Pix: não dispensa cuidados e direito à proteção das informações

Coordenador dos cursos de TI do Centro Universitário UniMetrocamp explica que novo recurso do Banco Central também é regulado pela LGPD e dá dicas de segurança aos usuários

Previsto para entrar em operação no próximo dia 16 de novembro, o Pix – novo sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central – promete facilitar a vida de usuários e empresas.

Os recursos poderão ser transferidos entre contas corrente ou poupança em poucos segundos, a qualquer hora do dia ou da noite, sem custo para pessoas físicas e a taxas potencialmente menores que os atuais TED e DOC para pessoas jurídicas.

O cadastro será simplificado, basta escolher apenas uma informação, como CPF, número do celular, e-mail ou senha aleatória criada pelo próprio Pix, que funcionará como a sua chave de acesso para pagar ou receber. É essa vinculação de dados que exige que os operadores se adequem à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e que o usuário tenha atenção redobrada na sua utilização. 

“As transações financeiras utilizam dados pessoais, portanto a LGPD é válida como um todo também para o sistema Pix, especialmente o Parágrafo único da Seção III Artigo 44, que estabelece que as empresas devem responder pelos danos decorrentes da violação da segurança das informações”, destaca o Coordenador dos cursos de TI do Centro Universitário UniMetrocamp, Ronaldo Barbosa. “Os operadores do Pix têm responsabilidade tecnológica e legal, devendo utilizar processos robustos para evitar sanções decorrentes da guarda inadequada  das chaves e quaisquer outros dados sensíveis que venham a público”, diz, acrescentando que, de acordo com o manual do Banco Central, o Pix utiliza autenticação e criptografia da conexão, além da assinatura digital das mensagens com certificados digitais ICP-Brasil no padrão SPB, ou seja, um nível de segurança semelhante aos sistemas financeiros já existentes.  

Se por um lado a LGPD prevê ações indenizatórias para as eventuais falhas no Pix, por outro, se houver o vazamento das chaves e outras informações decorrente de mal uso – como, por exemplo, a ausência de medidas de segurança no acesso ao celular –, o usuário também poderá ser responsabilizado. “Além disso, se antes tínhamos problemas com código de barras de boletos falsificados, é possível que agora passemos a receber QR Codes falsos, já que a geração deste tipo de código é uma das opções do Pix”, alerta Barbosa. “É necessário redobrar a atenção e usar todos os meios de proteção oferecidos pelos aplicativos e por seu dispositivo”, completa. 

Dicas de segurança no sistema Pix:

  • A chave que utilizar no Pix deverá ficar em repositório seguro, caso contrário, alguém poderá assinar e realizar transações por você;

  • Amplie a segurança do seu dispositivo utilizando o recurso de dois fatores de autenticação, de preferência incluindo a biometria, o que dificulta a utilização indevida;

  • Não abra links enviados por sites financeiros. Em caso de dúvida, contate o seu banco. O mesmo cuidado vale para todas as mensagens de fontes não confirmadas recebidas por qualquer canal. Se não tiver certeza da veracidade do remetente, não abra;

  • Tenha atenção redobrada com o recebimento de QR Codes falsos. Ao ler o código com a câmera do seu celular, se o link de acesso exibido não for de fonte conhecida, não abra e confira com o remetente.

Para mais informações sobre o sistema Pix, acesse www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pix

Setor de Turismo cresce 28% em setembro, aponta pesquisa

Foram arrecadados mais de R$ 12,8 bilhões. Esta é a quinta alta consecutiva desde abril, mês que registrou o pior resultado do ano

O turismo segue dando sinais positivos de retomada nos últimos meses. Dados de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Cielo, mostram que o setor faturou R$ 12,8 bilhões em setembro, alta de 28% em relação a agosto.

Quando comparado a abril, pior mês para o segmento no ano de 2020, o número é três vezes maior do que o registrado no período (R$ 4,07 bilhões). Mais da metade do faturamento no mês vieram dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.


Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o número é animador e mostra que as ações coordenadas pelo Pasta junto aos demais segmentos estão no caminho certo. “Ficamos muito satisfeitos com essa retomada gradual, positiva e significativa de maneira gradual e responsável. Estamos mostrando, mais uma vez, que a importância do turismo para a recuperação econômica de nosso país.

