Com 98,81% das urnas apuradas, Lula está matematicamente eleito

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está matematicamente eleito presidente do Brasil. Com 98,81% das urnas apuradas, ele tem 50,83% dos votos válidos e não pode ser mais ultrapassado pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que tem 49,17%.

Eleito em 2002 e reeleito em 2006, Lula comandará o país pela terceira vez. Com 77 anos, será o presidente mais velho a assumir o cargo. O novo vice-presidente será o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).

Perfil

Nascido em Garanhuns (PE), Luiz Inácio Lula da Silva se mudou ainda criança para o estado de São Paulo. Durante a adolescência, completou um curso de torneiro mecânico em uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e, posteriormente, passou a trabalhar como metalúrgico na cidade de São Bernardo do Campo, quando também começou a se envolver com a atividade sindical.

No final dos anos 1970 e 1980, Lula liderou grandes greves de metalúrgicos da região do ABC paulista. Junto a outros sindicalistas, intelectuais e militantes de movimentos sociais, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT).

Pela legenda, se tornou deputado da Assembleia Constituinte que aprovou a Constituição de 1988 e foi derrotado nas eleições presidenciais de 1989, de 1994 e de 1998. Foi eleito para o posto mais alto do país em 2002, tendo sido reeleito em 2006. Deixou a Presidência em 2010, sendo sucedido por sua então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que venceu as eleições com o seu apoio.

Em 2017, Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro. As condenações foram anuladas em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações. O STF também considerou posteriormente que Moro agiu sem a devida imparcialidade no processo.

Aos 77 anos, Luiz Inácio Lula da Silva assumirá o terceiro mandato como presidente. O vice-presidente é Geraldo Alckmin (PSB), que foi seu adversário na disputa de 2006. Nascido em Pindamonhangaba (SP), ele tem 68 anos, é médico e professor. Alckmin foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e ocupou os quadros do partido entre 1988 e 2021. Ele também foi constituinte e governou São Paulo em duas ocasiões: de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018.

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Lula, 77 anos, é eleito para o 3º mandato de presidente da República

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, eleito neste domingo (30), em segundo turno, para o terceiro mandato como presidente da República, tem uma longa trajetória na política brasileira, que começou ainda no início da década de 1970. Na época, o país vivia ainda sob ditadura militar e Lula era diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, um dos principais centros industriais do país.

Em 1975, Lula é eleito presidente do sindicato, que representava 100 mil trabalhadores. Três anos depois, em 1978, após ser reeleito presidente da entidade, Lula lidera as primeiras greves operárias em mais de uma década. Naquele momento, o país vivia um processo de abertura política lenta e gradual. Em março de 1979, mais de 170 mil metalúrgicos pararam as fábricas no ABC Paulista. No ano seguinte, cerca de 200 mil metalúrgicos cruzaram os braços. A repressão policial ao movimento grevista, que chegou a levar Lula à prisão, fez emergir a liderança popular de Lula, que criaria o Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980. Alguns anos depois, ele fundaria também a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

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Com 67,76% das urnas apuradas, Lula passa a liderar com 50,01%.Em 1984, Lula foi uma das principais lideranças da campanha das Diretas Já para a Presidência da República. Em 1986, foi eleito o deputado federal mais votado do país, para a Assembleia Constituinte, que elaborou a Constituição Federal de 1988.

Liderança nacional consolidada, Lula foi lançado pelo PT para disputar a Presidência da República em 1989, após 29 anos sem eleição direta para o cargo. Perdeu a disputa, no segundo turno, para Fernando Collor de Mello, por pequena diferença de votos. Dois anos depois, no entanto, Lula liderou uma mobilização nacional contra a corrupção que culminou no impeachment de Collor. Em 1994 e 1998, Lula voltou a ser candidato a presidente, sendo derrotado por Fernando Henrique Cardoso nas duas ocasiões.

Em 2002, por meio de uma inédita aliança política até então, o PT aprovou uma coligação política que incluía PL, PCdoB, PCB e PMN, lançando Lula novamente a presidente, tendo como vice-presidente na chapa o senador José Alencar (PL), de Minas Gerais, um dos maiores empresários do país.

