PF apreende 300 quilos de pepinos-do-mar em Angra dos Reis

A Polícia Federal (PF) prendeu ontem (30) à noite, no município de Angra dos Reis, Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, uma mulher com 300 quilos de pepinos-do-mar. Os policiais interceptaram um ônibus que iria de Angra para São Paulo e, durante as buscas no veículo, encontraram cinco caixas de isopor com os animais marinhos, que seriam contrabandeados para a capital paulista. A informação foi divulgada hoje (31) pela PF.

Os pepinos-do-mar são uma espécie de equinodermes da classe Holothuroidea, que ocorrem nas partes mais profundas dos oceanos e cumprem importante função ecológica, porque reciclam a matéria orgânica dos sedimentos e redistribuem nutrientes. Têm corpos alongados, alcançando 25 centímetros, em média, e podem apresentar cores diversas. Muito utilizados na cozinha asiática, os pepinos do mar são considerados iguaria em países como China, Japão e Malásia.

De acordo com informação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os pepinos do mar apreendidos não estão em extinção. No entanto, sua captura, transporte e comercialização dependem de autorização e licença.

A mulher presa foi conduzida à Delegacia de Polícia Federal em Angra dos Reis para lavratura do termo circunstanciado de ocorrência e, após assinatura do termo do compromisso de comparecer em juízo, foi liberada e responderá pela infração penal em liberdade. 

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Setor elétrico quer revogar obrigação de se instalar termelétricas

Representantes de entidades do setor elétrico voltaram a defender, hoje (31), a revogação da obrigação de instalação de usinas termelétricas na lei que autorizou a privatização da Eletrobras. Eles argumentam que a manutenção das térmicas pode gerar um aumento de R$ 52 bilhões no custo de geração de energia no país até 2036, com impactos forte na economia e no bolso dos consumidores.

A lei de conversão da medida provisória que autoriza a privatização da Eletrobras foi aprovada no ano passado com a inserção de um tema estranho ao discutido no projeto, conhecido como jabuti, que incluiu as usinas termelétricas como parte do processo. A legislação determina a contratação o fornecimento de 8 gigawatts (GW) de usinas termelétricas a gás natural nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste a partir de 2026.

O texto define ainda que a inserção dessas usinas a gás no Sistema Interligado Nacional (SIN) ocorrerá até 2030, e que elas operarão em tempo integral com capacidade mínima de 70% por pelo menos 15 anos.

O tema foi debatido na manhã desta terça-feira na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

O presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, citou um estudo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, que mostra que a inserção compulsória no Sistema Interligado Nacional (SIN) das usinas térmicas custaria R$ 192 bilhões até 2036. E que o custo de operação do sistema, no mesmo período, chegaria a R$ 145 bilhões.

Em um cenário sem essa exigência, o investimento necessário para gerar essa quantidade de energia cairia para R$ 173 bilhões e o de operação ficaria em R$ 93 bilhões, uma diferença de R$ 52 bilhões em relação ao cenário com as térmicas.

“E olha que nesse estudo não está sendo considerado o fato de que essas termelétricas estariam sendo localizadas em regiões onde não têm gás e já são regiões exportadoras de energia”, alertou Sales, citando como exemplo a Região Nordeste. “A inserção dessas usinas foge totalmente do que seria razoável do ponto de vista econômico, do que seria razoável na oferta de energia, e ela implica que essa usina seja acionada mesmo que não se precise dela”, disse.

O presidente executivo da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, lembrou que parte dessas usinas deve ficar em áreas sem infraestrutura adequada. Ele disse que a obrigação de contratação das térmicas vai levar obrigatoriamente à construção de gasodutos e de linhas de transmissão de energia para resolver o novo problema.

A associação apresentou uma estimativa de alguns desses impactos, que poderiam gerar um aumento de 10% na tarifa de energia do país, algo em torno de R$ 27 bilhões. O custo com a construção de gasodutos ficaria entre R$ 60 bilhões e R$ 89 bilhões, e as linhas de transmissão custariam cerca de R$ 600 milhões.

“Isso vai levar a obrigação de construção de gasoduto para levar o gás até essas regiões, a construção de termelétricas propriamente ditas, e depois a de linhas de transmissão para trazer a energia de volta. Essa energia deslocará energia de outras fontes, pois os projetos de energia renovável vão ter que esperar para entrar no sistema porque o espaço do mercado estará ocupado pelas térmicas”, explicou.

O gerente executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso, disse que a entidade endossa as críticas à obrigatoriedade das térmicas. Na visão da entidade, o governo tem adotado políticas setoriais equivocadas para determinados setores, sem considerar o impacto em toda a economia.

