Economia: IBGE: inflação da indústria tem alta de 1,86% em agosto

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,86% em agosto, na comparação com julho. O indicador, divulgado hoje (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mede a variação de preços de produtos na porta das fábricas, sem impostos e frete. No ano, o aumento acumulado nos preços da indústria chegou a 23,55%. Em 12 meses, a alta é de 33,08%.

Segundo o IBGE, todas as 24 atividades analisadas tiveram alta, o que só havia ocorrido em agosto de 2020. O gerente do IPP, Manuel Souza Neto, disse que a demanda aquecida do comércio internacional e a desvalorização do real frente ao dólar impactam os preços industriais no mercado interno.

“O movimento dos preços do minério de ferro e do óleo bruto do petróleo, por exemplo, afeta de forma quase direta os setores de químicos, de refino e de metalurgia. No setor alimentício, as exportações de commodities, como soja e milho, pressionam para cima os custos das rações para animais e, por consequência, das carnes”, explicou.

Peso dos alimentos

A principal influência no IPP de agosto foi do setor de alimentos, com a contribuição de 0,51 ponto percentual para o índice. Na comparação com julho, os alimentos subiram 2,19%, a sétima taxa positiva no ano e a segunda maior de 2021, perdendo apenas para os 2,66% registrados em abril. O único mês que apresentou variação negativa foi junho (-0,14%). No ano, o segmento acumula alta de 12,47%.

Souza Neto afirmou, ainda, que, em agosto, os aumentos dos preços das carnes e miudezas de aves congeladas estiveram entre as principais influências sobre o índice da indústria de alimentos.

“A elevação dos preços foi impactada tanto pelo aumento de custo na criação dos animais, quanto pela maior demanda. Além das exportações, também houve o impacto do mercado interno, com a volta às aulas presenciais e a tendência de substituição da carne bovina pela de frango”, observou.

Outras influências no indicador do mês foram a entressafra e fatores ligados ao clima, de acordo com o gerente do IPP.

“A produção de leite esterilizado (UHT/Longa Vida) foi influenciada pela seca do meio do ano, que diminuiu a captação nas bacias leiteiras. Com isso, o preço do produto e de todos os seus derivados aumentou. O café torrado e o moído sofreram a influência do inverno rigoroso, com geadas em regiões produtoras importantes, o que também impactou a safra da cana-de-açúcar e seus derivados”, explicou.

Ficaram com variação de preços acima da média do setor alimentício o abate e a fabricação de produtos de carne (2,72%), a fabricação e refino de açúcar (3,64%) e a torrefação e moagem de café (6,54%).

Outras atividades

O refino de petróleo e de produtos de álcool teve alta de 1,91%, a quarta consecutiva, com desaceleração frente a julho (3,27%). No ano, o setor acumula inflação de 47,03%, a maior taxa da série para um mês de agosto. As maiores influências no setor foram gasolina, exceto para aviação (óleo diesel e álcool etílico anidro ou hidratado).

Na indústria química, os preços subiram 2,82% em agosto, a maior alta desde abril, quando o indicador foi de 4,73%. O acumulado do ano está em 37,34% e, em 12 meses, a variação é de 50,49%. Segundo Souza Neto, os dois segmentos sofreram influências do mercado externo.

“Esses resultados estão ligados principalmente aos preços internacionais, inclusive de diversas matérias-primas, importadas ou não, como a nafta. Um dos maiores responsáveis pelo aumento é o grupo dos fertilizantes, com alta de 6,93% no mês, acumulando 65,98% no ano e 73,63% nos últimos 12 meses. Esses dois acumulados são os maiores em toda a série”.

Na metalurgia, a alta em agosto foi de 2,58%, a 14ª taxa positiva seguida. O setor está com o terceiro maior acumulado no ano (40,59%) e o segundo em 12 meses (56,98%).

De acordo com o IBGE, o IPP acompanha a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo.

Agência Brasil – Leia mais Read More

Ciclistas pedalam 413km para defender conservação do Cerrado

Um cientista e um engenheiro florestal do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) percorrerão de bicicleta 413 quilômetros de trilhas de terra, com o objetivo de informar populações locais do Cerrado sobre medidas de prevenção a incêndios e necessidade de conservação do bioma.

