Doença de Batten: Retrocesso no desenvolvimento pode ser um indicativo

Doença de Batten: É fundamental que as crianças com CLN2 tenham acesso ao diagnóstico e aos recursos de tratamento precocemente

O mês de junho é reservado para a conscientização sobre a Doença de Batten, que possui herança genética e pode se manifestar a qualquer momento a partir dos dois anos de idade, apresentando piora progressiva. Também conhecida como CLN2, é um dos 14 tipos conhecidos de Lipofuscinose Neuronal Ceróide (CLN, sigla em inglês) e está entre as doenças mais raras que existem, com incidência de 1 para cada 200 mil nascidos vivos[1].

Segundo o neuropediatra Dr. Alexandre Fernandes, as CLNs são provocadas por genes anormais incapazes de produzir as proteínas necessárias que, consequentemente fazem com que as células não funcionem corretamente. Muitas formas de doenças neurodegenerativas na infância, que se apresentam inicialmente, como convulsões, evoluem para danos cerebrais, demência, epilepsia, cegueira e perda das funções motoras como, por exemplo, a capacidade de deglutição[1].

“A Doença de Batten é devastadora não somente para a criança, mas também para seus familiares, cuidadores e todo seu ciclo social. Por isso, é extremamente importante lembrar que regredir não é normal. Uma criança que apresenta desenvolvimento normal até os dois anos e depois começa a ter regressão motora, atraso na fala e, principalmente, convulsão, precisa de encaminhamento ao especialista o quando antes”, esclarece Fernandes. É comum observar em crianças com CLN2, ou Batten, a dificuldade para caminhar e pronunciar as palavras, além disso, há uma frequência cada vez maior de ataques epiléticos associados.

A doença, geralmente, a doença ocorre por mutações genéticas no gene da CLN2, filhos de casal em que tanto o pai como a mãe carregam essas alterações têm 25% de chance de desenvolver a CLN2. Há, ainda, 50% de chances de a criança herdar o gene anormal apenas de um progenitor e ser um portador e não ser afetado pela doença. “Por isso, por vezes, os pais são pegos de surpresa pois, apesar de terem o gene comprometido, não sabem”, explica Dr. Alexandre.

O diagnóstico precoce dificilmente ocorre, uma vez em que, geralmente, Batten pode ser confundida com outras doenças. Além disso, segundo o especialista, existe uma cultura de priorizar o diagnóstico de doenças curáveis. “Apesar de ainda não ter uma cura para CLN2, ela pode ser manejada para que o paciente tenha melhor qualidade de vida e menor progressão da doença”, conta.

Essa realidade acaba tendo consequências irreparáveis, uma vez que os danos cerebrais causados são irreversíveis. Por isso, é essencial que ocorra campanhas que conscientizem a sociedade sobre os sintomas que podem afetar seus filhos, além de ressaltar a importância do diagnóstico precoce, a fim de evitar maiores perdas às crianças.

Um exemplo de iniciativa está a campanha “Tempo para eles” que conta com ações para a conscientização da doença com o engajamento nas redes sociais, por meio das hashtags #BattenDay e #TEMPOPARAELES. Para saber mais, acesse: https://www.battenday.com

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas da CLN2 são o atraso da linguagem e as crises epilépticas seguidos por perda de habilidades motoras e cognitivas já adquiridas. Contudo, há sintomas específicos de acordo com cada faixa etária[2]:

– Entre 1 e 4 anos: a principal manifestação inicial é o atraso na linguagem. No entanto, a epilepsia e a regressão neurológica também fazem parte desta fase.

– Entre 3 e 5 anos: há piora da regressão neurológica, da epilepsia (que torna-se refratária) e também há ataxia e distonia (contrações musculares involuntárias, que podem provocar movimentos e posturas anormais do corpo ou de um segmento dele).

– Entre 5 e 6 anos: a criança pode parar de falar, de andar e inicia o uso de cadeira de rodas.

– Entre 7 e 8 anos: fica mais evidente o quadro de demência, espasticidade (alteração no tônus muscular) e perda da visão.

– Entre 8 e 12 anos: a criança pode já estar acamada, com perda de visão e epilepsia refratária.

Em alguns casos, os sinais clínicos são sutis, com mudança da personalidade e de comportamento e aprendizagem lenta[3].

Reforma do IR e PIS/Cofins

1. A tabela do IRPF está congelada desde 2015, e está defasada em 45%. Assim, corrigi-la em 45% para todos os contribuintes é obrigação da Receita. Pela proposta do governo, a correção é de 37% para a primeira faixa e de meros 13% para as demais.

