Comandante-geral da PM-SP anuncia ampliação da Operação Sufoco

O comandante-geral da Polícia Militar do estado de São Paulo, o coronel Ronaldo Miguel Vieira, anunciou hoje (24) que vai intensificar a Operação Sufoco na capital paulista. A operação teve início no dia 4 de maio deste ano visando principalmente combater os assaltos realizados por falsos entregadores de delivery, mas acabou se expandindo e virou uma operação contra todo tipo de criminalidade na rua. O objetivo da operação, segundo o governo paulista, é tornar as polícias mais visíveis e aumentar a sensação de segurança da população.

“A Operação Sufoco não tem prazo para encerrar. Ela vai se estender. São ações que estamos implementando no policiamento tanto aumentando o efetivo quanto combatendo indicadores e aumentando a percepção de segurança da população”, disse o comandante-geral da PM em uma entrevista concedida no Vale do Anhangabaú, na tarde de hoje (24).

Durante a entrevista, o Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, estava tomado por carros policiais, entre eles, um veículo especial da Tropa de Choque. Segundo o comandante-geral, os carros estavam concentrados porque dali sairiam para monitorar a região central. “Eram várias operações pequenas que a polícia sempre fazia. E pensamos agora de a gente juntar todas as operações, uma vez por semana, para fazer a saída de pontos – tanto da área central quanto das zonas norte, sul, leste e oeste – para mostrar a intensidade da operação para a população.”

Ele não revelou em quanto o policiamento será ampliado. Mas informou que a Operação Sufoco abarca todo tipo de crimes, inclusive os de tráfico na região da Cracolândia. “A polícia tem que estar na rua e mostrar força e estar indo em favor do cidadão de bem”, disse.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, em 20 dias de Operação Sufoco, foram presas 2 mil pessoas e vistoriados 141 mil veículos. Foram apreendidas 10,6 toneladas de drogas, 137 armas de fogo e 14 armas brancas.

Efetivo

Para dar início à Operação Sufoco, no dia 4 de maio, o governo de São Paulo aumentou o efetivo policial nas ruas, que passou de 5 mil para 9,7 mil só na capital paulista.

Durante o anúncio da operação, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), avisou que o policiamento seria mais ostensivo. “Eu quero deixar um aviso muito claro a esses bandidos: que eles mudem de profissão ou de estado porque a polícia vai atrás de cada um deles. Quem cometer crime aqui em São Paulo vai ser preso. O bandido que levantar arma para a polícia vai levar bala da polícia que, dentro dos limites da lei, vai agir com muito rigor em relação à criminalidade”, disse o governador.

Para aumentar o policiamento nas ruas da capital, o governo permitiu uma ampliação na quantidade de vagas de programas que permitem que policiais atuem em jornadas extras, ou seja, em seu horário de folga. O investimento mensal nesse programa de pagamento de jornadas extras e na utilização de viaturas, informou o governo, será de R$ 41,8 milhões. O pagamento será feito por meio das Diárias Especiais por Jornada Extraordinária de Trabalho da Polícia Militar e Civil (Dejem e Dejec) e da Atividade Delegada.

Críticas

O aumento na jornada de trabalho foi criticado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp). O sindicato informou ter ingressado com uma ação civil coletiva contra o governo paulista visando “coibir a escala abusiva imposta aos delegados de polícia e que afeta também os demais policiais civis e militares para a cobertura da Operação Sufoco”. Para o sindicato, a operação tem um caráter eleitoreiro para “demonstrar à população a falsa sensação de estado seguro”. Para o sindicato, há falta de profissionais na área de segurança pública e os que trabalham atualmente não podem ser penalizados por escalas intensas.

Questionado por jornalistas sobre a reclamação do sindicato, o comandante-geral negou que a operação tenha prejudicado as escalas. “O que foi implementado foram as vagas de atividade extras, que são a Dejem. Isso é um serviço voluntário que o policial escolhe e tem o livre-arbítrio se quer ou não fazer. O efetivo normal de policiamento e das atividades ordinárias continua na escala padrão”, disse.