Acompanhados de um ciclista especialista em navegação, os dois iniciaram a jornada hoje às 8h, da Floresta Nacional de Brasília em direção a Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros. A previsão de chegada será entre os dias 4 e 5 de outubro.

A aventura será registrada em fotos e vídeos que serão disponibilizados no Instagram @bike_transcerrado. Para acessar o site, clique aqui.

O projeto TransCerrado 2021 foi criado com o objetivo de mostrar ao público a beleza única do bioma, seus recursos naturais e seu potencial de ecoturismo para essa e futuras gerações.

A primeira edição do projeto ocorreu em 2019, quando foram percorridos mais de 700 quilômetros em duas rodas, em um trajeto entre Goiás Velho e o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Na oportunidade, foi feito um trabalho de conscientização sobre conservação e desenvolvimento de agricultura sustentável no Cerrado.

“Uma das melhores maneiras da gente preservar e conhecer o Cerrado é estando na estrada, a bordo de uma bicicleta, pois assim você interage com as pessoas que vivem nesse bioma. São elas que podem ajudar a promover o desenvolvimento sustentável da região”, explica o ciclista Paulo Moutinho, integrante da equipe.

Fonte Agência Brasil – Read More

INSS prorroga projeto-piloto de metas para diminuir fila de espera

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prorrogou, até 31 de outubro, a experiência-piloto do Programa de Gestão do Atendimento Presencial (PGAP), no qual os servidores trabalham por metas. A Portaria nº 1.358/2021 foi publicada hoje (29) no Diário Oficial da União.

O objetivo é melhorar o atendimento e reduzir as filas de espera dos segurados pela concessão ou pela revisão de benefícios. De acordo com o INSS, há a entrada de mais de 500 mil requerimentos por mês que abrangem diversos benefícios, como pensão por morte, aposentadoria, incapacidade temporária e outros.

O projeto-piloto começou em 1º de julho com duração de 60 dias, foi prorrogado em agosto e acabaria amanhã (30). Ao final da experiência, um comitê gestor fará a avaliação para, então, definir sobre a ampliação para nível nacional.

Atendimento presencial

As metas diárias podem ser cumpridas com atendimento presencial ao público ou com complementação de tarefas analisadas na parte administrativa das agências da Previdência Social.

Os servidores têm a opção de escolher como preferem atuar. Aqueles que não quiserem trabalhar com o esquema de oito horas diárias podem trocar a jornada por produtividade, com metas de atendimento, pontuação e tarefas, e, assim, ficam dispensados do controle de frequência.

Entretanto, esses servidores não podem se ausentar do atendimento, mesmo atingindo a meta, enquanto existir segurado para atender e não houver quantitativo de servidores suficiente para garantir o cumprimento do atendimento ao público nos postos do INSS.

Fonte Agência Brasil – Read More

Confiança da indústria cai nos 30 setores avaliados pela CNI

Os 30 setores pesquisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentaram queda na confiança, segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial – Resultados Setoriais, divulgado hoje (29) pela entidade. O ICEI mostra a avaliação dos empresários sobre as condições de seus negócios.

De acordo com o levantamento, “é a primeira vez desde março de 2021 que uma forte queda de confiança atinge todos os setores”. A CNI, no entanto, acrescenta que apesar da “forte queda de confiança”, o indicador setorial segue acima da linha de corte de 50 pontos. O indicador varia de 0 a 100. Valores acima de 50 são positivos.

Na avaliação do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o resultado mostra que os empresários seguem confiantes, mas essa confiança ficou “mais fraca e menos disseminada em setembro em relação a agosto”.

“Os setores que registraram as maiores quedas de confiança foram os seguintes: de produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal, que caiu de 62,5 pontos para 53,4 pontos; de produtos farmoquímicos e farmacêuticos que passou de 63,4 pontos para 54,9 pontos; e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que registrava 65,1 pontos em agosto e caiu para 57,2 pontos”, detalhou a CNI.

