Operário vira para cima do Ituano na Série B

Em apenas seis minutos, o Operário transformou uma derrota em casa em uma grande virada diante do Ituano, pela 8ª rodada da Série B do Brasileiro. Após estar perdendo por 2 a 0 até os 35 da segunda etapa, o Fantasma conseguiu o triunfo que o levou à sétima posição na tabela, com 12 pontos. A equipe paulista tem nove pontos, na 11ª colocação.

ASSSSSSSOMBRAMOS EM PONTA GROSSA!!! VITÓRIA FANTASMAGÓRICA NO ESTÁDIO GERMANO KRÜGER!

O Operário vence o Ituano por 3 a 2 na 8ª rodada do @BrasileiraoB 👻 pic.twitter.com/SHXShElNgS

— Operário Ferroviário (@OFECoficial) May 21, 2022

Os donos da casa começaram em cima e, aos 10 minutos de jogo, Paulo Sérgio já havia acertado a trave em um lance e marcado um gol (posteriormente anulado por impedimento) em outro.

No entanto, contra os prognósticos iniciais, foi o Ituano que saiu na frente. Aos 17, após jogada de João Victor pela esquerda, a bola atravessou a área e encontrou Kaio, que chutou de primeira para vencer o goleiro Vanderlei.

Logo no início da segunda etapa as coisas pioraram para o Operário. Aos três minutos, após cobrança de falta pela esquerda, a bola sobrou para o paraguaio Jiménez, livre, tocar na saída de Vanderlei para ampliar o placar.

A reação do time de Ponta Grossa só começou aos 33, quando Felipe Saraiva sofreu pênalti. Dois minutos depois, Paulo Sérgio cobrou e diminuiu.

É ELE 👻🔫

Paulo Sérgio abriu os trabalhos no GK e marcou pela 25ª vez com a camisa do Fantasma! #OrgulhoAlvinegro #ÉoFantasma

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— Operário Ferroviário (@OFECoficial) May 21, 2022

Dois minutos depois, após ganhar uma dividida na entrada da área, Júnior Brandão tocou por entre as pernas do zagueiro adversário e chutou forte para empatar.

Aos 41 veio o golpe final: em cobrança de falta, Rafael Chorão rolou para Giovani Pavani, que chutou forte. A bola desviou na defesa e enganou o goleiro Pegorari, decretando a virada.

Na próxima rodada o Operário faz um duelo paranaense com o Londrina, fora de casa, na quarta (25). Um dia depois o Ituano recebe o Náutico.

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Presidente participa de Marcha para Jesus em Curitiba

O presidente Jair Bolsonaro participou neste sábado (21), em Curitiba, da Marcha para Jesus. O evento organizado por grupos evangélicos voltou a ser realizado na capital paranaense após dois anos. A marcha havia sido interrompida em virtude da pandemia de covid-19. 

“Sabemos o quão importante é a liberdade de religião e de expressão em nosso Brasil”, afirmou Bolsonaro durante a marcha. “Hoje, todos nós daremos as nossas vidas pela liberdade. Esse é o bem maior de um país que se diz democrático. Essa é a razão maior de lutarmos por nossos objetivos. A liberdade é mais importante do que a própria vida, a história nos mostra isso”, acrescentou.

O presidente retornou a Brasília logo após a participação no evento e não tem outros compromissos oficiais neste fim de semana.

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Presidente descarta taxar compra por meio de aplicativos estrangeiros

O presidente Jair Bolsonaro descartou hoje (21), em sua conta no Twitter, a edição de medida provisória (MP) para tributar compras feitas no exterior por meio de plataformas na internet.

“Não assinarei nenhuma MP para taxar compras por aplicativos como Shopee, AliExpress, Shein etc como grande parte da mídia vem divulgando. Para possíveis irregularidades nesse serviço, ou outros, a saída deve ser a fiscalização, não o aumento de impostos”, escreveu Bolsonaro, na postagem.

