Governo mineiro exige que Vale auxilie cidades atingidas por enchentes

O governo de Minas Gerais estabeleceu que a mineradora Vale deve executar uma série de medidas para ajudar a população de cidades localizadas ao longo do Rio Paraopeba afetadas por alagamentos ou outras consequências das fortes chuvas que castigaram o estado nos últimos meses.

Em ofício entregue a representantes da companhia nesta terça-feira (18), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) determinam que a empresa apoie as prefeituras dos municípios atingidos pelas chuvas a providenciarem a limpeza de vias públicas e de propriedades particulares.

A Vale terá que providenciar destino adequado para todo o material removido; garantir o fornecimento de água bruta – ou seja, que ainda não tenha sido tratada – para as áreas da região impactadas pelas inundações do período chuvoso e promover a manutenção de parte das estruturas danificadas, tais como cercamentos e obras de bioengenharia

A mineradora também deve executar ações de estabilização de taludes e de margens ao longo de todos os rios da bacia hidrográfica do Paraopeba afetados por cheias, inclusive para evitar a erosão e que mais rejeitos cheguem aos cursos d´água.

A companhia ainda terá que identificar poços de captação de água para consumo humano atingidos pelas enchentes e testar e monitorar a possível contaminação por metais pesados ou outras substâncias.

Em nota, o governo estadual informou que determinou as medidas devido aos alagamentos das margens e várzeas ao longo do Rio Paraopeba em função do “aumento significativo no nível e da vazão do Rio Paraopeba” provocado pelas chuvas .

Em janeiro de 2019, o Rio Paraopeba foi atingido por toneladas de rejeitos de minério e de lama devido ao rompimento da Barragem B1 da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho – cidade localizada a cerca de 60 quilômetros de Belo Horizonte e que é cortada pelo rio.

Também em nota, a Vale informou à Agência Brasil que já está acompanhando a situação das áreas alagadas pelas recentes chuvas e prestando apoio às comunidades ribeirinhas existentes entre as cidades de Brumadinho e Pompeu.

“Desde o último dia 8, a Vale tem atuado com foco na assistência aos moradores atingidos pelas fortes chuvas, em garantir a segurança de suas equipes e no apoio irrestrito ao poder público e à Defesa Civil, com o fornecimento de recursos e equipamentos para prestar apoio às comunidades”, garante a empresa.

A companhia afirma que também está avaliando os possíveis efeitos dos recentes alagamentos em áreas atingidas pelo rompimento da barragem da Mina do Feijão, em 2019, e que, “caso sejam identificados eventuais impactos, estes serão devidamente tratados, conforme a necessidade”.

“Importante destacar que o rejeito de minério de ferro é formado em sua maioria por minerais ferrosos e quartzo, sendo classificado como não perigoso e, consequentemente, não tóxico”, acrescenta a empresa, garantindo que, nos últimos três anos, tem promovido pesquisas para identificar as características químicas do material que atingiu o rio.

“Até o fim de 2021, foram coletadas 685 amostras de rejeito, entre coletas feitas pela Vale e instituições de ensino e pesquisa. Todas as amostras do programa são enviadas para laboratórios especializados. Esses estudos consideram condições geoquímicas específicas, com a utilização de metodologias reconhecidas internacionalmente. Os dados são igualmente avaliados pelos órgãos ambientais e acompanhados por auditoria do Ministério Público”.

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São Paulo lança 150 mil vagas para Programa Bolsa Trabalho

O governo de São Paulo abriu 150 mil vagas para o Bolsa Trabalho, programa estadual que oferece oportunidades de renda e qualificação profissional para a população desempregada. Mulheres, segundo o governo, terão prioridade nas vagas.

A bolsa oferecida é de R$ 540 por mês para os cidadãos realizarem atividades em órgãos públicos municipais ou estaduais. A carga horária é de quatro horas por dia, e o contrato é de cinco meses. Além disso, haverá um curso de qualificação profissional para os participantes. O investimento do governo é de R$ 415 milhões.

