Economia: Dívida Pública sobe 1,57% em agosto e aproxima-se de R$ 5,5 tri

Mesmo com queda expressiva das emissões de títulos públicos, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu em agosto e aproximou-se de R$ 5,5 trilhões. Segundo números divulgados hoje (25) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,396 trilhões em julho para R$ 5,481 trilhões em agosto, alta de 1,57%.

O Tesouro prevê que a DPF continuará subindo nos próximos meses. De acordo com a nova versão do Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentada no fim de maio, o estoque da DPF deve encerrar 2021 entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 1,59%, passando de R$ 5,155 trilhões em julho para R$ 5,237 trilhões em agosto. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 44,78 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Também houve a apropriação de R$ 37,37 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública.

Depois de mais de um ano superando os R$ 100 bilhões mensais, as emissões começaram a cair. Em agosto, o Tesouro emitiu R$ 70,69 bilhões, o menor nível de emissão desde abril do ano passado, quando o mercado ficou parcialmente paralisado após o início da pandemia da covid-19. Os resgates da DPMFi somaram R$ 25,91 bilhões, influenciados principalmente pelo vencimento de R$ 24,11 bilhões em títulos corrigidos por índices de preços.

A alta também foi impulsionada pela Dívida Pública Federal externa (DPFe), que subiu 1,09%, passando de R$ 240,87 bilhões em julho para R$ 243,51 bilhões em agosto. O principal fator foi a assinatura de financiamentos estrangeiros de R$ 1,34 bilhão no mês passado. A valorização de 0,42% do dólar em agosto também contribuiu para a elevação.

Colchão

Nos últimos meses, o Tesouro tinha intensificado a emissão de títulos públicos para recompor o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos). Essa reserva subiu de R$ 1,160 trilhão em julho para R$ 1,227 trilhão em agosto.

Atualmente, o colchão cobre quase um ano de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,364 trilhão em títulos federais.

Nos primeiros meses da pandemia da covid-19, o governo queimou parte desse colchão para compensar a instabilidade no mercado financeiro. Em agosto do ano passado, o Banco Central teve de repassar ao Tesouro R$ 325 bilhões para ajudar a recompor essa reserva. O restante está sendo feito com as novas emissões.

Em abril, a Emenda à Constituição do Novo Marco Fiscal, originária da PEC Emergencial, reforçou o colchão com mais R$ 140 bilhões da desvinculação do superávit de fundos públicos.

Composição

As altas recentes da taxa Selic estão atraindo o interesse pelos títulos corrigidos pelos juros básicos da economia e mudando a composição da DPF. A proporção de títulos vinculados à Selic subiu de 35,67% para 36,11%. O PAF prevê que o indicador feche 2021 entre 33% e 37%.

A fatia de títulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão) caiu de 32,05% para 31,86%. A nova versão do PAF prevê que a fatia da inflação na dívida pública encerre o ano em uma faixa entre 31% e 35%.

A fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF caiu levemente, de 27,59% para 27,35%. Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública ficou praticamente estável, passando de 4,69% para 4,68%. Os dois tipos de indexadores estão dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2021, entre 26% e 30% para os papéis vinculados à inflação e entre 3% e 7% para o câmbio.

Detentores

As instituições financeiras seguem como principais detentores da Dívida Pública Federal interna, com 31% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 24,1%, e os fundos de pensão, com 22%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

Apesar das turbulências no mercado financeiro em agosto, a participação dos não residentes (estrangeiros) subiu levemente de 9,7% em julho para 9,8% em agosto. O percentual retornou ao nível de março de 2020, no início da pandemia da covid-19. Os demais grupos somam 13,2% de participação, segundo os dados apurados no mês.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

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Unidades de conservação melhoram condições de ribeirinhos na Amazônia

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Apenas 5% dos adultos moradores de unidades de conservação (UC) em comunidades ribeirinhas da região amazônica gostariam de se mudar para a cidade, em comparação a 58% que vivem em áreas desprotegidas. Os dados são de pesquisa publicada nesta segunda-feira (27) na revista PNAS. O levantamento foi feito por pesquisadores das universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Alagoas (Ufal), do Instituto Juruá e das universidades norueguesas de East Anglia e de Life Sciences.

