Mezanino que desabou em Itapecerica não tinha aviso sobre capacidade

Laudos periciais do Instituto de Criminalística apontam que o mezanino que desmoronou e atingiu a arquibancada em um auditório da empresa Multiteiner, em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, não tinha qualquer indicação do número máximo de pessoas permitido e que isso poderia causar um carregamento superior ao limite suportado pela estrutura. Segundo o documento, o desabamento teria ocorrido em virtude da “flambagem de ligas metálicas, associada à falta de ancoragem das colunas metálicas da estrutura”.

O desabamento aconteceu no dia 20 de setembro do ano passado na empresa de contêineres onde acontecia um evento de campanha eleitoral com a presença de uma candidata a deputada federal e um candidato a deputado estadual. O acidente aconteceu no final do evento. Havia 70 pessoas no local na hora do acidente, e 40 foram atingidas, sendo que nove morreram.

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Itapecerica da Serra decreta luto de três dias após desabamento.Bombeiros encerram buscas em desabamento que deixou nove mortos.Na ocasião, a Prefeitura de Itapecerica informou que o imóvel estava irregular, já que a estrutura foi alterada sem autorização. Mas informou também que, como a empresa fica dentro de uma área de proteção e recuperação de mananciais, o licenciamento é responsabilidade da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb).

A companhia informou, também em nota, que a empresa tinha a aprovação para o uso do local, porém naquele momento um pedido de licenciamento com vistas à regularização do empreendimento estava em avaliação. A empresa de contêineres Multiteiner foi interditada pela prefeitura.

Para poder funcionar, uma empresa precisa regularizar sua documentação junto aos órgãos públicos. Ela precisa, por exemplo, do habite-se, um documento expedido pela prefeitura que comprova que a obra está regular, ou seja, que o imóvel foi reformado ou construído de acordo com as normas legais do município onde ela está inserida.

Além disso, ela precisa ter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (ACVB), um documento emitido pelo Corpo de Bombeiros que certifica que durante a vistoria a edificação possuía as condições de segurança para funcionamento. E como a Multiteiner está localizada dentro de uma área de preservação ambiental, ela ainda precisava de uma aprovação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), outras diligências seguem em andamento para apuração do acidente e de seus eventuais responsáveis. Os detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial, disse a secretaria.

As investigações estão sendo conduzidas por meio do inquérito policial pela Delegacia Policial de Itapecerica da Serra.

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Haddad defende abertura da “caixa-preta” das renúncias fiscais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é preciso “abrir a caixa-preta” das renúncias fiscais e discutir com a sociedade para onde estão indo os recursos públicos do Brasil. Segundo o ministro, a reforma tributária é medida necessária para aumentar a arrecadação e contribuir para a redução do déficit das contas públicas, sem prejudicar a prestação de serviços públicos aos cidadãos. 

Haddad participou, nesta quinta-feira (27), no plenário do Senado Federal, da sessão de debates sobre juros, inflação e crescimento econômico, requerida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além de autoridades públicas, o evento reúne representantes de entidades do setor produtivo.

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Abras: consumo nos lares cresce 1,98 % no primeiro trimestre.Índice que mede a inflação dos aluguéis cai 0,95% em abril.Setor de serviços cresce 1,1% em fevereiro, diz IBGE .“Nós estamos falando de quase R$ 500 bilhões explícitos na peça orçamentária de renúncia fiscal e outros R$ 100 bilhões que não estão na lei orçamentária porque são tributos, que sequer são considerados para fins fiscais em virtude da frouxidão da nossa legislação com práticas absolutamente inadequadas e inaceitáveis no mundo desenvolvido. Então, há que se falar em corte de gastos? Na nossa opinião, sim, sobretudo o gasto tributário”, disse.

Para o ministro, o sistema tributário brasileiro é responsável por grande parte da ineficiência da economia. “Não temos ganhos de produtividade, porque os mais eficientes produtores nem sempre conseguem resistir à concorrência desleal, e você vai perdendo competitividade, você vai expulsando do mercado quem melhor produz, com mais eficiência, com compromisso social, com cumprimento das suas obrigações. Então, a reforma tributária também não é uma questão lateral”, disse Haddad.