Atualmente, a isenção de Imposto de Importação ocorre para encomendas de até US$ 50. No entanto, o benefício só é concedido se a remessa ocorrer entre duas pessoas físicas, sem fins comerciais.

Segundo o secretário Especial da Receita Federal, Júlio César Gomes, em entrevista ao programa Brasil em Pauta da TV Brasil, no início deste mês, muitos vendedores se fazem passar por pessoas físicas quando, na verdade, são empresas constituídas para se valer de isenções, o que constitui fraude.

César Gomes chamou esses aplicativos de “camelódromos virtuais”. Segundo ele, hoje o Brasil recebe cerca de 500 mil dessas encomendas por dia.

De acordo com o secretário, a Receita Federal está intensificando o combate a bens contrabandeados ou que burlam as regras tributárias vigentes por meio de um programa de rastreabilidade fiscal recém-lançado. Na entrevista, o secretário também afirmou que estava em estudo a edição de uma medida provisória com foco nos “camelódromos virtuais”.

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Número de transplantes de rim caiu nos últimos dois anos 

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que a pandemia de covid-19 impactou a realização de transplantes no Brasil. Em 2021, o índice de transplante renal de 22,4 pmp (número de transplantes por milhão de pessoas) ficou 26% abaixo da taxa anterior à pandemia. Para incentivar a doação de rim e esclarecer os procedimentos, a entidade médica lançou nessa semana a campanha “SBU pela doação de órgãos”.

Quando os rins param de funcionar, o paciente deve se submeter a sessões de hemodiálise, cuja periodicidade pode variar de duas a sete vezes por semana, dependendo do caso do paciente. Cada sessão pode durar de três a cinco horas.

De acordo com a SBU, para uma melhor qualidade de vida, o transplante renal pode ser indicado em muitos casos. A insuficiência renal pode ocorrer devido a problemas como diabetes, pressão alta, inflamação nos vasos que filtram o sangue, doença renal policística, doença autoimune e obstrução do trato urinário, entre outros.

Segundo o presidente da SBU, Alfredo Canalini, a campanha foi criada devido à necessidade de conscientizar a população sobre a doação de órgãos, principalmente no que diz respeito a doadores falecidos.

“Especificamente nós, urologistas, sabemos a importância tanto do diagnóstico precoce da doença renal, com a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina, como do atendimento da demanda dos renais crônicos na fila de espera para um transplante renal”, disse.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), houve diminuição no número de doações de órgãos e de transplantes devido à pandemia. Segundo a ABTO, 15.640 pacientes ingressaram na lista de espera por um rim em 2021, dos quais 3.009 faleceram.

“Isso ocorreu principalmente pelo aumento na contraindicação ao transplante na época, pois não se sabia da potencialidade de transmissão do vírus”, afirmou o coordenador do Departamento de Transplante Renal da SBU, John Edney dos Santos.

Transplante renal

O transplante renal é indicado para pacientes com diagnóstico de insuficiência renal crônica, principalmente aqueles em diálise.

“No Rio de Janeiro, temos em torno de 13 mil pacientes em diálise e 1.500 na fila de transplante. No Brasil, há algo em torno de 150 mil em diálise e somente 20% deles na fila. E, por lei, todo paciente em diálise tem que ser informado sobre a possibilidade da realização do transplante”, disse Canalini.

Morador da capital paulista, o autônomo Zelandio dos Santos Araújo, de 37 anos, fez transplante de rim há sete anos. Ele tem glomerulosclerose segmentar e focal familiar, doença que provoca insuficiência renal.

Essa síndrome também afetou duas irmãs de Araújo. Uma delas perdeu a função renal e acabou morrendo e a outra ainda faz diálise e está à espera de um transplante de rim.

Araújo conta que começou o tratamento medicamentoso em 2001. “Essa doença vai reduzindo a função renal silenciosamente. Muita gente tem essa doença e não sabe. O sintoma dessa doença é se a urina começa a espumar muito porque está perdendo proteína pela urina”.

