Estudo identifica 73 eventos esportivos que podem ter o Rio como sede

A prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com o Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB/Visit Rio), apresentou hoje (31) o Mapa de Oportunidades para o Rio de Janeiro nos próximos 10 anos. O diagnóstico aponta 73 torneios de prestígio mundial que a cidade está apta a receber.

O estudo, fruto de um convênio com a 2IS, consultoria suíça que monitora oportunidades de eventos desse segmento, considerou critérios como atratividade turística, disponibilidade de espaços existentes, popularidade e relevância socioeconômica. Segundo estimativa do Rio CVB/VisitRio, se a capital fluminense conseguir atrair os dez eventos mais relevantes da lista poderá conseguir, em uma década, um incremento de cerca de R$ 15 bilhões na atividade econômica local.

“Um dos papéis da prefeitura é a universalização do acesso ao esporte. Além disso, um aspecto fundamental para a construção da identidade carioca é o alto impacto dos eventos esportivos na trajetória da nossa cidade. Hoje, o Rio tem um conjunto de equipamentos esportivos que permite trazer para cá grandes eventos, que podem ter um impacto econômico fantástico na cidade”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.

O levantamento identificou eventos de impacto mundial. Na lista, os campeonatos mundiais de basquete masculino e feminino, vôlei, hipismo, ciclismo, futebol feminino e atletismo, além dos Jogos Pan-Americanos e da Copa dos Presidentes (golfe).

Legado olímpico

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Carlos Alcaraz, número 1 do mundo, é o destaque do Rio Open de Tênis.Marcus D’almeida é indicado a prêmio de melhor arqueiro do mundo.Mundial de Clubes: Flamengo estreará contra vencedor de duelo árabe .O presidente do Rio CVB/VisitRio, Carlos Werneck, destacou que os investimentos em infraestrutura feitos pela cidade para receber a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016 foram decisivos para a elaboração do diagnóstico. Ele ressaltou que esse legado reduzirá, significativamente, os investimentos necessários para atrair novos eventos.

“O investimento necessário para ser sede de eventos esportivos no Brasil hoje é pequeno, comparado ao que já se investiu para a formação de capital humano e para construção de estádios, arenas, aeroportos e toda infraestrutura física que temos hoje. Nossa ideia é que possamos avançar nesse nicho e explorar todo o potencial da cidade”, disse Werneck.

Para o secretário de Esportes do Rio, Guilherme Schleder, o levantamento reforçou a importância da cidade do Rio no cenário esportivo global. “No estudo, podemos notar a diversidade de eventos esportivos como Mundiais de Basquete Masculino e Feminino, o Mundial de Vôlei e o Mundial de Hipismo. Ou seja, esporte para todos os gostos e públicos”, afirmou Schleder.

Segundo a prefeitura, além da infraestrutura física, a Copa do Mundo e a Olimpíada permitiram a qualificação de pessoal em padrão internacional. Na Copa do Qatar, por exemplo, 350 brasileiros atuaram na organização do torneio. O currículo desses profissionais é um dos elementos que integram o conjunto de condições para a atração de novos eventos esportivos.

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Após encontro com Febraban, Mercadante defende redução na TLP

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse hoje (31), em São Paulo, que propôs que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o governo discutam um projeto de lei para reduzir a Taxa de Longo Prazo (TJP), principalmente para as micro e pequenas empresas.

“Nós não vamos retomar a TJLP [Taxa de Juros de Longo Prazo]. O BNDES não precisa e não tem condições de receber subsídios do Tesouro, mas tem espaço para reduzir essa taxa e queremos fazer isso em conjunto com a Febraban. Tem que ser um projeto de lei. Tem que ser aprovado pelo Congresso Nacional. Então, precisa de um debate técnico cuidadoso”, defendeu.

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“É uma vergonha o que está acontecendo no Carf”, diz Haddad.Conselho aprova nomes de Mercadante para presidente do BNDES.BNDES voltará a financiar projetos em países vizinhos, diz Lula.A TLP substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e é composta pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pela taxa de juros prefixada das Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) vigente no momento da contratação do financiamento. Ela entrou em vigor nos contratos firmados pelo BNDES a partir de janeiro de 2018.