Seis cursos são oferecidos no programa: auxiliar de controle de produção de estoque, gestão administrativa, gestão de pessoas, organização de eventos, rotinas e serviços administrativos e secretariado e recepção.

Serão aceitas inscrições de moradores do estado que estejam desempregados, sejam maiores de 18 anos e tenham renda familiar de até R$ 550 por pessoa. A inscrição terá início no dia 25 de janeiro e vai até 7 de fevereiro. As inscrições estão sendo feitas pela internet.

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Ministro da Saúde assina portaria de apoio a municípios em emergência

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou hoje (19) portaria de apoio a municípios do estado da Bahia que enfrentam emergências por causa das chuvas. A cerimônia acontece no Palácio do Planalto, em Brasília.

Veja na íntegra:

 

#AoVivo Assinatura da Portaria de apoio aos municípios da Bahia em situação de emergência

Publicado por Ministério da Saúde em Quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Outros destaques:

Fiocruz submete novo teste de covid-19 à Anvisa

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou hoje (19) que finalizou o desenvolvimento de dois novos testes moleculares para o diagnóstico da covid-19 e um deles teve seu pedido de registro submetido, nesta terça-feira (18), à Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa).
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Cidade que teve vacinação em massa não tem nenhum paciente em UTI

 A cidade de Botucatu (SP), que recebeu vacinação em massa contra a covid-19 em maio e agosto do ano passado, não tem nenhum dos seus moradores internado em unidade de terapia intensiva (UTI) nos hospitais do município.
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*Matéria em atualização.

Fonte Agência Brasil – Read More

Covid-19: internações de menores de 18 anos em UTI sobem 61% em SP

Entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, a internação de menores de 18 anos com covid-19 em unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 61,3%. A informação foi dada hoje (19) pelo governador de São Paulo, João Doria, que lembrou que esse dado reforça a necessidade de que esse público também seja vacinado contra a covid-19.

No dia 15 de novembro de 2021 haviam 106 pacientes menores de 18 anos internados em estado grave no estado de São Paulo por causa da covid-19. Já na última segunda-feira (17), esse número subiu para 171 internações em UTIs. “Os dados da Secretaria de Saúde mostram alta de 61% na hospitalização de menores de 18 anos em UTIs, nos últimos dois meses, no estado de São Paulo. Os dados evidenciam a necessidade de acelerarmos a vacinação infantil”, disse o governador.

“Os dados evidenciam que a variante Ômicron do novo coronavírus está contaminando rapidamente nossas crianças e que a vacinação é urgente e fundamental para prevenir casos graves, internações e óbitos nessa população”, reforçou Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde.

Crescimento de internações

Com a chegada da variante Ômicron, as internações em unidades de terapia intensiva de São Paulo cresceram não somente entre as crianças e adolescentes, mas em todos os públicos. “Temos observado uma crescente de novas internações nas últimas cinco semanas, mas especialmente nas últimas duas semanas epidemiológicas tivemos quase 89% de elevação”, falou o secretário.

Hoje, o estado tem uma taxa de ocupação de leitos de UTI de 54,17%, com 2.842 pessoas internadas em estado grave e 5.556 em enfermarias. Na semana passada, a taxa de ocupação estava em 39,01%, com 1.824 pessoas internadas em estado grave e 3.679 pessoas internadas em enfermarias de todo o estado. Apesar desse aumento, o número de pessoas internadas ainda é inferior ao que foi observado no pico da segunda onda da pandemia, ocorrida entre os meses de março e maio do ano passado.

“É muito importante lembrarmos que, a despeito desses números percentuais, quando olhamos o número absoluto, vemos que os internados em UTIs são 2.842. No pico da primeira onda, tivemos 6,5 mil internados. No pico da segunda onda, só nas UTIs, tivemos 13,1 mil pessoas internados. Portanto, é um número bem menor hoje”, disse o secretário. Segundo ele, o menor número de pessoas internadas hoje se deve à vacinação. “Isso é o resultado sim da vacinação. Vacinar é proteger tanto das formas graves quanto das fatais”.

