Presidente anula decretos que revogavam luto oficial

O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem (29), por meio de suas redes sociais, que decidiu anular os atos em que revogava decretos de luto oficial editados em seu governo e por antecessores. 

“Tendo em vista o apelo popular para que todos esses Decretos permanecessem vigentes, em respeito à história e à memória dos falecidos, tornarei sem efeito as revogações dos 122 atos, independente do governo que os decretou ou da personalidade homenageada”, justificou Jair Bolsonaro.

Entre os lutos oficiais, estavam os do ex-arcebispo emérito de Recife e Olinda dom Helder Câmara, do ex-governador Rio de Janeiro Leonel Brizola e do sociólogo Darcy Ribeiro.

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Bandeira de escassez hídrica deve ir até abril, diz ministro

O Brasil vivenciou, no ano passado, a maior crise de escassez hídrica dos últimos 90 anos. Por conta disso, o país precisou comprar energia elétrica do exterior e acionar as usinas termelétricas que funcionam em solo brasileiro. Para financiar os gastos extras, foi criada uma nova bandeira tarifária de energia elétrica: a bandeira de escassez hídrica. A previsão do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, entretanto, é que ela deixe de ser necessária em meados de março ou abril.  

Segundo Albuquerque, ainda não há como prever como será o cenário hídrico em 2022, mas há uma expectativa de que seja melhor do que o do ano passado. O ministro disse que as condições hídricas de 2021 foram 8% melhores que em 2020  graças às medidas adotadas pelo governo.

“A nossa expectativa para o fim do período úmido (março, abril) é estarmos em condições bem melhores do que estávamos no ano passado”. De acordo com ele, os consumidores – grandes , médios e pequenos – fizeram a sua parte. “Eu digo que foi um esforço coletivo”, garante.

Ainda segundo o ministro, o governo trabalhou para que não houvesse a possibilidade nem de racionamento nem de apagão. Bento Albuquerque citou que países como os Estados Unidos e a China tiveram que racionar energia, o que não ocorreu com o Brasil.

Leilões de petróleo e outros assuntos

Na entrevista ao programa Brasil em Pauta, Bento Albuquerque também falou sobre a matriz energética brasileira, sobre o avanço da energia solar – que cresceu 132% no ano passado – e sobre os leilões de petróleo. Segundo ele, a produção cresceu 14% nos últimos três anos.

Como o petróleo brasileiro tem baixo teor de carbono, ele se torna mais atrativo para investidores. O governo também colaborou, dando segurança jurídica e regulatória e previsibilidade ao processo. “E tudo isso só é possível com planejamento”, conclui.

O Brasil em Pauta vai ao ar neste domingo, às 19h30, na TV Brasil.

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Doenças negligenciadas têm aumento em taxa de mortalidade

A pandemia de covid-19 trouxe impactos para o atendimento em relação às doenças tropicais negligenciadas que passaram a registrar aumento da mortalidade, apesar da queda de internações.

Em 2020, a taxa de mortalidade para malária subiu 82,55%, apesar da queda de 29,3% nas internações. Doenças como a leishmaniose visceral e a leptospirose também registraram aumento de mortalidade de 32,64% e 38,98%, respectivamente. O número de internações por essas doenças diminuiu no período, com quedas de 32,87% e 43,59%.

Já a dengue registrou aumento de 29,51% nas internações e de 14,26% na taxa de mortalidade. Os dados fazem parte de um estudo dos pesquisadores Nikolas Lisboa Coda Dias e Stefan Oliveira, da Universidade Federal de Uberlândia; e Álvaro A. Faccini-Martínez, da Universidade de Córdoba.

Eles compararam os dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) durante os primeiros oito meses de 2020 com os valores médios do mesmo período dos anos de 2017 a 2019. Segundo os pesquisadores, a queda nas internações é consequência da pandemia e do medo das pessoas de procurarem assistência à saúde nesse período.

Na avaliação da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), houve aumento do número de casos dessas enfermidades durante a pandemia. “Houve redução dos casos notificados e aumento da letalidade”, disse à Agência Brasil o presidente da entidade, Júlio Croda.

 “Houve uma desassistência às pessoas que são acometidas por essas doenças e que, geralmente, são populações mais vulneráveis”, destacou.