2. A cobrança de IR de 20% sobre dividendos e o fim do pagamento de juros sobre capital próprio vai onerar as atividades produtivas. Não há garantia de que esses novos custos sejam compensados pela tímida redução de 5 p.p. do IRPJ em dois anos. Há grande risco de que as mudanças resultem em aumento de carga tributária, o que é inaceitável. O governo precisa abrir os cálculos usados para se chegar a esses percentuais ao escrutínio público. Além disso, as mudanças propostas causarão desequilíbrio entre contribuintes empresários e aplicadores financeiros, com grande vantagem para esses últimos, que tiveram o IR unificado em 15%. Não podemos desestimular a atividade empresarial com essa diferença de tributação.

3. A proposta do governo também traz de volta a obrigatoriedade de manutenção de contabilidade para empresas de lucro presumido que havia sido dispensada anteriormente. Isso aumenta a burocracia e vai na contramão da necessidade de simplificar o sistema.

4. Por fim, é preciso avaliar a reforma do IR em conjunto com a criação da CBS, resultante da unificação de PIS e Cofins. A alíquota neutra é 8,3%. Uma alíquota de 10%, como tem defendido o governo, significa aumento de impostos, o que não é aceitável. Mesmo a alíquota de 8,3%, embora neutra na média, elevará a carga de segmentos que hoje recolhem pelo sistema cumulativo e têm poucos créditos deste imposto, como prestadores de serviços, advogados, médicos etc.

Doença de Batten: “Tratamento já” para crianças diagnosticadas

O pedido da advogada da Associação Cearense de Doenças Genéticas (ACDG), Mônica Aderaldo, faz parte do esforço de combater a falta de acesso e informação sobre a doença de Batten

 A vida de crianças e seus familiares mudam drasticamente quando se descobre o diagnóstico de uma doença grave. Porém, quando se trata de uma patologia rara como a Doença de Batten – que tem incidência de 1 para cada 200 mil nascidos vivos[1] -, a luta é ainda maior. Há pouca informação e, portanto, o tempo para o diagnóstico aumenta, o que atrasa ainda mais o início do tratamento. É uma sucessão de cenários que impactam drástica e fatalmente a vida do paciente.

As doenças neurológicas degenerativas integram uma série de doenças causadas por genes anormais incapazes de produzir as proteínas necessárias, causando limitações para as pessoas acometidas, incluindo a deterioração da memória, pensamento, comportamento e da capacidade de realizar atividades cotidianas. Uma das causas dessa deterioração de funções e comportamentos está relacionada às lipofuscinoses ceróides neuronais (CLN em inglês), também chamada como Doença de Batten, um grupo de distúrbios de armazenamento lisossômico.

Existem 14 tipos conhecidos de CLN e a idade de início da doença pode variar desde o nascimento até os primeiros anos de um jovem adulto. “A criança começa a perder o equilíbrio, e convulsionar até parar de falar, e depois de muitos testes e exames, é identificado a Doença de Batten, afinal a medicina ainda não é exata’’ explica a advogada da Associação Cearense de Doenças Genéticas (ACDG), Mônica Aderaldo.

Mônica afirma que o maior desafio para as crianças que lutam pela causa é o diagnóstico tardio que se torna prejudicial, uma vez que o dano cerebral causado por essas doenças é irreversível. De acordo com pessoas que convivem com doenças raras no Reino Unido, incluindo a Doença de Batten, leva-se, em média, 5,6 anos para que o paciente receba um diagnóstico apropriado. Em países menos desenvolvidos, esse tempo pode ser ainda maior[2].

Isso geralmente ocorre devido ao baixo nível de conhecimento e à falta de informação sobre a doença. E o acesso ao cuidado adequado acaba sendo limitado, além disso não existem políticas específicas em prol da melhoria das condições de vida dos pacientes e suas famílias.

No início do mês de Maio de 2021, a BioMarin – empresa farmacêutica responsável pelo medicamento para tratamento da CLN2 (um dos 14 tipos da doença de Batten) – submeteu um dossiê solicitando a incorporação da tecnologia à CONITEC (COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SUS), com a finalidade de que os pacientes com essa doença possam ter acesso à medicação através do SUS.