Para Ariel de Castro Alves, advogado e especialista em segurança pública e direitos humanos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a Operação Sufoco é “demagógica e oportunista em ano eleitoral, diante dos clamores populares em torno da insegurança pública”.

Ele também criticou o fato de o governo utilizar o direito de folga ou descanso dos policiais para o incremento das operações. “O governo deveria chamar os policiais que já foram aprovados em concursos e aguardam na lista de espera para assumirem seus cargos. É bastante temerária a medida de que os policiais não terão mais folgas. Muitos, inclusive, já não têm folgas em razão dos ‘bicos’ que fazem na área de segurança privada. Os policias estarão privados de descansos, lazer e convivência familiar, gerando mais estresse”, disse Alves que também integra o Movimento Nacional de Direitos Humanos.

Segundo o especialista, o aumento do número de policiais nas ruas não necessariamente significa mais segurança. “Não vai adiantar mais policiais nas ruas para gerarem policiamento ostensivo e sensação de segurança se a Polícia Civil continua sem estrutura para garantir o andamento dos inquéritos e se o Instituto de Criminalística e os demais setores da Polícia Científica e do Instituto Médico-Legal não tiverem estrutura para produzirem as perícias, pareceres e cumprirem as diligências. A polícia de São Paulo precisa de toda uma reestruturação para gerar uma segurança para a população”, acrescentou.

Secretaria

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública lamentou a decisão do Sindpesp em ingressar com uma ação na Justiça. “É lamentável e espantoso que uma entidade que diz representar a polícia entre com uma ação na Justiça justamente para tirar a polícia das ruas e deixar o caminho livre para os criminosos. A polícia de São Paulo não vai abandonar a sua missão cívica de proteger a sociedade de traficantes, por causa de uma entidade movida por interesses políticos alheios às verdadeiras necessidades da segurança da população”, diz a nota da SSP, acrescentando que a adesão é voluntária e que nenhum policial é obrigado trabalhar a mais.

“As diárias extras são viabilizadas pela atividade delegada, Dejem e Dejec, com limite de até oito horas por dia, no máximo 10 diárias por mês e descanso obrigatório antes e depois de sua execução. Limites que visam preservar a saúde física e mental do policial”, diz a SSP.

Ainda segundo a secretaria, 12,8 mil policiais foram contratados desde 2019 e outros 3.293 estão nas academias das polícias passando por curso de formação. Há ainda 5.639 novas vagas autorizadas, informou o órgão.

Fonte Agência Brasil – Read More

Câmara aprova MP que define salário mínimo em R$ 1.212

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (24) a Medida Provisória 1091/21, que instituiu o valor de R$ 1.212 para o salário mínimo em 2022. A matéria segue para análise do Senado.

O novo valor considera a correção monetária pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro de 2021 e a projeção de inflação de dezembro de 2021, estimada pela área técnica do Ministério da Economia. O valor diário do salário mínimo corresponde a R$ 40,40, e o valor horário, a R$ 5,51.

No total, o aumento será de 10,18% em relação ao valor anterior, que era R$ 1.100. Os estados também podem ter salários mínimos locais e pisos salariais por categoria maiores do que o valor fixado pelo governo federal, desde que não sejam inferiores ao valor do piso nacional.

A relatora, deputada Greyce Elias (Avante-MG), recomendou a rejeição de todas as 11 emendas propostas na Câmara e manteve integralmente o texto editado pelo Poder Executivo em janeiro deste ano.

“A estimativa é que cada real de aumento no salário mínimo gera um incremento direto, em 2022, de apenas R$ 15 milhões na arrecadação previdenciária, conforme o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO)”, afirmou a deputada.

O novo mínimo altera o valor de cálculo de benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas. No caso das aposentadorias e pensões por morte ou auxílio-doença, os valores deverão ser atualizados com base no novo mínimo. O mesmo vale para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo e é pago a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Fonte Agência Brasil – Read More

Duplas de Marcelo Melo e Rafael Matos avançam em Roland Garros

O Brasil estreou com duas vitórias na disputa de duplas do torneio de tênis de Roland Garros, nesta terça-feira, em Paris (França). O gaúcho Rafael Matos, em parceria com o espanhol David Vega Hernandez bateram os cabeças de chaves 13, o argentino Andres Molteni e o mexicano Santiago Gonzalez, por 2 sets a 0 ( parciais de 6/2 e 6/3). Na sequência, foi a vez de Marcelo Melo, ao lado do argentino Maximo Gonzales, superar o esloveno Aljaz Bedene e o sérvio Filip Krajinovic por 2 sets a 0 (6/4 e 6/2), em pouco mais de uma hora de partida.