Segundo Cardoso, “o custo maior da energia impacta violentamente nos custos de produção industrial”, diminuindo a competitividade das empresas brasileiras. Ele disse que a queda na participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) do país, hoje em cerca de 11%, pode ser parcialmente creditada ao aumento com o custo de energia, que vem crescendo desde 1995.

“Hoje a energia é um entrave para o desenvolvimento da indústria, e a explicação é de que a gente tem politicas setoriais equivocadas, impacto crescente de subsídios setoriais e impostos que explicam boa parte dessa situação. Essa é uma escolha errada, na hora errada”, disse.

O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Menel, lembrou que “a medida não atende ao planejamento previsto para a operação desse tipo de usina, que deve se localizar próxima a um centro de gás, com estruturas para o transporte e linhas de transmissão para a energia. E devem ainda trabalhar de forma flexível, sem a necessidade de produzir constantemente”. Mas, segundo Menel, não é o que está previsto na proposta, que vai impor a construção de toda essa infraestrutura.

“Ninguém é contra a construção de novos gasodutos no Brasil. Eles são bem-vindos, mas dentro de uma ótica econômica”, disse, acrescentando que “o planejamento setorial deve ser respeitado na sua integridade, sob pena de termos perda de qualidade da governança do setor elétrico”.

O representante do Instituto Internacional Arayara, Juliano Araújo, disse que além de prejudicar a economia, a inserção das térmicas vai trazer diversos impactos ambientais, entre eles ao aumento não volume de gases do efeito estufa na atmosfera, como o CO2.

Ele afirmou ainda que, anteriormente, já haviam tentado inserir a obrigação das termelétricas em outros projetos relacionados ao setor, como o que tratou do novo mercado do gás e o do risco hidrológico.

Em março, ao lado de 22 organizações, a entidade assinou um manifesto contra a inserção de um “jabuti” para a criação de um fundo para bancar gasodutos no projeto de Lei 414/2021, que altera regras do setor elétrico.

Araújo pediu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as térmicas, que, segundo ele, a inserção no projeto da Eletrobras atendeu a interesses obscuros.

“A associação Arayara pede que obviamente se instale uma CPI sobre a questão da energia, já que há elementos que, para não dizer ilícitos, são ocultos ou com interesses escusos no sentido de impor uma matriz energética suja, que já vem sendo substituída no mundo inteiro”, disse.

O deputado Eliaz Vaz (PSB-GO), autor do pedido de audiência, disse concordar com a criação de uma CPI e que ia levar a sugestão para a bancada partidária. O deputado lembrou que a obrigatoriedade das termelétricas foi colocada no relatório do projeto pouco antes da votação e que não houve discussão aprofundada com os parlamentares.

“Eu não sabia disso [da obrigatoriedade das termelétricas], fiquei sabendo só quando foi apresentado o relatório. Só fiquei sabendo na última hora. Quem articulou não discutiu com a sociedade. Acho que essa situação aqui merece, necessariamente, uma investigação de uma CPI”, defendeu o deputado. “Não podemos dar isso como uma situação já consolidada. É uma legislação que pode alterar do ponto de vista negativo a situação econômica e de crescimento no país”, afirmou.

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Estado de São Paulo avança na vacinação contra a febre aftosa

Meta é de vacinar aproximadamente 4,8 milhões de animais,
segundo o presidente da Federação, Fábio de Salles Meirelles

Apesar dos problemas detectados no ano passado com o fornecimento de vacinas, a campanha de vacinação contra a febre aftosa segue em ritmo positivo. Conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para este ano ocorreu a inversão das etapas no Estado de São Paulo.

“A expectativa é que todos os animais com até 24 meses no Estado de São Paulo sejam imunizados até o final deste mês — aproximadamente 4,8 milhões de cabeças”, afirma o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), Fábio de Salles Meirelles.

Os dados são da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA. Os lançamentos no sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) estão sendo feitos de maneira correta, com os produtores vacinando a faixa etária estipulada pelo programa.

Em novembro do ano passado, a FAESP constatou a dificuldade de pecuaristas paulistas em imunizar os rebanhos de bovinos e bubalinos durante a segunda etapa de vacinação contra febre aftosa, devido à falta de oferta de doses em estabelecimentos que comercializam o produto.

O MAPA verificou que, para a primeira etapa deste ano (maio), haveria baixa disponibilidade do produto e que, provavelmente, a demanda não seria atendida. Por esse motivo inverteu a estratégia nos estados que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), dentre os quais São Paulo faz parte.