Retrocesso

Na avaliação de Júlio Croda, o Brasil retrocedeu de dez a 20 anos no combate a essas doenças. Segundo ele, será necessário reconstruir os serviços de saúde já que todos os programas nacionais de controle para essas doenças sofreram algum impacto. Ele acredita ainda que a curva de redução de incidência que o país mantinha e de mortalidade associada a essas doenças tende a entrar em estabilidade até 2030.

“A gente perdeu uma década de combate a essas doenças, principalmente por conta da pandemia, da desassistência, da falta de diagnóstico e de um tratamento precoce”, avaliou o especialista.

Procurado pela Agência Brasil para comentar a afirmação de Croda, o Ministério da Saúde não respondeu até o fechamento da matéria.

Tuberculose

O presidente da SBMT afirmou que, depois de 15 anos, houve registro de redução das notificações de tuberculose em todo o mundo e crescimento do número de óbitos. “No Brasil, não foi diferente”. A tuberculose é a doença negligenciada responsável pelo maior número de mortes entre as populações mais vulneráveis, segundo Croda.

Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), divulgado em outubro de 2021, relatou que os serviços de tuberculose estão entre os interrompidos pela pandemia de covid-19 em 2020. O impacto sobre essa doença foi particularmente grave e, em 2020, 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose no mundo.

A OMS estima que 4,1 milhões de pessoas sofrem atualmente de tuberculose, mas não foram diagnosticadas com a doença ou não notificaram oficialmente às autoridades nacionais. Em 2019, o número de pessoas afetadas por tuberculose chegava a 2,9 milhões.

Doenças Negligenciadas

Mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o planeta sofrem com algum tipo de doença tropical negligenciada.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas somam um grupo diversificado de doenças transmissíveis que prevalecem em condições tropicais e subtropicais em 149 países, matam milhões de seres humanos e custam bilhões de dólares às economias em desenvolvimento a cada ano.

O Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, lembrado hoje (30), foi criado em 2019, por uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde. Este é o terceiro ano de celebração da data, em meio à pandemia da covid-19.

Em nota divulgada hoje, o coordenador de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Marcelo Wada, afirma que que a pasta vêm investindo na vigilância dessas doenças e implementando ações para que se alcance a eliminação ou controle desse grupo.

“Existem muitos desafios para a eliminação das DTNs, incluindo mudanças climáticas, ameaças zoonóticas e ambientais, emergentes em saúde pública. Vamos avançar nas estratégias para controlar essas doenças”, afirmou.

Doenças esquecidas

As chamadas doenças negligenciadas, ou esquecidas, são enfermidades infecciosas, muitas delas parasitárias, que afetam principalmente as populações mais pobres e com acesso limitado aos serviços de saúde, em especial pessoas que vivem em áreas rurais remotas e favelas.

Segundo a OMS, elas integram um grupo diversificado de 20 enfermidades prioritárias de origem parasitária, bacteriana, viral e fúngica. Causam dor e incapacidade, criando consequências sociais, econômicas e para a saúde duradouras para indivíduos e sociedades. Impedem as crianças de ir à escola e os adultos de ir  ao trabalho, prendendo as comunidades em ciclos de pobreza e desigualdade. As pessoas afetadas por deficiências causadas por essas doenças, muitas vezes sofrem estigma em suas comunidades, dificultando acesso aos cuidados necessários e levando ao isolamento social.

No Brasil, leishmaniose, tuberculose, doença de Chagas, malária, esquistossomose, hepatites, filariose linfática, dengue e hanseníase estão entre as principais doenças negligenciadas. Elas ocorrem em quase todo o território. Mais de 90% dos casos de malária ocorrem na Região Norte e há surtos de filariose linfática e oncocercose. As regiões Norte e Nordeste apresentam o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e concentram o maior número das DTNs.

Equidade

A comemoração deste ano do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) foi iniciada pela OMS no último dia 26, sob o tema “Alcançar a equidade em saúde para acabar com a negligência das doenças relacionadas à pobreza”. A instituição fez um apelo a seus membros para que se concentrem no fortalecimento das intervenções, visando promover serviços de saúde equitativos para todos.

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Brasil tem 40 milhões de vacinados com dose de reforço contra covid-19

O Brasil ultrapassou neste domingo (30) a marca de 40 milhões de brasileiros vacinados com a dose de reforço contra a covid-19. Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, mais de 53 milhões de brasileiros estão aptos a receberem o reforço na imunização, mas ainda não retornaram aos postos. Esse público já pode receber a nova dose entre janeiro e fevereiro.