 O gaúcho Rafael Matos, em parceria com o espanhol David Vega Hernandez bateram os favoritos, o argentino Andres Molteni e o mexicano Santiago Gonzalez, por 2 sets a 0 ( parciais de 6/2 e 6/3) – Gallas Press/Divulgação

Melo e Gonzales enfrentarão na segunda rodada o norte-americano Maxime Cressy e o espanhol Feliciano Lopez, em datas e horários a serem definidos. Os rivais avançaram após derrotaram checo Roman Jebavy e do sérvio Matej Sabanov por 2 a 1.Já Rafael Matos e Veja Hernandez duelarão com os vencedores da partida entre o norte-americano  Denis Kudla e o parceiro finlandês Emil Ruusuvuori  contra o polonês Lukasz Kubot que joga junto do francês  Edouard Roger-Vasselin.

Nesta quarta, às 8h (horário de Brasília) a paulista Bia Haddad, única representante do país na disputa de simples no saibro francês, enfrenta Kaia Kanepi, da Estônia, 46ª no ranking mundial.  A brasileira, atual número 48 do mundo, triunfar na estreia no último domingo (22) contra a espanhola Cristina Busca (134ª), por 2 sets a 1 (6/3, 1/6 e 6/2), após embate de 2h13.

Após o jogo de simples, Bia volta à quadra para estrear nas duplas ao lado da cazaque Ana Danilina. O primeiro duelo será contra as japonesas  Eri Hozumi e Makoto Ninomiya, em horário ainda a ser definido.

Às 6h desta quarta (25), quem também faz sua estreia nas duplas de Roland Garros é o mineiro Bruno Soares junto com o escocês Jamie Murray.  Eles vão encarar a parceria África do Sul-Israel formada respectivamente por Lloyd Harris  e Jonathan Erlich (Israel)

Outros resultados

Quem já despediu de Roland Garros foi o paulista Felipe Meligeni e o parceiro Sebastián Baes (Argentina) que perderam na estreia, por 2 sets a 0 (7/5 e 6/3) para a dupla do cazaque Andrey Golubev, com o francês Martin.

Fonte Agência Brasil – Read More

Covid-19: Brasil registra 32,8 mil casos e 239 mortes em 24h

O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, um total de 32.820 novos casos de covid-19. No mesmo período, foram confirmadas 239 mortes em decorrência do vírus, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (24) pelo Ministério da Saúde, com base em dados enviados pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. 

O número total de casos confirmados da doença, desde o início da pandemia, é de 30.836.815, e o de óbitos chegou a 665.905.

Ainda segundo o boletim, 29.885.580 pessoas se recuperaram da doença e 285.330 casos estão em acompanhamento.

Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número registrado diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Às terças-feiras, o quantitativo, em geral, é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana.

O boletim ainda informa que há 3.276 óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação.

Estados

O estado de São Paulo lidera o número de mortes por covid-19, com 169.012, seguindo por Rio de Janeiro (73.789), Minas Gerais (61.478) e Paraná (43.282). O menor número de mortes é registrado no Acre (2.002), Amapá (2.152), Roraima (2.152) e Tocantins (4.156). 

boletim epidemiológico 24.05.2022 – Ministério da Saúde

Vacinação

Até o momento já foram aplicadas 432 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 176,8 milhões com a primeira dose e 158,5 milhões com a segunda dose. A dose única da vacina da Janssen foi aplicada em 4,8 milhões de pessoas. Outras 84,5 milhões já receberam pelo menos uma dose de reforço e outras 3,5 milhões já receberam o segundo reforço.