Continuaremos com o nosso trabalho, de colocar o turismo brasileiro de volta aos antigos patamares, gerando emprego e renda para toda a nossa população”, disse. 
Quando analisados por segmento, os empreendimentos da área de Hospedagem e Alimentação registraram o maior volume de vendas em setembro, totalizando R$ 8,533 bilhões. O destaque foi para os restaurantes que movimentaram R$ 6,63 bilhões. O transporte de passageiros também registrou parcela significativa no montante total. Em setembro, o setor faturou R$ 2,76 bilhões, representando 21% de tudo o que foi arrecadado em setembro. 


O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que o aumentou no faturamento pode ser resultado de inúmeros fatores. “A partir de maio, o faturamento do setor passou por um processo de recuperação mês a mês, devido a inúmeros fatores, como o maior número de pessoas nas ruas, o aumento da confiança dos consumidores, além das estratégias digitais adotadas pelas empresas”, afirma Tadros.


Desde março, quando foi decretado estado de calamidade pública devido à pandemia do novo coronavírus, o Ministério do Turismo tem trabalhado em diversas ações para dar sobrevida ao setor. Entre elas, estão a criação da lei 14.046, que propõe regras de cancelamentos/remarcações para serviços turísticos e culturais; a MP 963, que liberou R$ 5 bilhões para o setor em linha de crédito e contribuiu para a formulação da MP 936, que manteve milhares de empregos no país.

Fatec SP promove o 22º Simpósio de Iniciação Científica e Tecnológica

Faculdade reúne comunidade acadêmica durante palestras e reflexões sobre efeitos da pandemia na ciência; evento online acontece até amanhã (5) 

Com o objetivo de incentivar a integração e a troca de conhecimento entre a comunidade acadêmica e empresas, a Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Paulo, localizada na região central da Capital, inicia hoje (4) o 22º Simpósio de Iniciação Científica e Tecnológica (Sict). O evento, que segue até amanhã (5), aborda como tema principal a Ciência e Tecnologia em Tempos de Pandemia e pode ser acompanhado pela plataforma Teams. 

Serão apresentados 98 trabalhos de um total de 116 submissões em áreas como: Automação de Escritório e Secretariado; Edifícios; Eletrônica Industrial; Hidráulica e Saneamento Ambiental; Materiais Cerâmicos, Poliméricos e Metálicos; Microeletrônica; Mecânica; Mecânica de Precisão; Pavimentação; Projetos e Manutenção de Equipamentos Hospitalares; Soldagem; Tecnologia da Informação e Turismo.

Os trabalhos são da própria Fatec São Paulo e das unidades de Americana, Barueri, Bauru, Diadema, Itaquera, Jundiaí, Praia Grande, São Bernardo do Campo, São Carlos, São José dos Campos, Sorocaba e Tatuapé. Os participantes do Simpósio poderão conferir também artigos de outras instituições, como Universidade de São Paulo (USP), Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), entre outras. 

Estímulo à ciência 

O Sict é realizado todos os anos com o objetivo de aproximar a pesquisa acadêmica dos estudantes da graduação, motivar o interesse pela investigação em diferentes áreas tecnológicas e estimular a aplicação da metodologia científica nos setores industrial, tecnológico e de serviços.   

Os trabalhos apresentados são de iniciação científica e têm orientação de docentes com titulação de mestre ou doutor. Os artigos apresentados no Sict serão publicados na edição especial do Boletim Técnico da Fatec São Paulo. 

As inscrições são obrigatórias apenas para quem solicitar emissão de certificados. A programação de palestras destaca ainda temas como Gestão Empresarial, Construção Civil, Eletrotécnica, Eletrônica, Materiais, Mecânica, Mecatrônica, Meio Ambiente, Tecnologia da Informação e Turismo. 

Serviço
22º Simpósio de Iniciação Científica e Tecnológica
Local: online
Data: 4 e 5 de novembro
Horário: Apresentações das 14 às 16 horas
Mais informações:no site ou pelo e-mail sict@fatecsp.br 

Foto: Thinkstock

Simpósio acontece no formato online e pretende estimular o interesse pela iniciação científica entre os alunos 

Sobre o Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 300 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 212 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 89 mil alunos.

Vacinação obrigatória tem respaldo na lei e governo pode exigir imunização contra Covid-19, diz jurista

Com a expectativa da chegada de uma vacina viável contra a Covid-19 nos próximos meses, o debate sobre a obrigatoriedade da vacinação voltou a ganhar espaço em território brasileiro. Mesmo antes do começo do isolamento social, que dificultou o acesso a espaços públicos fechados, as campanhas de vacinação vinham apresentando queda na meta em todo o Brasil. O ano de 2019 foi o primeiro a não atingir a meta de vacinar 95% da população alvo em nenhuma das 15 vacinas do calendário público, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Devido a uma uma preocupação crescente da população e setores públicos e privados, o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que vai julgar a obrigatoriedade da vacina do Covid-19. A Corte foi acionada por vários partidos políticos que apresentaram ações sobre o tema.