Reindustrialização

Segundo o ministro, a reindustrialização do país é uma prioridade do governo atual, e o BNDES pode contribuir para que ela aconteça. “O BNDES ajudaria com recursos. Temos várias linhas de financiamento que já trabalham com muitas dessas empresas. Hoje já temos uma carteira muito forte na parte de energia eólica. O Brasil já está produzindo aerogeradores e outros equipamentos. O esforço agora é na fotovoltaica e solar. Queremos fazer mais e fazer especialmente para micro e pequena empresa”, disse ele.

Para Mercadante, um dos caminhos para essa reindustrialização seria a economia verde. “O Brasil terá uma nova fonte de energia e pode ser um dos principais produtores de hidrogênio verde do mundo. Mas nós temos que ter um carro que gere energia junto com essas fontes sustentáveis e renováveis, não só ônibus e caminhões. Essa agenda da economia verde é muito promissora para a reindustrialização do Brasil”, afirmou.

O presidente do BNDES esteve hoje na sede da Febraban, acompanhado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação Pública). Durante a reunião, os ministros apresentaram aos bancos a nova agenda econômica do governo. Um dos temas discutidos foi a reforma tributária. Segundo Haddad, a reforma tributária tem encontrado um ambiente favorável para ser aprovada pelo Congresso Nacional.

Ao falar a jornalistas, na saída da reunião, Mercadante ainda disse esperar que o BNDES possa vir a integrar a Febraban. “Por que o BNDES não participa da Febraban? Por que só a Caixa [Econômica Federal] e o Banco do Brasil [participam]? Nós queremos vir aqui debater, discutir, construir pontes. É muito importante a parceria entre o crédito privado e o setor público. E o BNDES é o grande banco de desenvolvimento econômico do Brasil. Queremos estar mais presentes na Febraban”, disse. Ao lado de Mercadante durante a entrevista, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, não falou com jornalistas.

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Tesouro: subsídios de natureza financeira ficam em R$ 618 milhões 

O Tesouro Nacional informou hoje (31) que os subsídios de natureza financeira reduziram de R$ 634,6 milhões em 2021 para R$ 618,3 milhões em 2022 em valores correntes. Segundo o Tesouro, a queda desses subsídios ao longo do tempo é uma tendência, porque eles decorrem de “equalização de taxas de juros no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em que não há mais contratação de novas operações desde 2015.

Os números constam do boletim bimestral do programa e descrevem o impacto fiscal das operações do Tesouro Nacional com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A análise considera o custo de captação do governo federal e o valor devido pela União, e valores inscritos em restos a pagar nas operações de equalização de taxa de juros no âmbito do PSI.

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Dezembro fecha com saldo negativo de 431.011 empregos, diz Novo Caged.Após encontro com Febraban, Mercadante defende redução na TLP.CNC: Intenção de Consumo das Famílias é maior desde início da pandemia.O documento aponta que, por outro lado, subsídios creditícios do Tesouro Nacional no âmbito do PSI e dos empréstimos ao BNDES aumentaram de R$ 2,0 bilhões em 2021 para R$ 3,5 bilhões no mesmo período de 2022, em valores correntes.

“Apesar das liquidações antecipadas realizadas pelo BNDES ao longo de 2022 (R$59 bilhões), que contribuíram para redução dos subsídios creditícios por reduzirem a base sobre a qual incidem, não ocorreu efetivamente a esperada queda, em comparação a 2021. Isso ocorreu devido à elevação do custo médio das emissões em oferta pública da Dívida Pública Mobiliária Federal interna – DPMFi, sem a correspondente elevação na Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, referente à remuneração paga ao Tesouro Nacional sobre a maior parte dos saldos desses contratos”, informou o Tesouro.