Com a inversão do calendário, neste mês estão sendo vacinados os animais com até 24 meses, e apenas em novembro será a vez de todo o rebanho. Como a quantidade necessária de doses para atender apenas o gado mais jovem é bem menor, a medida soluciona o fornecimento aos produtores.

A inversão do calendário vacinal não interfere em nada na segurança sanitária dos animais e nem na programação do PE-PNEFA. A FAESP monitorou esse processo e não recebeu nenhuma comunicação de falta de vacinas ou de dificuldade de acesso às doses. O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (SINDAN) colocou-se à disposição para atender toda e qualquer revenda que não tivesse o imunizante.

Risco de aborto

Uma das preocupações dos produtores é quanto ao maior risco de aborto ao se vacinar todo o rebanho no final do ano. Isso porque há uma programação feita previamente pelos criadores, tanto para a estação de monta quanto para inseminação artificial. Quando os animais com até 24 meses — que ainda não atingiram maturidade sexual para reprodução — são imunizados na segunda etapa em novembro (segundo o calendário usual), o produtor não precisa se preocupar com o período de monta ou inseminação, porque as vacas que vão entrar em fase reprodutiva (as que tem mais de 24 meses) não participam desta fase. Neste ano, com a inversão do cronograma, em que a totalidade do rebanho paulista será imunizada em novembro, nas fazendas que fazem cria e produção de bezerro e que já tinham sua programação definida previamente, aumenta a chance de haver mais abortos nas vacas destinadas a reprodução.

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) identificou que animais vacinados até 30 dias após inseminação artificial por tempo fixo (IATF) tiveram uma taxa de perda gestacional 4,2 vezes maior em relação ao grupo que recebeu as doses 20 dias antes de passar pelo procedimento de inseminação.

Pensando nessa situação, para não prejudicar os produtores rurais que fazem o manejo reprodutivo nos animais como, por exemplo, Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), o MAPA atendeu o pedido da CNA com relação à antecipação ou postergação da etapa. Para a segunda etapa de vacinação em específico, a ser realizada em novembro e envolvendo todo o rebanho bovino e bubalino, os produtores poderão solicitar autorização aos serviços veterinários estaduais para realizar a vacinação de seus animais a partir de primeiro de outubro, ou postergar para dezembro, dependendo do planejamento reprodutivo utilizado no rebanho.

Esta decisão é válida para os estados que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA): Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal.

Próxima meta: deixar de vacinar

O último foco de febre aftosa em São Paulo foi registrado em março de 1996, segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Com as metas de erradicação da febre aftosa com imunização atingidas, a agropecuária paulista busca agora evoluir para um status sanitário no qual a vacinação não seja mais necessária.

Para isso, São Paulo vem criando condições de cuidados sanitários e de vigilância bastante exigentes e eficientes a fim de manter o combate e prevenção à febre aftosa na pecuária para que o Estado seja declarado área livre da doença sem vacinação. Esse processo é fundamentado na avaliação contínua de indicadores monitorados regularmente por equipes gestoras do plano estratégico, formadas pelos setores público e privado nas esferas estadual e nacional.

A FAESP representa o setor privado na Comissão de Coordenação dos Grupos de Estado (CCGE) do bloco do qual São Paulo faz parte. A Federação faz um trabalho constante de conscientização sobre a educação sanitária junto ao pecuarista, fator vital para a evolução do plano de vigilância.

Com o fim da vacinação, haverá redução de custos aos produtores paulistas (dos valores gastos com as doses e a estrutura necessária à aplicação) e poderá possibilitar que eles comercializem para países que pagam mais pela carne bovina de regiões do chamado circuito não-aftósico, sem uso de imunizantes. Isso acabará ainda com a necessidade de remoção de abcessos que surgem como resposta imunológica no organismo dos animais vacinados.

O MAPA divulgou no final de abril que, após a última etapa de vacinação contra febre aftosa (em novembro), irá suspender a imunização no Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal. Com isso, cerca de 113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados — o equivalente a quase metade do rebanho de todo o País. Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso já possuem a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Das unidades da Federação que fazem parte do Bloco IV, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Sergipe não foram anunciados pelo MAPA como regiões a serem consideradas livre de aftosa sem vacinação após a etapa final de imunização deste ano. Conforme já informado, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA/SAA-SP) está em tratativas com o MAPA a fim de apontar os avanços do estado para que possa também entrar na lista dos que não precisarão mais imunizar os rebanhos a partir do ano que vem. Para isso, iniciou um trabalho em conjunto com o MAPA para detalhar os critérios de avaliação do Ministério.