Para auxiliar pacientes e familiares na busca pelo diagnóstico, existem alguns programas que servem como apoio e incentivam a importância da realização de testes genéticos. Um exemplo de iniciativa é a campanha “Tempo para eles” que conta com ações para a conscientização da doença com o engajamento nas redes sociais, por meio das hashtags #BattenDay e #TEMPOPARAELES. Para saber mais, acesse: https://www.battenday.com

Governo Federal anuncia liberação de R$ 34 milhões para obras de saneamento básico em 12 unidades federativas

Recursos vão possibilitar a continuidade de 20 empreendimentos na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, anunciou nesta segunda-feira (28) a autorização de pagamentos que somam R$ 34 milhões para a continuidade de 20 obras e projetos de saneamento básico em 12 unidades da Federação durante visita a uma obra de saneamento integrado em Natal (RN). Os repasses vão atender empreendimentos na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe.

“As obras que foram iniciadas em diversos estados brasileiros não podem ser paralisadas. Hoje, estamos liberando mais de R$ 34 milhões para a continuidade desses empreendimentos. Isso é uma reafirmação do nosso compromisso com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos brasileiros, que passam a ter maior qualidade de vida e melhor acesso a serviços ligados à área de saúde”, apontou Rogério Marinho.

As obras de saneamento integrado nos bairros Nossa Senhora da Apresentação e Lagoa Azul, em Natal (RN), receberão aporte de R$ 5 milhões. Em Sergipe, a cidade de Lagarto vai receber R$ 10,2 milhões para a ampliação do sistema integrado de abastecimento de água da Adutora do Piuaitinga.

Na Bahia, três municípios receberão aporte de R$ 7,3 milhões. Desse total, R$ 6,8 milhões serão destinados à ampliação do sistema de abastecimento de água Machadinho Sul, em Camaçari. Por sua vez, Salvador contará com R$ 407,1 mil para melhorias no sistema de abastecimento de água, enquanto Lauro de Freitas terá acesso a R$ 460,1 mil para as obras de saneamento integrado no bairro Quintas do Picuaia.

Outro R$ 1,1 milhão será voltado à ampliação da estação de tratamento de água Gramame, em João Pessoa (PB), além do reforço no sistema de distribuição em áreas atendidas por quatro reservatórios da capital paraibana.

Já o repasse de R$ 397,3 mil para o estado do Ceará beneficiará Fortaleza e Cascavel. A capital terá R$ 41,7 mil para as obras no sistema adutor e de reservação do Taquarão. Já o município do interior cearense contará com R$ 355,6 mil para a implantação de uma estação de tratamento de água, além da readequação da captação no Açude Mal Cozinhado e da adução de água bruta e tratada.

Centro-Oeste

O Distrito Federal receberá R$ 2,7 milhões do MDR. O valor será destinado à implantação de um centro de reservação no sistema de abastecimento de água do Descoberto.

Empreendimentos no estado de Goiás receberão R$ 2 milhões para obras de saneamento básico. A ampliação do sistema de abastecimento de água de Aparecida de Goiânia terá acesso a R$ 1,9 milhão. Para Luziânia, serão destinados R$ 72,9 mil para intervenções de saneamento integrado e urbanização nos bairros Parque Alvorada I, II e III e Parque JK.

A cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso, contará com R$ 1,4 milhão. O montante será voltado à ampliação do sistema de abastecimento de água local.

Outras regiões

O estado do Pará contará com repasse de R$ 1,6 milhões para quatro cidades. Santarém terá acesso a R$ 1,3 milhão para a ampliação do sistema de abastecimento de água dos bairros Setor Nova República e Livramento, além do mesmo tipo de empreendimento no distrito de Alter do Chão. As ampliações desses serviços em Breves e Monte Alegre receberão R$ 187,5 mil e R$ 73,6 mil, respectivamente.

No Rio de Janeiro, a cidade de Belford Roxo vai receber R$ 937,2 mil para as obras de saneamento integrado dos bairros Pauline e São Leopoldo. Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, receberá aporte de R$ 836 mil, que será voltado às intervenções de saneamento integrado na Bacia do Córrego Bonsucesso.

Por fim, duas cidades de São Paulo serão contempladas com R$ 39,6 mil. Americana receberá R$ 21,9 mil para a ampliação do sistema de abastecimento de água do município, enquanto Santo André terá R$ 17,7 mil para obras de saneamento integrado e urbanização do Complexo Jardim Irene.