Em 2009, ele teve falência renal e começou a fazer diálise três vezes por semana. “Foi muito difícil me adaptar, mas acabei ficando seis anos na hemodiálise”.

No ano de 2015, Araújo recebeu um rim de doador falecido. “O transplante foi muito bem-sucedido. Com o transplante, ganhei uma nova qualidade de vida. Eu ficava refém. Hoje tenho uma vida normal, consigo praticar atividade física”.

Como doar?

Para que o transplante renal seja realizado, é necessário verificar por meio de exames a compatibilidade entre doador e receptor para que haja menos chances de rejeição. É preciso ter mais de 18 anos e estar em boas condições de saúde.

A doação pode ser feita por doadores vivos ou falecidos. No caso de doadores vivos, é mais comum entre parentes consanguíneos de até quarto grau e cônjuges. Caso o doador não seja um parente próximo, é necessária autorização de um juiz. É possível viver bem com apenas um rim. Nas primeiras 24 horas após a cirurgia, o doador pode sentir dores, que passam com medicação. No dia seguinte, o doador pode começar a caminhar e após cerca de uma semana são retirados os pontos. A alta geralmente é concedida três dias após a cirurgia.

Para receber o órgão de um doador falecido, o paciente deve estar inscrito no Cadastro Técnico Único do Ministério da Saúde. O cadastramento é feito pela equipe médica de transplante responsável pelo atendimento. 

A distribuição de órgãos doados é controlada pelo Sistema Nacional de Transplante do Ministério da Saúde e pelas Centrais Estaduais de Transplantes.

A equipe que realiza o transplante renal é multidisciplinar. Participam do procedimento o nefrologista, urologista, cirurgião vascular, cirurgião geral e anestesista. Outros especialistas de suporte, como intensivista e radiologista, também podem ser chamados.

Quem quiser que seus órgãos sejam doados após a morte, deve avisar a família para que ela possa autorizar o procedimento médico de retirada.

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Caravana Brasil para Elas começa hoje em Campo Grande (MS)

Até as 17h de hoje (21), as mulheres de Campo Grande podem comparecer ao bairro Coophavila II para participar das atividades da caravana Brasil para Elas. Esta é a primeira de dez cidades que vão receber cursos, capacitações, ofertas de crédito e palestras, até o fim de junho, de estímulo à profissionalização feminina. 

A iniciativa é do Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, em parceria com entidades do Sistema S, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Social da Indústria (Sesi); além dos bancos públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Entre os workshops oferecidos, estão dicas de maquiagem, técnicas básicas de design de sobrancelhas, costura criativa e introdução à fabricação de produtos de panificação. À tarde, as mulheres poderão acompanhar palestras sobre “Meu preço está certo, estou tendo lucro?” e “Dicas de como atender e vender bem”. O evento conta ainda com espaço kids, para recreação de crianças, com contação de histórias.

A programação completa pode ser conferida na internet.

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Cassação de Arthur do Val é publicada no Diário Oficial de São Paulo

Foi publicado no Diário Oficial de São Paulo de hoje (21), a perda do mandato do deputado Arthur do Val (União Brasil). Ele foi cassado na última terça-feira (17) em decisão unânime tomada pelo plenário da Assembleia Legislativa do estado. Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, fica inelegível pelo período de oito anos. 

Em abril deste ano, Arthur do Val renunciou ao cargo após o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da assembleia ter aprovado o relatório que pedia sua cassação. Apesar da renúncia, ele ainda teve que enfrentar o processo que o tornou inelegível. Pelas regras do legislativo paulista, a renúncia ao mandato não interrompe o processo de cassação.