Fachin: diplomatas devem buscar informações sobre tecnologia eleitoral

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, disse hoje (31) a uma plateia de diplomatas estrangeiros que a comunidade internacional deve estar alerta sobre o sistema de votação no Brasil. “Convido a corpo diplomático sediado em Brasília a buscar informações sérias e verdadeiras sobre a tecnologia eleitoral brasileira, não somente aqui no TSE, mas junto a especialistas nacionais e internacionais, de modo a contribuir para que a comunidade internacional esteja alerta contra acusações levianas”, afirmou Fachin.

A declaração foi dada durante o evento “Sessão Informativa para Embaixadas: o sistema eleitoral brasileiro e as Eleições 2022″, cujo objetivo, de acordo com o TSE, foi “proporcionar um diálogo qualificado entre os especialistas de diversos setores da Corte com diplomatas estrangeiros interessados em acompanhar o pleito deste ano”. O evento foi fechado. O discurso de Fachin foi depois disponibilizado pelo TSE.

A ministra Cármen Lúcia, que integra o Supremo Tribunal Federal e o TSE, também participou da mesa de abertura do evento, que foi descrito pela Corte eleitoral como uma “oportunidade para o esclarecimento de dúvidas e questionamentos que surgem com frequência nos contatos do público estrangeiro com o TSE”.

“É fundamental transmitir  aos  Governos  estrangeiros  as  informações  corretas  e  completas sobre o processo eleitoral que se avizinha”, disse Fachin na fala de abertura. “A integridade e fidedignidade das eleições brasileiras tem de ser demonstrada não por frases desconexas ou declarações vazias, mas por relatórios fundamentados de especialistas na matéria”, acrescentou o ministro.

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Simples Nacional: Receita prorroga prazo de adesão ao Relp

A Receita Federal prorrogou até a próxima sexta-feira (3) o prazo de adesão ao Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp). O prazo terminaria hoje (31).

De acordo com a Receita Federal, a instrução normativa com a prorrogação será publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Podem ser parcelados pelo Relp todas as dívidas apuradas pelo Simples Nacional até o mês de fevereiro de 2022. A adesão pode ser feita pelo e-CAC, disponível no site da Receita Federal ou pelo Portal do Simples Nacional.

Segundo a Receita, o pagamento poderá ser realizado em até 180 vezes, com redução de até 90% das multas e juros, dependendo do volume da perda de receita da empresa durante os meses de março a dezembro de 2020 (calculado em relação a 2019). Parcelamentos rescindidos ou em andamento também poderão ser incluídos.

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Economia: Simples Nacional: termina prazo para negociar dívidas pelo Relp

Termina hoje (31) o prazo para que micro e pequenas empresas, inclusive microempreendedores individuais, possam parcelar suas dívidas pelo Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp).

Podem ser parceladas pelo Relp todas as dívidas apuradas pelo Simples Nacional até o mês de fevereiro de 2022. A adesão pode ser feita pelo e-CAC, disponível no site da Receita Federal ou pelo Portal do Simples Nacional.

De acordo a Receita Federal, o pagamento poderá ser realizado em até 180 vezes, com redução de até 90% das multas e juros, dependendo do volume da perda de receita da empresa durante os meses de março a dezembro de 2020 (calculado em relação a 2019). Parcelamentos rescindidos ou em andamento também poderão ser incluídos.

A Receita lembra que o parcelamento de débitos já inscritos em Dívida Ativa da União deve ser negociado com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

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Economia: Caixa libera R$ 400 bi em financiamentos habitacionais em três anos

A Caixa liberou R$ 400 bilhões em empréstimos de financiamentos habitacionais desde 2019. Segundo o banco, responsável por 65% dos empréstimos desse tipo no país, o valor impulsionou o setor de construção civil, que registrou alta de 9,7% do Produto Interno Bruto (medida da produção de bens e serviços) em 2021.

“A Caixa, atenta aos movimentos do mercado e exercendo seu papel social e de liderança no segmento, disponibilizou para 2022 um orçamento superior ao do ano anterior, com o objetivo de atender demandas do setor”, diz o banco, em nota.

No primeiro trimestre de 2022, as contratações com recursos da poupança (SBPE) chegaram a R$ 21,4 bilhões, aumento de 31,2% em relação ao mesmo período de 2021. Em relação ao primeiro trimestre de 2018, a alta é de 817,4%, de acordo com o banco.

Casa Verde Amarela

Na última semana, o governo federal anunciou que o subsídio para financiamento de imóveis do Programa Casa Verde Amarela, voltado a famílias de baixa renda, será ampliado em percentuais que variam de 12,5% a 21,4%. O acréscimo varia conforme região, renda familiar e população do município. 