Por isso, o governo priorizou a reforma tributária, afirmou o ministro. “Esta é uma demanda antiga de [economistas] liberais e desenvolvimentistas, um olhar voltado para a questão da eficiência, do descalabro que se tornou o sistema tributário brasileiro, uma colcha de retalhos absolutamente ingovernável, com uma litigiosidade sem fim, sobretudo no plano estadual”, acrescentou. 

Haddad mencionou a uma ação na Justiça sobre a retirada do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da base de cálculo do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que suprimiu R$ 100 bilhões aproximadamente das receitas primárias do governo federal. Outra decisão foi a revisão da vida toda de aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que podem impactar em mais de R$ 360 milhões os cofres federais. 

“Aquilo que se alardeava de economia com a tal reforma previdenciária, na casa de R$ 1 trilhão em 10 anos, evaporou com duas medidas do Poder Judiciário”, disse Haddad, comentando a severidade dos conflitos distributivos no Brasil. “Nós não vamos resolver os problemas sociais e as necessidades imperiosas de investimento na nossa matriz produtiva sem recuperar a capacidade do Estado brasileiro voltar a investir”, acrescentou. 

Segundo Haddad, em virtude do processo eleitoral, o governo anterior promoveu, em 2022, um gasto de R$ 300 milhões, entre renúncia de receitas e aumento de despesas. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição garantiu recursos para a continuidade dos programas sociais, e um novo arcabouço fiscal foi enviado ao Congresso, para substituir o teto de gastos.

Para o ministro, a nova regra é considerada mais saudável do ponto de vista da rigidez das contas públicas, “mas dando condições para os investidores estrangeiros e nacionais acreditarem no enorme potencial da economia brasileira, que está simplesmente há 10 anos com crescimento muito aquém de seu potencial efetivo”.

Política monetária

Nesse sentido, o patamar da taxa Selic (juros básicos da economia) é motivo de divergência entre o governo federal e o Banco Central (BC). Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida e reduzir a inflação, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. 

A Selic está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. No mês passado, pela quinta vez seguida, o Banco Central não mexeu na taxa, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado.

O ministro destacou, entretanto, as políticas fiscal (que cuida da arrecadação e dos gastos públicos) e monetária (taxa de juros para segurar a inflação) partem da mesma engrenagem. “Se a economia continuar desacelerando por razões ligadas à política monetária, vamos ter problemas fiscais porque a arrecadação vai ser impactada”, afirmou. 

A sessão no Senado contou também com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que defendeu as decisões técnicas da autarquia. 

Para o ministro Fernando Haddad, o governo está fazendo sua parte, inclusive tomando medidas impopulares, para sanear as contas públicas e permitir um horizonte de planejamento maior e o crescimento sustentável do país.

No mesmo sentido, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ressaltou que não há contradição entre a visão do BC, sobre a relação da taxa de juros e inflação, e a do governo federal, sobre a relação da taxa de juros e o crescimento econômico. 

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, em sessão de debates no plenário do Senado – Lula Marques/Agência Brasil

“Mas o Banco Central também não pode considerar que suas ações, que são técnicas, mas também interferem na política, especialmente os seus comunicados e as suas atas”, disse. Para Simone Tebet, não se pode, realmente, descuidar da inflação, pois é o imposto mais perverso que se paga no Brasil. Por outro lado, não há contradição em querer uma economia mais pujante, gerar emprego e renda com o crescimento sustentável, afirmou. 

Para a ministra é preciso combater as causas da inflação, que tem inclusive fatores externos. No ambiente interno, porém, o governo “está fazendo sua parte” para o combate à instabilidade econômica, com a apresentação de medidas como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, e para criar um cenário que possibilite a queda dos juros.

Desigualdades sociais

Simone Tebet disse que, neste momento, é importante ter um olhar para o social, já que o Brasil está entre os dez países com mais desigualdade no mundo. “A desigualdade é estrutural e é perversa”, afirmou. “A cara mais pobre do país vai se refletir de forma muito direta no futuro do Brasil, que são as nossas crianças. Elas pagam um preço muito alto, a miséria começa na primeira infância e se consolida lá no ensino médio, na juventude.”