Empresa de psicoterapia online criada em 2017 cresce 1.700% na pandemia

A terapia online democratizou o acesso aos psicólogos, com preços mais acessíveis

Zero Barreiras aproveitou oportunidade criada pelo isolamento para vencer preconceitos e proporcionar cuidado especializado à saúde mental de funcionários de empresas de grande, médio e pequeno porte. Nos grupos atendidos, índice de depressão severa passou de 38% para 7%

Criada em 2017, a Zero Barreiras é uma empresa pioneira na oferta de psicoterapia online no Brasil. Idealizada após um dia difícil no trânsito do Rio de Janeiro pela psicóloga Christiane Pereira Valle, em que a solução foi fazer atendimentos pelo celular de dentro do seu carro, a empresa viu sua demanda explodir durante a pandemia do coronavirus, que encurtou as distâncias e derrubou antigos preconceitos com tecnologias digitais na saúde e na educação. De 450 atendimentos mensais, passou para 8.000 em 2021. De 30 profissionais, alcançou 300, divididos em 20 especialidades. No comando da empresa, ao lado de Christiane Vale, também está a psicóloga Patrícia Maria Lenine do Couto Ribeiro.

Com planos que partem de um pacote com cinco consultas, na faixa de R$ 70 cada, a empresa democratizou o acesso à terapia, conquistando a atenção de grandes empresas, que enxergaram o benefício real de cuidar da saúde mental dos seus colaboradores, um tema que ainda era tabu, com as pessoas tendo medo ou vergonha de buscarem ajuda profissional, ou sem condições financeiras. Tudo pode ser feito online. Do teste de nível de ansiedade, depressão e estresse; agendamento de consultas; fechamento de pacotes à terapia em si.

Brasil: país mais ansioso do mundo – Na pandemia, problemas como ansiedade, depressão ou burnout tornaram-se ainda mais comuns. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas. Mas uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), demonstrou que, entre maio, junho e julho de 2020, 80% da população brasileira ficou mais ansiosa. Houve ainda aumento no consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e comida ultra processada no período de distanciamento social e, em contrapartida, hábitos saudáveis, como exercícios físicos, dormir e se alimentar bem foram prejudicados.

“Com as famílias reunidas em casa, muitas com diminuição na renda e ainda sem ajuda doméstica, as brigas se intensificaram e a saúde mental só fez piorar, sobretudo nas mulheres, que ainda enfrentam a violência doméstica em muitos casos. E ainda as preocupações e tristezas com o desenrolar da pandemia. Estamos num dos momentos mais difíceis para todos. E temos que buscar alternativas para não sucumbir. A terapia ajuda muito a encontrar esse equilíbrio. A psicoterapia trabalha as questões emocionais a partir do diálogo, oferecendo abordagens construtivas e ferramentas para lidar com problemas e a resolver as questões desejadas”, relata Christiane Vale.

Redução nos índices de depressão severa são surpreendentes com terapia – A adesão ao tratamento proporcionado pela Zero Barreiras vem crescendo. Cerca de 10% a 15% dos colaboradores das empresas parceiras aderem à terapia oferecida pelo empregador. No mapeamento feito nos grupos atendidos, a depressão severa passou de 38% da amostra, para 7% no período de 3meses.

“Nós convidamos todos a responderem um questionário e mapeamos quem precisa fazer acompanhamento. Tudo sigiloso. O resultado tem sido incrível. O estresse e a ansiedade extremamente severos eram na faixa de 22% e foram para 0%. Essas pessoas passaram a ficar nos patamares mais moderados. Pelos resultados apresentados, podemos ver que não desaparecem alguns sintomas, mas há uma aprendizagem muito grande em gerenciá-los, o que faz reduzir o grau de severidade. O que reverte em qualidade de vida e sentimento de realização, segundo muitos dos depoimentos colhidos em nossa amostra”.

Doação de cobertores em São Bernardo do Campo- SPMAR

Doação : A Ação integra a campanha Inverno Solidário e beneficiou o Fundo de Solidariedade da cidade

A Concessionária SPMAR realizo, nessa sexta-feira (25) mais uma etapa da sua campanha Inverno Solidário. Dessa vez, a doação foi destinada para o Fundo Social de Solidariedade São Bernardo.

Foram entregues 50 cobertores, todos frutos da reciclagem de uniformes usados pela equipe de operação dos trechos Sul e Leste do Rodoanel Mario Covas.

“As doações representam um pequeno elo, de uma imensa corrente de solidariedade que une pessoas e visa mudar a realidade de que sofrem com o frio, nesse período do ano”, explica Marcos Fonseca, diretor executivo da Concessionária SPMAR.