Segundo o boletim, a projeção dos subsídios financeiros e creditícios, de 2022 até 2041 e 2040, respectivamente, vai alcançar R$ 1,2 bilhão, a valor presente, na posição de 31/12/2022. Já os subsídios creditícios alcançam o montante de R$ 4,7 bilhões, a valor presente, na posição de 31/12/2022.

“Sem a amortização antecipada de R$ 45,0 bilhões pelo BNDES, em dezembro de 2022, os subsídios alcançariam R$ 10,0 bilhões, em razão dos cenários de taxas de juros e projeções de saldos do BNDES. Considerando as curvas de juros utilizadas na estimativa, essa amortização antecipada de R$ 45,0 bilhões ajudou a reduzir em $ 5,3 bilhões o subsídio creditício estimado até 2040, a valor presente”, disse o Tesouro.

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Acidente de ônibus no Paraná deixa ao menos sete mortos

Pelo menos sete pessoas morreram e 22 ficaram feridas em um tombamento de um ônibus de turismo na BR-277 no município de Fernandes Pinheiro, a 150 km de Curitiba na região central do Paraná, na madrugada desta terça-feira. Entre os mortos, estão uma criança argentina de três anos, a mãe dela, uma outra mulher e quatro homens.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o motorista perdeu o controle da direção, saiu da pista e tombou. Ele não ficou ferido. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, 54 passageiros estavam a bordo. Ao todo, 26 não ficaram feridos. O veículo é da Viação Catarinense e fazia um trajeto entre Florianópolis (capital de Santa Catarina) e Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

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Em protesto por moradia, grupo bloqueia trecho da Via Dutra .Denunciadas mulheres acusadas de matar guia de turismo no Rio.Fiocruz denuncia desvio de remédios contra malária para garimpeiros.Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, e os feridos, encaminhados para hospitais de Irati.

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Prorrogada atuação da Força Nacional em área de indígenas isolados

O Ministério da Justiça e Segurança Pública estendeu por mais 60 dias a permanência dos agentes da Força Nacional de Segurança Pública na chamada Terra Indígena Pirititi, no sul de Roraima. A medida consta da Portaria Ministerial nº 294, assinada pelo ministro Flávio Dino e publicada no Diário Oficial da União de hoje (31)

Parte do efetivo da tropa federativa formada por agentes de segurança pública cedidos por estados e pelo Distrito Federal estão na região desde 1° de novembro, ajudando servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) a proteger a reserva onde um grupo de índios chamados piruichichi (piriti) ou tiquirá vive isoladamente.

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Fachin prorroga prazo para plano de proteção de indígenas isolados.União nega omissão em proteger indígenas isolados e recém-contatados.Localizada na cidade de Rorainópolis, a área de cerca de 43 mil hectares ainda não foi demarcada pela Funai. Logo, não foi reconhecida pelo governo federal como terras da União destinada ao usufruto exclusivo indígena. Cada hectare corresponde às medidas aproximadas de um campo de futebol oficial.

Para proteger os piruichichi das consequências da invasão do território por madeireiros, grileiros e colonos que vivem nos limites da área, a Funai editou, em 2012, uma portaria restringindo o ingresso, a locomoção e a permanência de não índios na área.

Demarcação

A portaria deveria vigorar até a conclusão do processo administrativo de reconhecimento do Território Piruichichi, mas como este ainda não foi concluído, vem sendo renovada a cada três anos. A última renovação ocorreu em outubro de 2022.

Na ocasião, o Ministério Público Federal (MPF), que move uma ação civil pública para obrigar a União a concluir o processo demarcatório, anunciou que a Funai havia firmado um acordo judicial concordando em prorrogar a medida restritiva por tempo indeterminado e se comprometido a concluir os relatórios de identificação e de delimitação da terra indígena até fevereiro de 2025.

Segundo a Funai, a interdição administrativa permite o controle do acesso à área, proibindo qualquer tipo de atividade econômica no interior dos 43 mil hectares. A restrição não se aplica às Forças Armadas e a agentes de segurança pública no exercício de suas funções, desde que devidamente acompanhados por servidores da Funai. Cabe às equipes da Frente de Proteção Etnoambiental Waimiri-Atroari fiscalizar o cumprimento da norma.