Os pesquisadores percorreram mais de 2 mil quilômetros pelo Rio Juruá, afluente do Amazonas, em 2016, a fim de entender os impactos sociais de se viver dentro ou fora de uma unidade de conservação. Eles aplicaram questionários e entrevistaram pessoas e famílias de comunidades externas e de unidades de conservação da região, incluindo a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Uacari e as reservas extrativistas do Médio e Baixo Juruá. Ao todo, moradores e líderes comunitários de 100 comunidades da região foram ouvidos, incluindo 426 pessoas e 281 famílias.

Nas entrevistas coletadas, o pesquisador João Campos-Silva observou que as unidades de conservação bem geridas, que têm forte organização social das comunidades e associações locais, trazem benefícios para a qualidade de vida e subsistência local.

“O melhor acesso à saúde, educação, eletricidade, saneamento básico e comunicação, observado em comunidades dentro das UCs, influencia a decisão das pessoas de não quererem sair de lá”, comenta o pesquisador do Instituto Juruá, um dos autores do artigo.

Um dos principais resultados da pesquisa é que as comunidades das unidades de conservação têm mais acesso à infraestrutura básica de serviços públicos. Da mesma forma, famílias que residem nessas comunidades têm mais bens duráveis como geladeira, fogão, eletrodomésticos e barco a motor, indicando que morar nas unidades de conservação confere maior riqueza material às famílias.

Para a coautora do estudo, Priscila Lopes, os dados sugerem que diferentes níveis de gestão participaram da construção de soluções para as comunidades pesquisadas, desde organizações não governamentais, empresas, universidades e associações locais.

“Elas estimularam o desenvolvimento social com a criação de empregos e cadeias produtivas socialmente mais justas, o que ajuda a consolidar resultados positivos do engajamento em sustentabilidade”, destaca a pesquisadora.

O estudo indica que cenário otimista verificado na região do Rio Juruá pode sugerir uma exceção à regra, uma vez que envolve modelo de cogestão na unidade de conservação. Como a maioria das unidades de conservação na Amazônia não está implementada e enfrenta uma escassez de recursos humanos e financeiros, eles defendem também o aumento do investimento público na implementação dessas áreas protegidas como forma de gerar riqueza com a floresta ainda em pé.

Agência Brasil –

CNI: confiança da indústria de construção tem forte queda em setembro

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da indústria de construção apresentou forte queda em setembro, recuando 5 pontos em relação ao apurado em agosto, informou hoje (27) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Neste mês, o índice ficou em 54,7, a maior queda do índice desde março de 2021. O índice varia de zero a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do setor de indústria e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança do empresariado. Quanto mais próximo de zero, menor a confiança.

“Entre agosto e setembro, o índice de condições atuais da economia brasileira recuou de 51,3 pontos para 42,3 pontos. Ao ficar abaixo da linha divisória de 50 pontos, o índice reflete a transição de uma percepção positiva para uma percepção negativa da economia brasileira. Já o índice de expectativas da economia brasileira também apresentou uma forte queda, de 8 pontos, porém permanece acima da linha divisória de 50 pontos”, informou a confederação.

A CNI disse que o resultado de setembro foi marcado por uma deterioração da percepção das condições atuais e das expectativas sobre a economia brasileira. Ainda de acordo com a confederação, alinhadas à queda de confiança, as expectativas dos empresários da indústria da construção com relação às variáveis relacionadas à atividade também caíram, embora em menor magnitude

De acordo com o levantamento, as expectativas do nível de atividade, de novos empreendimentos, de compra de insumos e matérias-primas e do número de empregados recuaram, respectivamente, 1,3 ponto, 0,9 ponto, 0,8 ponto e 1,0 ponto. Com isso, esses índices ficaram, no mês de setembro, em 56,4 pontos, 55,4 pontos, 55,1 pontos e 53,4 pontos, respectivamente.

