Coluna – Pandemia ainda desafia planejamento do ciclo paralímpico

Preparar um ciclo olímpico ou paralímpico curto, de aproximadamente dois anos e meio, é complicado. Fazê-lo em meio ao impacto dos altos e baixos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) torna o desafio ainda maior. Não basta ter plano A ou B. É necessário ter mais coelhos prontos para saírem da cartola, seja pela dificuldade de acesso a países mais fechados em razão do caos sanitário, seja pelo eventual adiamento de competições – às vezes, de suma importância na trajetória.

Na semana passada, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) suspendeu o Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico – que seria disputado entre 26 de agosto a 4 de setembro, em Kobe (Japão) – a pedido dos organizadores, devido ao avanço de casos da covid-19. A entidade pretende realizar o evento em 2024, antes dos Jogos de Paris (França). Não seria exatamente uma novidade em meio à pandemia, já que o Mundial de Esportes de Neve, em Lillehammer (Noruega), que inicialmente seria em 2021, acabou no domingo (23), a 40 dias da Paralimpíada de Inverno de Pequim (China).

IPC anuncia suspensão do Mundial de atletismo 2022: https://t.co/mGrnbgk4ym@loteriascaixa #LoteriasCaixaEsportes pic.twitter.com/23aHlMdSBn

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) January 20, 2022

Considerando que já haverá um Mundial de Atletismo em 2023, de 8 a 17 de julho, também na capital francesa, o intervalo entre os torneios pode ser de apenas um ano. Até menos, se a competição em Kobe for remarcada para o início de 2024. Isso sem esquecer os Jogos Parapan-Americanos de Santiago (Chile), entre 17 e 25 de novembro do próximo ano. Incertezas que, naturalmente, impactam o planejamento.

“Seriam três eventos dentro de praticamente um ano. No Parapan, a ideia é irmos com força máxima, como sempre. É uma prioridade. Em relação ao Mundial em 2024, se confirmado, tudo dependerá do período. Se ele for próximo aos Jogos, facilita, por você poder fazer o treinamento visando os dois eventos. Se for mais espaçado, complica. Depois do Parapan, são seis, sete meses até os Jogos. É um período ideal para treinar. Se tiver um Mundial nesse meio, dependendo de quando ele for, pode atrapalhar o treinamento. Aí, teremos de optar, avaliarmos as provas ou irmos com uma equipe de jovens. A Paralimpíada é o objetivo principal. Tudo está sendo pensado, estamos esperando as confirmações e as datas”, descreveu João Paulo Cunha, coordenador da seleção paralímpica de atletismo, à Agência Brasil.

O adiamento também mexe com o planejamento de competições do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). De 27 de março a 3 de abril, o Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), em São Paulo, será sede do Open Internacional, etapa do circuito mundial de atletismo paralímpico. Segundo João Paulo, estavam previstos mais três eventos junto da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Os quatro torneios serviriam para os atletas estabelecerem índices para Kobe.

“Tivemos uma reunião com a CBAt, para firmar a parceria. A princípio, vamos inverter: fazer um evento [com eles] no primeiro semestre, mais um evento em São Paulo e três regionais [no segundo semestre]. Com o Mundial [de Paris] em julho do ano que vem, teremos o prazo para obtenção de índice sendo de mais ou menos um ano, então a ideia é que ele já possa valer a partir do segundo semestre”, explicou o coordenador.

Base é alternativa

Sem a competição em Kobe, o calendário internacional do atletismo paralímpico prevê o Mundial da Federação Internacional do Esporte para Amputados e Cadeirantes (Iwas, sigla em inglês), de 2 e 9 de outubro, em Sochi (Rússia). Em meio às incertezas no “adulto”, a base deverá ser a protagonista da temporada, com os Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em Bogotá (Colômbia), e o Mundial de Jovens (ainda sem local definido). As datas de ambos os eventos não foram anunciadas.