A área em questão fica próxima à Terra Indígena Waimiri-Atroari, de cujos habitantes os piruichichi seriam parentes. De acordo com a Funai, inicialmente acreditava-se que os piruichichi estariam protegidos dentro da área destinada aos waimiri-atroari.

Estudos posteriores, no entanto, confirmaram sua presença fora da terra indígena homologada em 1989. Em 2011, ao sobrevoar a região, servidores da fundação avistaram malocas e roçados feitos pelo grupo fora da reserva waimiri-atroari.

Ainda de acordo com a Funai, a interdição de áreas onde vivem grupos de índios isolados visa a garantir o direito desses povos ao seu território, sem a necessidade de contatá-los, respeitando a vontade do grupo de manter distância da sociedade não indígena, com a qual só faz contatos eventuais.

Uma vez confirmada a presença desses grupos, a Funai monitora o território, respeitando as estratégias de sobrevivência física e cultural, bem como os usos e costumes do grupo. Essa política é adotada pelo governo brasileiro desde a década de 1980.

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CNC: Intenção de Consumo das Famílias é maior desde início da pandemia

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 91,2 pontos em janeiro, uma alta de 1,3% na comparação com o mês anterior e o maior nível desde abril de 2020, logo após o início da pandemia de covid-19. Os dados foram divulgados hoje (31) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O levantamento aponta que os consumidores com renda de até dez salários mínimos estão mais dispostos a gastar, com aumento de 1,9% na intenção de consumo em relação a dezembro e de 25,7% na variação anual.

De acordo com a CNC, o otimismo reflete a ampliação do programa de transferência de renda do governo, com o pagamento mínimo de R$ 600 e incremento de R$ 150 por criança até seis anos.

Por outro lado, as famílias que recebem mais de dez salários mínimos mensais pretendem reduzir o consumo, com queda de 1% na intenção. A CNC aponta como motivos do pessimismo o aumento do preço dos serviços em geral, a perspectiva profissional e o acesso mais dificultado ao crédito.

A perspectiva de consumo foi o item que mais cresceu na comparação mensal, com alta de 2,7%, decorrente do arrefecimento da inflação. Na comparação anual, o ICF subiu 23,1% em janeiro, com destaque para a alta de 25,1% no índice perspectiva profissional.

Renda atual

Quanto à satisfação com a renda atual, houve avanço de 2% no indicador em janeiro, em relação a dezembro. Em relação a janeiro de 2022, a alta foi de 31,8%. Entre os entrevistados, 39% afirmaram que receberam o mesmo valor do ano passado, 35% relataram melhora da renda e 25,6% disseram que a renda piorou.

A proporção de endividados em 2022 cresceu mais no grupo de maior renda, mas a ICF se mantém otimista para essa faixa, com 107,7 pontos, uma variação anual de 15,1%.

No recorte por gênero, entre as mulheres a intenção de consumo subiu 3,3% na comparação mensal e 26% na variação, ficando em 91,4 pontos, ainda na zona de insatisfação. Para os homens, o ICF ficou em 96,2 pontos, um aumento de 2,7% em relação a dezembro e de 23,1% na comparação com janeiro de 2022.

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Copom inicia primeira reunião do ano avaliando manutenção da Selic

Em meio aos receios de uma possível recessão nos Estados Unidos e às incertezas sobre o comportamento da inflação no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (31), em Brasília, a primeira reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (1º), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a Selic deverá ser mantida em 13,75% ao ano pela quarta vez seguida. Os analistas de mercado esperam que a taxa permaneça nesse nível até meados de 2023.

Na ata da última reunião, os membros do Copom indicaram que pretendiam manter a Selic, mas não excluíram a possibilidade de novos reajustes, caso a inflação persista no médio prazo. No menor nível da história até março de 2021, quando estava em 2% ao ano, a Selic foi reajustada sucessivamente até chegar a 13,75% ao ano em agosto do ano passado. Em setembro, outubro e dezembro, a taxa foi mantida nesse nível.