Nesse sentido, é preciso garantir os investimentos para um crescimento maior e com produtividade, acrescentou a ministra, . “O Brasil tem crescido muito pouco nas últimas décadas, menos de 1% em média nas últimas três décadas, algo de muito errado”, disse Simone, argumentando que é preciso ter equilíbrio e racionalidade e políticas econômicas certeiras para planejar o futuro de médio e longo prazos. 

“Temos que fazer o dever de casa. Sabemos que não podemos gastar mais do que arrecadamos e que temos que zerar o déficit público nos próximos anos, e a nossa meta é zerar em 2024. Sabemos que isso significa um ambiente macroeconômico mais favorável para baixar os juros”, destacou, cobrando do Congresso um debate responsável da reforma tributária. “Ela, sim, vai garantir o crescimento sustentável duradouro do Brasil, vai impactar de imediato no crescimento do PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país]”, acrescentou.

Em sua fala, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou o papel da Casa para garantir crescimento econômico e redução de desigualdades. “Precisamos construir caminhos e apresentar soluções para evitar a perda do poder de compra da população brasileira e garantir o crescimento sustentável da economia”, disse.

Na opinião de Pacheco, a manutenção dos juros elevados por mais tempo, embora traga segurança quanto às metas de inflação e ao controle de preços, também compromete o crédito, os investimentos do setor privado e o crescimento de curto prazo, “configurando entrave ao desenvolvimento nacional e à erradicação da pobreza e [mantendo] a marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais”.

“Temos pleno entendimento de que os agentes econômicos trabalham com expectativas e essas expectativas impactam os rumos da economia. Ademais, a população brasileira, que, em sua imensa maioria, ocupa os estratos mais pobres da economia, também tem expectativa de suprir suas necessidades, de ter acesso à alimentação, à saúde, à educação, ao trabalho, à moradia, ao transporte, ao lazer e a tantos outros direitos sociais. É necessário perseguir, então, esse equilíbrio de expectativas”, acrescentou Pacheco. 

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Vacina BCG não protege profissional de saúde de covid-19, diz estudo

Estudo internacional conduzido em diversos países – incluindo o Brasil – concluiu que a vacina BCG, usada para combater a tuberculose, não protege profissionais de saúde contra a covid-19. Os resultados foram publicados no periódico The New England Journal of Medicine. No Brasil, a pesquisa foi conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

O estudo envolveu 3.988 profissionais de saúde recrutados em um total de 36 localidades. Os resultados mostram que o risco de desenvolver um quadro sintomático de covid-19 no grupo que recebeu a BCG, seis meses depois, foi de 14,7%, contra 12,3% entre os profissionais de saúde que receberam placebo.  

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Fiocruz inicia testes com BCG para combate ao coronavírus.Fiocruz inicia pesquisa com vacina da tuberculose para combater covid.Em nota, a Fiocruz informou ainda que a pesquisa não conseguiu determinar se o imunizante reduziu hospitalizações e óbitos em razão do baixo número de participantes que desenvolveu quadros graves de covid-19. Profissionais de saúde foram priorizados na vacinação contra a covid-19 e as doses reduzem casos graves e mortes. 

Uma pesquisa anterior havia demonstrado que a BCG aumentaria a imunidade inata (que nasce com a pessoa) em crianças e protegeria adolescentes e adultos de infecções respiratórias. “Esperava-se que a vacina pudesse ser reposicionada temporariamente até que vacinas específicas para a doença pudessem ser desenvolvidas e testadas”, destacou a Fiocruz. 

Segundo os pesquisadores, a análise dos dados segue em andamento, com resultados adicionais sobre os efeitos da BCG previstos para o final do ano – incluindo o impacto da vacina em outras infecções, como doenças respiratórias, e nas respostas a doses específicas contra a covid-19.  

“A equipe de pesquisa usa também as amostras de sangue dos participantes para tentar descobrir biomarcas para o risco de covid-19”, destacou a Fiocruz. 

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Abertas as inscrições para o Prêmio Rádio MEC 100 anos

Começam nesta quinta-feira (27), às 15h, as inscrições para o Prêmio Rádio MEC 100 anos. A iniciativa pretende revelar e divulgar gravações de obras musicais inéditas e valorizar a produção de artistas de todo o Brasil. Os interessados em concorrer devem preencher um formulário na página do concurso até o dia 12 de junho.