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a ampliação do subsídio tem, como objetivo, facilitar a aquisição da casa própria e ampliar o número de moradias entregues. A medida entra em vigor no início de junho e vale até 31 de dezembro de 2022.

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Fãs, parentes e amigos despedem-se de Milton Gonçalves no Municipal

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O corpo do ator e diretor, Milton Gonçalves está sendo velado desde as 9h30 desta quarta-feira (31) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no centro da cidade. O artista morreu ontem (30) em casa, aos 88 anos, em consequência de problemas causados por um acidente vascular cerebral (AVC) que sofreu em 2020.

Ainda nesta tarde, o corpo será levado para o Crematório do Cemitério da Penitência, no Caju, região portuária do Rio, onde haverá uma cerimônia restrita à família e amigos mais próximos.

Antes da abertura do velório ao público, houve uma cerimônia ecumênica para a família. Do lado de fora, o público fez fila para se despedir do artista. Amigos e colegas de profissão foram chegando aos poucos e sempre com muitas memórias. O ator Antônio Pitanga lembrou os bons momentos que dividiu com o amigo. “Seja na televisão, seja como responsável por um teatro chamado de teatro de ação, ele, eu, Joel Rufino,Jorge Coutinho. Filmes que ele fez e de que eu participei. Milton teve essa grandeza iluminada no seu chamamento, nesse gesto nobre”, recordou.

A atriz Valentina Herszage lembrou o início da carreira em novelas, que foi junto com Milton. “Ele foi muito gentil e carinhoso. Eu estava apavorada, chegando à televisão com medo de tudo, e ele me acalmava. As cenas corriam de maneira muito calma e com muita confiança. Foi lindo o encontro, cada um em uma ponta da carreira: eu no início e ele, agora, já perto do fim. Era minha primeira novela na TV Globo, eu tinha 19 anos, e esse encontro com Milton foi muito especial por isso”, contou, lembrando da novela Pega-Pega.

O ator Mateus Solano, que também atuou em Pega-Pega, disse que, desde criança, acompanhou os personagens vividos por Milton e tem as melhores lembranças dele, “um homem vibrante que, com mais de 80 anos, estava trabalhando e fazendo as pessoas felizes”. “Estamos aqui para celebrá-lo como ator, como artista, como autor, como militante do movimento negro e também como sindicalista, que defendeu a nossa classe.” Para Solano, o colega deixa um legado de amor, de esperança e de reflexão sobre a sociedade atual. “O Milton é um artista que nos lembra que não basta ser um bom profissional. É preciso ser um bom cidadão.”

Fãs

A enfermeira carioca Neide Damas, de 60 anos, mora em São Paulo, mas está passando uns dias no Rio e, muito emocionada, foi ao Municipal se despedir do ator. “Mesmo que estivesse lá em São Paulo, eu era capaz de montar um altarzinho e fazer uma homenagem a ele. É uma pessoa que vai ficar nos nossos corações para o resto das nossas vidas”, afirmou. “Na televisão, vai ficar faltando um pedaço. As pessoas hoje trabalham por dinheiro, ele trabalhava por amor. Era o que ele passava para a gente.”

Lucila John, de 73 anos, moradora de Pedra de Guaratiba, enfrentou a distância para prestar uma homenagem ao ator. “Sempre acompanhei os trabalhos dele, gostava muito dele. Vim dar o último adeus a um amigo”, afirmou. Mesmo nunca tendo se encontrado pessoalmente com o ator, Lucila o considerava um amigo, “por vê-lo na televisão”.

Preconceitos

O filho, Maurício Gonçalves, também ator, destacou que o pai lutou muito contra o preconceito e pela valorização dos profissionais negros.

“Meu pai, nesse ponto, ensinou a gente a entrar nos lugares sem baixar a cabeça. Acho que ensinou também a muita gente neste país hipócrita, que continua racista. A porta está se abrindo agora. Minha tristeza é que ele e Joel Rufino dos Santos, que eu tenho como um tio, batalharam tanto e não viram essa portinha se abrindo. Isso é a coisa que me deixa um pouco triste, mas ele fez o que tinha que ser feito e está lá no céu”, afirmou.

Enredo

No desfile das escolas de samba da Série Ouro, a Acadêmicos de Santa Cruz homenageou o ator com o enredo Axé, Milton Gonçalves-No Catupé de Santa Cruz. Debilitado pelo AVC, o ator não pôde ir para o desfile, mas assistiu pela televisão.