Depois de quedas nos últimos meses, as expectativas de inflação têm subido. A última edição do boletim Focus elevou a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,48% para 5,74% em 2023. Há um mês, as projeções para o IPCA estavam em 5,31%.

Diversos fatores têm contribuído para o aumento das expectativas de inflação. O IPCA-15, índice que funciona como prévia da inflação oficial, acelerou em janeiro por causa dos preços de alimentos e de gastos que tradicionalmente sobem no início de cada ano, como planos de saúde e cuidados pessoais. As incertezas em relação aos projetos econômicos do atual governo têm provocado volatilidade no mercado financeiro, afetando as expectativas para a inflação e os juros.

Para 2023, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%. Os analistas de mercado consideram que o teto da meta será estourado pelo terceiro ano consecutivo, a menos que o governo eleve a meta, como tem sido sugerido pela equipe econômica.

No plano externo, o Copom analisará o ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos. Poucas horas antes do comunicado do Copom, o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) divulgará se elevará os juros da maior economia do planeta em 0,5 ponto percentual ou 0,25 ponto. Nas últimas semanas, a segunda possibilidade ganhou chances, após dados mostrarem a desaceleração da economia norte-americana. Um arrefecimento na elevação dos juros nos Estados Unidos reduz a pressão sobre o Banco Central brasileiro.

Aperto monetário

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Famílias e empresas pagaram juros mais altos em 2022, diz BC.Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 42,2% ao ano em outubro.Principal instrumento para o controle da inflação, a Selic está no ponto mais alto desde janeiro 2017. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, em 2% ao ano. Começou a subir novamente em março de 2021, até atingir 13,75% ao ano em agosto de 2022.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, causando reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas seguram a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

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Denunciadas mulheres acusadas de matar guia de turismo no Rio

A 3ª Promotoria de Investigação Penal Especializada do estado do Rio de Janeiro denunciou à Justiça Marcelly Andressa Damasceno de Albuquerque e Ana Claudia Pires Mazeto pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte) do professor e guia turístico Daniel Mascarenhas Xavier da Silva, de 31 anos.

O crime ocorreu no último dia 10, depois que o guia deixou um grupo de turistas no tradicional bairro boêmio da Lapa, região central do Rio. O promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça também requereu a conversão da prisão temporária das denunciadas em prisão preventiva. Daniel, além de guia de turismo, dava aulas de inglês e francês para brasileiros e de português para estrangeiros. 

Ele retornava do trabalho por volta das 2h da madrugada, quando passava pela Rua 20 de Abril em direção à Central do Brasil, onde pegaria um ônibus para a Ilha do Governador, na zona norte, onde morava. Daniel foi abordado pelas denunciadas que estavam em uma moto sem placa e apontaram um simulacro de arma de fogo. A vítima chegou a entregar uma bolsa contendo pertences e R$ 376. Não satisfeita, Ana Claudia exigiu que Daniel entregasse o celular. Ele reagiu.

Golpes com faca

Marcelly desceu da moto portando uma faca e o feriu diversas vezes. Ainda de acordo com a denúncia, na sequência, a faca caiu no chão, e Ana Claudia continuou agredindo a vítima, aplicando-lhe inúmeros golpes.

O guia turístico ainda caminhou em direção ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas acabou morrendo na Praça da República, a poucos metros de onde foi esfaqueado. Daniel ainda tentou pedir socorro a um taxista e a outras pessoas. Ninguém quis ajudá-lo porque as duas criminosas disseram que ele tentou assaltá-las.

 

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Eric Granado vê maior desafio da carreira em ano com dois mundiais

Apesar de estar acostumado a competições simultâneas na motovelocidade, Eric Granado terá uma experiência inédita em 2023. O piloto de 26 anos terá pela frente dois campeonatos mundiais ao mesmo tempo: o de Superbike e o da MotoE. O primeiro começa em 24 de fevereiro, em Phillip Island (Austrália). Ele viajou à Europa no último sábado (28) e dá início aos treinos nesta terça-feira (31), em Portimão (Portugal).