Os setores que se mostraram mais confiantes foram os de metalurgia (63,2 pontos); de máquinas e equipamentos (61 pontos); de calçados e suas partes (61); confecção de artigos do vestuário e acessórios (60,8); e de produtos de madeira (60,1). Já o setor que se mostrou menos confiante foi o de obras de infraestrutura, que registrou 53 pontos.

O levantamento foi feito entre os dias 1º e 15 de setembro, tendo ouvido 2.373 empresários. Destes, 948 de pequeno porte; 852 de médio porte; e 573 de grande porte.

Fonte Agência Brasil – Read More

TSE abre prazo para alegações finais em ações sobre fake news

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, deu prazo de 10 dias para que as partes apresentem suas alegações finais nas ações de investigação judicial eleitoral (Aijes) que apuram a contratação de disparos em massa de mensagens em redes sociais durante a campanha presidencial de 2018.

As alegações são a última etapa antes que as ações possam ser julgadas em plenário pela Corte eleitoral.

Na mesma decisão, o relator deu o mesmo prazo de 10 dias para que as partes acessem as provas sigilosas colhidas em dois inquéritos sobre fake news que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e foram compartilhadas com o TSE.

“Anoto que o prazo [das alegações finais] está sendo concedido em dobro em razão do grande volume de documentos que estão sendo disponibilizados”, escreveu Salomão. O ministro advertiu que os advogados devem velar pelo sigilo das informações, sob pena de “responsabilização criminal” em caso de vazamento.

Os inquéritos no STF, relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, apuram a existência de uma organização criminosa de atuação digital – dotada de núcleos político, de produção, de publicação e de financiamento. As atividades do grupo teriam se iniciado antes das eleições de 2018 e “avançado até a campanha de 2020 em diante”, informou o TSE.

O compartilhamento de provas entre o STF e o TSE foi solicitado por Salomão em 3 de agosto, e logo concedido por Moraes.

Além do Ministério Público Eleitoral, devem apresentar as alegações finais as defesas da Coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/Pros), do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão. Nas Aijes, a coligação pediu a cassação da chapa presidencial eleita em 2018, por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

Fonte Agência Brasil – Read More

Novo Caged: Brasil cria 372 mil postos de trabalho formal em agosto

O Brasil registrou um saldo de 372.265 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em agosto de 2021. O saldo é o resultado de um total de 1.810.434 admissões e 1.438.169 desligamentos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado hoje (29) pelo Ministério do Trabalho, o salário médio de admissão caiu 1,42% na comparação com o mês anterior, ficando em R$ 1.792,07.

No acumulado no ano, o saldo passou a somar 2.203.987 postos ocupados, decorrente de 13.082.860 de admissões e de 10.878.873 demissões. O estoque nacional, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em agosto de 2021, contabilizou 41.566.955, o que representa uma variação de 0,9% em relação ao estoque do mês anterior.

De acordo com o Novo Caged, em agosto, os dados registraram saldo positivo no nível de emprego nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (180.660 postos), distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (79.832 postos); comércio (77.769 postos); indústria geral (72.694 postos), concentrado na indústria de transformação (69.266 postos); construção (32.005 postos); e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (9.232 postos).

Regiões e estados

A Região Sudeste foi a que gerou mais postos de trabalho. O saldo positivo ficou em 185.930 vagas, o que corresponde a um aumento de 0,88% ante julho. No Nordeste foram criados 82.878 postos (crescimento de 1,25%); na Região Sul o saldo também ficou positivo (54.079 postos, +0,69%), a exemplo do Centro-Oeste (+29.690 postos, +0,84%) e do Norte (+19.778 postos, +1,03%).

São Paulo foi o estado que registrou o maior saldo positivo, com 113.836 novos postos de trabalho (alta de 0,89% na comparação com julho); seguido de Minas Gerais, com 43.310 novas vagas (alta de 0,99% na comparação com o mês anterior) e do Rio de Janeiro, com 22.960 novos postos (alta de 0,71%, na comparação com julho).

Já as unidades federativas com o menor saldo foram o Acre (346 novos postos; crescimento de 0,38% ante ao mês anterior); Roraima: (saldo de 592 postos; crescimento de 0,98%); e Amapá (saldo de 882 postos; alta de 1,28%).