De acordo com João Gabbardo, secretário executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, o aumento das internações neste momento ocorre principalmente por pessoas que estão internadas não por covid-19, mas por outras doenças e que acabam testando positivo para o novo coronavírus.

“É muito diferente do que observamos em outras fases da pandemia. As pessoas procuravam atendimento porque apresentavam Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com falta de ar, dispneia, baixa saturação. Elas internavam nas UTIS e enfermarias para tratar covid-19. Mas hoje as pessoas internam por outras razões: por um problema cardiológico, neurológico e ou mesmo a gestante que vai ao hospital para fazer o parto. Sem sintoma nenhum, elas são testadas e  apresentam teste positivo [para covid-19]”, disse ele, citando uma pesquisa feita na cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, entre mulheres gestantes e que demonstrou que 40% delas apresentam teste positivo para a covid-19, mesmo sem apresentar quaisquer sintomas da doença.

“O que acontece: quando testa positivo para a covid-19 é creditado uma internação para paciente covid-19. Ele [paciente] não internou por problema de covid-19, mas ele é internado em leito de covid-19 porque ele precisa de isolamento”, explicou. “Esse aumento das internações hospitalares está ocorrendo em pessoas que internaram por outras razões e que foram testadas positivas para covid-19. Isso é consequência da vacinação. Elas apresentam positiva mas não apresentam sintomas ou sintomas leves”, explicou Gabbardo.

Vacinação

A vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade teve início na última sexta-feira em São Paulo. Neste momento estão sendo vacinadas crianças indígenas, com comorbidades ou com deficiência. Para esta vacinação está sendo utilizado o imunizante da Pfizer/BioNTech, que é um pouco diferente da vacina que é aplicada em adultos e tem uma dosagem menor. O governo de São Paulo espera que amanhã (20), a partir das 10h, a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o uso da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac, para crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos. Caso a Anvisa aprove esse imunizante, São Paulo tem um estoque de 15 milhões de doses dessa vacina, podendo vacinar todas as crianças do estado nessa faixa etária no prazo de três semanas e ainda distribuir parte das doses para outros estados.

Segunda Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, os estudos feitos em crianças com a vacina CoronaVac tem demonstrado uma efetividade de cerca de 90% para prevenção de casos graves, superior ao que é observado entre adultos. O esquema vacinal é o mesmo para o adulto: são aplicadas duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas. Essa vacina já vem sendo aplicada em crianças em países como Chile e China e tem se mostrado segura.

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Cidade que teve vacinação em massa não tem nenhum paciente em UTI

 A cidade de Botucatu (SP), que recebeu vacinação em massa contra a covid-19 em maio e agosto do ano passado, não tem nenhum dos seus moradores internado em unidade de terapia intensiva (UTI) nos hospitais do município. Apesar de os pacientes não estarem desenvolvendo a doença de forma grave, a cidade encerrou a última semana com 1.919 casos confirmados de covid-19, um recorde desde o início da pandemia. 

No último pico de casos no município, ocorrido no dia 12 de junho de 2021, a cidade registrou 988 casos semanais. Neste período, a Botucatu chegou a ter 38 pacientes em leitos de UTI. De acordo com a prefeitura, a queda nas internações em UTI é resultado da grande cobertura vacinal no município. Ontem (18), a cidade registrou 100 mil pessoas vacinadas com a dose de reforço. O número equivale a cerca de 70% de toda a população.

Com duas doses do imunizante, o município chega a 90,95% da população imunizada, sendo o com maior cobertura vacinal do estado de São Paulo, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes.

“Embora o grande número de casos, devido à característica da nova variante Ômicron, não vemos esse aumento refletido nas internações e nas mortes. Isso demonstra a eficiência da vacina e a importância de cada botucatuense que ainda não se imunizou procurar o quanto antes um posto de saúde. Iniciamos nesta semana a vacinação das crianças de 5 a 11 anos de idade e queremos o quanto antes proteger todas elas”, destacou o secretário Municipal de Saúde, André Spadaro.