Ação – A Campanha Inverno Solidário ajuda a população mais carente, ao entorno da rodovia, nesse período em que ocorrem quedas bruscas de temperatura. Esse ano, a SPMAR já beneficiou moradores das cidades de Itaquaquecetuba, Itapecerica da Serra e Embu das Artes.

Quem quiser contribuir, encontrará os postos de coletas de roupas e cobertores nas bases dos SAUs (Serviços de Atendimento ao Usuário) do Rodoanel, localizados nos km 41, 68, 102 e 121.

A expectativa da SPMAR é atender as 11 cidades ao entorno da área de concessão do Rodoanel. No ultimo ano foram doados 530 cobertores e 630 peças de roupas novas. A ação conta com apoio da ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).

Emprego privado em saúde promove crescimento do setor

Avanço não foi mais alto em função da queda de 10% do no emprego público federal em 3 meses

O total de pessoas empregadas na saúde brasileira cresceu 2,9% em três meses. É o que aponta o “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Com isso, o segmento atinge a marca de 4,5 milhões de pessoas empregadas, considerando setor público e privado com empregos diretos e indiretos. No mesmo período, o emprego na economia como um todo subiu em 1,8%.

Os números ressaltam o impacto positivo que a cadeia da saúde tem sobre o mercado de trabalho brasileiro. Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, a pandemia do novo Coronavírus reforçou essa importância e a tendência deve se manter nos próximos anos. “No mesmo intervalo de tempo, entre janeiro e abril, o emprego total no país aumentou 1,8%. Os números reforçam a participação intensa do segmento no mercado nacional. Vale lembrar, por exemplo, que abril registrou o menor saldo positivo mensal em 2021, com 120 mil vagas de empregos com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)”, reflete o especialista.

Do total de 4,5 milhões de empregados na cadeia da saúde em abril desse ano, 3,6 milhões estavam no setor privado com carteira assinada, o que representa 78%, e 990 mil, ou 22%, eram empregos do setor público, considerando todas suas modalidades (estatutários, CLT, cargos comissionados, entre outros).

Novamente, a saúde suplementar puxa a alta do segmento. As regiões onde a cadeia da saúde mais cresceu foram Norte e Sul, com taxas de 6,1% e 3,1% em 3 meses, respectivamente. Na região Norte, o crescimento foi alavancado pelo setor público e, na região Sul, pelo setor privado. “Em três meses, o segmento privado teve alta de 3,7%. O resultado geral só não foi melhor porque o emprego público avançou apenas 0,3%”, reforça Cechin.

No acumulado do ano, a saúde privada teve saldo positivo de aproximadamente 148 mil vagas, o que demonstra a resiliência mesmo com o avanço da crise econômica e sanitária nos primeiros meses do ano. O resultado do setor privado foi puxado pelo bom desempenho do subsetor de Prestadores, que avançaram em 113,6 mil novos postos, Fornecedores, com saldo de 30,2 mil vagas, enquanto as Operadoras registraram alta de 4 mil empregos formais.

Emprego Público
Nos entes da Federação, o baixo crescimento foi puxado pela forte queda no emprego Federal, que caiu 10,1% em três meses. O número total do setor público não foi negativo em função da criação de empregos na esfera estadual, com avanço de 2,2%, e municipal, que registrou alta de 0,8% no mesmo período.

“Mesmo com a lenta e gradual retomada do mercado de trabalho formal brasileiro, o avanço da cadeia de saúde repercute na economia como um todo, influencia a renda das famílias, sua capacidade de consumo e segurança”, aponta José Cechin.

Não existe no Brasil uma base de dados que disponibiliza o total de pessoas empregadas no serviço público municipal na área de saúde. Por isso, o IESS está levantando informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o momento o Instituto conseguiu dados de 292 municípios, cuja população representa 55,8% da população nacional.

O boletim pode ser acessado na íntegra em https://bit.ly/Emprego_IESS

Com a reforma tributária adequada PIB crescerá 20% em 10 anos

As empresas brasileiras trabalham quase metade de cada ano apenas para pagar impostos, alerta dirigente da FIESP/CIESP, que propõe um modelo de reforma eficaz para todos

Rafael Cervone, vice-presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP), defendeu uma reforma tributária que estabeleça isonomia de arrecadação entre todos os setores e simplificação do sistema, em reunião virtual, na manhã desta sexta-feira (18/06), com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Se for aprovado um modelo eficaz, a economia poderá crescer 20% em 10 anos, o consumo das famílias, 17%, e a produtividade, 15%”, acentuou.