Em 27 de outubro de 2002, em segundo turno, aos 57 anos de idade, Lula obtém quase 53 milhões de votos e se elege pela primeira vez presidente da República. Seu mandato foi marcado pela ampliação de programas sociais e expansão nas áreas de educação e saúde, além de uma política de valorização do salário mínimo. Uma das principais marcas do seu governo foi a redução da miséria no país. Em 2006, Lula e José Alencar são reeleitos e terminam o mandato, em 2010, com a maior aprovação de um governo da história do país, superior a 80%.

Essa popularidade impulsionou a eleição de Dilma Rousseff (PT), que era a principal ministra de Lula, e foi eleita a primeira mulher presidente da história do país.

O presidente eleito à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vota na Escola Estadual João Firmino, em São Bernardo do Campo no primeiro turno. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Lava Jato e prisão

Em 2014, após a deflagração da Operação Lava Jato, que apurava corrupção na Petrobras, a crise política escalou para um patamar inédito na democracia brasileira. Reeleita no mesmo ano, a presidente Dilma e seu governo acabaram consumidos pelo desgaste das denúncias, perdeu apoio no Congresso e acabou sofrendo um impeachment, em 2016. O afastamento de Dilma é controverso, já que não teria ficado demonstrada a prática de crime de responsabilidade, como exige a Constituição Federal.

Lula passou a ser alvo de processos por suposta corrupção e foi condenado pelo então juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitavam os processos da operação. Após ser condenado no processo do triplex do Guarujá, o ex-presidente foi preso no dia 7 de abril de 2018, dois dias depois da expedição da ordem de prisão contra ele. A sentença do magistrado havia sido confirmada, e a pena fora aumentada pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre. Na época, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia alterado o entendimento de que condenados em segunda instância poderiam iniciar o cumprimento da pena.

Lula ficou 580 dias preso e foi proibido pela Justiça de disputar as eleições presidenciais de 2018, vencidas por Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi solto em novembro de 2019, após o STF rever a tese de cumprimento a partir de condenação em segunda instância, passando a considerar a possibilidade apenas com o trânsito em julgado do processo.

Em 2021, julgamentos do STF consideraram que o então juiz Sergio Moro foi parcial no julgamento de Lula, e foi declarada a suspeição do magistrado, no caso do triplex, que foi anulado. Além disso, os casos do sítio de Atibaia e de duas ações penais envolvendo o Instituto Lula também foram anuladas porque deveriam ter sido julgadas pela Justiça Federal em Brasília e não em Curitiba, onde Moro atuava como juiz. Na Justiça Federal do Distrito Federal, os casos foram considerados prescritos, que é quando o estado perde o prazo para buscar uma condenação.

Terceiro mandato

Sem pendências com a Justiça, Lula voltou com força à cena política na corrida pelo terceiro mandato de presidente. Durante a campanha, ele buscou ressaltar o legado das suas gestões anteriores e prometeu retomar algumas de suas políticas consideradas bem-sucedidas, como aumento real do salário mínimo.

Lula também afirmou que vai garantir o pagamento do Auxilio Brasil (ex-Bolsa Família) no valor de R$ 600 por família, com pagamento extra de R$ 150 por criança até 6 anos de idade.

Ele também promete ampliar o programa Minha Casa Minha Vida, de habitação popular, que foi substituído pelo programa Casa Verde Amarela no atual governo.

Outras propostas incluem a recriação do Ministério da Cultura e a criação do Ministério dos Povos Originários, para cuidar das questões indígenas e das populações tradicionais.

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TRE diz que estado do Rio teve hoje 22 prisões por crimes eleitorais

A votação no segundo turno no estado do Rio de Janeiro terminou às 17h de hoje (30) em todas as seções eleitorais, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Depois de um primeiro turno de longas filas e eleitores que esperaram até as 22h para votar, o presidente do tribunal, desembargador Elton Leme, disse que o menor número de votos registrados nas urnas e o treinamento dos mesários contribuíram para um dia mais tranquilo. “Aquele problema do primeiro turno foi resolvido e com muita folga”, garantiu.

No balanço final das eleições, Leme disse que houve 22 prisões no estado por crimes eleitorais, ocorrências que tiveram um perfil diferente dos delitos cometidos no primeiro turno. Enquanto no primeiro turno se destacaram as prisões por boca de urna, dominaram agora as relacionadas a tumultos e tentativas de impedir a votação. 

