estado de São Paulo, até agora foram aplicadas 3,3 milhões de doses de vacina, conferindo uma cobertura vacinal de 23,1% na população até então elegível.

A população paulistana pode encontrar a unidade de saúde mais próxima da sua residência por meio da plataforma Busca Saúde.

Fonte Agência Brasil – Read More