Segundo a pasta, ao todo, mais de 1,8 mil casos da variante Ômicron foram confirmados no Brasil, com dois óbitos. Estudos comprovam a eficácia da dose de reforço contra a variante Ômicron. Até o momento, o governo distribuiu mais de 407 milhões de doses de vacina covid-19 e aplicou mais de 355 milhões.

Com o avanço na campanha de vacinação, o Brasil já conta com mais de 91% da população acima de 12 anos vacinada com a primeira dose e 85% imunizada com a segunda dose ou dose única do imunizante.

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Deslizamentos em SP deixam 3 mortos e ao menos 4 feridos

Deslizamentos de terra em Embu das Artes (SP) e Francisco Morato (SP), ocorridos na madrugada e manhã de hoje (30) em razão das fortes chuvas, deixaram três mortos e ao menos quatro feridos. Em Embu das Artes (SP), um deslizamento atingiu uma residência, na rua Jatobá, e deixou três pessoas mortas, uma mulher adulta e duas crianças. As informações são do Corpo de Bombeiros.

Em Francisco Morato (SP), um deslizamento de terra na rua São Carlos deixou quatro pessoas feridas, uma em estado grave e outras três com ferimentos, mas conscientes. Todas já foram resgatadas, de acordo com o Corpo de Bombeiros. 

Segundo a corporação, em Várzea Grande Paulista (SP), dois deslizamentos de terra também foram registrados, mas não deixaram vítimas. De acordo com os bombeiros, além dos deslizamentos, foram feitas chamadas durante a última madrugada para atendimento de três alagamentos e 47 quedas de árvores. 

O governador do estado, João Doria, irá sobrevoar na tarde de hoje a região de Francisco Morato e Franco da Rocha, dois dos municípios mais atingidos pelas fortes chuvas no estado. 

A Defesa Civil do Estado mantém ativo alerta de chuvas fortes, seguidas por raios e ventos em boa parte do estado, com risco, em áreas vulneráveis, de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, enchentes e ocorrências relacionadas a raios e ventos.

Em caso de emergências, a Defesa Civil deve ser acionada pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros, pelo 193.

 

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Prefeitura de São Paulo suspende vacinação contra covid-19

A prefeitura de São Paulo suspendeu hoje (30) a vacinação contra a covid-19 em razão das chuvas que atingem a capital paulista. Nos domingos, a vacinação ocorre tradicionalmente nos parques e em algumas farmácias da avenida Paulista. 

“A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que que devido às chuvas em toda a cidade, a vacinação antiCovid realizada nos parques da capital e nas farmácias parceiras da Av. Paulista, está extraordinariamente suspensa neste domingo (30), para maior segurança dos munícipes, funcionários e também do procedimento da vacinação”, destacou em comunicado.

De acordo com a administração municipal, amanhã (31), a vacinação voltará a ocorrer normalmente nos postos do município. Para encontrar um lugar onde se vacinar, a partir desta segunda-feira, o interessado pode consultar o site De Olho na Fila.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura de São Paulo, as chuvas de janeiro na capital paulista já acumularam 255,2mm, atingindo praticamente os 255,7mm esperados para o mês. Amanhã devem persistir as condições de chuvas alternadas com períodos de sol no decorrer do dia. As precipitações mais intensas, no entanto, seguirão se concentrando entre a tarde e à noite. 

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Covid-19: Brasil registrou 640 mortes e 179,8 mil casos no sábado

Ontem (29), o Brasil registrou 179.816 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. O total de casos está em 25.214.622.

O documento informa 640 óbitos em 24 horas. O número de mortes em decorrência da doença é de 626.524. Existem 3.133 óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação.

O boletim também mostra que a taxa de casos ativos aumentou e a taxa de recuperação caiu. No momento, 87,9% do total de infectados são considerados livres de sintomas. A taxa chegou a 96,2% em dezembro, antes da chegada da Ômicron ao Brasil. O total de casos ativos e em acompanhamento é de 2.428.339. 

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (157.817), Rio de Janeiro (69.849), Minas Gerais (57.214), Paraná (41.185) e Rio Grande do Sul (36.853). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.866), Amapá (2.049), Roraima (2.096) , Tocantins (3.997) e Sergipe (6.089).

Vacinação

O painel de vacinação do Ministério da Saúde registra que 355.702.862 doses de vacinas diversas já foram aplicadas. Destas, 164,7 milhões são referentes à primeira dose, enquanto 151,7 milhões são relativas à segunda dose. As doses de reforço chegaram a 38,6 milhões.