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Segundo turno das eleições registra 308 crimes eleitorais.TRE diz que eleições em São Paulo foram marcadas por normalidade.“É algo a se lamentar, né? Isso, na verdade, mostra que os ânimos estavam, como todos nós percebemos, mais exaltados, e geraram alguns embates, algumas condutas incompatíveis com o rigor dessa atividade eleitoral”, comentou.

Engarrafamentos

O magistrado voltou a avaliar que os engarrafamentos registrados durante o dia de hoje tenham impactado a abstenção de eleitores e reiterou que as forças de segurança não realizaram blitze, mas posicionaram seus veículos em pontos de policiamento ao longo das vias expressas. 

“Podemos afirmar que os engarrafamentos, que são próprios do dia da eleição e são também próprios da cidade do Rio de Janeiro e das vias que foram mais engarrafadas, não impactaram negativamente no cômputo final”, observou. 

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Presidente da Câmara diz que vitória de Lula não deve ser contestada

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na noite deste domingo (30) que a decisão dos brasileiros de eleger o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o próximo presidente da República “jamais deverá ser contestada”.

“A maioria registrada nas urnas jamais deverá ser contestada e seguiremos em frente na construção de um país soberano, justo e com menos desigualdades”, afirmou.

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Com 98,81% das urnas apuradas, Lula está matematicamente eleito.“Ao presidente eleito, a Câmara dos Deputados lhe dá os parabéns e reafirma o compromisso com o Brasil, sempre com muito debate, diálogo e transparência. É preciso ouvir a voz de todos, mesmo divergentes, e trabalhar para atender as aspirações mais amplas”.

Segundo o congressista, o “Brasil deu mais uma demonstração da vitalidade da força de suas instituições”.

O parlamentar afirmou que o momento é de pacificar o país e construir novos pontos para melhorar a vida dos brasileiros.

“É hora de desarmar os espíritos, estender a mão aos adversários, debater, construir pontos, propostas e práticas que tragam mais desenvolvimento, empregos, saúde, educação e marcos regulatórios eficientes. Tudo que for feito daqui para frente tem que ter um único princípio: pacificar o país e dar melhor qualidade de vida ao povo brasileiro”, disse.

Presidente

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está matematicamente eleito presidente do Brasil. Com 98,81% das urnas apuradas, ele tem 50,83% dos votos válidos e não pode ser mais ultrapassado pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que tem 49,17%.

Eleito em 2002 e reeleito em 2006, Lula comandará o país pela terceira vez. Com 77 anos, será o presidente mais velho a assumir o cargo. O novo vice-presidente será o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).

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Oito municípios elegeram prefeitos neste domingo

Eleitores de oito municípios brasileiros também elegeram, neste domingo (30), prefeitos e vice-prefeitos em eleições suplementares. O pleito ocorreu simultaneamente com as eleições nacionais porque os eleitos nas eleições municipais de 2020 tiveram os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral.

As eleições suplementares ocorreram em Cachoeirinha (RS), Cerro Grande (RS), Entre Rios do Sul (RS), Joaquim Nabuco (PE), Pesqueira (PE), Pinhalzinho (SP), Canoinhas (SC) e Vilhena (RO). Os eleitos vão exercer mandato-tampão de 2 anos.

Resultados

Em Canoinhas (SC), venceu Juliana Maciel (PSDB), com 38,37% dos votos válidos. Em Joaquim Nabuco (PE), o prefeito eleito é Charles Batista, do Solidariedade, com 53,83% dos votos válidos. 

Em Vilhena (RO), o eleito foi Delegado Flori (Podemos), com 63,14% dos votos válidos. Em Pesqueira (PE), o novo prefeito é Bal de Mimoso (Republicanos), que obteve 65,15% dos votos válidos. 

No Rio Grande do Sul, o novo prefeito do município de Cerro Grande, eleito neste domingo (30), é Álvaro (PP), com 57,53% dos votos válidos. Outro município no mesmo estado que também elegeu seu prefeito é Entre Rios do Sul. Milani (PT), único a disputar o cargo, obteve 100% dos votos válidos. Já em Cachoeira, outro município gaúcho, o prefeito eleito é Cristian (MDB), que conquistou 51,40% dos votos válidos. 