“Apesar da queda, todos os índices de expectativas seguem acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que as expectativas dos empresários são de crescimento para essas variáveis nos próximos seis meses”, afirmou a CNI.

Outro índice da indústria da construção que apresentou queda no mês foi o de intenção de investimento que caiu 4,2 pontos para 41,2 pontos. Essa é a maior queda do índice em um único mês desde abril de 2020.

Apesar da queda, a CNI informou que o índice segue acima da sua média histórica, que é de 35,2 pontos, “o que indica que embora a intenção de investir seja menor que a de agosto, ela segue acima da intenção de investir que vem sendo observada nos últimos anos.”

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Ministro da Economia: Brasil vai insistir em mudanças no Mercosul

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (27) que o Brasil vai continuar tentando fazer mudanças no Mercosul. Segundo ele, o governo brasileiro busca “modernizar” o bloco econômico, mas tem encontrado resistência da Argentina. O bloco é formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

“A nossa posição é de avançar. Nós não vamos sair do Mercosul. Mas nós não aceitaremos o Mercosul como ferramenta de ideologia. O Mercosul tem uma proposta muito clara: é uma plataforma de integração na economia global. Se ele não entregar esse serviço, nós vamos modernizar, os incomodados que se retirem”, disse ao participar, de modo remoto, do evento O Brasil quer Mais, promovido pelo International Chamber of Commerce, a Câmara de Comércio Internacional.

O Brasil tem proposto a redução da tarifa externa comum (TEC) em 10% para todos os produtos, enquanto a Argentina defende que apenas parte das mercadorias sejam incluídas na redução. “Nós vamos ficar firmes nessa posição. E a Argentina parece que está muito firme em uma posição antagônica à nossa”, ressaltou Guedes sobre as disputas internas no bloco.

As divergências também são sobre a forma de tomada de decisão dentro do bloco. Atualmente, todas as decisões são feitas a partir de consenso entre os quatro países membros. “É exigido unanimidade para fazer mudança no Mercosul e eles transformam isso em vetos. Na verdade tem três querendo fazer a modernização do Mercosul: Brasil, Paraguai e Uruguai. E Argentina está em um momento muito especial, muito delicado, e nós compreendemos”, comentou o ministro sobre o tema.

Privatizações

Sobre a política econômica brasileira, Guedes voltou a defender as privatizações das empresas estatais como um dos eixos norteadores do planejamento de longo prazo. “Continuar com as privatizações: Petrobras, Banco do Brasil. Todo mundo entrando na fila, sendo vendido e isso sendo transformado em dividendos sociais”, destacou.

O ministro ressaltou ainda que, nos últimos dois anos e meio, foram feitas privatizações que totalizm de R$ 240 bilhões. A expectativa de Guedes é de que nos próximos meses sejam aprovadas as vendas de grandes empresas estatais como a Eletrobras e os Correios. “O plano é transformar o estado brasileiro: contar mais com os investimentos privados, acelerar as desestatizações”, acrescentou.

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Consumidor está cauteloso na hora de gastar, diz pesquisa

A confiança do consumidor brasileiro para as compras no comércio ficou estagnada em setembro. É o que revela o Índice Nacional de Confiança (INC), divulgado hoje (27) pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Este mês, o índice registrou 74 pontos, mesmo valor de agosto. Considerando-se apenas o estado de São Paulo, o índice chegou a 75 pontos, dois pontos acima do registrado em agosto.

Segundo a ACSP, esse resultado interrompe a tendência que apontava para uma melhora do humor do consumidor brasileiro.

“As pessoas têm menos dinheiro por conta da crise causada pela pandemia, mas o consumo, que estava reprimido graças à falta de mobilidade urbana, está acontecendo normalmente”, disse Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP. “Entendemos que existe a cautela neste momento porque os reflexos da crise da covid-19 ainda são muito sentidos”, explicou.

Comportamento

O Índice Nacional de Confiança vai de zero a 200 pontos e mede a visão e a segurança da população em relação ao país e às finanças e prevê, também, o comportamento dessas pessoas na hora da compra. Quando o índice soma abaixo de 100 pontos, indica pessimismo. Acima de 100 pontos significa otimismo.

