Para enfrentar as forças das Fake News, Governo deve investir em campanha eficiente de vacinação
Para professora da ESPM Rio, campanha do governo — planejada para começar no dia 19 — deve ter linguagem simples, ser transparente e evitar termos técnicos se quiser atingir a sociedade e vencer a onda de notícias falsas sobre o tema.
Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 2020 – No próximo dia 19, o governo federal deve iniciar uma série de ações de marketing e publicidade para incentivar a vacinação da população brasileira contra a covid-19.
O passo inicial seria um evento de transmissão do início do processo de vacinação, cujos detalhes ainda estão indefinidos. O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 , criado pelo Ministério da Saúde, prevê a utilização da publicidade para informar e mobilizar a população. Segundo Isabela Pimentel, pesquisadora e professora de conteúdo digital da ESPM Rio, é nesse ponto que o governo deve investir para conter o avanço dos movimentos antivacina, disseminados pelas redes sociais.
“A principal fonte de informação sobre o tema vacinação deixou de ser a imprensa e passou a ser a internet, povoada por fake news e preconceitos. Vídeos testemunhais, com linguagem simples, aproximam o usuário da sua própria realidade e por isso tendem a ser mais procurados pela audiência”, diz Isabela.
Para que uma campanha pró-vacinação seja eficaz é preciso rever a forma de comunicação que o governo tem adotado nos últimos anos — por ocasião de outras campanhas do tipo. Passar confiança, ter transparência, planejar mídias e evitar termos técnicos são alguns pontos a serem trabalhados. “O vocabulário científico de infectologistas e epidemiologistas dificulta o entendimento e afasta a população da sua realidade”, diz a professora. “Além disso, é preciso analisar quais as melhores mídias para públicos diversos e pensar em ações nas redes sociais.”