Após adiamento de Mundial de Atletismo, integrantes do CPB e CBAt se reuniram e já planejaram mudanças no calendário deste ano – Takuma Matsushita/CPB/Direitos Reservados

“O evento da Iwas não costuma ser um evento forte, mas acreditamos que desta vez será, sem o Mundial [de Kobe]. Nosso plano A é ir com uma seleção jovem para o Mundial da Iwas, além do próprio Mundial de Jovens. Se realmente não tiverem mais eventos fortes este ano, a ênfase será mesmo na base. Estamos com ideia de fazer alguns eventos sub-17 e sub-20, já pensando nos Jogos de 2028 e 2032”, disse João Paulo.

“A base da seleção [da Paralimpíada] de 2024 será basicamente a dos Jogos de Tóquio [Japão]. O que pensamos sempre é aumentar a quantidade de atletas jovens, pois eles terão muito mais tempo de seleção. Estamos desenvolvendo quantidade para depois afunilarmos e termos qualidade. Tivemos atletas sub-23 com medalhas [em Tóquio] e queremos que eles permaneçam, pois a chance de medalharem também em Paris é muito grande. Temos de manter isso e buscarmos mais nomes. Faço um paralelo com a natação, que há alguns anos dependia quase exclusivamente de um atleta [Daniel Dias] para ganhar sete ouros nos Jogos e hoje isso se diversificou. Esse é nosso objetivo”, completou o dirigente.

Fonte Agência Brasil – Read More

Dólar ultrapassa R$ 5,50 com tensões na Ucrânia e reunião do Fed

Num dia de nervosismo global por causa das tensões entre Rússia e Ucrânia, o dólar ultrapassou R$ 5,50 e a bolsa caiu quase 1%, voltando a ficar abaixo dos 108 mil pontos. As expectativas em torno da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) nesta semana também influenciaram as negociações.

O dólar comercial fechou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 5,503, com alta de R$ 0,048 (+0,88%). A cotação operou em alta durante toda a sessão, chegando a R$ 5,52 na máxima do dia, por volta das 14h30. O Banco Central (BC) vendeu US$ 500 milhões das reservas internacionais com compromisso de recompra, quando a autoridade monetária pretende comprar o dinheiro de volta daqui a alguns meses.

O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 107.937 pontos, com recuo de 0,92%. O indicador não resistiu às pressões externas e fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo. Por volta das 14h, o Ibovespa chegou a cair mais de 2%, mas conseguiu diminuir as perdas perto do fim da sessão.

A possibilidade de conflito militar entre Rússia e Ucrânia fez os investidores internacionais comprarem dólares e títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo. Isso aumentou a cotação da divisa em todo o planeta. Os Estados Unidos e o Reino Unido começaram a retirar funcionários das embaixadas na Ucrânia. Alguns países europeus passaram a desaconselhar viagens não essenciais à região.

Paralelamente, o mercado aguarda o resultado da reunião do Fed, que começa amanhã (23) e termina na quarta-feira (24). Os investidores acreditam que o órgão indicará se pretende aumentar os juros básicos da maior economia do planeta a partir de março. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil. Desde o início da pandemia de covid-19, os juros básicos nos Estados Unidos estão entre 0% e 0,25% ao ano, no menor nível da história.

*Com informações da Reuters

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Documentário A Arte da Memória tem exibição gratuita no Rio de Janeiro

O documentário A Arte da Memória estreia no Brasil no próximo dia 26, com exibição gratuita na praça do Museu de Arte Contemporânea (Mac), em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, em sessão especial, às 18h30.

A obra é uma coprodução Brasil-Portugal e foi dirigida pelo cineasta português Rodrigo Areias. O filme fala do processo criativo de três artistas plásticos contemporâneos: os portugueses Daniel Blaufuks e Pedro Bastos, e o brasileiro José Rufino.

Serão seguidos no local todos os protocolos sanitários de segurança para combate à covid-19, entre os quais a obrigatoriedade do uso de máscara e apresentação do comprovante de vacinação em dia, no formato impresso ou digital, acompanhado de um documento com foto.