A vacinação em massa no município é parte de um projeto de verificação de efetividade do imunizante AstraZeneca que está sendo conduzido pelo Ministério da Saúde e a prefeitura de Botucatu, junto com a Universidade de Oxford, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), o laboratório AstraZeneca, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fundação Bill e Melinda Gates.

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Pandemia aumenta acesso da população a serviços bancários

Os bancos digitais aumentaram o acesso da população brasileira a produtos financeiros, com destaque para a parcela de baixa renda. Atualmente 19% dos brasileiros têm conta em bancos digitais e 30% estão nas classes D e E. É o que revela pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva, feita com 1.519 brasileiros, com 18 anos de idade ou mais, entre 27 de outubro e 7 de novembro do ano passado.

O presidente do Locomotiva, Renato Meirelles, disse hoje (19) à Agência Brasil que, antes da pandemia de covid-19, o banco digital era o segundo banco da classe mais rica e o substituto da conta universitária. “Os bancos digitais falavam, praticamente, para os mais ricos. Tanto que, para depositar dinheiro no banco digital, era preciso fazer uma transferência de outro banco. Então, ele [banco digital] era, basicamente, para quem já tinha conta.”

Com a pandemia, o receio de se expor a uma possível contaminação ao se dirigir a uma agência bancária tradicional fez cair consideravelmente a procura por esses serviços. Por outro lado, aumentou o acesso à internet e cresce a demanda por serviços e compras online, destacou Meirelles.

“Além de fazer crescer o mercado das fintechs (empresas que oferecem serviços financeiros), isso mudou o perfil desse público. Por isso, temos 30% que são das classes D e E. Praticamente, um terço de quem tem conta em fintechs vem das classes D e E.”

Inclusão

Segundo Meirelles, um dado que ajuda a entender esse processo de inclusão é o fato de 86% dos brasileiros dizerem que os bancos digitais permitiram que pessoas antes discriminadas pelas instituições financeiras tivessem conta em banco e de 80% afirmarem que bancos digitais não discriminam clientes de acordo com a renda. Ele lembrou que anteriormente os bancos tradicionais eram os únicos “que tinham detector de pobre” na entrada – a porta giratória. “Hoje abrir uma conta no banco digital, é muito mais fácil, muito menos burocrático.”

O presidente do Instituto Locomotiva aponta facilidades do processo atual: “você tira uma foto de si mesmo e consegue provar que é você, com uma simples foto. Não precisa mais mandar aqueles 50 documentos. Isso torna o sistema financeiro mais democrático e mais acessível para a parcela da população que não era tão bem atendida antes da existência das fintechs. Este é mais um motivo para a adesão das pessoas ao banco digital, afirmou Meirelles.

Menos taxas

A isso, soma-se a percepção de os bancos digitais cobrarem menos taxas e serem mais fáceis de usar. As fintechs atraem mais os jovens, que são mais conectados. Entretanto, durante a pandemia, o que se viu foram pessoas mais velhas aprendendo com os netos a usar as novas tecnologias, entre as quais as fintechs. “Como os mais velhos eram do grupo de risco, tinham mais dificuldade para ir aos bancos. E isso os levou a se digitalizar mais e a usar as fintechs.”

Meirelles disse que, no geral, são os mais jovens que usam mais as fintechs, mas ressaltou que, proporcionalmente, quem mais elevou o uso dos bancos digitais foram os mais velhos, que saíram de uma base menor, quase equivalente a 0%. “Foi o grupo que mais cresceu na pandemia.”

A sondagem mostra que 57% dos entrevistados têm conta em bancos tradicionais e digitais e 19%, só em instituições digitais; 30% são das classes D e E e 20% são clientes apenas de bancos tradicionais. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 36% têm apenas conta digital.

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Fiocruz submete novo teste de covid-19 à Anvisa

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou hoje (19) que finalizou o desenvolvimento de dois novos testes moleculares para o diagnóstico da covid-19 e um deles teve seu pedido de registro submetido, nesta terça-feira (18), à Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa). Trata-se do kit molecular Inf A/Inf B/SC2, um teste do tipo RT-PCR que diferencia os vírus da Influenza A, B e do Sars-CoV-2, possibilitando o diagnóstico destas doenças em um único teste. 

