90% dos imóveis são vendidos com desconto em SP, e financiamento tem alta de 60%

Levantamento foi realizado pela imobiliária Lello com base nas transações do primeiro trimestre de 2019

 Nove em cada dez imóveis usados são vendidos com desconto sobre o preço inicialmente pedido pelos proprietários. É o que aponta levantamento da Lello Imóveis, imobiliária e administradora paulistana, que possui 10 lojas espalhadas pela capital paulista e também no Grande ABC.

            O estudo também apontou que as vendas por meio de financiamento bancário cresceram 60% nos três primeiros meses de 2019 na comparação com o mesmo período do ano passado. As transações com auxílio de empréstimos representaram neste ano 40% do total de imóveis vendidos, contra 25% em 2018.

            Ainda conforme o levantamento, dos imóveis vendidos com desconto sobre o preço original no primeiro trimestre deste ano, 70% tiveram abatimentos de até 11%, e em 20% dos casos o percentual foi maior do que isso. 

            O valor médio dos imóveis vendidos no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 700 mil, e 80% das comercializações se referiram a apartamentos, dos quais a maioria com dois dormitórios.

            “Em relação ao primeiro trimestre de 2018 o volume de vendas permaneceu estável, mas o aumento das vendas por meio de financiamento demonstra que no geral as pessoas estão mais confiantes nos rumos da economia, assim como nós”, afirma Igor Freire, diretor de Vendas da Lello Imóveis.

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Estudos da Unifesp detalham perfil de casos de suicídio na adolescência no Brasil

Estudos realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e conduzidos pelos psiquiatras Jair Mari, Elson Asevedo e Denisse Jaen-Varas, revelam que, entre os anos de 2006 e 2015, as taxas de suicídio em adolescentes no Brasil aumentaram 24%.  

Indicadores socioeconômicos, particularmente desigualdade social e desemprego, foram considerados determinantes sociais relevantes nesse tema. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é responsável por 800 mil mortes anualmente. Na faixa etária de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte.

Os levantamentos, publicados na revista científica Brazilian Journal of Psychiatry (Revista Brasileira de Psiquiatria) e na Current Opinion in Psychiatry, foram realizados em seis grandes cidades brasileiras (Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo). Cada metrópole deveria ter dados completos sobre as taxas de suicídio de adolescentes, Produto Interno Bruto (PIB), desigualdade social (medida pelo índice de Gini) e desemprego entre janeiro de 2006 e dezembro de 2015. Adolescentes de 10 a 19 anos de cada cidade foram incluídos na análise. As idades foram estratificadas de acordo com os limites cronológicos da adolescência da OMS: 10 a 14 para adolescentes jovens e 15 a 19 para adolescentes mais velhos.


De acordo com as pesquisas, níveis mais altos de desemprego foram associados com maiores taxas de suicídio. “Sentimentos de desesperança e inutilidade, que frequentemente ocorrem em quadros depressivos, são frequentemente vistos como mecanismos psicológicos desencadeantes do comportamento suicida.

Esses mesmos sentimentos parecem muito prevalentes na geração de jovens desalentados, sem propósitos claros, que nem trabalham nem estudam”, analisa o psiquiatra Elson Asevedo. 

Desalentados são os que desistiram de procurar trabalho e, por isso, saíram das estatísticas do desemprego. O Brasil tem 4,6 milhões de desalentados e 3 milhões sem emprego há mais de dois anos, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela também que 23% (dois em cada dez) dos jovens brasileiros não trabalham e nem estudam (jovens nem-nem). 
Segundo o professor Jair Mari, o jovem enfrenta um mercado de trabalho com baixas ofertas e um momento de mudanças tecnológicas que exigem cada vez mais qualificação diferenciada em escolas despreparadas. “Nos extratos de baixa renda esses problemas se acentuam, o que pode induzir jovens a buscar alternativas como o tráfico de drogas e a prostituição infantil”, acredita Mari. “A desigualdade social, os altos índices de violência e a expansão do mercado de drogas são fatores que se interpenetram e, a partir deles, surgem casos de risco ao suicídio”, complementa o pesquisador.