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão em agosto de 2021 ( R$ 1.792,07) apresenta uma queda real de R$ 25,78 na comparação com julho de 2021. A variação corresponde a um percentual de -1,42%.

A maior queda foi na indústria, onde a redução do valor médio de admissão (-2,83%) resultou em um salário inicial de R$ 1.755,22. Na sequência ficou o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, cuja queda média no salário de admissão reduziu 2,56%, resultando em um salário R$ 1.493,27.

O setor de serviços vem em seguida, com queda média de 1,77%, resultando em um salário de admissão de R$ 1.947,92. Já a queda do salário médio de admissão do setor de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas ficou em 0,59%. Com isso, o salário médio inicial do setor está em R$ 1.544,73.

Trabalho Intermitente

Em agosto de 2021, houve 26.554 admissões e 14.766 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 11.788 empregos, envolvendo 5.662 estabelecimentos contratantes. Um total de 259 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.

“Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+7.095 postos), comércio (+1.986 postos), construção (+1.607 postos), indústria geral (+1.126 postos), e agropecuária (-26 postos)”, informou o Ministério do Trabalho.

Fonte Agência Brasil – Read More

Economia: Valor de produção dos principais produtos pecuários atinge R$ 75,5 bi

A Produção da Pecuária Municipal 2020, divulgada hoje (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o valor de produção dos principais produtos pecuários cresceu 27,1% em 2020, chegando a R$ 75,5 bilhões.

A produção de leite concentrou 74,9% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (23,6%), mel (0,8%), ovos de codorna (0,5%), lã (0,1%) e casulos de bicho da seda (0,1%). Segundo a pesquisa, Minas Gerais foi líder em valor de produção: R$ 17,8 bilhões, sendo que 89,8% desse total (R$ 15,99 bilhões) foram provenientes da produção de leite.

Em 2020, o rebanho bovino nacional cresceu 1,5%, chegando a 218,2 milhões de cabeças, maior efetivo desde 2016, quando o rebanho chegou a 218.190.768 cabeças. O Centro-Oeste respondeu por 34,6% desse total (ou 75,4 milhões).

A maior alta foi na região Norte: 5,5%, ou mais 2,7 milhões de cabeças, somando 52,4 milhões. O estado de Mato Grosso continua líder, com 32,7 milhões de cabeças e alta de 2,3% ante 2019. Entre os municípios, São Félix do Xingú (PA) manteve a liderança com 2,4 milhões de cabeças e alta de 5,4%, no ano.

Efeitos da pandemia

Conforme a análise do IBGE, em 2020 a pecuária brasileira foi influenciada, entre outros fatores, pela pandemia de covid-19 e suas consequências no contexto internacional. “O desdobrar da pandemia e as suas medidas restritivas levaram à elevação do dólar em território nacional e esse fato pressionou o preço dos insumos pecuários refletindo no preço da proteína animal”, diz o estudo.

Ainda segundo a pesquisa, outro fator que colaborou para o acréscimo de preço das carnes foi a alta demanda internacional por esses produtos, especialmente pelo mercado chinês.

O IBGE lembrou que a China, em 2020, continuou com “baixo estoque de carne suína, tendo, assim, a necessidade de suprir a sua demanda interna por meio da importação de proteína animal. Somente do Brasil, esse país adquiriu 868,7 mil toneladas de carne bovina in natura”, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. A importação de carne suína in natura aumentou em 98,8%, o que fez o Brasil alcançar a marca de 498,1 mil toneladas exportadas dessa commodity para aquele destino.

Leite bate recorde

Acrescentou que a produção nacional de leite atingiu o recorde de 35,4 bilhões de litros em 2020, com alta de 1,5% em relação a 2019. Minas Gerais continua líder na produção de leite: 9,7 bilhões de litros, ou 27,3% do total nacional, com alta de 2,6% no ano. Mas o município líder nacional em produção leiteira fica no Paraná: Castro, com 363,9 milhões de litros.