Como parte da programação de aniversário da Rádio MEC que completou, no dia 20 de abril, 100 anos, o prêmio dará visibilidade a cantores, compositores e instrumentistas. As músicas selecionadas entrarão na programação da emissora.

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Rádio MEC celebra 100 anos e anuncia programação especial.EBC comemora os 100 anos da Rádio MEC com evento especial no Rio.“Esta edição, além de comemorar os 100 anos da Rádio MEC, dará continuidade à história desse prêmio, conhecido por abrir espaço para o artista novo e independente. Então, vamos celebrar o centenário da emissora, mantendo a dinâmica de fazer uma rádio para a sociedade e para os artistas”, destaca Thiago Regotto, gerente-executo de Rádios da EBC.

Os inscritos poderão concorrer com até duas composições em cada uma das quatro categorias do festival: Música Clássica, Instrumental, Infantil e Canção. A regra (acesse aqui) exige composições inéditas e em português.

Ao todo serão 12 prêmios: Melhor Música Clássica, Melhor Intérprete Música Clássica, Melhor Música Instrumental, Melhor Intérprete Música Instrumental, Melhor Música Infantil, Melhor Intérprete Música Infantil, Melhor Canção, Melhor Intérprete Vocal, Melhor Música Clássica – Voto Popular, Melhor Música Instrumental – Voto Popular, Melhor Música Infantil – Voto Popular e Melhor Canção – Voto Popular.

A Comissão Julgadora será composta por personalidades de notório saber ou em atividade na área musical, e por profissionais da EBC. Os vencedores serão conhecidos no dia 25 de setembro no site do Prêmio e durante programação especial.  

Confira o cronograma do Prêmio:

27/04 – Abertura das Inscrições
27/04 a 12/06 – Período de inscrição
11/07 – Divulgação das músicas classificadas
11/07 a 17/08 – Período de veiculação nas emissoras
11/07 a 17/08 – Votação Popular (Internet)
18/08 – Divulgação das músicas semifinalistas
18/08 a 14/09 – Período de veiculação nas emissoras
18/08 a 14/09 – Votação Popular (Internet)
15/09 – Divulgação das músicas finalistas
15/09 a 25/09 – Período de veiculação nas emissoras
25/09 – Divulgação dos vencedores

Fonte Agência Brasil – Read More

Caged registra criação de 195,2 mil postos de trabalho em março

Após dois meses de recuo, a criação de emprego formal subiu em março. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 195.171 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

A criação de empregos cresceu 97,6% maior que a do mesmo mês do ano passado. Em março de 2022, tinham sido criados 98.786 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. A abertura mensal de vagas atingiu o maior nível desde setembro do ano passado.

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Indicador Antecedente de Emprego avança e atinge 76,4 pontos.Desemprego chega a 8,4% entre novembro e janeiro e se mantém estável.Caged registra criação de 241,7 mil postos de trabalho em fevereiro.Nos três primeiros meses do ano, foram abertas 526.173 vagas. Esse resultado é 15% mais baixo que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.

Setores

Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em março. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 122.323 postos, seguido pela construção civil, com 33.641 postos a mais. Em terceiro lugar, vem indústria de transformação, de extração e de outros tipos, com a criação de 20.984 postos de trabalho.

O nível de emprego aumentou no comércio, com a abertura de 18.555 postos. Somente a agropecuária, pressionada pelo fim da safra de vários produtos, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 332 vagas.

Destaques

Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com a abertura de 44.913 postos formais. A categoria de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas abriu 35.467 vagas.

Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 17.876 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu 1.566 vagas.

As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.

Regiões

Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em março. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 113.374 postos a mais, seguido pelo Sul, com 37.441 postos. Em seguida, vem o Centro-Oeste, com 22.435 postos. O Nordeste abriu 14.115 postos de trabalho, e o Norte criou 10.077 vagas formais no mês passado.

Na divisão por unidades da Federação, 22 registraram saldo positivo, e cinco extinguiram vagas. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (50.768 postos), Minas Gerais (38.730) e Rio de Janeiro (19.427). As maiores variações negativas ocorreram em Pernambuco (5.266 postos), Paraíba (815) e Rio Grande do Norte (78).