Fonte Agência Brasil – Read More

Assessor especial da Casa Branca se reúne com presidente do Brasil

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta terça-feira (24), em Brasília, com o assessor especial do governo dos Estados Unidos (EUA) para a 9ª Cúpula das Américas, Christopher Dodd. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e durou cerca de uma hora. 

Horas após a reunião, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil distribuiu um comunicado de Dodd, um ex-senador do Partido Democrata, para informar sobre a conversa. Segundo ele, a visita foi para reforçar o convite para que Bolsonaro participe da cúpula. 

“Nesta manhã, em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero”, afirmou o norte-americano.

A Cúpula das Américas será realizada entre os dias 6 e 10 de junho em Los Angeles (EUA). O evento reúne líderes de quase todos os países das Américas. O Palácio do Planalto não se pronunciou sobre a reunião entre Dodd e Bolsonaro. Se decidir ir à Cúpula, o presidente brasileiro poderá ter seu primeiro encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, que assumiu o cargo em janeiro do ano passado.  

Ainda em seu comunicado, Christopher Dodd citou os temas principais que serão discutidos durante o evento e reforçou a importância da presença do Brasil. “A Cúpula das Américas se concentrará em algumas das questões mais importantes e compartilhadas de todo o hemisfério, como a garantia de que a democracia seja uma realidade para cada país, nossas metas climáticas compartilhadas, uma resposta mais colaborativa à covid-19 e a abordagem mais profunda do crime organizado e da instabilidade econômica.”

Segundo Dodd, o Brasil tem muito a contribuir nestes temas com os demais presidentes dos países das Américas que participarão da Cúpula. “Valorizamos muito a voz do Brasil enquanto discutimos soluções que ajudarão a construir vidas melhores para as pessoas do nosso hemisfério”, disse.
 

Fonte Agência Brasil – Read More

PF prende no Rio homem transportando 800 quilos de cocaína

Policiais federais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-RJ) prenderam na tarde desta terça-feira (24), em flagrante, um homem de 36 anos que transportava cerca de 800 quilos (kg) de cocaína.

A abordagem aconteceu na rodovia Presidente Dutra, próximo à Seropédica, região metropolitana do Rio, e contou com o apoio de um cão farejador para localização do entorpecente em meio a uma carga de biscoitos.

O preso responderá pelo crime de tráfico de drogas, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão.

Outra ação

No último dia 13, a Polícia Federal (PF) prendeu, também em flagrante, um homem de 36 anos que transportava 805 kg de pasta base de cocaína para o Rio de Janeiro.

A ação ocorreu na rodovia Presidente Dutra, na região de Piraí, no Vale do Paraíba, sul fluminense, e teve o apoio do cão farejador Enzo para localização do entorpecente.

Fonte Agência Brasil – Read More

Senado aprova medida provisória da renegociação do Fies

O Senado aprovou hoje (24) uma medida provisória (MP) que permite a renegociação de débitos para estudantes beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A MP havia passado pela Câmara, onde sofreu alterações e, por isso, virou um projeto de lei de conversão (PLV). O desconto pode chegar a 77% do valor total negociado, mas para estudantes que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), o abatimento pode ser de até 99% do valor devido. O texto segue para sanção presidencial.

O desconto aprovado é oferecido aos estudantes que tenham formalizado a contratação de financiamento estudantil junto ao Fies até o 2º semestre de 2017 e que estejam com débitos vencidos e não pagos até sua publicação. O texto traz a possibilidade de parcelamento das dívidas em até 150 meses, com redução de 100% dos encargos moratórios e concessão de 12% de desconto sobre o saldo devedor para o estudante que realizar a quitação integral da dívida.

No caso de estudantes com mais de um ano de atraso, a proposta oferece um desconto de 99% da dívida consolidada para aqueles que estão no CadÚnico ou foram beneficiários do auxílio emergencial. Para os demais estudantes, esse desconto é de 77%. Essa foi uma das alterações dos parlamentares em relação à MP original. Antes da mudança, ela previa descontos de 92% para beneficiários do CadÚnico e de 86,5% para os demais.