Cervone frisou que a indústria, embora represente hoje 11% do PIB nacional, recolhe um terço de todos os impostos, relação que demonstra as distorções existentes. “Tenho constatado nas reuniões do Business 20, braço privado do G20, do qual sou integrante, que a disputa no contexto da economia global passa a se concentrar na indústria, inclusive no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias essenciais à recuperação no pós-pandemia”, relatou.

O setor, segundo representantes de várias nações, diplomatas e autoridades, torna-se estratégico para a retomada no pós-pandemia. Não é sem razão que o Senado dos EUA aprovou nova política de fomento da atividade, que já havia recebido aporte de US﹩ 3 bilhões do Governo Biden, e que na União Europeia esteja ocorrendo o diferimento e/ou postergação do recolhimento de impostos, enfatizou Cervone, reafirmando sua posição em defesa de alíquota tributária única para todos os ramos de atividade.

Quanto à simplificação e desburocratização do sistema arrecadatório, Cervone revelou que somente a gestão dos complexos procedimentos exigidos nas empresas industriais tem custo de 0,75% do faturamento, ônus que se somam aos altos tributos pagos pelo setor. “Trabalhamos 151 dias por ano somente para pagar impostos”, frisou, apontando o peso da tributação como um dos principais fatores que reduzem a competitividade sistêmica do parque fabril brasileiro.

O encontro com o deputado Arthur Lira, assistido por mais de mil pessoas, foi promovido por Josué Gomes e Rafael Cervone, candidatos, respectivamente, às presidências da FIESP e do CIESP, nas eleições de 5 de julho próximo. Cervone concorre pela Chapa 2, tendo Gomes como primeiro-vice. Na FIESP, na qual há chapa única, as posições são invertidas. Tal composição atende ao desejo das bases industriais paulistas, que desejam diretorias autônomas, mas união e sinergia entre as duas casas.

O presidente da Câmara Federal receberá, ainda hoje (18/6), documento das entidades oferecendo sugestões de interesse da indústria e de seus trabalhadores à reforma tributária, como também da sociedade como um todo. São propostas que asseguram crescimento econômico para o País. O deputado Arthur Lira demonstrou todo o interesse em avançar com a contribuição das entidades.

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Preço do frete: cai, sobe ou fica parado?

Sem dúvidas essa é a pergunta de um milhão de dólares que recebo diariamente. Pergunta capciosa e que possui inúmeras variáveis.

A grande verdade é que qualquer previsão nesse sentido é imprecisa. Afinal, estamos em um momento nunca antes vivido na história da humanidade. Portanto, qualquer previsão será sem qualquer método empírico de dados ou experiência prévia.

Para se ter noção, desde o início da utilização de containers no shipping, o mercado nunca havia chegado ao patamar que chegou. Hoje no rate spot já é possível identificar frete de 20.000 USD por FEU (Ásia/Europa), enquanto que em 2015/2016 o frete spot girava em 200/300 USD per teu na mesma rota.

Por mais de uma década, os ursos dominavam o mercado de containers e o cenário foi de fretes baixos. E, assim, para reduzir os custos unitários por box, os grandes armadores passaram a apostar e investir em navios cada vez maiores e mais novos, permitindo um ganho de economia em escala em um mercado extremamente competitivo.

O problema é que os navios antigos não foram para corte, causando um descompasso na oferta de navios, permanecendo um excesso de capacidade, consequentemente, reduzindo os fretes.  

Enquanto, hoje, temos um problema distinto, concentrado no excesso de demanda por transporte, descompassado com a oferta de frota. E agora, o “touro” domina o mercado de frete.

Quando se pensa em Shipping, pouco se pensa em Economia. Entretanto, a indústria do shipping é o sangue vital da economia global e continua a ser um grande termômetro do crescimento econômico global, em virtude do seu papel importante no comércio internacional. Estando sempre correlacionado com a função de oferta e demanda cíclicas do comércio internacional.

A menos que em circunstâncias extraordinárias, a demanda por transporte marítimo é impulsionada pelo crescimento econômico global. Vale destacar que, sem a indústria marítima – dita responsável por cerca de 80% do comércio mundial, o comércio internacional simplesmente não seria possível

Assim, o problema de alta do frete marítimo efetivamente pode ser considerado uma “tempestade perfeita”, pois é resultado de um efeito dominó, ou seja, uma sequência de problemas, causas e efeitos que resultaram nesse grande problema no setor.