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STF tem 4 votos para tornar réus 200 denunciados por atos golpistas

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu o quarto voto para transformar mais 200 denunciados em réus na investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e amplamente depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Assim como os ministros Dias Toffoli e Edson Fachin, Cármen Lúcia acompanhou integralmente o voto do relator dos inquéritos sobre o caso no Supremo, ministro Alexandre de Moraes.

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Fachin vota por tornar réus mais 200 denunciados por atos golpistas.Supremo julgará mais 250 investigados por atos golpistas.Toffoli vota para tornar réus mais 200 investigados por atos golpistas.O recebimento ou não dessas 200 denúncias está sendo julgado em plenário virtual, em que os votos são depositados eletronicamente, sem deliberação presencial. A sessão começou na terça-feira (25) e segue até as 23h59 da próxima terça (2).

Uma primeira leva com 100 denúncias foi aceita na semana passada, por 8 votos a 2. Somente os ministros André Mendonça e Nunes Marques divergiram dos demais. Eles foram os únicos que defenderam que as denúncias deveriam ser julgadas pela primeira instância da Justiça Federal.

No voto desta semana, Moraes ressaltou que os envolvidos nos atos de 8 de janeiro tentaram “destruir o regime democrático e suas instituições, pregando a violência, pleiteando a tirania, o arbítrio, a violência e a quebra dos princípios republicanos”.

Uma nova leva de 250 denúncias está marcada para ser julgada na próxima semana, em sessão virtual prevista para às 0h da próxima quarta (3).

Ao todo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou 1.390 acusações formais ao Supremo, todas contra pessoas que participaram diretamente dos atos de vandalismo ou que incitaram a violência. Até o momento, ninguém foi denunciado por financiar ou idealizar os atos golpistas.

A situação é inédita para o Supremo, que nunca tinha se debruçado sobre tantas denúncias simultâneas sobre um mesmo caso. As sessões virtuais foram a maneira encontrada por Moraes e pela presidente do Supremo, Rosa Weber, para lidar com tamanho volume de pessoas processadas. A medida, contudo, tem sido criticada por advogados.

A previsão é que o eventual recebimento de todas as denúncias seja apreciado até junho. Em seguida deve ter início a fase de ação penal, com nova instrução processual e possível produção de novas provas e coleta de novos depoimentos, inclusive a pedido das defesas. Não há prazo definido para o julgamento final.

Fonte Agência Brasil – Read More

Indígenas debatem importância da comunicação para o movimento

Comunicadores indígenas debateram hoje (27), no Acampamento Terra Livre, em Brasília, a importância dos povos indígenas terem se apropriado de tecnologias modernas de informação e ocupado a rede mundial de computadores para divulgar e chamar a atenção a causas como a demarcação de seus territórios e a preservação de modos de vida tradicionais.

Principalmente entre os jovens, habituados ao alcance e à instantaneidade das mídias sociais, parece não haver dúvidas quanto à centralidade estratégica da comunicação no fortalecimento do movimento indígena. Para eles, o trabalho de divulgação que realizam com um simples celular com acesso à internet ajuda os povos indígenas a se contraporem a narrativas que tendem a alimentar preconceitos e distorções históricas

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Educadores e lideranças pedem mais atenção à educação escolar indígena.Crimes da ditadura contra indígenas seguem impunes, aponta relatório.“As narrativas indígenas têm que ser protagonizadas por nós. Porque nada é por nós, sem nós”, disse Samela Sateré Mawé, representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e mediadora do debate A importância da comunicação e tecnologia indígena na decolonização, denúncia e luta.

“Grandes veículos de mídia e de comunicação e até mesmo as escolas não falam por nós. Simplesmente porque não sabem falar sobre nossos povos, nossas línguas, nossa cultura e sobre nossas identidades da forma como nós mesmos falamos”, acrescentou ela.

O debate é parte da programação da 19ª edição do Acampamento Terra Livre, que é uma assembleia do movimento indígena que ocorre anualmente, desde 2004, na capital federal. Neste ano, o evento deve atrair mais de 5 mil participantes de todo o país.

Acampamento Terra Livre reúne milhares de indígenas de centenas de etnias em Brasília – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ferramenta para denúncia

A plenária reuniu comunicadores de diferentes etnias e regiões do país. Em comum, todos mencionaram a importância do movimento utilizar as mídias sociais como “ferramenta de luta” para denunciar violações e divulgar a cultura e os valores dos povos indígenas.