O quadro no Brasil é tão grave que, após décadas de erradicação, o sarampo voltou a afligir determinadas parcelas da população. Até o momento, foram confirmados 7.718 casos de sarampo em território brasileiro apenas em 2020, com cinco óbitos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, o retorno do sarampo alerta que qualquer doença erradicada pode retornar caso a vacinação não seja levada a sério por mais de 97% da população. O reaparecimento da doença aponta para outros riscos, como o retorno da rubéola e a poliomielite. Em junho de 2019, a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) emitiu uma nota alertando para a necessidade de reforçar a vacinação também contra a rubéola. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que Brasil, Bolívia e Haiti tiveram uma diminuição de 14% percentuais nos números gerais de vacinação desde 2010.

Mesmo assim, o movimento anti vacinação é forte no Brasil, e o especialista em Direitos Humanos e em Ciências Jurídico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra e professor de Direito Constitucional e Administrativo no MeuCurso, Daniel Lamounier, alerta que a futura imunização contra o Covid-19 não é uma questão de liberdade pessoal, e sim de saúde pública, tanto nacional quanto mundial. “A vacinação obrigatória tem previsão legal desde 1975, na lei de 6259. A vacinação obrigatória acontece porque a vacinação de apenas alguns indivíduos não causaria o efeito de imunização, já que a própria vacina, como regra, não tem o poder de imunizar mais que 70% na nossa média das pessoas. Então se não houver imunização em bloco, o vírus vai continuar circulando”, explica, um efeito não só da futura vacina da Covid-19 como qualquer imunizante de massa.

O debate sobre a obrigatoriedade das vacinas ficou ainda mais inflamado após a fala do presidente Jair Messias Bolsonaro, que em coletiva de imprensa recente afirmou que “nenhum juiz pode decidir se você vai tomar vacina ou não, não existe isso aí”. Daniel Lamounier, pontua, entretanto, que o indivíduo que optar por não tomar uma vacina obrigatória enfrentará sanções civis por se tornar uma ameaça à saúde pública.

“O ponto que chama a atenção é a resistência de muitas pessoas, falando da liberdade delas de não se vacinarem. Aqui existe uma coalizão de dois direitos, da liberdade e da saúde. Para eu ter meu direito de saúde garantido, preciso que o outro também se vacina. Então quem decide isso é o Poder Judiciário. Essa obrigatoriedade é imposta a partir de certas sanções aplicadas à pessoa que recusa a se vacinar. Se aquela pessoa é aluna de uma creche pública, ela não vai conseguir se matricular. Escolas particulares também podem causar restrição, não deixando que a pessoa se matricule. O mesmo funciona para determinados trabalhos – portos e aeroportos por exemplo não podem permitir que a pessoa sem vacinação trabalhe. Outros países vão colocar, como já acontece com a febre amarela, restrições a viajantes: sem a vacina da febre amarela, por exemplo, você não entra na África do Sul. Então a gente começa a limitar isso por certas barreiras civis, o que força a pessoa a se vacinar”, explica.

Além disso, pais e guardiões legais também têm obrigação de cuidar da vacinação de crianças e adolescentes. “O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, também prevê sanções para os pais que não vacinarem os filhos, porque essa demanda é atual. No Brasil hoje temos mais de 15 vacinas obrigatórias, isso não é um assunto novo”, completa Lamounier.

*Daniel Lamounier é Mestre em Direito Constitucional e especialista em Direitos Humanos e em Ciências Jurídico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra, Portugal. Ex-Controlador Adjunto da Controladoria Geral do Município de São Paulo. Advogado e Professor de Direito Constitucional e Administrativo no MeuCurso.