Exibições

Segundo os produtores do filme, a escolha do Rio de Janeiro tem significado especial. “A primeira exibição pública do filme Arte da Memória não poderia ser num espaço mais bonito e significativo, o Mav. Esse filme foi realizado para todos, seguiremos com projeções gratuitas em espaços públicos”, informou Priscilla Rosário, co-produtora da obra.

Priscilla também adiantou outras exibições públicas do filme, uma em Olinda (PE), na Casa Estação da Luz (Cel) e outra na Casa Ninja, em São Paulo.

A Arte da Memória deverá estar disponível em plataformas de streaming em abril.

Assista ao trailer:

Sobre o diretor

Rodrigo Areias nasceu em Portugal, em 1978. Estudou som e imagem na Universidade Católica Portuguesa e, mais tarde, especializou-se em realização na Escola de Artes Tisch da Universidade de Nova York. Produziu e co-produziu filmes de cineastas como Edgar Pêra, João Canijo e F.J. Ossang, e foi responsável pela produção de cinema do evento Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura. Dirigiu, entre outros, os longas-metragens Tebas (2007), Estrada de Palha (2012), 1960 (2013), Ornamento e Crime (2015), Hálito Azul (2018), Surdina (2019) e Vencidos da Vida (2020).

A Arte da Memória é um documentário a cores de 2019, com 55 minutos de duração.

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Curso capacita mulheres trans em empreendedorismo na cidade do Rio

No mês da visibilidade trans, comemorado em janeiro, um projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+ formou ontem (24) mulheres transexuais e travestis que receberam capacitação em empreendedorismo durante três meses para impulsionar seus próprios projetos. A conclusão do curso ocorreu em Oswaldo Cruz, na zona norte do Rio de Janeiro, e foi marcada pela realização da primeira Feira de Mulheres Trans de Negócios.

Curso capacita mulheres trans em empreendedorismo no Rio. – Divulgção/ SebraeRJ

As 29 alunas formadas pelo curso receberam certificados do Sebrae Rio e apresentaram na feira os projetos de produtos e serviços em que receberam orientação, com oficinas que abordaram temas como educação financeira, identidade visual e o uso das redes sociais.

Coordenador de cultura do Grupo Arco-Íris, Almir França contribuiu com o projeto com a experiência da Escola de Divines, que já trabalhava a capacitação da população trans. França conta que entre os projetos desenvolvidos pelas empreendedoras estão iniciativas em diferentes áreas, como gastronomia, limpeza, moda e beleza.

“A feira é um formato que permite que elas tenham ideia de não apenas como produzir, mas também como vender o produto”, acredita ele. “Além de saber fazer, elas aprenderam como é empreender, como é colocar isso no mercado”. 

Em meio a um cenário de crise econômica e desemprego agravado pela pandemia de covid-19, França vê a possibilidade de empreender como uma forma de potencializar o trabalho informal com o qual essas mulheres buscavam seu sustento. “É fortalecer aquilo que ela vem fazendo e tem deixado ela viva. E legalizar isso e mostrar que isso é real e faz parte de uma cadeia produtiva que é importante”. 

Além do Grupo Arco-Íris, o projeto foi realizado pela Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher do Rio de Janeiro, com apoio institucional da Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio. A secretária da Mulher, Joyce Trindade, destaca que montar seu próprio negócio é uma alternativa em um cenário em que mulheres trans muitas vezes não conseguem espaço e vagas em postos de trabalho por preconceito. “É nosso dever oferecer alternativas para que este público possa trabalhar e empreender”, afirmou durante a formatura.

Entre as empreendedoras que receberam o certificado ontem está Michelle Rosa, de 43 anos, que decidiu investir em uma pet shop em Campo Grande, na zona oeste do Rio, depois de mais de 20 anos de experiência de trabalho com banho e tosa de animais domésticos. Ela conta que abriu as portas em 2019, mas viu um período de muita dificuldade com a pandemia de covid-19 que começou no ano seguinte.

“O curso abriu minha mente para conseguir controlar o fluxo de caixa e o marketing digital. Não que eu não soubesse, mas deu uma aprimorada”, comemora ela.