“Para mim, a comunicação indígena deve mostrar a luta e toda a violência que nossos povos sofrem em nossos territórios tradicionais e nas áreas de retomadas [terras reivindicadas em disputa]. Levar [ao conhecimento do] mundo tudo o que sofremos diariamente, os desafios que enfrentamos”, sustentou a jovem Sally Nhandevas, moradora da aldeia Porto Lindo, de Japorã (MS).

“Acredito que buscamos desconstruir uma narrativa, substituindo-a pela possibilidade de contarmos, nós mesmos, nossa história. Neste sentido, não basta falarmos de problemas importantes sobre os quais devemos e precisamos falar, como as questões [políticas] que envolvem as terras indígenas. Também devemos valorizar nossa cultura. É como diz o Emicida na música Amarelo: ‘permita que eu fale/ Não as minhas cicatrizes / Se isso é sobre vivência/ Me resumir a sobrevivência / É roubar o pouco de bom que vivi'”, acrescentou Ricardo Terena, membro da comunicação da Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste.

Ao destacar a evolução da comunicação indígena ao longo das últimas décadas, o representante da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo Alexandre Pankararu contou que ficava incomodado com a forma como os indígenas costumam ser retratados. Esse incômodo o levou a trabalhar para tentar mudar a visão de não-indígenas, numa época em que a internet ainda ensaiava os primeiros passos no Brasil.

“Até então, a comunicação tradicional – ou melhor, o jornalismo, porque não dá para dizer que aquilo era uma comunicação, pois nós nunca eramos ouvidos –, as grandes redes tinham suas próprias opiniões sobre nós. As pessoas nos tratavam como algo folclórico, o que nos incomodava muito. Isso nos fez compreender a importância da comunicação para que pudéssemos transmitir, nós mesmos, as nossas vozes, os nossos conhecimentos e nossa realidade”, detalhou Alexandre que também é produtor cultural.

Para ele, a possibilidade de qualquer pessoa com acesso à internet gravar e divulgar imagens em tempo real, contribuiu para dar mais segurança às comunidades indígenas: “As pessoas pensam duas vezes antes de atacar uma comunidade, se sabem que lá vai ter um indígena com um celular na mão para filmar [os fatos].”

Indígenas estão reunidos no centro da capital federal – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Coordenador da Rede de Jovens Comunicadores da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o paraense Mitã Xipaya, de Altamira (PA), ponderou que a comunicação indígena ganhou ainda mais relevância por conta da pandemia da covid-19, quando o necessário isolamento social obrigou as comunidades a buscarem formas de se manter informadas sobre o que acontecia para além de seus territórios.

Segundo Mitã, a própria rede de jovens comunicadores surgiu neste contexto para “informar e, sobretudo, combater as fakenews”:

“Conseguimos promover as campanhas de vacinação e conscientizar os parentes por meio da rede de jovens comunicadores indígenas. Esta estratégia deu tão certo que a Coiab decidiu dar continuidade ao projeto”

O paraense apontou os principais desafios que os comunicadores indígenas ainda enfrentam: a dificuldade de obter equipamentos de qualidade para aprimorar seu trabalho e, principalmente, a qualidade da conexão à internet.

“Principalmente na Amazônia, os jovens que estão nas aldeias, vivenciando o dia a dia de suas comunidades, contam com uma rede que dificulta a conexão. Até mesmo nas aldeias onde há sinal, a qualidade muitas vezes é ruim.”

Fonte Agência Brasil – Read More

Nunes Marques pede vista e suspende julgamento sobre FGTS no Supremo

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista do julgamento no qual a Corte analisa a legalidade do uso da Taxa Referencial (TR) para correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O pedido de mais tempo para julgamento do caso foi feito na tarde desta quinta-feira (27), logo após o início da sessão.

Nunes Marques informou que deve devolver o processo para julgamento na semana que vem. O ministro disse que pretende analisar o caso com mais cautela diante dos impactos da correção.

Segundo Nunes Marques, informações apresentadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) dão conta de que uma decisão favorável à correção poderá provocar aumento de juros nos empréstimos para financiamento da casa própria e aporte da União de cerca de R$ 5 bilhões para o fundo.