A OMS determinou a redução das taxas de suicídio em 10% até 2020 como um imperativo global. “Um possível antídoto para essa experiência de não pertencimento, desesperança e inutilidade vivida pela geração “nem, nem” é o desenvolvimento de um sentido para a existência, que idealmente transcenda valores puramente individuais. Esse sentido pode estar relacionado a valores familiares, culturais, filosóficos, religiosos e pode representar um fator de proteção para prevenir o suicídio, mesmo em pessoas expostas a fatores de risco”, conclui Asevedo. 

Crédito da foto em destaque
http://interdisciplinar2015.blogspot.com/2015/10/como-assim-suicidio-infantil.html

Liberação dos jogos de azar: possível mudança chegando?

O fim da proibição dos jogos de azar vem sendo debatido faz vários anos. Não sendo possível um consenso, o ano eleitoral acabou por “enterrar” o assunto, e com a eleição de um presidente conservador e cristão, muitos pensariam que não teria mais volta. Mas 2019 começou e a mídia não para de noticiar responsáveis falando sobre o assunto. E o próprio Jair Bolsonaro vai se mantendo em silêncio.

O papel do presidente Bolsonaro

O eleitorado recorda aquele vídeo de campanha em que o então candidato reputava de mentira a acusação de que se preparava para liberar os jogos de cassino. Mas as coisas podem não ser tão simples assim.

Até porque o presidente Bolsonaro ficará na “estória” como o presidente que liberou as apostas esportivas no Brasil. A História dirá que a MP 846/18 foi sancionada como lei pelo presidente Michel Temer em dezembro de 2018; muitos esquecerão que Bolsonaro pegou logo nesse tema, enquanto presidente-eleito. No prazo de quatro anos, os brasileiros deixarão de poder apostar apenas nos sites recomendados pelo apostasbrazil.com.br (em plataformas estrangeiras, as únicas que a lei não proíbe).

Pressões políticas

As pressões vêm de todos os lados. O leitor mais conservador poderia imaginar que os principais interessados são os partidos políticos progressistas, interessados em contribuir para o caos social; talvez alguns poderes econômicos estivessem acompanhando, na sombra.

Essa ideia está parcialmente correta. Vale acrescentar que o “progressismo” não é sinônimo de aceitação do jogo; em Cuba, os cassinos são tão proibidos quanto no Brasil. É fato que investidores estrangeiros vêm dando sinais de estarem muito interessados em abrir cassinos no Brasil, a começar por Mr. Sheldon Adelson, de Las Vegas – um dos 30 homens mais ricos do mundo.

Mas tem outros setores clamando pela abertura de cassinos, em especial o setor do turismo, e particularmente no sul do Brasil. O leitor conhece o argumento segundo o qual a abertura de cassinos seria uma ameaça para hotéis e restaurantes, pois os turistas gastariam tudo em jogo? O setor turístico não está nem aí para esse argumento. Por todo o mundo, os cassinos são vistos como motores de desenvolvimento turístico.

Ultimamente, tem políticos insuspeitos pedindo a abertura de cassinos. Marcelo Crivella, o “prefeito da Universal”, já pediu declaradamente e sem problemas a aceitação do investimento bilionário prometido por Mr. Adelson e a criação de um super cassino resort no Rio. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, do Partido Social Cristão, já está fazendo o mesmo pedido também.

Novo projeto de lei

Já foi apresentado um novo projeto de Lei, o 530/2019, de Paulo Azi (DEM-BA), que retoma diversas ideias que vinham sendo debatidas anteriormente. A principal é o licenciamento de um número limitado de cassinos em cada estado, de acordo com sua população.

Será que o presidente vai dar sua força a um projeto desse tipo, em nome do desenvolvimento econômico, como fez com as apostas esportivas? Ou irá preferir beneficiar o Rio de Janeiro e São Paulo em primeiro lugar, para minimizar as críticas?

A indústria está aguardando sinais de Bolsonaro sobre esse tema, e a verdade é que o resto do Brasil também.

Shopping Interlagos sorteará dois carros Renault Kwid Life durante a Campanha de Mães

Participação entre os dias 26/04 a 12/05

O Dia das Mães se aproxima e, para comemorar essa data tão importante, o Shopping Interlagos lança a “Campanha de Mães, as mães querem, o Interlagos tem”. Entre os dias 26 de abril e 12 de maio, os clientes que acumularem compras no valor de R$ 350 nas lojas e quiosques participantes, receberão um cupom para concorrer aos sorteios de dois automóveis Renault Kwid Life. O sorteio ocorrerá em 13 de maio, às 18h, no mall do shopping.