Segundo o virologista e pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Fernando Motta, sempre que se fala em infecção respiratória, nos referimos a um tipo de doença que pode ser provocada por uma enorme gama de microrganismos.

“Por apresentarem sintomas muito semelhantes, realizar a identificação do agente causador da doença sem a realização do diagnóstico laboratorial é algo desafiador. A disponibilização destes kits no Sistema Único de Saúde [SUS] permitirá de modo econômico e com alto processamento a identificação viral oportuna destes agentes, com o método que é o padrão ouro para o diagnóstico das doenças causadas por vírus respiratórios no mundo”, disse o pesquisador do laboratório que atua como referência em vírus respiratórios para o Ministério da Saúde.

Já o outro teste desenvolvido, o kit molecular Quadriplex SC2/VOC, vai permitir a detecção e triagem das variantes Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron do vírus Sars-CoV-2, também com a tecnologia de PCR em Tempo Real (RT-PCR). Seu uso é indicado para o diagnóstico e triagem viral a partir da identificação de cepas potencialmente importantes para a saúde pública e vigilância epidemiológica do país, designadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como VOCs (sigla em inglês para variantes de preocupação).

O resultado do teste indica a presença ou não dessas variantes. Para a identificação da variante ainda seria necessário o sequenciamento genético da amostra. O teste Quadriplex deverá ser submetido para registro junto à Anvisa até a próxima semana. 

“Ambos os kits moleculares são mais uma importante contribuição de Bio-Manguinhos em um momento em que vivenciamos um aumento de casos de covid-19, fruto da variante Ômicron, assim como estamos registrando um alto número de infectados pela influenza. Tais testes atestam a expertise do instituto no campo do diagnóstico, sempre com respostas rápidas em momentos sensíveis”, afirmou o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Sotiris Missailidis. 

Produção de testes

Além do desenvolvimento de novos testes para atender às demandas de monitoramento epidemiológico, a Fiocruz tem sido responsável pela produção de testes para o diagnóstico da covid-19 desde o início do enfrentamento à pandemia. 

Até o momento, já foram fornecidos ao Ministério da Saúde cerca de 20 milhões de testes RT-PCR (moleculares). Em agosto de 2021, a instituição passou a produzir também testes rápidos de antígeno para os laboratórios públicos de todo o país. O fornecimento de testes ao Ministério da Saúde tem ocorrido de acordo com o cronograma e demanda estabelecida junto à pasta. Até o momento, já foram entregues cerca de 45 milhões desses testes. Atualmente, a Fiocruz é o maior produtor nacional de testes rápidos para o diagnóstico da doença e o maior fornecedor do SUS.

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Prazo para pedir atendimento especializado no Revalida vai até sexta 

O prazo para pedir atendimento especializado e tratamento por nome social no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) vai até as 23h59 de sexta-feira (21), mesmo dia em que se encerram as inscrições.

Podem pedir o tratamento especializado pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, transtorno do espectro autista, discalculia, gestantes, lactantes, idosos, além de pessoas com outra condição específica.

As inscrições no Revalida abriram na segunda (17). O pedido de atendimento especializado deve ser feito junto com a inscrição. Para isso, é necessário atender a critérios específicos previstos em edital, como laudo assinado por médico com registro do Conselho Regional de Medicina (CRM).

Já o tratamento por nome social deve ser solicitado por quem deseja ser identificado de acordo com sua identidade de gênero (transexual, travesti ou transgênero).

Para isso, é necessário anexar documentos como foto atual colorida, com fundo branco, que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro e sem assessórios como óculos e chapéus. A pessoa também deve anexar cópia digitalizada (frente e verso) de documento de identificação oficial com foto válido, conforme especificado em edital.

A aplicação da prova da primeira etapa do Revalida está marcada para 6 de março em oito capitais: Brasília, Campo Grande, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Salvador e São Paulo. O participante deve indicar, no momento da inscrição, onde deseja fazer o exame.

As inscrições podem ser realizadas na página do Revalida. O Inep também mantém um portal com informações sobre o exame.