Segundo a ACSP, o último registro otimista, marcando 100 pontos, ocorreu em janeiro de 2020, antes da pandemia do novo coronavírus.

A pesquisa ouviu 1.597 pessoas de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

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Decreto presidencial muda critério de seleção dos clubes da Timemania

O presidente Jair Bolsonaro assinou hoje (27) um decreto que altera os critérios de enquadramento dos clubes de futebol participantes do Timemania, jogo de loteria da Caixa. De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, a nova norma prevê que os clubes integrantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro, no último biênio, estarão aptos a participar do referido sorteio.

Em nota, a pasta explicou que o modelo atual é “completamente ultrapassado”, pois considera, exclusivamente, os times participantes da Série A e B do Campeonato Brasileiro do ano de 2007. Nesse sentido, a alteração traz um “modelo flexível e dinâmico”.

No sorteio, além de dez números entre os 80 disponíveis no volante, o apostador escolhe um Time do Coração. São esses times que serão alterados. Assim, para o ano de 2021, por exemplo, os clubes que participaram do campeonato nacional no biênio 2019/2020 serão selecionados para integrar o Timemania, nos próximos concursos, que correm três vezes por semana, com sorteio de sete dezenas e um clube.

Com a Timemania, além de arrecadar recursos para aplicação em programas sociais, como o desenvolvimento de práticas desportivas, o governo efetua uma política de recuperação das dívidas dos clubes de futebol com a União. Do valor total arrecadado com as apostas, 46% são para o prêmio bruto e 22% vão para os clubes de futebol. Há ainda a distribuição de recursos para alguns fundos, para os comitês Olímpico e Paralímpico e para a pasta do esporte, hoje no Ministério da Cidadania.

Evento no Planalto

O decreto foi assinado nesta segunda-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto e deve ser publicado até amanhã (28) no Diário Oficial da União. O evento foi alusivo aos mil dias do governo do presidente Jair Bolsonaro. Nesta semana, ele viaja com seus ministros para diversas localidades do país, em comemoração ao marco.

Hoje, o presidente também assinou decreto que revoga 892 atos normativos que perderam a eficiência ou validade, editados entre os anos de 1943 e 2020. No evento, a Caixa fez o lançamento de um programa de microcrédito que vai oferecer empréstimos de R$ 300 a R$ 1 mil, direto pelo aplicativo de celular Caixa Tem.

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Desemprego cai para 13,7%, revela pesquisa do Ipea

O desemprego recuou para 13,7% em junho, último mês do trimestre móvel iniciado em abril. O percentual foi atingido depois de ficar em 15,1% em março. Já a taxa de desocupação dessazonalizada, que exclui os efeitos das variações sazonais do conjunto de dados temporais de junho (13,8%), é a menor apurada desde maio de 2020.

Os números estão no estudo, divulgado, hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele analisou o desempenho recente do mercado de trabalho, com base na desagregação dos trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.

A pesquisa do Ipea mostrou, ainda, que o crescimento recente das contratações tem ocorrido, principalmente, em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal. Entre eles, estão o da construção, que registrou alta anual da população ocupada em 19,6%, a agricultura (11,8%) e os serviços domésticos (9%).

“Deu uma melhorada. É uma coisa que a gente já estava vendo no início do segundo trimestre. O desemprego está caindo porque a ocupação está crescendo. A ocupação está voltando e a gente está conseguindo uma redução do desemprego em um ambiente de aumento de PEA [População Economicamente Ativa]. Todas aquelas pessoas que saíram do mercado de trabalho por conta da pandemia estão voltando a procurar emprego. Mesmo com essa população voltando, ainda assim a gente está conseguindo reduzir o desemprego porque a ocupação está subindo”, disse a pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea, Maria Andréia Lameiras, em entrevista à Agência Brasil.

Outro dado do estudo é que, no segundo trimestre de 2021, na comparação interanual, a expansão dos empregados no setor privado sem carteira atingiu 16% e a dos trabalhadores por conta própria, 14,7%.