Para participar, basta apresentar a(s) nota(s) emitida(s) pelas lojas e quiosques participantes e um documento com foto no Stand da promoção, localizado no mall do shopping, próximo à Praça de Eventos, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 14h às 20h. As compras registradas de segunda a quinta-feira, exceto aos feriados, valem cupons em dobro.

O regulamento completo da “Campanha de Mães, as mães querem, o Interlagos tem” está disponível no site: www.interlagos.com.br .

Serviço:

Shopping InterlagosEndereço: Avenida Interlagos, 2.255
Horário de funcionamento: De segunda a domingo, das 10h às 22h.  Domingos e feriados as lojas encontram-se abertas das 14h às 20h. Alimentação e lazer das 10h às 22h. Estacionamento gratuito.

Sobre o Complexo Comercial Shopping Interlagos

Formado pelos Shoppings Interlagos e Interlar Interlagos, Hipermercado Carrefour, Atacadista Makro, Leroy Merlin (primeira loja do país), Hotel Íbis, Cobasi é um dos maiores centros de compras, serviços e lazer de São Paulo, recebendo mensalmente 3,5 milhões de pessoas. Com estacionamento gratuito, conta com 400 lojas, dispostas em uma área de 280 mil m².  No espaço reservado ao lazer, dispõe de 10 salas de cinema Cinemark, com exibições em 3D, Playland, Boliche, Piano ao Ponto (música ao vivo na Praça de Alimentação durante o almoço, de segunda a sexta-feira) e Happy Hour (música no fim da tarde na Praça de Alimentação, de segunda a sexta-feira). Para mais informações, acesse: www.interlagos.com.br.


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Imóveis : Lei 13.786/18 (“Lei dos Distratos”) é pauta do ADIT Juris 2019

O ADIT Juris chega a sua 8ª edição. Um dos temas em evidência é a Lei 13.786/18 (“Lei dos Distratos”).

Com recorde de participantes, o ADIT Juris 2019 aconteceu em Florianópolis (SC)

            A Lei dos Distratos, sancionada ainda no fim de 2018, afeta profundamente as relações comerciais no setor imobiliário e determina as regras para a extinção de contratos de imóveis adquiridos ainda na planta. Se antes cada contrato seguia as suas próprias regras para definir os valores referentes às devoluções, agora existem percentuais limites de retenção dos valores pagos pelo consumidor final. Para a Lei de Loteamentos, o percentual chega até 10%. Já nos contratos de incorporação, quando não houver patrimônio de afetação, a retenção pode chegar até 25%. E quando a incorporação estiver no regime de patrimônio de afetação, o percentual pode alcançar 50%.

Paula Prada, associada do escritório Eichenberg e Lobato Advogados Associados, comentou sobre a mudança, explicando que “anteriormente todos os conflitos sobre esses pontos eram regulados por decisões judiciais individuais, que embora contem com determinados parâmetros, não possuem caráter vinculante. Com a nova lei, a tendência é que os critérios nela estatuídos sejam sempre aplicados, dirimindo maiores conflitos”.

Em síntese, a nova lei exige que seja apresentado um quadro resumo com as condições mais relevantes do contrato, dá ao comprador direito ao arrependimento por sete dias, contados a partir da assinatura do contrato no estande de vendas ou fora da sede da incorporadora, aborda a reparação das perdas e danos por quebra da promessa e da restituição de quantias ao comprador. Essas e outras particularidades desta mudança serão abordadas durante o Seminário de Soluções Jurídicas para os Setores Imobiliário e Turístico, o ADIT Juris 2019. O evento conta com a participação dos principais nomes do direito imobiliário no país, buscando atualizar e sanar dúvidas em relação à aplicação dessa e de outras leis.

Além da Lei 13.786/18 (“Lei dos Distratos”), o Juris 2019 aborda outros relevantes temas do direito imobiliário como: Questões polêmicas sobre a incorporação imobiliária na perspectiva do Superior Tribunal de Justiça (STJ); Novas perspectivas em matéria ambiental; Locação de Imóvel: Principais aspectos do negócio jurídico; Novidades na estruturação jurídica de Hotéis e Condo-hotéis; Aspectos controvertidos e práticos das multas ambientais; Formatação jurídica para compartilhamento de espaços; Questões atuais e polêmicas sobre condomínio edilício; Vícios construtivos e prazos de garantia na incorporação imobiliária, entre vários outros listados no site do evento.