Procedimentos mais eficazes contra a gordura localizada

Dermatologista indica as melhores técnicas para quem quer se preparar para o Verão 

A menos de dois meses do Verão e com a flexibilização permitindo que a rotina volte ao “normal”, muitas mulheres – e homens – estão buscando procedimentos estéticos para ajudar na flacidez e na queima da gordura localizada, potencializadas pela pandemia. Por isso, a Dermatologista especialista em Estética, Dra. Nádia Bavoso, explica as melhores opções para quem quer começar algum tratamento a tempo de curtir as temperaturas mais altas do ano livres do que se incomodam:

  • Ultraformer III: a tecnologia de micro efeito térmico (MMFU) provoca a coagulação tecidual e auxilia no processo de cicatrização de feridas do sistema imunológico, ativando a produção de colágeno. Indicado para várias combater a flacidez em várias partes do corpo, como braços, pernas, abdômen e pescoço. A frequência e os resultados dependem muito da região e do nível da flacidez do local; 
  • Cooltech: sem dúvida, o procedimento mais procurado do momento. Funciona quebrando as células de gordura localizada por meio do congelamento seguro das células. É indicado fazer uma vez por mês, em 3 sessões e os resultados costumam aparecer a partir do segundo ou terceiro mês; 
  • Laser Fotona: é um laser indicado em pacientes que possuem gordura localizada e flacidez ao mesmo tempo, pois associa duas ponteiras: uma para provocar a lipólise (esvaziamento) das células de gordura, reduzindo assim o seu tamanho, e outra para esrimular a firmeza e produção de colágeno na pele;
  • Velashape: esse procedimento combina massagem, pressão negativa,  infravermelho e radiofrequência bipolar. É muito conhecido para tratamento de celulite e gordura localizada. São indicadas 10 sessões e o intervalo é semanal; 
  • Manthus: é a soma do ultrassom computadorizado com estímulos elétricos. Cada sessão é programada individualmente e pode ser usado para para tratamentos da celulite (em todos os graus), gordura localizada, drenagem linfática e cuidados pós-cirúrgicos, como drenagem de hematomas. O procedimento é rápido, indolor e nada invasivo. A sugestão é fazer a cada semana e os resultados podem ser potencializados se associar outros tratamentos como drenagem linfática manual e massagens modeladoras; 
  • Massagem Modeladora: ativa a circulação, elimina toxinas e ajuda na redução da gordura localizada. Mais indicada para quem pratica algum tipo de atividade física, pois potencializa o resultado. E, além de tudo, é um procedimento relaxante. A indicação é fazer uma vez por semana quando precisar intensificar e manter com uma vez por mês ao longo do ano; 

“Apesar de a Medicina Estética entregar uma tecnologia avançada, nenhum tratamento é milagroso. Por isso, gosto sempre de reforçar que o combo alimentação saudável + atividade física + estilo de vida equilibrado, é importantíssimo para entregar e manter bons resultados com os procedimentos”, completa a Dermatologista.Sobre Dra. Nádia Bavoso
Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem mestrado pela mesma instituição e faz parte do corpo docente da UNIFENAS (BH). É sócia da Clínica Eveline Bartels, uma das mais conceituadas em medicina estética de Belo Horizonte.

5 dicas valiosas para a prova de Matemática no Enem

A prova de Matemática do Enem costuma tirar o sono de boa parte daqueles que se preparam para realizar o exame. Isso porque a prova contém muitas questões para serem resolvidas em poucas horas, o que aumenta ainda mais o desafio para os estudantes. Um dos caminhos para conseguir realizar uma boa prova é procurar saber bem o que vai encontrar pela frente. Com base nas edições anteriores do Enem, professores de Matemática levantaram cinco dicas essenciais para garantir uma boa nota na prova.

1) Conteúdos do Ensino Fundamental também caem na prova

De acordo com o professor de Matemática do Colégio Semeador, de Foz do Iguaçu (PR), Rodrigo Vitorassi, apesar de a preparação para o Enem estar mais concentrada no Ensino Médio, é indispensável ter domínio sobre os conteúdos e conhecimentos de Matemática que são ensinados também no Ensino Fundamental. “Pela experiência com os conteúdos mais cobrados nos últimos anos, já sabemos que essa prova envolve cinco áreas: conhecimentos numéricos, geométricos, algébricos, estatísticas e probabilidade. Dentre esses conteúdos, alguns estão presentes no Ensino Fundamental, como, por exemplo, grandezas proporcionais, que começam a ser ensinadas no sétimo ano com grandezas inversamente proporcionais, diretamente proporcionais, regra de três simples e compostas, porcentagem matemática financeira, além de áreas de figuras plana, aritmética, potenciação e conjuntos numéricos. Se o aluno tiver um bom domínio sobre esses conteúdos, vai ajudar bastante na resolução de muitas questões, garantindo ainda mais agilidade”, explica Vitorassi.