O PLV permite, ainda, a utilização do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o pagamento do Fies, inclusive na hipótese de parcelamento dos débitos. O texto aprovado no Senado permite o inadimplemento de até três prestações sucessivas e cinco alternadas. “Esta modificação é deveras positiva pois flexibiliza as regras de inadimplemento, evitando assim a rescisão precipitada da transação, o que não é desejável, nem para o estudante financiado, nem para o Fies”, afirmou o relator, senador Fernando Bezerra (MDB-PE).

Dívidas

A renegociação de dívidas do Fies pode atender pouco mais de 1 milhão de estudantes, que representam contratos no valor de R$ 35 bilhões, segundo números do Ministério da Educação.

São considerados o total de 2,6 milhões de contratos ativos do Fies, abertos até 2017, com saldo devedor de R$ 82,6 bilhões. Desse total, 48,8% (1,07 milhão) estão inadimplentes há mais de 360 dias. O texto que facilita o pagamento dos atrasados foi editado no último dia de 2021 e ainda precisa de um decreto regulamentador.

Fonte Agência Brasil – Read More

Duas onças e outros 18 animais foram envenenados no Pantanal, diz PF

Duas onças e 18 animais encontrados mortos na região do Abobral, em Corumbá, Pantanal sul-mato-grossense, foram envenenados pelo agrotóxico carbofurano, aponta a Polícia Federal (PF) que divulgou hoje (24) conclusão de investigação iniciada no ano passado. Segundo o órgão, os responsáveis foram identificados e indiciados. Os nomes dos investigados e a motivação para o crime não foram informados.

O envenenamento foi confirmado com a análise de um pedaço do fígado de uma das onças mortas. O material foi encaminhado para exame pericial em Brasília. A PF informou que o agrotóxico tem venda proibida no Brasil desde 2017, por ser extremamente tóxico, mas pode ser facilmente encontrado no Paraguai.

O laudo pericial aponta também que o uso do “carbofurano para envenenamento intencional de animais domésticos e selvagens tem sido frequentemente descrito em publicações científicas, como um dos praguicidas mais comuns para esse fim”.

Relembre o caso

Os animais foram encontrados, em junho de 2021, por uma equipe do Instituto Reprocon que fez uma incursão na mata para rastrear o colar de GPS instalado em um dos animais monitorados pelo grupo. O aparelho havia emitido sinal referente ao sensor de mortalidade. 

Ao encontrarem a onça-pintada já morta, em estado avançado de decomposição, os pesquisadores foram surpreendidos com outros animais mortos nas proximidades do local, entre eles mais uma onça. A condição em que foram encontrados levou à suspeita de envenenamento.

“Sandro, macho de onça-pintada com mais de 120 kg, de apenas 4 anos, foi encontrado morto. Já bastaria para ser triste e lamentável, mas não acabou; próximo a ele outra onça-pintada, também macho com aproximadamente 140 kg, um cachorro-do-mato, um gavião carcará e 14 urubus”, descreveu a organização em uma rede social no dia 3 de julho de 2021.

Segundo o instituto, Sandro era monitorado por colar GPS desde setembro de 2020. “[Isso] permitiu a localização desses animais, 600 metros da margem do rio adentrando uma propriedade privada arrendada”, diz o texto.

O Reprocon destaca que a morte de animais por envenenamento gera um efeito cascata, matando outros bichos que se alimentam da carcaça. “Metade da população de onças do mundo se encontra aqui no Brasil”, lembra a entidade.

Fonte Agência Brasil – Read More

Campanhas podem aumentar adesão de jovens adultos à dose de reforço

Campanhas publicitárias com linguagem adequada, busca ativa de quem não voltou aos postos de vacinação e maior divulgação do sucesso da imunização são algumas das estratégias recomendadas por pesquisadores para ampliar a adesão dos jovens adultos à dose de reforço contra a covid-19.

O último boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que a cobertura da terceira dose fica abaixo de 40% entre os adultos com menos de 30 anos. Na faixa etária de 18 e 19 anos, o percentual chega a 25,2%. A baixa adesão contrasta com a cobertura de mais de 75% nas mesmas faixas etárias, quando é considerado apenas o ciclo primário da vacinação, com duas doses ou dose única.