As altas taxas de frete de containers são impulsionadas pela falta de boxes e espaço, que por sua vez são impulsionadas por uma confluência sem precedentes da demanda dos EUA por frete (devido a nova realidade do Supply Chain). De outro lado, temos a interrupções no lado da oferta: congestionamento dos principais portos, trabalhadores portuários e marítimos infectados por COVID, resultando em quarentena em navios e em portos/terminais (Yantian). Além disso, a bruxa parece que está solta no Shipping, portanto, temos embarcações encalhadas, embarcações retidas devido a quarentenas. Além de todo o recente desafio de embarcações ficando presas em canais, derrubando containers no mar ou pegando fogo.

O descompasso está atrelado à Covid e aos diversos planos de alívio econômico e de fomento ao crédito, inundando os mercados internacionais com liquidez como forma de alavancar a economia. E isso, funcionou. As grandes nações têm demonstrado enorme crescimento no PIB. Exemplo é a China que noticiou um aumento de 18% do seu PIB no Q1, resultando na necessidade cada vez maior de commodities. E a economica Americana, que demonstra um claro aumento do consumo e, com isso, o aumento da demanda de produtos importados da China.

Entretanto, enquanto a demanda cresce meteoricamente (conforme noticiado pelos índices internacionais) a oferta de navios se mantém. E a oferta de navios não é algo que consiga ser suprida em curto prazo, visto que demanda a construção de frota em estaleiro, levando alguns anos a serem entregues. E assim, novamente, regulando a oferta-demanda no shipping.

A pandemia de Covid-19 causou imensas restrições ao comércio ao longo da cadeia de abastecimento global, como sentido em Yantian, Los Angeles e muitos outros portos. A lentidão dos terminais está causando ineficiências ao longo das conexões intermodais, fazendo com que viagens fiquem até 20% mais longas, e assim, demorando o reposicionamento de containers vazios. 

Terminais de containers no mercado americano que demonstram menor produtividade e maior tempo para devolução de containers vazios, em virtude da menor mão de obra portuária. Recentemente foi noticiado que navios estão aguardando uma a duas semanas para atracar em terminais em Los Angeles e Long Beach, alguns chegando há três semanas. O que antes eram janelas de horas, hoje ocupam semanas. Armadores liners vem reportando uma redução de sua capacidade em até 20% em virtude da baixa operacionalidade e blank sailings.

E como dito anteriormente, tudo isso acontece como num efeito dominó. Exatamente pelo congestionamento e quebra de Supply Chain, simplesmente acabou-se o sonho do estoque “Just in Time”. Empresas cada vez mais estão tendo que contar com grandes estoques para que não ocorram faltas, em virtude de possíveis atrasos na logística. Principalmente, em virtude da nova mentalidade do e-commerce de entrega da mercadoria no mesmo dia ou no dia seguinte ao consumidor.

E, assim, o problema se agrava, pois as grandes varejistas antecipam e avolumam suas compras, aumentando cada vez mais o estoque, resultando em um congestionamento ainda maior. Causando uma eterna ciranda.

Para se ter noção, em período pré-Covid de janeiro a maio de 2019, Los Angeles / Long Beach movimentou em média 14,9 porta-containers por dia, incluindo aqueles atracados e fundeados. Enquanto que do dia 1º de janeiro a 25 de maio de 2021, a média é de 53,9 navios por dia. Ou seja, 3,6 vezes os níveis pré-COVID.

Na Europa os terminais permanecem congestionados, em virtude do represamento e consequências do Ever Given. Enquanto que na China temos terminais sendo fechados em virtude da Covid. Na última semana foram reportados mais de 330 navios de container fundeados, coisa nunca antes vista.

Isso tudo, atrapalha o reposicionamento de containers vazios, além de tornar viagens mais lentas, muitas vezes tendo que ser necessário desviar toda a rota de containers e navios que ordinariamente utilizariam importantes polos portuários. 

A situação do Porto de Yantian já representa quase o dobro do represamento de containers ocasionado pelo encalhe do Ever Given. Especialistas afirmam, a possibiliadde de 600.000 teus terem sido impactados pela situação de Yantin. Além de existir aproximadamente 300.000 teu de no pátio do terminal aguardando carregamento para exportação. Em junho desse ano já foi reportado uma demora 42% maior que do ano passado para o transporte de cargas entre Ásia e EUA.

O Porto de Yantian anunciou que retornará a operar de forma integral a partir da madrugada do dia de hoje (24 junho). Os mais otimistas já anunciam uma possível redução no patamar do frete. Porém, será que isso vai realmente acontecer ? 