2) É importante conhecer a estrutura das questões

O professor do Curso Positivo, Adilson Longen, ressalta a importância de os candidatos conhecerem a prova com mais profundidade. “Cada questão tem uma estrutura composta de três partes. A primeira é o texto base, um contexto, que geralmente é um pouco mais extensa. Na segunda parte, há o enunciado da questão, que avalia uma habilidade e que está ligado diretamente à primeira parte. Já na terceira parte, o candidato encontra as alternativas, que são chamadas de distratores. A primeira e a terceira partes conversam entre si, porém, é da segunda que vem a questão em si. Quanto à terceira parte, as alternativas são elaboradas de tal maneira que sejam resultantes de uma operação ou uma interpretação, correta ou não, que o candidato faz. Não são respostas aleatórias. São pensadas a partir de possíveis interpretações que os alunos possam ter. Observem que, quando a questão exige uma resposta numérica, as alternativas são apresentadas ou em ordem crescente ou decrescente de valores. Por isso, deve haver uma preocupação em conhecer detalhadamente o processo como um todo. Quanto mais os candidatos conhecerem essa forma de avaliar, mais capazes se sentirão no seu enfrentamento”, pontua. 

3) Cuidado com os distratores

Cada questão da prova é composta por cinco alternativas de resposta: uma é a correta e as outras quatro são chamadas de distratores. A professora do Colégio Positivo Joinville (SC), Maridalva Paulo, explica que as alternativas incorretas não são colocadas na questão aleatoriamente. “Elas não são pegadinhas, como muitos pensam. São alternativas devidamente pensadas para testar o aluno, que pode se deixar levar por um erro de interpretação ou falta de atenção. O objetivo é verificar se o aluno tem a habilidade para resolver a questão”, explica.

4) Capacidade de compreensão de um enunciado exige leitura diária

A compreensão correta do enunciado da questão é o ponto de partida para o acerto. Isso é essencial para todas as provas, não apenas a de Matemática. E, segundo o professor Rodrigo Vitorassi, o estudante só vai adquirir a capacidade de interpretar bem um enunciado se fizer da leitura uma prática constante. “O que eu sempre oriento é ler todos os dias textos dos mais variados tipos e temas, não só de Matemática, porque esses textos podem ajudar a melhorar a leitura e a interpretação. Outra coisa importante é realizar exercícios de provas anteriores, prestando atenção aos textos e enunciados para se familiarizar com o formato das questões do Enem”, completa.

5) Atenção para a forma como a prova é corrigida

A prova do Enem permite situações em que dois estudantes que façam a mesma prova e acertem o mesmo número de questões tenham notas bem diferentes entre si. A professora Maridalva Paulo explica: “A prova do Enem é corrigida por meio da TRI – Teoria de Resposta ao Item. Ela leva em consideração três aspectos. O primeiro deles é a dificuldade apresentada no item. O segundo, a diferenciação de conhecimento; e o terceiro item é a análise de acertos casuais – o famoso chute. Se o estudante tem um bom conhecimento sobre todo o conteúdo, ele vai acertar as difíceis, médias, e nunca vai errar as fáceis. Mas se ele chutar as últimas porque não deu tempo de ler e resolver, é preciso considerar que ele pode ter errado questões muito fáceis no processo, e vai perder pontos valiosos – pois esses três aspectos são considerados na correção. Se o estudante não sabe, não pode deixar em branco, tem que chutar – mas se for chutar, escolhe fazer isso com as questões mais difíceis para ter uma pontuação final mais alta”, recomenda.

Cerâmica x Porcelanato: entenda a diferença

Durabilidade, resistência, processo produtivo e usabilidade são algumas das características que diferenciam os dois materiais, arquiteta Cristiane Schiavoni, fã assumida desse revestimento, explica as principais diferenças entre o porcelanato e a cerâmica.

A escolha entre as opções do mundo cerâmico desperta muitas dúvidas na hora de reformar ou construir um imóvel, no entanto, o porcelanato figura na lista dos mais bem cotados no momento. O motivo vai além da beleza e possibilidade de estampas e formatos, já que o material tem grande durabilidade e resistência. A arquiteta Cristiane Schiavoni, fã assumida desse revestimento, explica as principais diferenças entre o porcelanato e a cerâmica.

Embora bem semelhantes, ambos têm diferenças já em sua fabricação. Segundo especialistas da marca Incepa, a cerâmica convencional reúne argila e alguns minerais, enquanto o porcelanato é um misto de porcelana e materiais mais nobres. A temperatura de queima das duas matérias-primas também é díspar: a queima mais alta do porcelanato dá mais resistência mecânica e química à peça, além de baixa porosidade. “Em resumo, isso faz do porcelanato uma peça muito resistente ao risco, desgaste e ao ataque químico”, comenta Cristiane.