Michelle decidiu arriscar um empreendimento próprio para ter a liberdade de buscar um atendimento de excelência aos clientes. Em sua carreira, ela conta que já enfrentou situações de assédio no ambiente de trabalho, inclusive por parte dos clientes. 

“Já teve homens que entraram fingindo que são clientes, já tentaram me agarrar sozinha na loja. Ligam e se passam por outra pessoa”, relata ela, que muitas vezes sofreu com a falta de provas para denunciar essas situações. “Eu não perco a pose e mantenho meu caráter, porque o que eu estou vendendo é meu serviço e a minha qualificação profissional”.

Com o auxílio do curso, ela espera controlar melhor o fluxo de caixa da pet shop e investir em uma carteira de motorista para atender clientes em domicílio. “Também quero fazer uma ONG [organização não governamental] em que eu possa cuidar dos animais de rua. O que eu quero é expandir para ajudar os animais”. 

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Rio: empreiteira deverá devolver R$ 660 milhões aos cofres públicos

O governo do Estado do Rio de Janeiro assinou hoje (24), acordo de leniência com a Novonor S.A. (ex-Odebrecht), que institui a devolução de cerca de R$ 660 milhões aos cofres públicos. O montante envolve pagamentos e desistência de cobranças.

Pelo acordo, assinado com a Procuradoria Geral do Estado (PGE-RJ) e a Controladoria Geral do Estado (CGE-RJ) “ao longo dos próximos 23 anos, a empresa pagará ao estado R$ 330 milhões decorrentes de restituição de lucro e pagamento de multa pelos ilícitos confessados em contratos de obras de infraestrutura no estado. Entre elas, o PAC Favelas, o Arco Metropolitano, a obra e a concessão do Maracanã, a construção da Linha 4 do Metrô, e obras de reparos dos estragos provocados pelas enchentes dos rios Muriaé e Pomba, no norte e noroeste do estado.”

Além disso, a Novonor desiste da arbitragem que discute a concessão do Maracanã, na qual cobra R$ 330 milhões do estado por alegados prejuízos. A empresa também oferecerá provas para anular o contrato da linha 4 do metrô, o que liberará o governo estadual para realizar nova licitação. A empresa comprometeu-se, ainda, a “apresentar provas contra agentes públicos e privados que ajudarão no combate à corrupção e na recuperação de outros ativos.”

Este foi o terceiro acordo de leniência assinado pelo estado do Rio de Janeiro com empresas denunciadas nas investigações dos processos da Lava Jato no Rio de Janeiro. O primeiro, celebrado em janeiro do ano passado com a Andrade Gutierrez, envolveu R$ 66,5 milhões. O segundo, em setembro de 2021, com a Carioca Engenharia, que devolverá R$ 132 milhões aos cofres do estado.

Os três acordos assinados pela PGE e CGE já somam quase um bilhão de reais recuperados para os cofres cariocas. São mais de R$ 500 milhões em dinheiro a serem devolvidos, além de mais de R$ 400 milhões referentes à desistência de ações de cobrança propostas pelas empreiteiras contra o estado.

Fonte Agência Brasil – Read More

Fla tem três atletas com covid-19 a dois dias da estreia no Carioca

A dois dias da estreia na Taça Guanabara – primeiro turno do Campeonato Carioca – o Flamengo confirmou, sem revelar nomes, que dois jogadores testaram positivo para a covid-19, foram dispensados e já cumprem quarentena. Também pela manhã, a seleção chilena anunciou que o zagueiro rubro-negro Mauricio Isla, também contraiu o vírus SARS-CoV-2. Isla defenderia o Chile nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. 

O Rubro-Negro faz a primeira partida da Taça Guanabara na quarta-feira (26), às 21h35 (horário de Brasília) contra a Portuguesa, no estádio Luso- Brasileiro, na Ilha do Governador, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. A partida será transmitida ao vivo na Rádio Nacional. 