“Ele assistiu ao desfile e ficou profundamente emocionado. A gente cantou o mais alto que podia com todo o coração, porque cada linha do samba conta uma fase da vida dele e bateu fundo”, disse a filha, Alda Gonçalves.

Paixões

No velório, filhos de Milton Gonçalves erguem a bandeira do Flamengo, uma das paixões do ator – Tomaz Silva/Agência Brasil

Em cima do caixão, duas das maiores paixões de Milton: as bandeiras do Flamengo e da Mangueira. “O Flamengo é uma parte muito importante das nossas vidas. Ele frequentou jogos com o meu irmão. Meu pai gostava de ficar na arquibancada para sentir o calor da galera”, disse Alda.

Para ela, que a Mangueira é a melhor das histórias da vida de seus pais, porque foi em um ensaio da escola que os dois tiveram o primeiro encontro. “Foi uma história de 50 anos de muita felicidade, muita troca de intelectualidade e muito amor, gerando a gente como filhos e uma família muito integrada.”

Carreira

Milton Gonçalves nasceu em 9 de dezembro de 1933, em Monte Santo, Minas Gerais. Filho de trabalhadores rurais, mudou-se com a família, ainda pequeno, para São Paulo. Lá foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico. E foi na gráfica que recebeu um convite para assistir a uma peça de teatro. O encantamento com o ofício foi imediato e em 1957 fez a estreia no Teatro Arena na peça Ratos e Homens, de John Steinbeck.

“O Teatro de Arena tinha algumas propostas da época, revolucionárias. Quais eram? Descobrir, ou formatar, formalizar uma maneira brasileira de interpretar. Passamos a pesquisar como o homem brasileiro anda, como ele come, como ele fala, como ele gesticula”, contou Milton, em depoimento ao Projeto Memória Globo.

Em 1958, depois de uma turnê pelo Brasil, que terminou no Rio de Janeiro, preferiu permanecer na cidade e entrou para o Teatro Nacional de Comédia. Milton foi contratado pela TV Globo antes mesmo da inauguração da emissora, em 1965, e teve uma carreira longa de ator e diretor em mais de 40 novelas, programas humorísticos e minisséries.

Entre os personagens marcantes em novela fez o Zelão das Asas, de O Bem-Amado (1973), e animava também os filhos em casa que adoravam ver o pai voando na tela como um super herói. Foi diretor nas primeiras versões de Irmãos Coragem (1970), A Grande Família (1972) e Escrava Isaura (1976). Nas séries, dirigiu Carga Pesada (1979) e Caso Verdade (1982-1986).

Com a interpretação do personagem Pai José na segunda versão da novela Sinhá Moça, em 2006, foi indicado para o prêmio de melhor ator no Emmy Internacional e foi o primeiro brasileiro a apresentar a premiação. Ao lado da atriz americana Susan Sarandon, na cerimônia de 2006, anunciou o vencedor de melhor programa infanto-juvenil.

A última participação em novelas foi em O Tempo Não Para, em 2018, em que interpretava o catador de recicláveis Eliseu. No ano seguinte, atuou pela última vez na Globo, na minissérie Se eu Fechar os Olhos Agora, com roteiro de Ricardo Linhares, inspirado na obra de mesmo nome do jornalista Edney Silvestre.

O ator teve ainda passagem pela política, sendo candidato ao governo do Rio de Janeiro, em 1994. Foi também superintendente da Rádio Nacional, nos anos 1980. “A Rádio Nacional é a rádio que estava na minha infância. Eu ouvia suas novelas, com minha mãe passando roupa, com aquele ferro quente à brasa. Era uma rádio que chegava no Brasil inteiro.”

Milton era viúvo de Oda Gonçalves, com quem se casou em 1966 e teve o filhos Maurício, Alda e Catarina. “Lá atrás, na década de 60, casar com uma branca, filha de advogados, não foi fácil,não”, afirmou Maurício, apontando mais uma das barreiras enfrentadas pelo pai na vida.

“Que mais eu sou? Sou um ser em disponibilidade para o trabalho. Se for para trabalhar legal, tem em mim um bom parceiro. Tenho esperança e fé de que vou poder contribuir ética e culturalmente; tenho certeza de que vou”, disse Milton ao Projeto Memória Globo.

Veja na TV Brasil:

Agência Brasil –

Dia Mundial do Meio Ambiente: Shopping Eldorado se destaca com suas múltiplas ações de sustentabilidade

Atento às mudanças do mercado, um dos mais tradicionais shoppings de São Paulo, vive em constante transformação para atender demandas dos consumidores, investindo em uma realidade mais coletiva e consciente

Com a aproximação do Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06), o Shopping Eldorado, há 40 anos em São Paulo, celebra essa data por meio de constantes iniciativas ambientais com foco em sustentabilidade.
 