Entenda o caso

O então deputado Arthur do Val foi à fronteira entre a Eslováquia e a Ucrânia, país em situação de guerra, para, segundo ele, ajudar os ucranianos contra a Rússia. Ele enviou áudios a amigos, divulgados posteriormente pela imprensa, em que elogiava a beleza das refugiadas ucranianas e dizia que as mulheres de lá são “fáceis” por serem pobres.

“Assim que essa guerra passar, eu vou voltar pra cá. Detalhe: elas olham. E são fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, a gente não tinha tempo, mas colei em dois grupos de minas, e é inacreditável a facilidade”, disse Arthur do Val em um trecho do áudio enviado em um grupo privado no WhatsApp.

Após os áudios terem ganhado enorme repercussão nas redes sociais e na imprensa, o Conselho de Ética começou a receber dezenas de representações de parlamentares pedindo a cassação do mandato do deputado. 

Defesa

Ontem (20), antes da votação e das manifestações dos parlamentares na Assembleia Legislativa, o advogado Paulo Henrique Franco Bueno subiu ao plenário para a defesa do cliente. O advogado reclamou que as formalidades legais não foram cumpridas durante o processo de cassação. O advogado disse ainda que os atos de Arthur do Val foram praticados fora do país e criticou o fato de ele estar sendo julgado mesmo já tendo renunciado ao cargo.

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Estatal boliviana reduz 30% do fornecimento de gás natural ao Brasil

A Petrobras informou hoje (21) que vem recebendo, ao longo do mês de maio, volumes de gás natural inferiores aos solicitados no âmbito do contrato firmado com a estatal boliviana YPFB, o que está impactando o planejamento operacional da companhia brasileira.

“Tal redução da ordem de 30% não estava prevista e implica a necessidade de importação de volumes adicionais de gás natural liquefeito para atendimento aos compromissos de fornecimento da Petrobras”, diz a nota da estatal brasileira.

A Petrobras também informou que está tomando as medidas cabíveis visando ao cumprimento do contrato pela YPFB.

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Rio ganha Observatório de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Um observatório inédito no estado do Rio vai avaliar os fluxos dos diversos tipos de resíduos sólidos para propor soluções técnico-científicas e políticas públicas na área.

O Observatório de Gestão Integrada de Resíduos do Estado do Rio de Janeiro, inaugurado esta semana, vai trabalhar em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para “lapidar” os dados fornecidos pelos municípios e que são inseridos na plataforma de interação Sinir + (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos).

O observatório será coordenado pelo professor Carlos Eduardo Canejo que também é coordenador do Núcleo de Sustentabilidade da Pós-Graduação Universidade Veiga de Almeida (UVA).

“O nosso papel aqui vai ser avaliar esse universo de declarações dos municípios, a partir do que o ministério está colocando, e complementar essas informações com pesquisas, seja dos órgãos ambientais de controle, tanto municipal como estadual, para poder refinar um pouco mais as informações que estão sendo prestadas pelo MMA. Na verdade, é uma parceria. A gente vai contribuir e lapidar a base de dados, deixá-la ainda melhor”.

Ele acredita que o observatório pode vir a se tornar exemplo para outros estados brasileiros. “O objetivo é inspirar outras instituições a seguir o nosso modelo”.

Segundo Canejo, a proposta do observatório é articular alunos, ex-alunos, professores e pesquisadores da universidade na produção de pesquisa científica para a avaliação de cenários de tratamento, destinação e disposição final de resíduos sólidos no estado do Rio de Janeiro.

No momento, a equipe da unidade reúne mais de dez pesquisadores que vão trabalhar no mapeamento dos aterros sanitários, dos aterros controlados e dos lixões, bem como das demais soluções de tratamento e destinação final de resíduos industriais e de saúde.

O intuito, segundo ele, é organizar as informações e dar mais transparência aos dados.