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Supremo retoma julgamento sobre correção do FGTS pela TR.AGU defende extinção de ação sobre correção do FGTS.Na semana passada, os ministros Luís Roberto Barroso e André Mendonça votaram pela inconstitucionalidade do uso da TR para correção das contas do FGTS . Para os ministros, a remuneração das contas não pode ser inferior ao rendimento da caderneta de poupança.

Faltam os votos de oito ministros. Em função da aposentadoria de Ricardo Lewandowski, a Corte não conta com o voto do 11° ministro.

O caso começou a ser julgado pelo Supremo a partir de uma ação protocolada em 2014 pelo partido Solidariedade. A legenda sustenta que a correção pela taxa, com rendimento próximo de zero, por ano, não remunera adequadamente os correntistas, perdendo para a inflação real.

Fundo de Garantia

Criado em 1966 para substituir a garantia de estabilidade no emprego, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço funciona como uma poupança compulsória e proteção financeira contra o desemprego. No caso de dispensa sem justa causa, o empregado recebe o saldo do FGTS, mais multa de 40% sobre o montante.

Após a entrada da ação no STF, leis começaram a vigorar, e as contas passaram a ser corrigidas com juros de 3% ao ano, o acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além da correção pela TR.

Na quinta-feira (20), primeiro dia do julgamento, a AGU defendeu a extinção da ação.

No entendimento da AGU, as leis 13.446/2017 e 13.932/2019 estabeleceram a distribuição de lucros para os cotistas. Dessa forma, diz a AGU, não é mais possível afirmar que o emprego da TR gera remuneração menor que a inflação real.

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Supremo começa a julgar validade de indulto a Daniel Silveira

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento sobre a legalidade do indulto concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao então deputado federal Daniel Silveira. Serão julgadas quatro ações protocoladas por partidos políticos contra a decisão.

Em maio do ano passado, Bolsonaro assinou um decreto concedendo graça constitucional à pena do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), apoiador do então presidente e integrante da sua base na Câmara dos Deputados.

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Supremo marca para abril julgamento de indulto a Daniel Silveira.STF tem 4 votos para tornar réus 200 denunciados por atos golpistas.STF fará audiência sobre uso de câmeras pela polícia do Rio de Janeiro.O decreto foi editado em 21 de abril, um dia após o parlamentar ter sido condenado pelo Supremo a 8 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação no curso do processo que responde por ataques à Corte.

Silveira está preso por descumprir regras da detenção domiciliar. A ordem de prisão foi dada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, após o ex-deputado danificar a tornozeleira eletrônica que é obrigado a usar, e fazer novos ataques contra o Supremo e o sistema eleitoral brasileiro, em vídeos divulgados na internet e em discurso na Câmara dos Deputados.

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Governo lança Campanha Nacional de Prevenção ao Acidente no Trabalho

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou hoje (27), em Brasília, a Campanha Nacional de Prevenção ao Acidente no Trabalho (Canpat) 2023, que tem como tema os riscos psicossociais relacionados ao ambiente de trabalho. 

A campanha será de abril a dezembro em todo o país, com a realização de eventos de conscientização da sociedade civil, empregadores e funcionários sobre os cuidados com a segurança para prevenir acidentes e as doenças do trabalho. 

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AGU cobra na Justiça R$ 13,6 milhões por acidentes de trabalho.Brasil registra mais de 612 mil acidentes de trabalho em 2022.Ao lançar a iniciativa, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, frisou o foco deste ano na saúde mental do trabalhador. Ele destacou que as doenças psíquicas podem afetar qualquer tipo de profissional e deu como exemplo os trabalhadores domésticos. “Sabemos que é um trabalho desgastante, mas precisamos trabalhar para que não se torne um trabalho degradante”, disse ele. 

Mortes e incapacidade

Segundo dados do Ministério do Trabalho, entre 2002 e 2021 houve mais de 600 mil acidentes de trabalho no Brasil, dos quais 2.591 resultaram em mortes e 9.419 em alguma incapacidade física permanente. “Diante desses números precisamos trabalhar”, afirmou Marinho. 

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o mundo perde 4% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) em decorrência de acidentes e doenças do trabalho. Considerando-se o PIB planetário de 2022, essa perda se aproxima dos R$ 400 bilhões.

Fonte Agência Brasil – Read More