Granado disputou as três provas do último fim de semana do Mundial de Superbike de 2020, terminando-as em 15º, 18º e 16º lugar, respectivamente. Será a primeira vez, porém, que o paulista competirá desde o início da temporada do campeonato que reúne motocicletas de série, aquelas vendidas no mercado, que são adaptadas para competição. Na MotoE, porém, o piloto é “veterano”, presente desde a edição inicial, em 2019. Ele é o atual vice-campeão do certame de motos elétricas.

“Será um grande desafio, o maior da minha carreira, [correr] dois Mundiais no mesmo ano. Estou muito motivado. Venho de muitos anos trabalhando com a Honda [montadora à qual são vinculadas as equipes que defende nas duas categorias] para chegar ao Mundial de Superbike. E da mesma forma, [quero] tentar esse título inédito da MotoE, que está batendo na trave há alguns anos”, comentou Granado, em entrevista à Agência Brasil, antes da ida à Europa.

“O Mundial de Superbike tem um nível alto, exigente, principalmente fisicamente, psicologicamente, [saber] descansar e se recuperar bem. São três corridas por fim de semana, [mais de] 20 no ano. Correr [durante o ano] com duas motos diferentes não será um problema”, completou o brasileiro.

O piloto chega ao Mundial de Superbike após duas temporadas disputando o Campeonato Espanhol, um dos mais fortes da motovelocidade, com um quinto e um décimo lugar na classificação geral. Entre 2017 e 2020, ele foi tetracampeão brasileiro na categoria.

“Os dois últimos anos foram importantes para entender a categoria na Europa. O estilo de pilotagem é muito diferente. [As temporadas] serviram de preparação, para ganhar nível e pegar ritmo”, avalia o paulista.

Um dos adversários que Granado terá no Mundial de Superbike é o suíço Dominique Aegerter, que o venceu na briga pelo título da última temporada da MotoE. Aegerter não disputará a edição deste ano do campeonato de motos elétricas, que terá as duas primeiras etapas (de 16, duas por fim de semana) em Le Mans (França), nos dias 13 e 14 de maio. O brasileiro é o piloto com mais vitórias (10) na categoria, cinco delas em 2022, mas rechaça qualquer favoritismo.

“Quando começa o ano, é tudo do zero. O que aconteceu no ano anterior não muda nada. O legal da MotoE é que as motos são exatamente iguais, então depende do piloto”, afirmou Granado, que pode se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial na motovelocidade – seja entre as motocicletas de série ou as elétricas.

“Farei o máximo para isso. Se Deus quiser, vamos brigar até o final”, concluiu.

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Brasil propõe ação internacional para garantir saúde dos indígenas

O governo brasileiro pretende apresentar à Organização Mundial da Saúde (OMS) uma resolução que garanta ação internacional em defesa da saúde dos povos indígenas. A proposta foi anunciada esta semana ao conselho executivo da entidade pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

“Gostaria de anunciar nossa intenção de apresentar uma resolução sobre a saúde dos povos indígenas, um tópico nunca antes abordado diretamente pela Assembleia Mundial da Saúde, com o objetivo de garantir seu direito à saúde, de acordo com suas próprias exigências e sob sua própria administração.”

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Governo cria grupo para tratar do combate a crimes em terras indígenas.MPF reitera pedido de retirada de invasores de terras indígenas.Em seu discurso na sede da OMS em Genebra, o secretário pediu apoio de outros estados-membros, da própria entidade e de demais organizações internacionais para que se pense numa forma de “não deixar ninguém para trás” por meio de uma regulação apropriada sobre “um tema de grande importância e que vem sendo comumente negligenciado”.

“Cerca de 600 crianças indígenas morreram nos últimos quatro anos como resultado da negligência do Estado e da falta de políticas públicas. Não há desenvolvimento sustentável, não há direito à saúde em uma situação em que as crianças morrem devido ao abandono”, concluiu Gadelha.

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