Ainda com base nos dados da PNAD Contínua, o aumento do emprego no segundo trimestre se espalhou por todos os segmentos da população, se comparado ao mesmo período do ano anterior, mas teve destaque o crescimento da ocupação entre as mulheres (2,2%), jovens (11,8%) e trabalhadores com ensino médio completo (7%).

Cenário difícil

Maria Andréia chamou atenção, no entanto, para o fato de que mesmo, com os resultados positivos, alguns indicadores importantes mostram que outros aspectos do mercado de trabalho brasileiro permanecem em patamares desfavoráveis. Ela destacou que a alta da ocupação tem ocorrido muito em cima da informalidade, o que não chega a surpreender porque foi o setor mais atingido pela pandemia. “São eles que estão voltando. A gente vê um crescimento grande do emprego sem carteira e do [emprego] por conta própria”, disse.

Acrescentou que, apesar do recuo pequeno na questão do desalento, ainda há a manutenção da subocupação em patamar elevado. “Essas pessoas até estão voltando ao mercado de trabalho, mas não na condição que gostariam de estar. Tem uma parcela grande da população que pode ofertar mão de obra, mas não está conseguindo espaço”, detalhou.

Além disso, há um dado preocupante que é o aumento do tempo de permanência no desemprego. Os microdados de transição extraídos da PNAD Contínua para a realização do estudo do Ipea, indicaram que o percentual de trabalhadores desocupados, que estavam nesta situação por dois trimestres consecutivos, subiu de 47,3% no primeiro trimestre de 2020 para 73,2% no segundo trimestre de 2021. A situação se agrava com o recuo da parcela de desempregados que obteve uma colocação no trimestre subsequente de 26,1% para 17,8% no mesmo período.

“A população que está procurando trabalho há mais de dois anos tem sofrido bastante e isso é ruim porque tem uma literatura grande de mercado de trabalho que mostra que, quanto mais tempo a população fica sem trabalhar, mais difícil é a volta ao mercado de trabalho. Quando acaba de perder um emprego a pessoa tem os contatos próximos e a facilidade de se realocar é mais rápida. Quanto mais tempo fica fora, vai perdendo produtividade e deixando de saber o que tem de inovação na profissão. Fica cada vez mais difícil a pessoa voltar e ela vai ficando obsoleta”, observou.

Pandemia

Para a pesquisadora, não é possível dizer que essa situação ruim do mercado de trabalho é só culpa da pandemia, porque já não estava tão bem. “A gente estava começando a melhorar, mas, quando veio a pandemia, ainda estava com taxa de desemprego alta, de desalento alto. A pandemia piora uma situação que já não era boa. Tanto que, quando a gente começa a olhar a ocupação voltando, está voltando ao nível pré-pandemia e não é uma situação que era confortável naquele momento. Ainda que esteja voltando para aquilo que era antes da pandemia, não é suficiente para dizer que a gente está com um mercado de trabalho razoavelmente bom”, especificou.

Perspectivas

De acordo com Maria Andréia, a expectativa é que o mercado de trabalho continue melhorando, com crescimento na ocupação, mas ainda com emprego informal. “O que vai puxar a economia nos próximos meses são os serviços e eles são intensivos em mão de obra informal. A gente vai continuar vendo a melhora da ocupação, mas ainda muito em cima da informalidade. Ainda que os dados do Caged, de fato, tenham mostrado um cenário melhor para o emprego formal, eles mostram, por exemplo, que a gente já superou o contingente de trabalhadores do mercado formal do início da pandemia, mas a PNAD ainda não. Pela PNAD, a gente ainda vai ver o mercado de trabalho puxado pela ocupação informal, com uma taxa de desemprego desacelerando lentamente”, avaliou.

Na visão da pesquisadora, se o auxílio emergencial, que tem previsão de terminar em outubro, não for prorrogado, sem essa renda os beneficiários terão que voltar ao mercado de trabalho, voltando a pressionar os indicadores. Isso só será diluído caso a criação de vagas seja superior ao número de pessoas que vão tentar voltar ao mercado de trabalho com o fim do benefício. Segundo ela, é isso que está ocorrendo atualmente, com o país conseguindo gerar mais vagas do que a quantidade da população que está voltando para o mercado.