O município de Pinhalzinho (SP) foi outro que escolheu prefeito neste domingo, com Paulinho (PSDB) eleito com 43,51% dos votos válidos.

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Eleitores de Lula comemoram nas ruas de todo o país

Assim que a vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se confirmou, milhares de pessoas tomaram as ruas das principais cidades do país. Nas esquinas e nas praças, agitando bandeiras e gritando o nome do candidato vencedor, os eleitores comemoraram a eleição presidencial mais disputada da história do Brasil.

Apoiadores celebram a eleição de Lula – Fernando Frazão/Agência Brasil

No Rio de Janeiro, a alegria dos apoiadores de Lula era vista por toda a cidade. Na Cinelândia, tradicional ponto de manifestações políticas da cidade, e onde Lula realizou um dos seus maiores comícios durante a campanha, milhares de pessoas se reuniram desde o final da tarde, para acompanhar a apuração, transmitida em um telão e por meio de caminhões de som.

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Lula, 77 anos, é eleito para o 3º mandato de presidente da República .Presidente da Câmara diz que vitória de Lula não deve ser contestada.A ansiedade e a tensão visíveis no rosto de todos, durante o tempo em que Bolsonaro permaneceu à frente, só se dissiparam, com muito choro e gritos, quando a vitória de Lula foi confirmada.

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Com mais da metade das urnas apuradas, Fábio segue na liderança em SE

Com 51,75% das urnas apuradas, o candidato Fábio (PSD) está à frente na disputa ao governo de Sergipe, com 54,57% dos votos válidos. Em seguida, Rogério Carvalho (PT) aparece com 45,43%.

Fábio (PSD), 45 anos, é deputado federal por dois mandatos e também já foi vereador de Aracaju. Teve 38,91% dos votos válidos no primeiro turno. Natural da capital sergipana, ele é formado em administração e já ocupou os cargos de secretário municipal de Esportes e de Estado de Trabalho. Para vice, o partido anunciou o nome do empresário Zezinho Sobral (PDT), 57 anos.

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Eduardo Riedel é eleito governador de Mato Grosso do Sul.Com 37,05%  das urnas apuradas, Wilson Lima lidera disputa no Amazonas.Rogério Carvalho (PT) médico e professor, Carvalho, 54 anos, já trabalhou como secretário de Saúde de Aracaju, deputado estadual e federal, secretário de Saúde do estado de Sergipe. Teve mais de 44,7% dos votos válidos no primeiro turno. Natural de Lagarto (SE), atualmente é senador e vai disputar a sua primeira eleição para o governo do estado. O empresário Sérgio Gama (MDB), 48 anos, será o vice na chapa. 

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Com 51,96% das urnas apuradas, Bolsonaro lidera com 50,26%

Com mais da metade das urnas apuradas para as eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PL) está na frente com 50,26% dos votos válidos. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estreitou a distância e está em segundo lugar, com 49,74% dos votos válidos com 51,96% das urnas totalizadas..

Jair Bolsonaro (PL)

Nascido em 1955 no município de Glicério (SP) e registrado na cidade paulista de Campinas, Jair Messias Bolsonaro formou-se em 1977 na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ). Posteriormente, serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército. Militar reformado, tendo chegado a capitão do Exército, ele é atualmente o 38º presidente do Brasil, cargo que assumiu em 1º de janeiro de 2019.

Bolsonaro exerceu sete mandatos de deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018. Antes foi também vereador na capital carioca entre 1989 e 1991.

Três de seus cinco filhos também se embrenharam pela política. Carlos Bolsonaro é vereador na capital carioca, Eduardo Bolsonaro é deputado federal por São Paulo e Flávio Bolsonaro senador pelo Rio de Janeiro.

Ao longo de sua trajetória política, Bolsonaro integrou os quadros de nove partidos. Passou por PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP e PSC. Em 2018, foi eleito presidente da República pelo Partido Social Liberal (PSL). Neste ano, candidatou-se à reeleição pelo PL.