Há quem acredite que a principal diferença está na borda retificada, que permite usar o rejunte fininho, quase inexistente. “Porém, muita gente não sabe que também podemos ter cerâmica retificada, assim como há o porcelanato com a borda arredondada, que a gente chama de bolde. Por isso, a olho nu, às vezes, realmente é difícil distinguir um produto do outro”, continua a arquiteta.

Conhecido dos brasileiros desde os anos 1990, o porcelanato não para de ganhar espaço nos lares. Outra diferença importante é a questão da impermeabilidade, já que o porcelanato é quase impermeável, o que traz algumas vantagens para a obra, dependendo da situação que ele vai ser utilizado. Segundo a marca Incepa, um bom índice para perceber a porosidade de uma peça é a medição de sua absorção de água. Os porcelanatos são os revestimentos que menos absorvem água de todo mercado, com um índice de menos de 0,5%. Em comparação, revestimentos Grés absorvem de 0,5 a 3%; semi-porosos, por sua vez, de 3 a 6%. Os revestimentos de parede, classificados como porosos, superam 10% de absorção de água.

Neste apartamento, o porcelanato que reproduz o visual da madeira foi a opção certa para a bancada de refeições acoplada a ilha de Dekton vermelho. Já na foto á direita, a arquiteta Cristiane Schiavoni adotou o porcelanato em piso (com aparência de mármore), bancada e parede (tipo tijolinhos) da área gourmet | Fotos: Carlos Piratininga

Porcelanato técnico e esmaltado

Se a ideia é optar pelo porcelanato, vale diferenciar o técnico do esmaltado. Os técnicos possuem superfície polida ou natural e são pouco porosos, contendo um índice de absorção máximo de 0,1%, enquanto o esmaltado tem um índice máximo de 0,5%. O porcelanato técnico ainda tem uma composição especial, para que a massa porcelânica esteja em sua superfície, conferindo altíssima resistência mecânica, a riscos e abrasão.

Já os porcelanatos esmaltados vêm com uma camada de esmalte em sua fabricação, oferecendo mais brilho à peça, além de um toque acetinado ou áspero. Essa característica permite desenvolver uma infinidade de cores e decorações nas peças, que ficam um pouco mais porosas que os porcelanatos técnicos. Tornam-se indicadas para parede e pisos, desde que sejam observadas as indicações de uso, que levam em consideração, entre outros itens, como a quantidade de pessoas em circulação ou o ambiente ser seco ou molhado.

Com o passar do tempo e os avanços tecnológicos, em especial da impressão digital em HD, os porcelanatos só aprimoraram o visual cada vez mais idêntico ao de pedras, madeiras, tijolos e outros elementos naturais. “Antes, muita gente acabava apostando no revestimento para áreas molhadas, como cozinhas e banheiros. Mas hoje, é uma opção imbatível também para livings, quartos e varandas”, aponta Cristiane. “O calor e o toque da madeira ainda são insubstituíveis, mas o porcelanato chega bem perto, com maior facilidade de limpeza e resistência a manchas, por exemplo”, continua.

Segunda a arquiteta, o porcelanato é muito versátil e traz infinitas possibilidades. “Os grandes formatos ganharam as bancadas, em usos que antes a gente não conseguia porque as peças eram pequenas e havia muitas emendas. Uso muito em cozinha, banheiro, lavanderia e até mobiliário”, enumera Cristiane Schiavoni. O porcelanato tem uma resistência muito grande, portanto é bem-vindo em piso e parede, desde que sigam as normas técnicas. Já a cerâmica precisa ser analisada pela sua graduação: PI1, PI2, PI3, até o 5. É preciso fazer uma avaliação de onde você vai usar o revestimento, pois numa piscina, por exemplo, onde o atrito é zero, não é contraindicada a cerâmica.

Sala e varanda integradas neste projeto de Cristiane Schiavoni receberam placas de porcelanato de grande formato, de 1,20 m x 0,60 m. Com visual de pedra e acabamento brilhante, o material espalha luminosidade | Foto: Carlos Piratininga

Dica PortalJE – JFS Reformas clique aqui

Reforma e Construção : Pedras ornamentais: sofisticação e exclusividade

Com o isolamento social decorrente da pandemia do novo coronavírus, a casa e seus espaços internos e externos se mostraram essenciais para manter a conexão entre as pessoas e o mundo exterior. Por isso, passaram a receber ainda mais atenção nos projetos de reforma e construção. As pedras ornamentais proporcionam não só beleza e sofisticação, mas também fazem um convite a introspecção e ao contato e encontro com a natureza.