Como escolher o melhor visto para residir e trabalhar nos EUA?

Por Fernanda Molina*
Um levantamento do Ministério das Relações Exteriores feito em 2018 estima que mais de três milhões de brasileiros vivem no exterior. Destes, cerca de 1,4 milhões residem nos Estados Unidos.

Um dos grupos mais expressivos, que trocaram o Brasil pelo país norte-americano, é o de empresários que foram transferidos ou buscaram novas oportunidades em companhias americanas.

O que muitas pessoas não sabem é que existem diversos tipos de vistos americanos que possibilitam a migração temporária para os Estados Unidos, como tambémo almejado “Green Card”, que concede autorização de residência permanente.Um deles é o visto E-2, também conhecido como “visto de investidor”. 

Esse tipo permite que empreendedores com nacionalidade de países que fazem parte da lista do Tratado de Comércio e Navegação com os Estados Unidos residam e trabalhem nos EUA.Embora o Brasil não faça parte dessa lista, brasileiros com dupla cidadania, como a italiana, alemã, argentina, japonesa e polonesa, por exemplo, podem utilizar seus passaportes de outra nacionalidade para este tipo de visto.

Não há um valor mínimo de capital de investimento para obter o visto E-2, que depende também da natureza do negócio. Porém, é necessário que o capital investido seja substancial, geralmente, em torno de US$ 150 mil.Por ser um visto temporário de não imigrante, o E-2 vem com algumas restrições como a de só poder trabalhar naquele investimento e não ser um caminho direto para a residência permanente.

Contudo, ele é uma alternativa mais simples para quem deseja investir e mudar para os EUA e tem sido muito utilizado por brasileiros empreendedores com dupla cidadania. O investimento por meio de franquias é especialmente adequado para o visto E-2 e vem cada vez mais chamando atenção dos brasileirosuma vez que traz uma série de vantagens.

É que as franquias representam modelos de negócios bem-sucedidos com sistemas de funcionamento testados e comprovados, o que facilita na obtenção de aprovações de solicitações de visto E-2.O cônjuge e os filhos solteiros menores de 21 anos podem aplicar para o visto E-2 como dependentes, e suas nacionalidades não precisam ser a mesma do “estrangeiro-investidor”.

Os menores podem frequentar a escola e o cônjuge pode obter autorização de trabalho sem restrições de empregador, um dos grandes benefícios deste visto.Outro visto de imigrante que está sendo muito utilizado, mas é de pouco conhecimento do brasileiro, é o visto EB-1, ou de habilidade extraordinária. Tal habilidade extraordinária é normalmente comprovada por aclamação nacional ou internacional que a pessoa tenha adquirido durante a sua carreira profissional. Médicos, engenheiros e cientistas que possuam um histórico profissional de destaque podem se encaixar nesta modalidade, assim como profissionais do segmento de artes, esportes e negócios.

Esse visto também pode incluir professores, pesquisadores, executivos e gerentes de empresas.Embora não possuam restrição de nacionalidade, os casos de visto EB-1 passam por uma análise mais rigorosa de aprovação, pois, diferentemente de outros vistos temporários, este visto concede de forma direta o chamado “Green Card”, ou seja, a residência permanente naquele país.

Outro ponto interessante é que o estrangeiro requer o visto EB-1 como “auto-aplicante”, isto é, não há a necessidade de comprovar que já possui um emprego nos EUA, tendo apenas que demonstrar que irá continuar trabalhando na mesma área de atuação.

Existe ainda outra dezena de vistos que podem ser solicitados junto aos EUA e a escolha é muito particular. Assim, qualquer que seja a natureza do documento escolhido, todo o processo de solicitação deve ser feito com muita cautela e, de preferência, assistido por um advogado com experiência no assunto.