Para o coordenador do grupo responsável pelo Boletim InfoGripe, da Fiocruz, e integrante da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19, Marcelo Gomes, a comunicação é o principal mecanismo para estimular essa população a completar a imunização. “Os departamentos de marketing de empresas já sabem que, para públicos distintos, é preciso desenvolver campanhas distintas. E, com a vacinação, é a mesma coisa”, compara. “A gente deixou muito de trabalhar o papel do jovem, a importância do jovem e o porquê de, mesmo tendo risco menor, a vacinação dele ser importante.”

O pesquisador lembra que as coberturas de vacinas que exigem mais de uma dose já costumam sofrer com a dificuldade de manter a adesão nas aplicações posteriores à primeira. A busca ativa, em que os profissionais de saúde entram em contato com quem precisa se vacinar, já é uma realidade nesses casos e pode também ajudar a trazer de volta o público da dose de reforço contra a covid-19. No caso da vacina contra o SARS-CoV-2, Gomes acredita que o problema se agrava porque a dose de reforço não estava prevista inicialmente e só se mostrou necessária para toda a população com o surgimento de novas variantes do vírus, como a Ômicron.

“Isso também cobra seu preço. Temos que resgatar a população e mostrar que essa mudança tem um embasamento”, afirma Gomes. “Quando se decidiu ampliar [a dose de reforço] para toda a população adulta, era porque os dados mostravam que estávamos vivendo um cenário distinto. A dose de reforço faz uma diferença enorme no sentido da proteção [contra a Ômicron]. Há um custo associado a oferecer vacina gratuitamente a toda a população. No momento em que se decide fazer esse investimento, é porque é uma necessidade clara.”

Para Gomes, o esforço de comunicação deve considerar que grande parte dos jovens que não receberam a dose de reforço não são antivacina e se dispuseram a tomar as duas primeiras doses. “Há uma diferença entre quem não tomou nem a primeira dose e quem tomou duas e não foi tomar o reforço. Essa pessoa não é intrinsecamente contra a vacinação. Ela, só por algum motivo, não entendeu e não foi informada a respeito da importância da dose de reforço”, lembra o pesquisador, que levanta a hipótese de que a própria nomenclatura “dose de reforço” pode ter prejudicado o entendimento da população.

“Talvez até o termo ‘reforço’ tenha dado uma ideia equivocada de que era algo opcional, eventual, e não com o papel realmente importante de memória do nosso sistema imunológico, como é, por exemplo, a vacina anual da gripe. A gente não chama de vacina de reforço da gripe, chama só de vacina da gripe, mas ela nada mais é que uma dose de reforço. Talvez a gente não tenha conseguido passar para a população de maneira adequada”, destaca.

Desinformação

Pesquisas publicadas em diversos países mostram que a dose de reforço é importante para restabelecer a imunidade seis meses após a segunda dose, quando a memória das defesas do organismo tende a enfraquecer. 

Entre os estudos realizados no Brasil, um coordenado pela Fiocruz Minas mostrou que a presença de anticorpos em uma população de cerca de 1,5 mil pessoas vacinadas com duas doses era de 98% até 60 dias após a segunda dose e caía para 69% entre 91 e 180 dias depois dessa aplicação. Com a dose de reforço, porém, o percentual subia a 100% em 15 dias.

O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, ressalta que, mesmo com tanta informação embasada produzida por cientistas, a desinformação que circulou durante a pandemia teve impacto e gerou dúvidas na população. “Tivemos muita desinformação, muitas fake news [notícias falas], muitas vezes ditas por nossos próprios representantes, que deveriam falar a favor da vacinação. Isso impactou na adesão à vacinação, em especial de crianças. Nossas coberturas de crianças de primeira e segunda dose são muito baixas. Para os adolescentes, impactou já na segunda dose, e, para os adultos jovens, no reforço”, observa Cunha.

Ele defende a realização de mais campanhas de comunicação pelo Ministério da Saúde, com ênfase na divulgação do sucesso das vacinas, que reduziram a letalidade e as internações causadas pela covid-19. “Temos que reforçar que este é um valor muito importante da vacina. Outra coisa que também deve ser reforçada através da comunicação é que, para a Ômicron, os quadros são mais leves para vacinados. E temos que tirar a ideia de que, por ser mais jovem, não tem risco. O risco existe.”