Pandemia

Desde 2020, os pesquisadores vêm produzindo estudos sobre a temática. Um dos primeiros estudos fez uma avaliação do impacto do período de ‘lockdown’ (isolamento), imposto pela pandemia da covid-19, no tratamento do aterro sanitário de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. “A gente constatou, comparando com as séries históricas de anos anteriores, um aumento de 40% no recebimento de resíduos no aterro sanitário. Isso causa um impacto enorme, tanto na redução de vida útil do aterro sanitário, quanto nos custos operações e na geração de chorume e também de biogás nesse aterro”.

Canejo afirmou que ao longo do período de pandemia, esse foi um relato comum entre os vários outros aterros sanitários do estado. Considerando o uso massivo de materiais de higiene e limpeza e o aumento do consumo de alimentos, ocorreu aumento de 140% na média diária de recebimento de resíduos no aterro sanitário de Campos dos Goytacazes, representando incremento substancial de chorume, líquido extremamente poluente gerado durante a decomposição dos resíduos.

Desempenho

Em outra pesquisa, utilizando o Índice de Qualidade de Destinação Final de Resíduos (IQDR), que avalia uma série de indicadores técnicos e ambientais que refletem a qualidade operacional de aterros, os pesquisadores realizaram duas visitas por ano a todos os aterros do estado ao longo do período 2013/2015.

Os indicadores diagnosticaram carências econômicas e imperícias técnicas na implantação e operação dos aterros sanitários estaduais. De acordo com a pesquisa, os aterros sanitários com melhores desempenhos são o de Seropédica, Campos dos Goytacazes e São Gonçalo e os piores, os de Miguel Pereira, Barra do Piraí e Piraí.

Um novo projeto de pesquisa já está em desenvolvimento para dar continuidade à análise dos indicadores técnicos e ambientais dos aterros, com a finalidade de fazer uma avaliação da sustentabilidade operacional de todos os aterros sanitários fluminenses.

“A gente vai um pouco além. Antes, avaliou só a característica técnica e, agora, a equipe parte para fazer uma avaliação a partir de um índice de sustentabilidade operacional, já em curso”.

A metodologia da pesquisa está pronta, já foi testada e validada, e os pesquisadores estão em busca de financiamento para subsidiar pelo menos duas visitas que serão feitas anualmente a todos os aterros. O projeto está sendo elaborado para apresentação à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faferj).

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Pessoas com asma devem redobrar cuidados no outono e no inverno

Pelo menos 300 milhões de pessoas no mundo são asmáticas e no Brasil esse número chega a mais de 20 milhões. No Sistema Único de Saúde (SUS), a doença oscila entre a terceira e quarta posição no ranking das causas de hospitalizações, sendo os meses de abril a julho os que registram os maiores números de internação por asma, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Com a chegada do frio, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (InCor) alerta para a necessidade de redobrar os cuidados, já que as variações de tempo seco, típicas do outono e do inverno, são propícias para o aumento de casos.

Segundo o InCor, a conjunção entre poluição, ausência de chuva e tempo frio leva muitos asmáticos aos serviços de emergência com crises preocupantes, mas que podem ser evitadas. A recomendação básica é manter a doença tratada o ano todo, para chegar ao outono em boa condição de saúde.

Foi o que Michele Benevides, 36 anos, diagnosticada com asma grave aos 20 anos, começou a fazer, depois de já ter passado por mais de 30 internações por conta de crises da doença. Ela teve uma parada cardíaca, um choque anafilático e foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Por conta disso, passou a ter mais atenção com a saúde para enfrentar o tempo frio e isso foi decisivo para mudar sua vida.

“A sazonalidade do outono e inverno é sempre muito difícil para quem tem asma. É o momento onde as crises mais aparecem. Então eu busco sempre evitar friagem e falta de proteção térmica. Tenho um ganho muito grande sendo acompanhada por um médico e tomando a medicação correta, tem sido essencial para que eu não evolua no meu quadro nesta época do ano. Tudo isso também evitou que eu tivesse novas internações e até mesmo consultas no pronto atendimento”, disse.