🎥▶️ Preparação para a estreia no Carioca ✔️

Confira os detalhes do treino desta segunda-feira. 🚀 #VamosFlamengo pic.twitter.com/CtPRqqKn41

— Flamengo (@Flamengo) January 24, 2022

A equipe que defenderá o clube nas rodadas iniciais do Carioca treinou esta manhã no Ninho do Urubu sob comando do técnico Fábio Matias. Já o elenco principal, em pré-temporada, participou de atividades técnica e tática comandadas pelo técnico português Paulo Sousa.

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Parceria público-privada combate evasão escolar no Rio de Janeiro

O programa Trilha Empreendedora, parceria da organização não governamental Junior Achievement com a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro, conseguiu, no ano passado, combater a evasão escolar em 80 escolas da rede pública de ensino e dar a 6.448 jovens do ensino médio a oportunidade de desenvolverem suas habilidades e competências socioemocionais por meio da metodologia “aprender fazendo”.

Os 6.448 alunos se formaram com um diferencial: um certificado de metodologias ágeis para gestão de projetos, além de noções sobre negócios sustentáveis, economia circular e empreendedorismo sustentável.

O programa contava no ano passado com 22 empresas patrocinadoras associadas ao Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), além da Fundação Casas Bahia e da Michelin. A coordenadora do Trilha Empreendedora, Maria Clara Wasserman, ressaltou que o projeto existe desde 2017, a partir de um piloto feito com 12 escolas. A meta este ano é alcançar 90 escolas. “Nossa expectativa é que todas as escolas do estado de ensino médio tenham esse programa”. Fazem parte da rede estadual 1.230 escolas.

Três eixos

O Trilha Empreendedora é ligado a três eixos de atuação. São eles: educação financeira, mercado de trabalho e empreendedorismo. “A gente monta uma trilha para cada série do ensino médio que seja voltada para o aluno ter uma base de autoconhecimento, expectativa de carreira, de projeto de vida, visando ampliar um pouco o horizonte”. Maria Clara disse que não é à toa que, no primeiro ano, haja para os estudantes um programa de vantagens de permanecer na escola, para entender o que ele está fazendo, por que estudar e até onde ele pode chegar.

No segundo ano, é dada uma visão de mercado de trabalho. No programa Conectado com o Amanhã, o aluno entende o que o mercado está esperando dele quando sair da escola, que caminho ele tem que seguir. “Ele vai tendo uma perspectiva das várias possibilidades que pode ter”.

No terceiro ano, tem um curso de gestão de projetos, que trata das competências que o mercado está querendo hoje da juventude. “Ele aprende como fazer um projeto, como se integrar a uma empresa ou universidade quando sair do ensino médio”. A coordenadora lembrou também da área Negócios Sustentáveis, que está sendo muito forte nas empresas e que pode despertar o interesse dos jovens.

Mentores

Ao todo, o Trilha oferece nove programas, todos ligados aos três eixos. O projeto como um todo evita a evasão porque, o tempo todo, os alunos têm mentores, que são voluntários das empresas parceiras, que funcionam como espelho para eles continuem estudando e nutram expectativa de sair do país, de ganhar bolsas, fazer pós-graduação e desenvolverem projetos da parte de network (trabalhar a rede de contatos). “Ele sai com essa visão geral de trabalho, de empresa, de mundo, de carreira, entendendo a vantagem de ficar na escola. É muito legal! Isso tem, realmente, dado efeito para a gente.”

Em 2021, o programa contou com ajuda de 120 professores da disciplina de estudos orientados das 80 escolas participantes, que faz parte do Programa Ensino Médio Inovador (Pró-Emi), do governo federal, além de 472 participações voluntárias de colaboradores de 22 empresas diferentes.

A meta do Trilha para 2022 é ter mais aderência ao novo ensino médio, que passa a ser obrigatório pelo Ministério da Educação, e conseguir ampliar o número de escolas para formar os alunos de maneira mais bem efetiva. A ideia inicial para este ano era elevar o número de escolas estaduais parceiras para 156. Mas Maria Clara explicou que isso depende, contudo, de mais patrocínio. A cada ano é aberta uma cota de 90 voluntários por empresa, que são capacitados pelo Trilha.