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Economia: Monitor do PIB indica alta de 1,8% em novembro de 2021, diz FGV

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) indicou crescimento de 1,8% na atividade econômica em novembro de 2021, em comparação ao mês anterior; e recuo de 0,3% no trimestre móvel compreendido entre setembro e novembro, em relação ao encerrado em agosto. 

Já na comparação interanual, o avanço da economia é de 2,2% no mês de novembro e 1,3% no trimestre móvel terminado em novembro.

Em valores correntes, o PIB – que é calculado pela soma da captação bruta de todos os recursos e impostos no país – foi estimado, no acumulado do ano até novembro de 2021, em R$ 7,91 trilhões. Os números foram divulgados hoje (19).

Para o coordenador do Monitor do PIB da FGV, Cláudio Considera, a economia brasileira em novembro reverteu a trajetória de queda e estagnação que ocorria desde abril. Segundo o economista, todos os componentes de demanda se mostraram positivos, com destaque para a Formação Bruta de Capital Fixo, que registrou crescimento forte em três setores, com destaque para a Construção Civil.

“O consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, também cresceu, destacando-se os serviços, graças à ampliação da vacinação. Pelo lado da oferta, todos os componentes de serviços foram positivos em comparação ao mês anterior”, apontou.

O coordenador destacou ainda o resultado positivo da atividade industrial puxado pela forte reação da indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou forte queda. “A taxa acumulada em 12 meses que havia sido negativa desde abril de 2020 até a de abril deste ano, continua crescendo a taxas crescentes e em novembro foi positiva em 4,4%, indicando para este ano uma taxa de crescimento do PIB em torno desta”, apontou.

Ainda de acordo com o economista, é relevante o avanço no investimento na comparação interanual. “O investimento teve forte crescimento no interanual em novembro, e continua com taxas altas no acumulado de 12 meses”, completou.

Famílias

De acordo com o indicador, o consumo das famílias no trimestre móvel cresce a taxas decrescentes desde junho, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando a alta tinha sido de 10,5%. 

No trimestre encerrado em novembro essa taxa ficou em 0,9%. O componente de serviços, pelo segundo mês seguido, foi o único a apresentar avanço. “Na série com ajuste sazonal, o consumo das famílias apresentou retração de 0,8% em comparação ao trimestre anterior, salientando perda de força”, apontou o Monitor do PIB.

Investimentos

Na comparação do trimestre móvel com igual período do ano passado, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa investimentos, também permanece com taxas decrescentes desde junho, quando subiu 33,1%. 

No trimestre terminado em novembro, a variação chegou até 3,9%. Novembro foi o primeiro mês, desde outubro de 2020, que o componente de máquinas e equipamentos apresentou recuo. “Na série ajustada sazonalmente, a formação bruta de capital fixo apresentou retração (6,4%) no trimestre móvel terminado em novembro, em comparação ao terminado em agosto”, indicou o levantamento.

Exportação

Na exportação, a queda foi de 0,1% no trimestre móvel terminado em novembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa é a primeira taxa negativa desde fevereiro de 2021. Já na análise da série dessazonalizada, a exportação caiu 6,4% no trimestre móvel encerrado em novembro em comparação ao terminado em agosto.

Importação

A importação subiu 11,8% no trimestre móvel de setembro a novembro, se comparado ao mesmo período do ano anterior. “É importante destacar o elevado crescimento dos produtos da extrativa mineral (49,6%). Na análise da série dessazonalizada, a importação apresentou crescimento de 2,8% no trimestre móvel terminado em novembro em comparação ao terminado em agosto”, apontou.

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Economia: EPE sugere antecipação de obras para escoar energia gerada no Nordeste

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) quer antecipar algumas das obras previstas para o escoamento da geração de energia produzida na área sul do Nordeste, de forma a reforçar a estrutura do Sistema Interligado Nacional, solucionando algumas restrições locais de conexão – o que poderá, inclusive, viabilizar futuros projetos de geração de energia na região.