A produção nacional de ovos de galinha também foi recorde: 4,8 bilhões de dúzias em 2020, alta de 3,5% ante 2019. Segundo o IBGE, no ano passado, com a pandemia de covid-19, o ovo foi uma fonte de proteína alternativa mais acessível. O estado de São Paulo, maior produtor, concentrava 25,6% da produção nacional. Santa Maria de Jetibá (ES) foi o município maior produtor em 2020, com 371,6 mil dúzias.

O IBGE informou, também, que o Brasil tem o quarto maior efetivo de suínos, é o quarto maior produtor mundial de carne suína e o quarto maior exportador. Em 2020, o país tinha 41,1 milhões de suínos, com alta de 1,4% ante 2019. Santa Catarina manteve a liderança entre os estados, com 7,8 milhões de cabeças e alta de 2,8% no ano. Toledo (PR) foi o maior produtor, com 1,2 milhão de suínos ou 2,9% do total nacional.

Galináceos crescem 1,5%

Segundo o levantamento, o efetivo de galináceos – galos, galinhas, frangos, frangas, pintos e pintainhas – somou 1,5 bilhão de cabeças, 1,5% maior que no ano anterior, com acréscimo de 21,7 milhões de animais. O Paraná lidera o ranking desde 2005, com 26,7% do total nacional. Entre os municípios, Santa Maria de Jetibá (ES) apresenta o maior efetivo de galináceos desde 2016.

O efetivo de galinhas para a produção de ovos somou 252,6 milhões, com alta de 2% no ano. São Paulo tinha o maior contingente, com 21,4% do total nacional. Os três municípios líderes são Santa Maria de Jetibá (ES), Bastos (SP) e São Bento do Una (PE).

Em 2020, o efetivo de codornas somou 16,5 milhões de aves e a produção de ovos de codorna atingiu 295,9 milhões de dúzias, ambos com queda de 5,2% e 6,2%, respectivamente. Os líderes foram Espírito Santo (23,4% das aves e 25,1% dos ovos); São Paulo (22,5% das aves e 22,7% dos ovos) e Minas Gerais (16,2% das aves e 17% dos ovos). O município líder é Santa Maria de Jetibá (ES) totalizando 3,7 milhões de codornas e 70 milhões de dúzias de ovos produzidos.

Em 2020, houve crescimento de 4% no rebanho caprino e 3,3%, no rebanho ovino, 12,1 milhões e 20,6 milhões de cabeças, respectivamente. A Bahia continuou líder para os dois rebanhos, com 30,1% do efetivo nacional de caprinos e 22,8% do rebanho de ovinos, cujo ranking passou a liderar em 2016, quando ultrapassou o Rio Grande do Sul.

Em 2020, os cinco municípios na liderança em caprinos eram Casa Nova (BA), Floresta (PE), Juazeiro (BA), Curaçá (BA) e Petrolina (PE). Já os cinco maiores rebanhos de ovinos estavam em Casa Nova (BA), Remanso (BA), Juazeiro (BA), Santana do Livramento (RS) e Dormentes (PE).

Piscicultura aumenta 4,3%

A piscicultura cresceu 4,3%, chegando a 551,9 mil toneladas. O Paraná continua líder, com 25,4% do total nacional. A cidade de Nova Aurora (PR) concentra 3,6% da piscicultura do país.

Já a produção de camarão em cativeiro aumentou 14,1%, somando 63,2 mil toneladas. Juntos, Rio Grande do Norte e o Ceará são responsáveis por 68% da produção e Aracati (CE) é o maior produtor, com 3,9 mil toneladas.

Piscicultura cresceu 4,3% em 2020, chegando a 551,9 mil toneladas     (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Em 2020, a produção nacional de mel atingiu 51,5 mil toneladas, um aumento de 12,5% em relação ao ano anterior. O valor de produção também cresceu e foi para R$ 621,5 milhões. Houve aumento de 52,2% nas exportações, favorecidas pela alta do dólar ao longo do ano de 2020, o que contribuiu para o acréscimo de 26,2% do valor de produção.

Os maiores produtores são Paraná, responsável por 15,2% da produção nacional de mel, e Rio Grande do Sul com 14,5%. Em 2020, a maior produção de mel foi em Arapoti (PR), seguido por Ortigueira (PR) e Botucatu (SP).