“Por isso, a desocupação está caindo, mas está caindo muito pouquinho e vai continuar nesse ritmo de queda bem suave por conta dessa pressão da força de trabalho dessas pessoas que vão voltar para o mercado de trabalho. O ritmo de criação de emprego tem que ser muito maior, porque tem que gerar vaga para tirar quem hoje já está desocupado e para também abarcar essas pessoas que estão saindo da inatividade e chegando no mercado de trabalho na condição de desempregado”, disse.

Auxílio emergencial

Segundo Maria Andréia, se houver a manutenção do auxílio emergencial isso pode gerar alguma descompressão na População Economicamente Ativa (PEA). “Ainda assim vai ter uma PEA crescendo, só que de uma maneira um pouco mais suave, e a volta ao mercado de trabalho pode ser adiada por dois ou três meses, lembrando que mesmo que reduza, a gente ainda vai ter uma taxa de desemprego alta, porque ainda tem um contingente de trabalhadores desempregados, um emprego informal sem nenhum tipo de proteção e não está contribuindo para a Previdência”, afirmou, acrescentando que o emprego informal acaba refletindo no consumo, porque o trabalhador nesta condição não vai arriscar para fazer a compra, por exemplo, de bens de consumo duráveis.

Fonte Agência Brasil – Read More

Além do tri no Brasileiro, atacante do Timão é eleita craque da final

A piauiense Adriana, atacante do Corinthians, brilhou em campo na noite deste domingo (27), na vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras, que garantiu ao Timão o tricampeonato do Brasileiro Feminino de Futebol. A atacante, de 24 anos, marcou um golaço aos 32 minutos do primeiro tempo na Neo Química Arena, em São Paulo, e participou da jogada do terceiro gol do Timão, uma bicicleta da meia Vic Albuquerque.  

“Momento inesquecível. Vai ficar guardado para sempre na minha memória esse espetáculo que a gente fez aqui hoje. Um título tão importante para a gente. Para mim mais especial ainda, o terceiro título. Fico feliz demais, agora é comemorar e aproveitar”, disse a atleta, eleita craque da partida,  em depoimento à Confederação Brasileira de Futebol.

TEM QUE RESPEITAR! 💜

Garanta na ShopTimão: https://t.co/nr27xkpi6E#RespeitaAsMinas#VaiNaAlma#VaiCorinthians pic.twitter.com/rGhkqOupAL

— Corinthians (@Corinthians) September 27, 2021

No Corinthians deste 2017, Adriana foi artilheira no Brasileiro do ano seguinte, com 14 gols, no primeiro título do Timão no campeonato feminino. No ano seguinte, devido a uma lesão, foi cortada da seleção convocada para a Copa do Mundo. Mas voltou com tudo no ano passado, quando conquistou o segundo título para o Timão.

“Para mim, é superação. E gratidão a Deus por toda oportunidade. Acho que tudo que eu passei agora me fez crescer, e hoje eu mostrei quem é a Adriana. Agradeço demais o apoio de todo mundo, de todos os torcedores, às meninas da comissão, que isso foi essencial”, afirmou Adriana.

O Timão saiu na frente do placar aos 22 minutos com com gol contra da zagueira Agustina Barosso,  no rebote do chute cruzado de Adriana.  A lateral esquerda Camilinha, descontou para o Palmeiras aos 28 minutos do segundo tempo.

A equipe feminina do Corinthians já tem compromisso na quarta-feira (29) pela sétima rodada do Campeonato Paulista. O embate será contra o  PInda, às 19h (horário de Brasília), no Parque São Jorge, em São Paulo.

Fonte Agência Brasil – Read More

Caixa oferece crédito de R$ 300 a R$ 1 mil pelo celular

A Caixa Econômica Federal lançou hoje (27) o programa Crédito Caixa Tem, que vai oferecer empréstimos de R$ 300 a R$ 1 mil, direto pelo aplicativo de celular Caixa Tem. A taxa de juros é de 3,99% ao mês, com pagamento em até 24 vezes.