Segundo o superintendente do Shopping Eldorado, Sérgio Nagai, as ações de sustentabilidade significam um novo olhar para o negócio. “Nascemos com o objetivo de alimentar o consumo, sempre repensando nossas ações e mostrando para a sociedade que podemos fazer muito mais além de ser um espaço para compras e entretenimento. Somos um empreendimento gigante e é nosso dever nos preocupar com o nosso entorno, nossos clientes e o nosso planeta. É nosso papel ter consciência dos benefícios que uma atuação sustentável traz para sociedade como um todo”.
 

Seguindo os pilares sustentáveis, o Shopping Eldorado vem evoluindo com iniciativas para planejar e implementar um desenvolvimento sustentável.


Telhado Verde

Em 2012, o shopping criou um dos primeiros telhados verdes de São Paulo para dar um destino ecologicamente correto a cerca de 164 toneladas de lixo orgânico gerados mensalmente na praça de alimentação — aproximadamente 2 mil toneladas por ano. O shopping desenvolveu uma usina de compostagem que transforma as sobras de alimentos em composto orgânico. Com isso, 100% do resíduo orgânico gerado é transformado para servir de base para a produção de alimentos orgânicos.
 

A iniciativa reduzir significativamente a quantidade de resíduos enviados ao aterro sanitário, além de reduzir a emissão de carbono na atmosfera gerada no transporte do material até os tradicionais aterros. A horta também ganhou uma importante função de amenizar a temperatura interna do empreendimento, reduzindo o consumo de energia e evitando o consumo de água utilizada nos equipamentos de refrigeração.
 

Durante o processo de compostagem, enzimas especiais aceleram a decomposição dos alimentos e transformam essa matéria orgânica em adubo, utilizado para cultivar 40 mil hortaliças, legumes e verduras livres de defensivos agrícolas em uma área de 6.800 m² no telhado do shopping. Toda a operação, da separação ao cultivo, é produzida e destinada aos próprios colaboradores do shopping.
 

Na horta, são produzidos legumes e verduras, como berinjela, jiló, pimentão, pimentas, salsinhas, alfaces, tomates, manjericão, pepino, abobrinha, rúcula, couve, limão, amora, beterraba; além de gengibre, capim-cidreira, hortelã, erva doce, alecrim e poejo. Desde a implantação do telhado, já foram colhidas mais de 212.500 hortaliças e verduras, de 30 tipos diferentes. Além das hortaliças plantadas em solo, o shopping desenvolveu também o plantio por meio de hidroponia, técnica de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta.

Coleta seletiva

No empreendimento e ambientes internos do shopping há lixeiras em diversos pontos especificando em cada uma onde deve ser descartado corretamente o lixo. Além disso, existem ilhas de separação na praça de alimentação, com uma equipe que organiza a separação dos materiais recicláveis e orgânicos.
 

Em parceria com a ‘Cooper Viva Bem’, colaboradores trabalham no shopping, em turnos alternados, para fazer a separação minuciosa dos recicláveis (papelão, alumínio, plástico, sucata etc.) e vendê-los como forma de renda. Aproximadamente 150 toneladas de material reciclável são coletados por mês pela instituição — 1.800 toneladas por ano – ajudando mais de 80 famílias da cooperativa.
 

Para resíduos como eletrônicos, pilhas e baterias, o shopping possui um container sinalizado onde todos podem fazer o descarte. A empresa GREEN Eletron é responsável por realizar a coleta do e-lixo e dar o destino correto. Desde que foi implementado no shopping, em 2017, cerca de 1.000 kg de eletrônicos/mês e um total de 25 toneladas já foram corretamente descartadas.
 

O Shopping Eldorado recicla também bitucas de cigarro, cápsulas de café, tampas plásticas, lâmpadas, frascos de desodorante e outros. As bitucas de cigarro são recicladas e transformadas em massa celulósica, que é destinada a oficinas de artes, para produção de papel artesanal com finalidade educativa e pedagógica para crianças, jovens e adultos.
 

Desde 2015, o Eldorado reduziu quase 85% da destinação de lixo ao aterro sanitário. Sendo que o objetivo principal é se tornar um empreendimento zero lixo.

Água de reuso

O Eldorado possui uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que capta o esgoto proveniente do shopping e trata por meio de um sistema biológico. Esse tipo de sistema é composto por bactérias que vão se alimentar de toda a matéria orgânica presente no efluente. Após essa etapa, o efluente já tratado passa por membranas de ultrafiltração onde já se tem a água de reuso. No processo são gerados em média 25 toneladas por mês de lodo, que é descartado pelo sistema, transformado em fertilizante pela empresa TERA ambiental.
 