Agência Brasil – Leia mais Read More

Covid-19: vacinação avança e internações caem no Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro registrou esta semana o menor número de internações em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desde março do ano passado, quando começou a pandemia de covid-19 no país.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), na semana epidemiológica 37, de 12 e 18 de setembro, a rede do SUS no estado registrou 460 novas hospitalizações. A redução é de 61%, comparada à semana 32, de 8 e 14 de agosto, quando foram 1.187 pessoas internadas. O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, associa a queda nas internações ao avanço da vacinação.

“Estamos vendo uma redução no número de casos graves e internações e isso está certamente ligado ao avanço da vacinação em todo o estado. Temos uma distribuição de vacinas eficientes e isso facilita o trabalho das Secretarias Municipais. É importante que a população entenda a necessidade da segunda dose e da dose de reforço dos idosos”, explicou.

O Rio de Janeiro ultrapassou esta semana a metade da população adulta com o esquema vacinal completo contra a covid-19, com as duas doses da CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer ou a dose única da Janssen, além da aplicação do imunizante em quase 90% da população com a primeira dose.

Os dados da SES mostram que a taxa de ocupação dos leitos para covid-19 na rede SUS, incluindo unidades federais, estaduais e municipais, está hoje em 26,5% para enfermaria e 49,6% nas UTI. Nos últimos sete dias, a média de atendimentos nas 30 unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual foi de 215 pessoas por dia, a menor desde outubro do ano passado.

De agosto para setembro, o número de óbitos por covid-19 caiu 46% e está no menor nível desde o fim de outubro de 2020, com 378 registros na semana 37.

Capital

No município do Rio de Janeiro, os atendimentos na rede SUS de urgência e emergência por SRAG estão em 317 na média móvel. As internações também seguem uma tendência de queda: no dia 27 eram 283 pessoas em UTIs e 156, em enfermarias.

Os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram que hoje são 414 pessoas internadas na cidade, com 66% dos leitos covid-19 ocupados no momento. As internações na cidade estão no nível de outubro de 2020.

Fonte Agência Brasil – Read More

USP oferece curso de programação para mulheres do Ensino Médio

Mulheres que estão cursando ou finalizaram o Ensino Médio recentemente podem se inscrever no curso gratuito de programação oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, interior do estado de São Paulo. O projeto é chamado de Meninas Programadoras. A intenção é estimular o ingresso de mulheres em carreiras relacionadas à computação.

Ao todo são disponibilizadas 120 vagas, divididas em três turmas. As interessadas podem escolher em qual delas desejam se inscrever acessando o site.

O curso tem duração de quatro semanas e será realizado online, com aulas ao vivo por meio da plataforma Google Meet. As inscrições para a primeira turma podem ser feitas até 30 de setembro. 

Já para a segunda turma, elas devem ser feitas entre 11 e 24 de outubro. Para a terceira turma, entre os dias 1o e 20 de novembro.

Para participar, é preciso ter um computador com acesso à internet. As mulheres que fizerem o curso e tiverem participação em 75% das atividades receberão um certificado de conclusão expedido pela USP.

Fonte Agência Brasil – Read More

Após ouro em Tóquio, Mariana D’Andrea quer repetir feito no Mundial

Há exatamente um mês, Mariana D’Andrea escrevia o nome na história do paradesporto ao conquistar, nos Jogos de Tóquio (Japão), um inédito ouro paralímpico para o halterofilismo brasileiro. Três meses após o feito, a paulista de 23 anos será testada pela primeira vez desde a medalha, logo em um Campeonato Mundial. Ela já retomou os treinamentos visando a competição, que será disputada entre 28 de novembro e 5 de dezembro na cidade de Butami (Geórgia).

“A expectativa é muito boa. Saí de Tóquio preparada, tive um resultado muito bom lá e agora é manter os treinos para melhorar mais ainda e buscar outra medalha, agora de ouro”, disse Mariana à Agência Brasil.