“Em 2020 e 2021, eles atuaram online, por conta da pandemia, e agora eles vão voltar a atuar presencial e também virtualmente, porque a gente entende que esse sistema híbrido foi muito bom e é inquestionável. A gente teve voluntário na Noruega, nos Estados Unidos, na mentoria. Isso é muito bacana. Por isso, vamos  manter a orientação online, mas também oferecer aos volunários a ida à escola, que é outra experiência importante”. A edição do Trilha Empreendedora 2022 está prevista para iniciar no final de março ou começo de abril.

Experiência

A aluna Lara Belga, do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Dorval Ferreira da Cunha, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, não pensou duas vezes quando teve a oportunidade de participar das mentorias da Trilha Empreendedora, oferecidas na sua escola. “O que eu mais gostei foi que os mentores nos contavam experiências vividas, não suposições; assim, a gente entendia melhor o mundo que nos espera, com apoio de pessoas que já vivem nele. Depois da Trilha, me sinto muito mais preparada e segura para a minha entrada no mercado de trabalho”, disse a estudante.

O programa ajudou a organizar a vida financeira de Lara. Durante a pandemia, a estudante trabalhou como explicadora para crianças em fase de alfabetização, de 5 a 8 anos, visando contribuir com as despesas de casa. Para ela, “é importantíssimo que outras pessoas tenham a mesma oportunidade. O programa ajudou na mudança da nossa vida. Se somos o futuro do país, temos de consolidar a vida dos jovens para que tenhamos um futuro planejado e de nosso gosto.”

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UFRJ: velocidade de transmissão da covid é crítica e tende a acelerar

A velocidade de transmissão do novo coronavírus no estado do Rio de Janeiro está em patamar crítico e tende a acelerar ainda mais, segundo análise divulgada hoje (24) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com o Covidímetro, estudo elaborado Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 da UFRJ, cada 100 pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2, na semana de 9 a 15 de janeiro, infectaram mais 254.

Vice-coordenador do GT, Guilherme Horta Travassos explica que a taxa de transmissão não chegava a patamares tão altos desde os meses de fevereiro e março de 2020, quando o vírus iniciava a primeira onda de infecções.

Na capital, a transmissão é ainda mais acelerada, com taxa de 2,61 novas infecções a cada caso confirmado.

“Em processos pandêmicos, valores acima de 1 são considerados preocupantes, e, acima de 2, bastante preocupantes, bem críticos”, explica Travassos, que é professor de engenharia de sistemas e computação da Coppe/UFRJ e fez parte da elaboração do modelo que calcula a taxa de transmissão. “E já se percebe nos dados atuais um aumento no número de casos. Então, a expectativa é que, talvez, os valores possam aumentar para a semana seguinte. É uma situação de bastante preocupação”. 

Colapso nos serviços

O risco de uma taxa de transmissão tão acelerada, explica ele, é um colapso na prestação de serviços, o que não se restringe ao atendimento hospitalar. “Quando as pessoas testam positivo ou têm contato com pessoas adoentadas, elas precisam ficar isoladas, então, as empresas deixam de ter seus times completos. Com isso, vemos até empresas aéreas que não conseguem colocar aviões no ar”, exemplifica. “Se a gente não der um jeito de frear essa aceleração, se não reduzir essa velocidade, a situação vai ser muito complicada.”

Apesar de o modelo de cálculo da taxa de transmissão indicar que é necessário lockdown quando o índice fica acima de 2 pontos, Travassos explica que essa é uma avaliação que não pode ser feita com base em apenas um indicador.

“Olhar apenas o R [taxa de transmissão] não é suficiente. A gente tem que olhar o número de casos por 100 mil habitantes, a ocupação hospitalar, a disponibilidade de profissionais de saúde. Tudo isso tem que ser visto”, explica, destacando que a universidade poderá recomendar medidas mais restritivas caso a situação se agrave. 