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Aposta única de Blumenau (SC) acerta as seis dezenas da Mega-Sena

Uma aposta de Blumenau (SC) acertou as seis dezenas do concurso 2.449 da Mega-Sena e vai receber um prêmio de R$ 36,7 milhões. O sorteio foi realizado na noite de ontem (29) no Espaço Loterias Caixa, no terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

Veja as dezenas sorteadas: 14 – 20 – 21 – 31 – 49 – 52.

O próximo sorteio está marcado para quarta-feira (2). O prêmio estimado é de R$ 20 milhões.

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Uso da energia nuclear é tema de episódio do Caminhos da Reportagem

Ainda incipiente no Brasil, a irradiação de alimentos é um tipo de uso da energia nuclear para prolongar a vida útil de produtos. As indústrias que a utilizam são discretas quanto à divulgação por receio de polêmicas contra a tecnologia – mesmo que a informação de “alimento irradiado” já apareça nas embalagens de produtos industrializados.

A irradiação consiste em expor um produto a uma dose controlada de radiação ionizante. A técnica elimina, nos alimentos, microrganismos e retarda o amadurecimento, prolongando o prazo de validade. Em alguns casos, substitui até o uso de agrotóxicos. “Para inibir o aparecimento de caruncho no feijão, os lepidópteros, que são aquelas borboletinhas que dão no chá, você irradia, porque antes o pessoal utilizava agrotóxico e é uma carga mutagênica e cancerígena alta”, explica a pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) Anna Lucia Villavicencio.

No Brasil, esse tipo de técnica já é utilizada em algumas indústrias, como a de equipamentos médicos e de cabos de motores de veículos. “Existe um leque de aplicações da tecnologia nuclear, mas não há uma planta industrial dedicada à irradiação de alimentos no país”, diz o diretor de Radioproteção e Segurança, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). 

Energia nuclear é usada para diagnóstico de câncer – Reprodução/ TV Brasil

O uso ainda causa dúvidas nos produtores e consumidores. O presidente da  Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), Shoji Saiki, diz que já ouviu falar, mas ainda tem receio da técnica. “Eu acho que a maior dúvida nossa é sobre a parte de segurança alimentar, a gente ainda não tem uma ideia de como poderia ser, se são seguros esses alimentos”. Tiago Rusin, que é pesquisador do assunto e assessor do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, afirma que a técnica não torna o produto radioativo ou contaminado, é um processo físico da radiação ionizante. 

Irradiação e covid-19

Se no campo alimentício a irradiação ainda gera dúvidas, na área da saúde ela já é muito conhecida. Um dos casos mais recentes de sucesso de pesquisas foi com o coronavírus. O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), que já havia usado a irradiação para inativar o vírus da dengue, conseguiu, junto com o Instituto Butantan, usar a técnica contra o vírus da covid-19. “A irradiação conseguiu inativar o vírus, que ficou morto, porém toda estrutura terciária dele foi mantida”, explica a pesquisadora do Ipen Mônica Mathor. Segundo a cientista, o organismo reconhece o vírus morto como estranho, mas produz anticorpos eficazes contra ele. 

Com isso, o Ipen e o Butantan desenvolveram o soro a partir do plasma do sangue de cavalos, onde o vírus inativado foi injetado, que pode ser usado no tratamento de pacientes diagnosticados. O soro ainda está em fase de testes, mas apresenta boas perspectivas. “Ele pode ser utilizado principalmente em pacientes imunodeprimidos ou que têm problema em produzir anticorpos, já que o soro contém anticorpos funcionando, sem precisar do tempo de desenvolvimento do sistema imune do paciente”, explica Mônica Mathor.

Submarino nuclear

Em Iperó, interior de São Paulo, está sendo desenvolvido o reator para o primeiro submarino nacional com propulsão nuclear. A tecnologia vai possibilitar que a embarcação fique submersa por meses, só vindo à superfície em razão da tripulação ou abastecimento de alimentos. No caso dos submarinos brasileiros hoje em atividade, há que se realizar entre três e quatro operações de esnorquel por dia. Nesse tipo de operação, o submarino permanece mergulhado, na profundidade de periscópio, admitindo o ar atmosférico para poder partir os conjuntos motor diesel-geradores, que carregam a bateria. 