Como etapa final são adicionados cloro, para desinfecção da água e corante para identificá-la e diferenciá-la da água potável. No Shopping Eldorado a água de reuso é utilizada nas descargas dos vasos sanitários, torres de resfriamento do sistema de ar condicionado, rega de jardins e limpeza de pisos.
 

Diariamente são produzidos cerca de 300 mil litros de água de reuso, totalizando até 9.000m³ de água de reuso por mês — 40% da água utilizada pelo shopping. Desde a implantação da ETE, o empreendimento deixou de utilizar 260.000m³ de recursos hídricos, equivalente a um total de 69 piscinas olímpicas, o que gerou uma economia de R$ 1,4 milhão desde sua implantação.

Óleo
O shopping coleta óleo de cozinha usado e produz um sabão caseiro, utilizado para limpeza de lixeiras, corrimãos e demais áreas que possuem inox. Além disso, o sabão também é doado aos funcionários do shopping que tiverem interesse. Desde 2019, já foram produzidas 850 barras de sabão.

Prêmios

Em 2014, a iniciativa ganhou o prêmio de sustentabilidade da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) e 8º Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo com 1º lugar em sustentabilidade — Mudanças Ambientais, categoria Especial Comunicação Corporativa do ‘Projeto de compostagem/Telhado Verde; em 2015, o prêmio de Grande Empresa da Federação de Comércio de São Paulo e ICSC Global Awards Latin America. Em 2016, conquistou mais uma vez um prêmio de sustentabilidade da Abrasce, com os impactos do projeto na vida dos colaboradores, além dos prêmios ADVB — Top de Sustentabilidade e Lide Varejo na categoria SUTENTABILIDADE, em 2017. “Ao todo, são sete prêmios no quesito sustentabilidade, que nos mostram que estamos no caminho certo”, completa Nagai.

Coluna – Quatro meses para definir os campeões da temporada

A discussão sobre poupar ou não o time para a disputa de alguns jogos vai voltar à tona. Não tenho a menor dúvida! Esse ano, mais do que em qualquer outro desse calendário alucinante do futebol brasileiro, as datas estão apertadas em razão da Copa do Mundo em novembro. Caso você ainda não saiba, essa semana sem jogos, por conta da data Fifa, permite aos times dias de treinos. Que serão os últimos, pelo menos até 14 de setembro.

Isso mesmo. Junho, julho e agosto estão tomados por jogos de futebol, sejam pelo Brasileirão, sejam pela Copa do Brasil ou pela Copa Libertadores/Sul-Americana. Evidente que nas competições com jogos eliminatórios alguns vão ficar pelo caminho e terão refresco nessa correria, mas os vistos como favoritos deverão seguir em frente e, aí, veremos quem serão os verdadeiramente fortes.

Ou não, se pensarmos que o futebol é “uma caixinha de surpresas”. Mas não será possível manter os times titulares nessa sequência louca de jogos, com intervalos mínimos entre eles. Daí que aqueles que dispuserem de mais opções entre os reservas tendem a levar alguma vantagem. Ao mesmo tempo, porém, mesmo com essa estratégia, acho bem pouco provável que uma única equipe consiga se manter no topo com dedicação a mais de uma disputa, simultaneamente. Estou mais propenso a acreditar que agora, em 2022, veremos times priorizando disputas.

As notícias estão aí para provar que esse início de Brasileirão, na Série A, é o mais acirrado da história. Já foram oito rodadas e a diferença do primeiro para o 12º colocado é de apenas quatro pontos, o que nunca aconteceu na era dos pontos corridos, que começou em 2003. O Palmeiras é o pior líder da história, com apenas 15 pontos – e ele mesmo é o recordista de pontos, tendo somado 22 em 2019. Tem mais: três times empatados com 15 pontos na liderança é outro feito inédito.

Se olharmos para as séries B e C veremos que na Segundona o Cruzeiro somava 19 pontos em oito jogos, e o Vasco, quarto colocado, tinha 14, cinco pontos de diferença. Na Série C, o Mirassol tem 17, dois a mais que o Paysandu, quarto colocado.

Ou seja, não está fácil para ninguém. E a tendência é piorar. Arriscar palpite agora é um tiro no escuro. Mas em setembro acho que teremos uma indicação bem forte de quem vai levantar os troféus mais importantes de 2022.

* Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil

Fonte Agência Brasil – Read More