“Será uma competição forte. Em Tóquio, eram oito [atletas por categoria]. Na Geórgia, podem ser 20. Mas estou bem preparada, tanto fisicamente como psicologicamente”, completou a medalhista de ouro da categoria até 73 quilos, que foi prata no último Mundial, realizado em Nur-Sultan (Cazaquistão), em 2019, na disputa por equipes mistas, ao lado de Bruno Carra e Evandro Rodrigues.

Chegar como atual detentora da coroa da categoria fará de Mariana a atleta mais observada pelas rivais no Mundial. Lidar com a pressão, no entanto, não parece que será difícil para a jovem de Itu (SP), que tem nanismo (baixa estatura). No halterofilismo paralímpico, os competidores não são divididos pela deficiência, mas conforme o peso.

“Tenho amadurecido com as experiências. O nervosismo só atrapalha. Sei que o que faço na competição é o mesmo que faço nos treinos. [Em Tóquio] fiquei bem tranquila. Sabia que a medalha viria. Era meu objetivo, meu foco. Tinha a adrenalina, mas nada de medo ou nervosismo. Nem eu mesmo acreditei que estava calma daquele jeito”, recordou a brasileira.

“Fiquei surpreso com o equilíbrio emocional da Mariana. Ela aqueceu ao lado da adversária principal, a chinesa [Lili Xiu, que foi prata]. Começaram a fazer pressão, jogar a barra, dar gritos, mas a Mariana simplesmente ignorou, virou as costas, fingiu que nada estava acontecendo. Ela dizia o tempo todo que queria ganhar o ouro, desde Hamamatsu [cidade japonesa onde a delegação brasileira fez aclimatação antes de ir para Tóquio]. Estava certa de que disputaria o ouro. Isso fez diferença”, completou o técnico da atleta, Valdecir Lopes, à Agência Brasil.

A maturidade de Mariana, que iniciou na modalidade em 2015, chama atenção pela juventude. A brasileira era a segunda mais jovem entre as finalistas da categoria dela em Tóquio. Das oito competidoras, cinco tinham mais de 30 anos. A chinesa Xiu, vice-campeã, tem 40 anos, um a mais que a francesa Souhad Ghazouani, recordista mundial do peso e medalhista de bronze no Japão.

Que emoção!!! É OUROOOOOOO!!!Mariana D’Andrea levanta 137 kg e Brasil conquista a primeira medalha de ouro da história do halterofilismo!!! Que orgulho!!! 🇧🇷🥇 pic.twitter.com/QN5UyuHDQH

— Mizael Conrado (@Mizaelconrado) August 29, 2021

“O halterofilismo paralímpico é um esporte de longo prazo, que permite tranquilamente que o atleta chegue aos 40 anos, 45, sendo competitivo. A Mariana é muito jovem. Minha ideia, como treinador, é cuidar para que ela prolongue ao máximo da saúde, sem lesão, para atingir essa maturidade e seguir entre as três primeiras do mundo por muito tempo. Ela gostou de ganhar o ouro, viu que representa muita coisa. Se perguntar a ela sobre [a Paralimpíada de] Paris [França], em 2024, ela vai falar que quer ganhar de novo [risos]”, comentou Valdecir.

Os participantes do Mundial ainda não foram confirmados. A equipe brasileira será definida após a seletiva marcada para 13 de outubro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Os sete atletas que representaram o país em Tóquio, porém, já possuem marcas que os credenciam à competição na Geórgia e não devem participar do evento de qualificação.

“Muita gente virá ao Mundial em uma fadiga danada, pois é a primeira vez que o torneio será realizado após a Paralimpíada. Talvez as marcas não sejam lá tão esperadas. Mas acho que aqueles que não conseguiram atingir os objetivos em Tóquio estarão com a faca nos dentes. Será um campeonato forte e duro, talvez até mais duro que os Jogos”, avaliou o técnico de Mariana.

“Meu objetivo é chegar lá, conquistar essa medalha e completar o ano bem feliz. Meu treinador sempre fala que é difícil chegar ao topo, mas que mais difícil é se manter. Quero continuar firme e forte para não deixar que as meninas me peguem e ser a melhor das melhores, sempre”, finalizou a paulista, que foi ao pódio dez vezes nas 12 competições internacionais que disputou.

Fonte Agência Brasil – Read More