Variante Ômicron

A expansão acelerada dos casos de covid-19 com a disseminação da variante Ômicron levou a capital fluminense a confirmar mais de 144 mil infecções somente nos 24 primeiros dias de 2022. O montante corresponde a mais da metade de todos os casos confirmados em 2021, quando a cidade notificou 286 mil infecções.

Já o estado do Rio de Janeiro registrou 257 mil casos de covid-19 em 2022, o que corresponde a mais de um quarto dos 918 mil confirmados ao longo de todo o ano de 2021, segundo o painel de dados da Secretaria de Estado de Saúde.

Máscara e vacinação

Travassos recomenda que a população use máscara, mantenha a higiene das mãos, evite lugares com aglomeração e complete o esquema vacinal, fator que ele considera primordial para que o cenário atual não avance e atinja patamares de internação registrados em outros momentos de transmissão acelerada. “A demanda hospitalar ocorre, principalmente, com aqueles indivíduos que não estão com a vacinação completa.”

Segundo dados divulgados na semana passada pela Secretaria Municipal de Saúde, 90% dos internados por covid-19 não completaram o esquema vacinal contra a doença, e cerca de 45% não haviam tomado nenhuma dose dos imunizantes disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

O pesquisador da UFRJ ressalta que, apesar de a taxa de contágio ser a mais alta desde a primeira onda da pandemia, a proteção conferida pela vacinação produziu um cenário em que o número de casos é maior que em outros momentos, mas as mortes e internações não crescem na mesma proporção.

Mortes

O painel de dados da Secretaria Municipal de Saúde informa que, desde o início do ano, houve 81 vítimas da covid-19 na capital, número menor que o confirmado apenas no dia 1° de janeiro de 2021, quando foram notificados 91 óbitos.

Já no estado, foram 210 mortes confirmadas entre 1º e 23 de janeiro de 2022. No mesmo período do ano passado, a pandemia fez mais de 3,2 mil vítimas. 

Fonte Agência Brasil – Read More

MEC promove até sexta-feira semana pedagógica online

O Ministério da Educação (MEC) promover, de hoje (24) até sexta-feira (28), a Semana Pedagógica 2022, com uma série de atividades transmitidas ao vivo pelo canal da pasta no YouTube, das 15h às 18h. O objetivo é informar as redes de ensino e escolas públicas sobre ações e iniciativas disponibilizadas pelo MEC durante o ano para enfrentamento dos impactos da pandemia, ampliação da oferta e elevação da qualidade da educação.

Com atividades que incluem desde a educação infantil à educação de jovens e adultos (EJA), a programação é inteiramente direcionada a secretários municipais, diretores de escolas, professores, supervisores e equipes pedagógicas.

Nesta segunda-feira, estão sendo abordados temas de interesse da gestão e equipes pedagógicas, como planos subnacionais, diagnóstico do Programa Dinheiro Direto na Escola e ações agregadas a este projeto, além de estratégias de recuperação da aprendizagem e de busca ativa.

Para amanhã (25), o foco será a formação e educação de jovens e adultos. Na quarta-feira (26), serão apresentadas ações e iniciativas direcionadas a profissionais do ensino médio. Na quinta-feira (27), estarão em pauta ações para o ensino fundamental e, na sexta (28), assuntos ligados à educação infantil.

Fonte Agência Brasil – Read More

Pará anuncia medidas para população afetada por interdição de ponte

O governo do Pará e a prefeitura de Belém anunciaram uma série de medidas para minimizar e reparar os prejuízos e os transtornos que a interdição da ponte Enéas Martins causou à população da Ilha do Outeiro, um distrito da capital paraense.

Na última segunda-feira (17), os órgãos de segurança interromperam o trânsito de veículos e de pedestres, bem como a navegação de embarcações próxima ao local, logo após serem alertados de que um pedaço da ponte tinha se desprendido sobre o Rio Maguari e uma rachadura se abriu ao longo da via.