Brasil está desenvolvendo reator nuclear para submarino – Reprodução/ TV Brasil

O reator possibilitará uma maior mobilidade, com velocidade média de até 35 nós (quase 65 km/h), ao contrário dos submarinos convencionais que têm deslocamento de 6 nós (mais ou menos 11 km/h). Hoje, há 230 portos na costa brasileira e 95% do comércio internacional é por via marítima.

O episódio do programa Caminhos da Reportagem desta semana “Energia Nuclear: para que serve?”, fala desses usos de tecnologia nuclear nessas e outras áreas, e ainda discute porque ela gera tanto debate. O programa vai ao ar no domingo (30), às 20h, na TV Brasil.

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Ficha técnica

Reportagem – Tiago Bittencourt
Produção – Claiton Freitas e Tiago Bittencourt
Apoio produção – Natalia Neves  (RJ)
Reportagem cinematográfica – João Marcos Barbosa (SP) e Sigmar Alves (DF)
Apoio reportagem cinematográfica – André Pacheco (DF), Eduardo Guimarães (RJ), Manoel Lenaldo (DF) e Rogério Verçosa (DF)
Auxílio técnico – Caio Manlio (SP), Dailton Matos (DF)
Apoio auxílio técnico – Adaroan Barros (RJ), Alexandre Sousa (DF), Jairom Ferreira (DF), José Carlos (DF), Thyago Pignata (DF)
Edição de imagens e finalização – André Eustáquio e Jerson Portela
Edição de texto – Carina Dourado
Arte – Eudes Lins

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Pandemia de covid-19 faz notificações de hanseníase caírem 57% em 2021

A pandemia de covid-19 provocou, no ano passado, queda de 57% nas notificações de hanseníase no Brasil. Até o momento, foram registrados no país 12.045 novos casos da doença, informa levantamento preliminar feito pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) com base em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.

A pesquisa encerra a programação do Dia Mundial contra a Hanseníase, que é sempre lembrado no último domingo de janeiro, e tem atividades previstas para hoje (30).

Segundo a médica Araci Pontes Aires, assessora do Departamento de Hanseníase da SBD, o resultado que aponta queda nas notificações da doença não considera, porém, os números totalmente fechados de 2021, que o ministério deverá divulgar somente a partir de março ou abril deste ano. Isso significa que os casos apurados em 2021 ainda poderão mudar nos próximos dois meses.

Em entrevista à Agência Brasil, Araci Aires informou que houve 28,8 mil notificações da doença em 2019 no Brasil e que, em 2020, ocorreu queda de quase 40%. “Isso é muito preocupante, pelo fato de a hanseníase ser uma doença crônica, que permanece endêmica no nosso país, com média de 28 mil casos nos últimos três anos antes da pandemia [2017, 2018, 2019]”, ressaltou a dermatologista.

Com a pandemia, houve retração nas notificações, que passaram da média de 28 mil casos, em 2019, para 18 mil casos, em 2020. “Mas isso não corresponde à realidade”, afirmou Araci. Para a médica, este é mais um dos “efeitos deletérios” da pandemia, por conta do lockdown, do medo de comparecer a uma unidade de saúde e contrair a covid-19 e até mesmo pela sobrecarga do sistema de saúde, que foi obrigado a relegar um pouco as outras doenças crônicas. “A hanseníase também sofreu isso.”

A dermatologista disse que os casos não notificados correspondem a pessoas que deveriam ter procurado as unidades de saúde para serem diagnosticadas e que permaneceram doentes, sem diagnóstico e, consequentemente, sem tratamento, “o que é grave”. Para Araci, a falta de notificações prejudica o rastreamento da doença. O Brasil é o segundo país em número de casos de hanseníase, atrás apenas da Índia, destacou a médica, lembrando que a pandemia causou grande impacto no subdiagnóstico. “Pessoas não foram diagnosticadas e permanecem doentes. Não foram sequer diagnosticados para que pudessem ser notificadas.”

Campanha

A conscientização das pessoas sobre a hanseníase foi o tema da campanha Janeiro Roxo 2022, intitulada “Precisamos falar sobre hanseníase”. Para Araci, a campanha deveria se realizar durante todo o ano, porque a hanseníase é uma endemia que, diferentemente da dengue, por exemplo, não ocorre em um período determinado, mas durante todos os meses.

O foco da campanha da SBD é alertar a população, com informações sobre os sinais e sintomas da doença, o tratamento e o combater à questão do estigma dos portadores de hanseníase. “Em tratamento, a pessoa não transmite mais [a doença] e pode conviver normalmente com parentes, amigos e colegas no local de trabalho, sem nenhuma restrição.”