Como o Centre Pompidou, em Paris, inspirou um dos tênis mais famosos da história

Museu de arte contemporânea francês foi criticado por sua estranheza arquitetônica na década de 1970, mas seu estilo se tornou aclamado no mundo quando a Nike o usou como modelo para um dos tênis mais famosos da história

Quando o Centre Pompidou abriu suas portas no bairro do Marais, em Paris, em 1977, muitos estranharam seu design arquitetônico radical. Os arquitetos responsáveis, Renzo Piano e Richard Rogers, tentaram criar uma estrutura “do avesso”: de um lado, qualidades utilitárias, como saídas de vento e cabos elétricos que ficam expostos na fachada. Do outro, de dentro, um prédio que a casa de uma série de exposições de arte contemporânea.

O Centre Pompidou logo foi aclamado e mudou a percepção da indústria arquitetônica como um todo. Um dos primeiros a olhar para o edifício parisiense com olhos encantados foi Tinker Hatfield, engenheiro da Nike que creditou ao museu francês a grande inspiração para o Air Max 1, que deu início a um dos modelos mais famosos da fabricante estadunidense (o último lançamento foi o Air Max 97).

Em setembro do ano passado, a Nike prestou uma homenagem ao Centre Pompidou com um pacote especial do Air Max 1: uma linha limitada em que o fundo branco do tênis é preenchido com tubos coloridos nas laterais que lembram a fachada do museu — chamada de Pompidou Day.

O museu e o tênis

Em 1987, a Nike colocou no mercado o tênis Air Max, que chamou a atenção do mercado dos Estados Unidos pelo seu design inovador e que, com com isso, elevou a imagem da marca quando ela mais precisava. A história dele, no entanto, começou cinco anos antes, em uma viagem que um projetista da empresa fez a Paris, em 1981.

Tinker Hatfield chegou à Nike como arquiteto com a missão de projetar os prédios do campus de Oregon, nos Estados Unidos. No entanto, com a continuação do emprego, ele se aventurou a projetar modelos de calçados e, com a simpatia dos seus chefes, se tornou membro do departamento de design.

“Comecei a trabalhar em um conjunto renegado da linha de produção que não eram parte dos produtos principais”, explicou ele em uma entrevista em 2017 ao jornal Washington Post. Já dona de 50% do mercado nacional de calçados esportivos, a Nike entrou em 1980 com expectativa de se tornar uma empresa do seleto grupo de US$ 1 bilhão. Para manter a posição, no entanto, era preciso inovar.

Foi quando Hatfield fez uma viagem a Paris, na França, e se interessou pelo Centre Pompidou, que completava uma década de existência. “Eu lembro de ser muito influenciado por aquele prédio e de ter meu senso arquitetônico colocado de cabeça para baixo”, contou ele no documentário Respect the Architects. No mesmo filme, ele disse que, se não tivesse visto o prédio, jamais teria sugerido à Nike colocar uma bolsa de ar abaixo de um tênis.

“Eu pensei: ‘Por que não deixar a bolsa de ar um pouco à mostra, garantindo sua estabilidade, mas removendo a parte da meia-sola que impede de vê-la?”, explicou.

A tecnologia sugerida por ele não era nova: ela fora desenvolvida originalmente pelo engenheiro Frank Rudy, da NASA, e já equipava um calçado da Nike, o Air Tailwind, lançado em 1978. O modelo havia substituído as tradicionais solas moldadas com bolsas de uretano cheias de gás. No entanto, era um consenso que, como tecnologia de performance, as bolsas deveriam ser sentidas, não vistas. Foi nisso que Hatfield revolucionou.

O primeiro tênis fabricado com a ideia de Hatfield, o Air Max 1, foi lançado em março de 1987 e apareceu no comercial de TV da Nike naquele mesmo ano. A propaganda tinha como tema a música Revolution, dos Beatles. Foi a primeira vez que uma canção do grupo de rock britânico foi usada em um comercial de televisão na história.

Era parte da linha Air Pack, que também tinha o Air Trainer 1, o Air Sock, o Air Revolution e o Air Safari. “Eu estava no aeroporto no exato momento em que o primeiro Air Max foi lançado. Estava ao telefone quando alguém apareceu usando um par. Eu olhei para ele da cabine telefônica e disse: ‘Alguém comprou o tênis!'”, conta David Forland, diretor de Inovação da Nike à época. “Era um grande risco, mas uma recompensa maior”, finaliza.