A recomendação consta do Estudo de Escoamento de Geração da Região Nordeste – Volume I – Área Sul, levantamento que foi detalhado hoje (19) para agentes do setor elétrico (associações, agentes de geração e transmissão) em evento online organizado pela EPE e pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Além de apresentar premissas e soluções, o evento mostrou o encadeamento deste estudo com outros que estão em andamento. Segundo a EPE, este é o primeiro de uma série de três volumes de estudos que apresentam recomendações visando reforçar a estrutura do Sistema Interligado Nacional.

Futuros projetos

Os estudos pretendem “solucionar restrições locais para conexão de futuros projetos de geração; aumentar a confiabilidade no atendimento à carga; e ampliar a capacidade de intercâmbio energético entre as regiões Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste”.

Nesse sentido, a expansão da malha de transmissão (que partirá da Bahia, interligando-se às linhas instaladas em Minas Gerais e no Espírito Santo) é apontada como solução para atender a oferta de geração de energia renovável – em especial eólica – gerada no Nordeste.

A expectativa é que, ao final, seja possível aumentar “significativamente” a capacidade de intercâmbio, “passando de 17,2 GW, previstos para o ano de 2026, para aproximadamente 30 GW, viabilizando assim o escoamento de cerca de 57 GW de geração renovável nas regiões Norte/Nordeste”, informa a EPE.

O primeiro volume trata apenas da expansão da chamada Área Sul da Região Nordeste. “Contudo, dada a magnitude do potencial previsto, as recomendações envolveram expansões da malha de transmissão desde a região norte do estado da Bahia até os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo”.

Investimentos

O total de investimentos previstos é de cerca de R$ 18,2 bilhões, valor que abrange aproximadamente 6.600 km de linhas de transmissão em 500kV e 4 novas subestações de Rede Básica.

O levantamento recomenda a antecipação da maioria das obras previstas no estudo Expansão da Capacidade de Transmissão da Região Norte de Minas Gerais, que agregam mais R$ 6,3 bilhões em investimentos, com cerca de 2.500 km de linhas de transmissão em 500kV e 1 nova subestação de rede básica.

Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Paulo César Domingues, a solução final apresentada pelos relatórios estará integrada com as soluções regionais. “A expansão recomendada no Volume 1 contempla duas etapas de implantação. A primeira, de caráter determinativo, permite aumentar a capacidade de escoamento local, mas também constitui o primeiro conjunto de reforços em corrente alternada de ampliação da interligação Nordeste-Sudeste”, disse Domingues.

De acordo com o secretário, a segunda etapa, de caráter indicativo, é passível de atualização posterior e dependerá da dinâmica dos acessos dos empreendimentos de geração na Região Nordeste. “Se os montantes de geração prospectivos forem maiores do que os previstos nas datas de referência dos estudos, será necessário antecipar as datas de necessidade dos esforços”, acrescentou. Por isso, o secretário destacou a importância de monitorar constantemente o desempenho elétrico do sistema, considerando os acessos futuros dos agentes de geração.

Oportunidades

O presidente da EPE, Thiago Barral, ressaltou que muitas empresas têm buscado oportunidades nesse mercado e disse que tais investimentos serão essenciais para a segurança energética do Brasil. “Se o país quer sustentar o crescimento da demanda, vai precisar de transmissão. Essas obras terão benefício excelente porque vão gerar mais oferta de geração e mais competição”, afirmou Barral. Ele informou que, até março, entregará o desenho de um novo ciclo de expansão da infraestrutura.

A principal motivação para a elaboração dos estudos é a “expressiva expansão de geração renovável”,prevista para se concretizar principalmente nas regiões Norte e Nordeste nos próximos anos, destacou a consultora técnica da EPE Thaís Teixeira.

“Essa expansão de geração deve ser acompanhada pela expansão da rede de transmissão, de modo a prover uma integração segura da geração prospectiva projetada; proporcionar também margem adicional para escoamento para projetos de geração no futuro; e, acima de tudo, um atendimento seguro da demanda do sistema integrado nacional em múltiplos cenários alternativos que poderão ocorrer”, acrescentou.

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