A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que a pessoa procure um posto de saúde se tiver algum sintoma da doença.

Entre os sintomas clássicos que podem alertar as pessoas para a hanseníase, a dermatologista Araci citou o aparecimento de mancha mais clara que a pele, avermelhada ou, às vezes, acastanhada, que não apresente sensibilidade normal; dormência de mãos e pés; orelha mais inchada; aparecimento de caroços pelo corpo; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral. “Todos são sinais de alerta para que a pessoa busque uma unidade de saúde para confirmar se é um caso de hanseníase.”

Regiões

A hanseníase é uma doença muito relacionada com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das regiões. Por isso, as regiões Norte, Nordeste e alguns estados do Centro-Oeste costumam ter maior índice maior de casos, “exatamente pelos bolsões de pobreza”. Dados da SBD revelam que o maior número de casos novos identificados na última década ocorreu na Região Nordeste (43% do total), seguida do Centro-Oeste, com 20% dos casos; Norte (19%); Sudeste (15%); e Sul (4%).

Araci Aires observou, contudo, que não se trata de uma doença exclusiva da classe social menos favorecida, pois 10% dos diagnósticos de hanseníase no país são de pessoas com nível superior de ensino. Fragilidades sociais, como habitação precária, ausência de informação e dificuldade de acesso aos sistemas de saúde, favorecem o contágio da doença. De 23.351 pessoas com hanseníase que deram informações sobre grau de ensino, 11.061 tinham ensino fundamental (47% do total); contra 8% com nível superior (1.897 pessoas).

A médica advertiu que, como qualquer doença infectocontagiosa, transmitida pelas vias aéreas, há mais facilidade de contaminação onde existem condições precárias de moradia, com famílias de muitas pessoas vivendo por vezes em um único ambiente, com pouca ventilação, o que facilita a transmissão. A hanseníase tem outro problema que é a questão do estigma. As pessoas, muitas vezes, protelam a ida ao médico porque têm medo de, ao serem diagnosticadas com essa doença, passarem a ser rejeitadas pela família, pelos amigos, no ambiente do trabalho.

Perfil

Na maioria dos casos, o paciente notificado com hanseníase no Brasil é do sexo masculino, como se pode constatar pelos dados oficiais do Ministério da Saúde. Em 56% dos registros de 2020 e 2021 comunicados até agora os pacientes eram do sexo masculino. Quanto à idade, 53% dos registros oram de adultos com mais de 30 anos. Destes, 19,5% tinham de 40 a 49 anos; 19,2%, de 50 a 59 anos; e 14,6% , de 30 a 39 anos.

Nos últimos 11 anos, a hanseníase acometeu 342.257 pessoas no Brasil. Nesse período, a maioria dos pacientes notificados no país foram homens (55% dos casos registrados no SUS, com 189,8 mil notificações).

Teste rápido

Uma boa notícia para pacientes de hanseníase foi dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no último dia 25: a inclusão de novos testes laboratoriais complementares ao diagnóstico da hanseníase, entre os quais, um teste rápido. Segundo a pasta da Saúde, o Brasil será o primeiro país a ofertar gratuitamente o teste rápido para apoiar o diagnóstico de hanseníase, que ainda é essencialmente clínico, baseado na avaliação minuciosa do paciente, especialmente de pele e nervos periféricos.

“O teste rápido para o diagnóstico é uma grande conquista”, disse Queiroga. “Que nós possamos fazer o diagnóstico clínico, confirmar através dos exames sorológicos e, através de uma terapia adequada, fazer com que os pacientes sejam curados”, acrescentou.

O Ministério da Saúde deverá aplicar neste ano R$ 3,7 milhões para oferecer os novos testes.

Inquérito

O Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD – Fiocruz Amazônia) e o governo do Amazonas, por meio da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta, unidade de referência no tratamento da hanseníase, vão realizar neste ano 1º Inquérito da Hanseníase no Brasil, investigando as incapacidades físicas ocasionadas pela hanseníase em mais de 200 municípios brasileiros mapeados pelo Projeto Inquérito da Hanseníase no Brasil.

A pesquisa tem liderança do Ministério da Saúde.

O trabalho de campo deve começar em março, com atividades realizadas por equipes multidisciplinares formadas por profissionais de todo o Brasil. Após a conclusão dos trabalhos, deve ser criado de um banco de dados nacional sobre as incapacidades físicas pós-cura da hanseníase.

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