Para quem já possui a conta Poupança Social Digital no Caixa Tem, a atualização cadastral e a solicitação do crédito estarão disponíveis de forma escalonada, conforme o mês de aniversário. A avaliação do cadastro é concluída em até dez dias, para liberação dos recursos.

Para os nascidos em janeiro e fevereiro, a opção já está disponível a partir desta segunda-feira, seguindo até 27 de dezembro, com os nascidos em novembro e dezembro.

A criação das contas digitais e o aplicativo Caixa Tem foram a solução encontrada pela Caixa para o pagamento do auxílio emergencial a pessoas vulneráveis durante a pandemia de covid-19. A atualização cadastral é necessária para dar à Caixa as informações necessárias para a avaliação de risco de crédito do cliente, uma vez que a Poupança Social Digital foi aberta sem todos os dados.

Dessa forma, após a complementação do cadastro, a Poupança Social Digital, que viabiliza o crédito de benefícios sociais, será convertida em Poupança Digital, com a oferta de produtos e serviços bancários disponíveis em contas poupança tradicionais.

A abertura de conta pelo aplicativo Caixa Tem para novos usuários será possível a partir do dia 8 de novembro, também de acordo com o mês de nascimento.

Crédito mais barato

O presidente da República, Jair Bolsonaro, participa do lançamento do programa Crédito Caixa Tem – José Cruz/Agência Brasil

A cerimônia de lançamento do programa ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e diversos ministros, que celebraram também os mil dias de governo. Diagnosticado com covid-19, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, participou por vídeo.

“O que estamos fazendo nessa fase é ajudar as pessoas que estavam recebendo o auxílio emergencial e outras também, a grande maioria [trabalhador] informal, que quando vão tomar um crédito elas pegam [com juros] a partir de 15% ao mês, fora do sistema financeiro”, disse Guimarães. O objetivo é atender ao público que não consegue dar garantias para acesso a empréstimos nos bancos tradicionais.

De acordo com Guimarães, a Caixa poderá ainda aumentar o valor desse crédito e reduzir os juros a partir da capacidade de pagamento dos clientes. Para ele, a medida também deve estimular a concessão de empréstimos mais baratos em outras instituições

As informações sobre o aplicativo e o Crédito Caixa Tem podem ser conferidas na internet.

Linhas de crédito

Lançamento do Crédito CAIXA Tem – José Cruz/Agência Brasil

Duas linhas de crédito estarão disponíveis para os clientes, que se diferenciam quanto à destinação dos recursos. Mas, para ambas as linhas, o valor de contratação é de R$ 300 a R$ 1 mil, a taxa de juros é de 3,99% ao mês, com pagamento em até 24 vezes.

O Crédito Caixa Tem Pessoal é o empréstimo com destinação livre para o que o cliente necessitar, inclusive para utilizar em despesas pessoais, como pagamentos de dívidas. Já o Crédito Caixa Tem para o Seu Negócio deve ser utilizado para despesas com as empresas, como pagamento de fornecedores, contas de água, de luz, de internet, aluguel, compra de matérias-primas ou mercadorias para revenda, entre outras.

O cliente deve atualizar gratuitamente o Caixa Tem nas lojas de aplicativos Google Play ou Apple Store. Em seguida, acessar o Caixa Tem e selecionar a opção “Atualize seu cadastro”, no menu. O passo a passo da atualização prevê a digitalização de documento de identidade e uma foto “selfie” do usuário.

Após a atualização do cadastro, a conta passa de Poupança Social Digital para Poupança Digital+, e ao clicar na opção ‘Crédito Caixa Tem’ será apresentada a opção para solicitação de empréstimo, a simulação para que o cliente indique o valor e a quantidade de parcelas a serem pagas, com avaliação automática para verificação se o cliente possui limite a ser disponibilizado, conforme solicitado.

O empréstimo é creditado exclusivamente na Poupança Digital+ após a contratação. As parcelas serão debitadas mensalmente da mesma conta do cliente.