A asma é a inflamação dos brônquios, pequenas estruturas responsáveis pela troca de ar dentro dos pulmões. O processo inflamatório causa inchaço das vias áreas e produção de muco que, isoladamente ou combinados, podem levar à falta de ar de grau leve a extremo. Os sintomas mais comuns são tosse, chiado, aperto no peito e dificuldades respiratórias. A doença atinge crianças, jovens e adultos.

De acordo com o diretor do Ambulatório de Asma do InCor, o pneumologista Rafael Stelmach, baixas temperaturas e umidade, agentes alergênicos como material particulado no ar, fungos e ácaros, e infecções típicas da estação, entre elas, gripe e resfriado, são os fatores ambientais que podem causar as crises de asma. Sem o tratamento adequado e uma terapia com medicamentos, no caso do aumento dos sintomas, a inflamação pode progredir para a obstrução das vias aéreas e para a necessidade de internação.

“Pessoas que já têm a doença precisam estar prevenidas para passar por esse período do ano. Caso isso não aconteça, pode haver agravamento e descontrole da doença e assim dificultar a recuperação durante e depois das crises. Pacientes que moram em grandes centros urbanos costumam ser mais atingidos por conta da poluição. As regiões Sudeste e Sul do país são as mais afetadas. O Sul, principalmente, devido às temperaturas extremamente baixas nos períodos mais frios do ano”, afirmou.

Stelmach recomendou ainda que a pessoa com asma evite fumar, já que esse hábito provoca o agravamento da doença. Ele alerta que tanto o cigarro eletrônico quanto a maconha são nocivos para os asmáticos, que devem inclusive evitar o fumo passivo (quando o indivíduo convive ou fica perto de alguém que fuma). É necessário ainda evitar o contato com objetos e ambientes que tenham fungos e ácaro.

A orientação do médico é que as roupas de uso pessoal e de cama, incluindo cobertores, edredom e travesseiros, que estejam guardadas há muito tempo, sejam higienizadas antes de serem usadas. Ele destacou ainda que é preciso ter cuidado com os animais de estimação, evitando que eles entrem no quarto de dormir, porque os pets são alergênicos para quem é asmático.

“Depois de lavadas e passadas a ferro, enquanto não forem novamente usadas, essas roupas devem ser guardadas, de preferência, em sacos plásticos, para protegê-las do contato com esses agentes alergênicos. Casa em que convivem pessoas com asma tem que ter travesseiros, colchões, tapetes e cortinas constantemente higienizados, e os ambientes arejados para evitar poeira e mofo”, disse o médico.

Stelmach destacou ainda a importância de as pessoas com a doença tomarem a vacina contra a Influenza todos os anos, já que o imunizante é uma arma importante no controle e na prevenção de quadros graves da asma, porque a gripe é um gatilho para as crises.

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Governo cria comissão para acompanhar casos de varíola de macacos

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) constituiu, em caráter consultivo, uma Câmara Técnica Temporária de pesquisa denominada CâmaraPox MCTI, para acompanhar os desdobramentos científicos sobre o vírus monkeypox, conhecido como “varíola dos macacos’.

A medida de vigilância científica, por meio da consulta aos especialistas, é necessária diante dos casos de infecção registrados no Reino Unido, Portugal, Espanha e Estados Unidos em maio de 2022. Segundo a pasta, até o momento, não há registros de casos varíola dos macacos no Brasil.

A medida segue a mesma ideia da formação da RedeVírus MCTI, comitê de especialistas instituído em fevereiro de 2020, antes mesmo de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia do coronavírus. O comitê de especialistas presta assessoramento técnico-científico à pasta sobre as estratégias e necessidades na área de ciência, tecnologia e inovação necessárias na área de saúde.

Integram o grupo, até o momento, sete especialistas brasileiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Feevale. Os pesquisadores produziram dois informes técnicos sobre a doença, envolvendo as principais formas de contágio e as informações disponíveis sobre os casos registrados em outros países.

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