Infelizmente, especialistas reportam que os números otimistas serão de 80 dias para zerarem o “backlog” de containers gerado pela redução na operação no Porto de Yantian. Portanto, o problema de falta de boxes ainda deve continuar pelos próximos meses. Consequentemente, é impossível prever como isso deve impactar os valores de frete.

Do outro lado do globo, a Federação Nacional dos Varejistas Americanas mandou uma carta ao Presidente Joe Biden, solicitando uma audiência para tratar de problemas no Supply Chain Global e os impactos para a recuperação da economia americana, visto que o aumento dos fretes vem causando a inviabilidade de economia de muitas atividades, além da falta de produtos nas prateleiras americanas. O Congresso também vem debatendo sobre a possibilidade de ceder maiores poderes aos órgãos reguladores para que possam intervir na situação atual, tendo sido criado um comitê pela Casa Branca para acompanhar a situação atual.

A verdade é que o supply chain continua a viver um período de guerra. E os motivos são diversos. Miopia é achar que o problema é apenas em virtude do Terminal de Yantian.

O “buraco” é mais embaixo e os problemas são diversos. O shipping é considerado como uma das atividades mais globalizadas no mundo. E, assim, o simples bater de asas de um morcego na China pode resultar na falta de containers no resto do mundo. 

Por isso, quando me perguntam, eu digo, o Frete pode subir, pode baixar ou pode andar de lado! Tudo depende, e nada melhor que um dia após o outro.

*Larry Carvalho é advogado e árbitro com vasta experiência em litígios e ênfase em transporte marítimo.

Estados Unidos anunciam a doação de 3 milhões de doses de vacinas para o Brasil

O Brasil receberá a maior doação direta de vacinas contra a Covid-19 já anunciada pelos Estados Unidos. Para a Amcham Brasil, a medida é valiosa e chega em um momento crucial para reforçar o combate à pandemia no País.

Segundo a Casa Branca, as 3 milhões de doses destinadas ao Brasil são do imunizante Janssen, produzido pela farmacêutica Johnson&Johnson, empresa associada à Amcham Brasil. O carregamento partirá de Fort Lauderdale, no estado americano da Flórida, na noite desta quinta-feira (24/junho), com destino ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O imunizante Janssen é de dose única e está aprovado pela Anvisa para uso emergencial.

“Recebemos com esperança renovada o anúncio da chegada dessas vacinas, que contribuirão para proteger as vidas de 3 milhões de brasileiros. Trata-se de um gesto nobre dos Estados Unidos que corrobora os nossos laços de parceria e simboliza o desejo americano de que o povo brasileiro consiga superar a pandemia”, afirma Deborah Vieitas, CEO da Amcham Brasil, maior Câmara Americana de Comércio, entre as mais de 100 existentes fora dos Estados Unidos.

Amcham reforçou pedido de vacinas a autoridades dos Estados Unidos

Desde o início da pandemia, a Amcham Brasil tem dialogado com autoridades do Brasil e dos Estados Unidos no sentido de expandir a cooperação bilateral no combate à Covid-19. Ênfase especial tem sido conferida à importância das vacinas como medida sistemática para conter o avanço da doença no País. A posição oficial da Amcham pode ser acessada na Agenda Brasil-Estados Unidos 2021 .

A Amcham Brasil realizou diversos contatos com representantes do Governo e do Congresso dos Estados Unidos, assim como da Embaixada do Brasil em Washington, para apresentar soluções com vistas a ampliar o acesso brasileiro a vacinas a partir de excedentes disponíveis nos Estados Unidos.

Em parceria com o Movimento Unidos Pela Vacina, foram enviadas comunicações à Vice Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, bem como a membros da Casa Branca, do Senado, da Câmara de Representantes e da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Juntas, as entidades também mobilizaram líderes empresariais de ambos os países para apoiar ações envolvendo a cessão de vacinas ao Brasil.

No twitter, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman comemorou nesta quarta-feira (23/6) a doação das vacinas: “Os EUA estão ao lado do Brasil desde o primeiro dia da pandemia. As vacinas que vão chegar mostram, mais uma vez, a importância da nossa parceria. #EstamosJuntosNessa”, escreveu em sua conta @EmbaixadaEUA.

Outras doações

A doação de 3 milhões de doses destinadas ao Brasil se soma às quantidades anunciadas recentemente pelos Estados Unidos de distribuir 20 milhões de doses de vacinas a países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, por meio do mecanismo Covax Facility, programa de compartilhamento de vacinas contra a Covid-19 coordenado pela Organização Mundial da Saúde.