Segundo o governo estadual, testemunhas afirmam ter visto uma balsa se chocar contra o pilar central da ponte. Após a interdição, técnicos que vistoriaram a estrutura constataram danos em dois dos pilares de sustentação. A Polícia Civil, no entanto, não descarta a hipótese de os problemas terem sido causados por uma sucessão de colisões.

“Estamos fazendo perícias e, em breve, vamos divulgar a dinâmica: se foi uma embarcação que provocou a queda ou [se foram] sucessivos choques, de diversas embarcações”, disse o delegado Daniel Castro a jornalistas, ontem (23).

Na mesma coletiva de imprensa, o secretário estadual de Transportes, Adler Silveira, anunciou que o governo estadual vai construir uma nova ponte para interligar os distritos de Outeiro e Icoaraci

A nova ponte, de 360 metros de comprimento, utilizará o sistema de cabos-estais, ganhando uma espécie de mastro central onde serão afixados os cabos de aço que sustentarão seu peso. Segundo o governo estadual, a solução permitirá a ampliação do vão de navegação dos atuais 60 metros para 100 metros, aumentando a segurança da navegação. Os pilares remanescentes e todo o resto da estrutura deverão ser integralmente restaurados.

Segundo o secretário estadual de Transportes, as obras começarão imediatamente e devem ser concluídas em até sete meses. A rapidez deve-se ao fato de que o governo estadual será dispensado de selecionar a empresa responsável por meio de licitação pública, conforme destacaram os representante do Ministério Público de Contas do estado, Patrick Bezerra, e do Tribunal de Contas estadual, Marcelo Aranha.

“Necessário frisar que todas as informações das obras devem ser disponibilizadas para análise do Tribunal de Contas para que colaboremos com os órgãos de controle”, disse Aranha. “Na medida em que a fiscalização avançar, encaminharemos as conclusões à Setran para as medidas cabíveis.”

Para permitir que as milhares de pessoas que vivem na Ilha do Outeiro acessem a área continental e que turistas atraídos pela orla urbanizada da ilha façam o caminho inverso, o governo estadual disponibilizou barcos e balsas que estão fazendo a travessia ininterrupta de veículos e pedestres. Nas lanchas rápidas que transportam passageiros entre a ilha e o Trapiche de Icoaraci, a travessia dura cinco minutos. Já nos ferry-boats destinados a transportar veículos entre o porto da Brasília, em Outeiro, e o Terminal Hidroviário de Belém, a viagem pode durar cerca de 1 hora.

Prefeitura

A prefeitura de Belém também anunciou, ontem, medidas emergenciais e assistenciais que contemplam os moradores de Outeiro afetados pela interdição da ponte. Uma das medidas busca ampliar o número de beneficiários do programa Bora Belém entre as famílias residentes no distrito que vivem em extrema pobreza. Executado em conjunto com o governo estadual, o programa repassa de R$ 150 a R$ 450 mensais a cada família, conforme o número de filhos.

Outra medida contemplará, por pelo menos seis meses, os donos e os funcionários das barracas de praia, que receberão uma ajuda de R$ 500, e os trabalhadores autônomos e informais cadastrados pela prefeitura, que receberão R$ 300. No total, a prefeitura prevê um investimento da ordem de R$ 1 milhão para auxiliar os profissionais ligados ao atendimento turístico.

Segundo o prefeito Edmilson Rodrigues, o Banco do Povo de Belém também vai abrir uma linha de crédito solidário de R$ 1 milhão para emprestar aos pequenos empreendedores do distrito recursos para a manutenção de capital de giro e para cobrir custos fixos.

Além disso, a prefeitura promete outros investimentos em saúde e em ações sociais. “Apresentamos um conjunto de ações imediatas como o reforço das Unidades de Saúde, o aumento de funcionários, garantia de uma ambulancha [ambulância náutica], intensificação da vacinação e a instalação da Unidade Fluvial de Saúde, inaugurada recentemente para atender a população”, afirmou Rodrigues.

Fonte Agência Brasil – Read More