Caixa Tem

As contas digitais do Caixa Tem são isentas de tarifa mensal de manutenção e oferecem serviços básicos gratuitos, como até dois saques por mês em terminal de autoatendimento e unidades lotéricas, até três transferências por mês para contas de depósitos de outros bancos e transferências ilimitadas para contas da Caixa.

Com o aplicativo, o cliente pode pagar contas de água, luz, telefone, gás e boletos em geral pelo próprio aplicativo ou nas lotéricas, fazer compras pela internet e pelas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, com o cartão de débito virtual e QR Code. Também é possível fazer recarga de celular, contratar seguros e consultar benefícios sociais.

Fonte Agência Brasil – Read More

Campanha foca em conversa com família para aumentar doação de órgãos

O Ministério da Saúde lançou hoje (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, uma nova campanha para incentivar o gesto. Neste ano, as peças publicitárias têm como foco estimular quem deseja doar a conversar com seus familiares.

Isso porque, pela legislação brasileira, não adianta deixar expresso em documento, ou mesmo registrado em cartório, o desejo de realizar a doação de órgãos, pois a palavra final caberá sempre aos parentes, destacou o ministro da Saúde substituto, Rodrigo Cruz. “É preciso conversar com a família para que esteja ciente da sua vontade e que doe”, enfatizou.

De acordo com dados da pasta, em 2020, o índice de recusa à doação de órgãos pela família ficou em 37,8% dos casos com morte encefálica identificada, que é quando cessa a atividade cerebral do paciente – momento que torna o quadro irreversível, mas que ainda permite a extração de órgãos e tecidos em bom estado.

O índice vem apresentando ligeira redução ano a ano, tendo ficado em 41,3% em 2018 e em 39,4% em 2019. Além da campanha, é necessário aprimorar ainda mais a capacitação dos profissionais de saúde responsáveis por abordar as famílias ainda dentro das unidades hospitalares, destacou a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes, Arlene Badoch.

“Não podemos trabalhar com profissionais que não tenham treinamento. É um serviço muito técnico, que precisa de muita expertise”, ressaltou a coordenadora.  “É necessário que façamos um investimento massivo na educação continuada”, reforçou, pedindo o engajamento, nesse aspecto, das secretarias municipais e estaduais de Saúde.

Outro ponto a ser melhor trabalhado, destacou Arlene, é a identificação da morte encefálica. Estima-se que, no Brasil, ocorram mais de 9 mil mortes encefálicas que propiciem a doação de órgãos, mas que passam em branco pelos profissionais de saúde.

Um terceiro ponto destacado pela coordenadora é o trabalho a ser feito na redução das paradas cardiorrespiratórias do paciente durante o processo de doação, o que pode prejudicar a viabilidade dos órgãos. Hoje, o país registra um índice de ocorrências na casa de 14%.

“Nossa ideia é trabalharmos com índice de 5%”, disse Arlene. “Teremos no mínimo 500 doadores a mais, só mudando essa realidade, que depende diretamente das partes intra-hospitalares”, avaliou. 

Dados

O Brasil possui hoje 53.218 pacientes na fila por um transplante de órgãos. A grande maioria (31.125) aguarda para receber um novo rim. Em seguida, vem a fila por um fígado (1.905). No país, estão registradas ainda 365 pessoas à espera de um coração e 259 de pulmão.

O número total engloba 19.115 pessoas que aguardam por um transplante de córnea, embora esta seja considerada um tecido, e não um órgão, e que o procedimento seja, muitas vezes, considerado não eletivo.

Até o momento em 2021, foram realizados 5.626 transplante no país, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes. O número representa uma recuperação em relação aos 3.937 procedimentos realizados no ano passado, quando houve uma queda brusca no número de doadores devido às restrições provocadas pela pandemia de covid-19. Em 2019, foram realizados 7.715 transplantes.

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De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a taxa de doação caiu 26% em 2020, se comparado a 2019. Essa queda foi observada para todos os órgãos e tecidos.

Fonte Agência Brasil – Read More