Além de cumprir papel de proteção individual, a vacinação reduz a circulação do vírus, ao produzir infecções mais leves, com menor potencial de transmissão. “É uma proteção individual e da coletividade. Quanto maior o número de vacinados, maos teremos diminuição da circulação viral, e, com isso, diminuirá a possibilidade de se infectar, a possibilidade de transmitir e também de ter as formas mais graves da doença”, afirma o presidente da SBIm. 

Cunha ressalta que há uma falsa ideia de que a pandemia acabou, que se soma à percepção de que os casos provocados pela variante Ômicron produzem apenas sintomas leves. Ele explica que o baixo percentual de internados no pico da nova variante está relacionado à proteção das vacinas e acrescenta que a Ômicron é capaz de escapar da imunidade produzida por apenas duas doses ou pela infecção natural. 

“A sensação que as pessoas têm de fim de pandemia e de relaxamento total das medidas não farmacológicas fez cair a adesão desses grupos, que desde o início se fala que têm quadros considerados não tão graves. Mas não se pode pensar que a pandemia já terminou com a quantidade de óbitos diários que ainda temos. E não adianta esperar piorar a situação para se vacinar, porque a vacina leva um tempo para proteger”, enfatiza.

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que recomenda aos estados e municípios que façam a busca ativa da população para completar o esquema vacinal contra a covid-19. Segundo o ministério, já foram veiculadas 38 campanhas publicitárias em TVs e rádios do país para reforçar a importância da vacinação.

“A pasta também reforça amplamente a importância da segunda dose e da dose de reforço para garantir a máxima proteção contra o vírus e conter o avanço de novas variantes no país”, disse.

Ao todo, 84,5 milhões de brasileiros com mais de 18 anos já receberam a dose de reforço, o que corresponde a cerca de 40% da população brasileira. Já a cobertura de primeira dose chega a 82,6%, e a de segunda dose, ou dose única, a 76%. 

Fonte Agência Brasil – Read More

Rio: mortes em operação na Penha chegam a 21, diz Ministério Público

A operação mais mortal das forças de segurança do Rio neste ano resultou em pelo menos 21 mortos, no Complexo da Penha, segundo a última atualização do Ministério Público (MP). A ação reuniu efetivos das polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, desde a madrugada, com objetivo de prender lideranças criminosas escondidas na comunidade.

O MP instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as circunstâncias das mortes ocorridas durante operação policial. O PIC determina que o comando do Batalhão de Operações Especiais (Bope) envie, em um prazo máximo de dez dias, o procedimento de averiguação sumária dos fatos ocorridos durante a operação. Devem ser ouvidos todos os policiais militares envolvidos e indicados os agentes responsáveis pelas mortes, além de esclarecer sobre a licitude de cada uma das ações letais.

Quanto aos agentes federais envolvidos na ação, foi expedido ofício ao Ministério Público Federal (MPF) para ciência dos fatos e a adoção das medidas cabíveis. Além disso, foi requisitado ao Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil que sejam enviadas informações sobre os inquéritos policiais instaurados para apurar os fatos.

A 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada também encaminhou ofício à Delegacia de Homicídios, recomendando que todas as armas dos policiais militares envolvidos na ação sejam apreendidas e enviadas para exame pericial, inclusive comparando com os projéteis que venham a ser retirados das vítimas.

Operação

De acordo com a assessoria da PM, as equipes do Bope e da PRF se preparavam para a incursão, quando criminosos começaram a fazer disparos de arma de fogo na parte alta da comunidade. Uma mulher foi ferida na Chatuba, uma comunidade fora da área da operação, e morreu no local.

Durante a ação, ocorreu confronto. Houve apreensão de 13 fuzis, quatro pistolas e 12 granadas, além de drogas. O total ainda será contabilizado. O feridos foram encaminhados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas.

Segundo informações do setor de inteligência da PM, três destes feridos seriam de outros estados. Na localidade conhecida como Vacaria, mais de 20 veículos, entre motos e carros, usados por criminosos em fuga, foram apreendidos.

Fonte Agência Brasil – Read More