Atenta às oportunidades e às demandas do mercado, a Decolores oferece inúmeros padrões e opções de acabamento que harmonizam facilmente com a proposta do lugar, levando acolhimento e transmitindo a sensação de limpeza e paz interior.

Na LUSSO Quartzite Collection, por exemplo, o quartzito une a beleza do mármore com a resistência do granito. Eles também podem ser aplicados em ambientes ao ar livre, evidenciando seus veios e características naturais resultantes de formações rochosas de milhões de anos. Com uma gama completa de sofisticação e versatilidade, essas rochas permitem paginações belíssimas e são ideais para revestimento de pisos, paredes, bancadas, fachadas e, até mesmo, móveis e acessórios. São extremamente duráveis, tendo a sua frente como parâmetro de resistência apenas o diamante.

Confira uma seleção de projetos da Decolores para se inspirar:

Aposentadoria de transexuais: como solucionar a equação

No dia 12.11.2019, foi aprovada a reforma da previdência, por meio da aplicação da Emenda Constitucional 03/2019. Neste cenário, diversas alterações foram inseridas, tanto no que concerne ao cumprimento dos requisitos ante a conquista dos benefícios, quanto à mudança relacionada à forma de cálculo aplicada.

Em que pese as mudanças tenham sido amplas, a discussão sobre a equiparação entre tempo de contribuição e idade do trabalhador para homens e mulheres não logrou grandes alterações. Ainda que a idade da mulher, para a aposentadoria por idade, tenha sido alterada para 62 anos, e a do homem permanecido em 65 anos, espécie esta corretamente denominada por voluntária, vez que será a regra definitiva adotada quando da finalização das regras transitórias; ainda considera-se a diferenciação por meio da acepção de uma igualdade material, que considera a desigualação a fim de que a igualdade seja atingida. Entende-se que pelo fato de a mulher desempenhar dupla jornada, deve esta se aposentar mais cedo, tanto pelo maior desgaste sofrido, ou como política de ajustes de prejuízos. 

Nesse cenário, o questionamento ainda mais polêmico e difícil de ser debatido é em relação à aposentadoria do transexual: como conciliar a mudança de gênero com a idade e tempo de contribuição para a aposentadoria? Como solucionar esta equação? Para o transexual, há uma convicção íntima deste pertencer a um determinado sexo, que se encontra em discordância com os demais componentes de ordem física que o designaram no momento do nascimento.

Nesta situação, a pessoa almeja a colocação de sua aparência física em concordância com o seu verdadeiro sexo. No que concerne às implicações do direito previdenciário para os direitos dos transexuais, a resposta, quanto à aplicação da idade e do tempo de contribuição para garantia da aposentadoria, não se mostra fácil de ser equacionada, até porque não há muita experiência prática no assunto e se trata de fenômeno recente. Nos casos, a justiça tem firmado o entendimento de que uma vez alterado o gênero em Certidão de nascimento, independente de cirurgia de mudança de sexo, o gênero a ser considerado é aquele que consta em Certidão no momento do requerimento da aposentadoria.

Em tal situação, para o homem que se torna mulher, como ocorre na maioria dos casos, haveria uma vantagem, visto que tanto a idade como o tempo de contribuição exigidos para as mulheres, são menores do que os homens, inclusive no que se refere ao cumprimento das regras de transição pós-reforma da previdência. Todavia, e se o caso for a mudança de sexo de mulher para homem? Como proceder? Neste contexto, poderia se dizer que haveria uma agravante, pois, uma vez considerada a lógica aplicada à mulher, tal pessoa deveria cumprir mais tempo para possuir direito à aposentadoria? Também não há um consenso sobre este assunto.

No entanto, assim como a intepretação de que a mulher deveria se aposentar mais cedo porque sofre com as consequências referente às dificuldades existentes na sociedade por conta do preconceito e do machismo preponderante, que impõe à mulher maiores dificuldades de ascensão na sociedade; o aumento da idade nestes casos também não deveria ser considerado, a não ser que seja por vontade própria, vez que os transexuais são intensamente segregados da comunidade, e, portanto, também possuiriam, ainda em maior medida, grandes dificuldades de desenvolvimento social e profissional. 