O candidato a vice-presidente na chapa é Walter Braga Netto. Tendo alcançado o posto de general do Exército, ele atualmente é militar da reserva. Natural de Belo Horizonte em 1957, Braga Netto chefiou entre fevereiro de 2018 a janeiro de 2019, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Na época, ele era comandante Militar do Leste, posto que ocupou até fevereiro de 2019, quando assumiu a chefia do Estado-Maior do Exército. Como integrante do governo comandado por Bolsonaro, ele foi ministro-chefe da Casa Civil e é atualmente ministro da Defesa.

Lula (PT)

Nascido em Garanhuns (PE), Luiz Inácio Lula da Silva se mudou ainda criança para o estado de São Paulo. Durante a adolescência, completou um curso de torneiro mecânico em uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e, posteriormente, passou a trabalhar como metalúrgico na cidade de São Bernardo do Campo, quando também começou a se envolver com a atividade sindical.

No final dos anos 1970 e 1980, Lula liderou grandes greves de metalúrgicos da região do ABC paulista. Junto a outros sindicalistas, intelectuais e militantes de movimentos sociais, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT).

Pela legenda, se tornou deputado da Assembleia Constituinte que aprovou a Constituição de 1988 e foi derrotado nas eleições presidenciais de 1989, de 1994 e de 1998. Foi eleito para o posto mais alto do país em 2002, tendo sido reeleito em 2006. Deixou a Presidência em 2010, sendo sucedido por sua então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que venceu as eleições com o seu apoio.

Em 2017, Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro. As condenações foram anuladas em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações. O STF também considerou posteriormente que Moro agiu sem a devida imparcialidade no processo.

Aos 76 anos, Luiz Inácio Lula da Silva busca seu terceiro mandato como presidente. O candidato a vice em sua chapa é Geraldo Alckmin (PSB) que foi seu adversário na disputa de 2006. Nascido em Pindamonhangaba (SP), ele tem 68 anos, é médico e professor. Alckmin foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e ocupou os quadros do partido entre 1988 e 2021. Ele também foi constituinte e governou São Paulo em duas ocasiões: de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018.

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Com 51% de urnas apuradas, Jerônimo passa à frente na Bahia

Com 51,05% das urnas apuradas, o candidato Jerônimo (PT) lidera a disputa pelo governo da Bahia, com 51,33%% dos votos válidos. Em seguida, ACM Neto (União Brasil) aparece com  48,67%.

ACM Neto (União Brasil): 43 anos, é nascido em Salvador e foi prefeito de Salvador por oito anos, entre 2013 e 2020. Teve 40,88% dos votos válidos no primeiro turno. Também já ocupou o cargo de deputado federal. Ele é advogado, e neto do ex-governador da Bahia e senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007). A vice na chapa será a empreendedora Ana Coelho (Republicanos), 40 anos.

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Pernambuco: Raquel Lyra está à frente da disputa com 54,84% dos votos.Com 51% de urnas apuradas, Azevêdo segue à frente na Paraíba.Jerônimo (PT): 57 anos, é ex-secretário de Educação e professor licenciado da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Teve 49,45% dos votos válidos no primeiro turno. Rodrigues também já ocupou o cargo de secretário nacional do Desenvolvimento Social e assessor especial da Secretaria de Planejamento e secretário de Desenvolvimento Rural. Formado em engenharia agronômica, nasceu em Aiquara (BA) e esta vai ser sua primeira disputa em uma eleição. Geraldo Júnior (MDB), 53 anos, será o vice.

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Renato Casagrande (PSB) vence disputa pelo governo do ES 

O candidato Renato Casagrande (PSB) está matematicamente eleito para o governo do Espírito Santo, com 53,9% dos votos válidos. Manato (PL) ficou em segundo lugar, com 46,1% dos votos válidos. 

Até agora foram apurados quase 97% das urnas. Os votos brancos somam 1,98% e os nulos, 4,08%.

Renato Casagrande (PSB), 61 anos, é o atual governador do Espírito Santo, nasceu no município de Castelo (ES). Foi o candidato ao governo do estado com mais votos no primeiro turno, com 976.652 votos (46,94% dos votos válidos). É formado em engenharia florestal, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), e em direito, pela Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim. É casado e tem dois filhos. Foi senador, deputado federal, vice-governador e deputado estadual. O vice na chapa é o ex-senador e empresário Ricardo Ferraço, 59 anos.

 

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