Os grupos vulneráveis, dentro de uma política de Seguridade Social e de garantia de manutenção de um Estado de Bem-Estar social, são protegidos de forma diferenciada, assim como trata o art. 201, 1º, incisos I e II, da CF, que asseguram tratamento diferenciado às pessoas com deficiência e aos trabalhadores que exercem suas atividades em condições insalubres e/ou periculosas, e que causam, portanto, prejuízo à saúde e integridade física. Nesse sentido, deveria se assegurar, como medida de proteção social, os direitos de os transexuais se aposentarem mais cedo, independente do gênero, de forma diferenciada, tal como a legislação previdenciária já garante em casos especiais.

Sobre o assunto, o Ministro Celso de Mello deu parecer favorável aos transexuais quanto à mudança de sexo, ao tratar que “de nada adianta superar esse impasse – a dicotomia entre a realidade morfológica e a psíquica – se a pessoa continua vivendo o constrangimento de se apresentar como portadora do sexo oposto”, e cabe aos intérpretes do direito, como operadores de transformação social, promover uma mudança positiva também no direito previdenciário, a fim de assegurar a estas pessoas uma tratamento diferenciado que venha a garantir a dignidade da pessoa humana: indicador mais idôneo de uma civilização evoluída e com sedimentação nos direitos sociais conquistados.

Por Carla Benedetti, advogada, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário do Estratégia Concursos e do grupo de pesquisa em Direito Previdenciário do IDCC (Instituto de Direito Constitucional e Cidadania)

Aceleração da pesquisa para vacina da Covid-19 não negligencia saúde

Redução no prazo médio para teste foi possível graças à realização de fases de estudo simultaneamente

Há cerca de oito meses o mundo inteiro ganhou uma pauta em comum: a vacina contra a Covid-19. Laboratórios farmacêuticos e instituições de pesquisa de todo o mundo entraram em uma corrida contra o tempo atrás da fórmula que nos traga de volta à vida normal. Enquanto isso, no Brasil os sentimentos estão divididos entre: ansiedade e torcida para que toda e qualquer vacina seja disponibilizada o quanto antes e o receio dos efeitos colaterais que a pressa pode acarretar.

“Atuo na área de imunizações desde 2003 e nunca vi nada parecido em termos de mobilização profissional e social. Vivemos uma magnitude de investimentos em pesquisa clínica e desenvolvimento em vacinas a nível global”, conta a Melissa Palmieri, especialista em medicina preventiva e membro da Doctoralia (http://www.doctoralia.com.br/melissa-palmieri/especialista-em-medicina-preventiva/sao-paulo).

A médica explica que o desejo da classe é uma vacina 100% eficaz, segura e com capacidade de reduzir a infecção, que pudesse ser utilizada em todas as faixas etárias e públicos com condições clínicas especiais, como imunodeprimidos, por exemplo. “Sabemos que é utópico ter tudo isso em qualquer vacina, portanto aguardamos os resultados da fase 3 das pesquisas para termos os dados percentuais de cada item analisado e, assim, entender qual será mais adequada para os públicos diversos”.

A urgência é outro fator que vem sendo questionado pela população e até mesmo por governantes. O tempo médio que vacinas tradicionais levam para terem sua eficácia 100% comprovada é de 5 a 20 anos, prazo muito maior do que as expectativas atuais. Porém, os processos estão sendo otimizados e não há qualquer irregularidade neste feitio. “O que temos agora são as fases 2 e 3 da pesquisa acontecendo simultaneamente em prol da agilidade nas respostas. Em paralelo, as farmacêuticas têm colocado seu parque industrial para a produção antecipada das vacinas, a fim de disponibilizá-las logo que os resultados forem favoráveis”, explica Melissa. Caso as vacinas não cumpram os requisitos de eficácia e/ou segurança, serão descartadas.

Toda vacina importa

Antes de a pandemia de Covid-19 aparecer, havia um alerta para a negligência na vacinação. Um estudo publicado em junho de 2020 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontou queda de 13,6% nas taxas de vacinação em 2019, comparado ao ano anterior. Dado ainda mais preocupante mostra que a meta de imunização infantil para sarampo, poliomielite e coqueluche não foram atingidas.

“Este é um grande risco para a saúde pública. Vacinação é serviço essencial e é fundamental que todos os brasileiros estejam em dia com a imunização, inclusive para diminuir as chances de complicações causadas pela Covid-19”, alerta Melissa. “Com a retomada das atividades sociais, há o risco de ressurgimento de doenças que são consideradas controladas e até mesmo erradicadas”, finaliza.