Os estudantes da rede estadual estão ampliando o repertório de idiomas. Levantamento feito pela Secretaria da Educação de São Paulo revelou um aumento de 25% do número de matrículas em cursos de francês e italiano. Os dados são referentes ao período de 2014 e 2015. As aulas são oferecidas, de forma gratuita, nas 223 unidades do Centro de Estudos de Línguas (CEL) da capital, região metropolitana e interior paulista. A programação do segundo semestre começa agora em agosto.
Entre fevereiro e junho, 3.557 estavam em classes de francês, contra 2.837 no ano passado. Já o número de alunos de italiano chegou a 1.071, ante 845 em 2014. As aulas no CEL são abertas a estudantes a partir do 7º ano do Ensino Fundamental e têm duração de seis semestres (ou três anos). O foco do programa é ensinar os conceitos da língua, da gramática à pronúncia correta das palavras, e aperfeiçoar a conversação. Além do francês e italiano, há turmas também de inglês, alemão, espanhol, japonês e mandarim.
Para incentivar os alunos a estudar outros idiomas, a Secretaria também aposta em materiais complementares. Vídeos, música e até quadrinhos são utilizados em sala de aula junto com livros textos e exercícios. A ideia é dar autonomia aos estudantes e propor uma metodologia de ensino que privilegie situações do cotidiano (entrevista de emprego, viagem, troca de e-mails) e também os aproxime da história de alguns países.
“Os Centros de Estudo de Línguas são espaços de ampliação de conhecimento na rede estadual. As aulas são oferecidas sempre no contraturno (manhã ou tarde) e contribuem para a construção de um currículo e da própria bagagem cultural. Ao fim dos módulos, todos os alunos recebem certificados e podem dar continuidade aos estudos aqui no Brasil ou até fora do País”, explica a coordenadora do CEL, Valéria Tarantello.
Manter uma alimentação equilibrada e rica em cálcio é essencial para prevenir a osteoporose. Porém, uma pesquisa orientada pela nutricionista Lígia L. Martini, membro da comissão científica da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), apontou que o cuidado com a dieta pode ajudar a controlar o avanço da doença no organismo. “Ao realizar esse trabalho, constatamos que as mulheres que consomem carne, frituras, doces, chá ou café em grande quantidade tendem a apresentar densidade óssea mais baixa. Já as que costumam comer frutas, verduras, legumes e laticínios, mais do que todos estes outros alimentos, têm ossos mais próximos de sua condição original, apesar da osteoporose”, diz Lígia que também é docente do Departamento de Nutrição da Universidade de São Paulo.
Metodologia – Para chegar a essa conclusão, o estudo, realizado pela nutricionista Natasha G. França na Faculdade de Saúde Pública da USP, monitorou os hábitos alimentares de 156 mulheres com osteoporose na pós-menopausa – período de maior ocorrência da doença – durante três meses. Primeiramente, a pesquisa recolheu, além de exames de densitometria óssea, dados como peso e altura das participantes. “Todas elas residiam na cidade de São Paulo e foram atendidas, entre 2009 e 2012, no Ambulatório de Doenças Ósteo-Metabólicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)”, acrescenta Lígia que, na orientação deste trabalho, contou com a colaboração das endocrinologistas Dra Marília B. R. Camargo e da Profa Dra Marise Lazaretti-Castro, docente da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) e coordenadora deste mesmo ambulatório médico.
Monitoramento – Em seguida, a pesquisa passou a registrar tudo o que as participantes ingeriam durante três dias por semana (dois dias úteis e um no fim de semana) pelo período em que foi realizado. O próximo passo foi inserir todos os dados recolhidos em um software especialmente desenvolvido para trabalhos na área de nutrição. “O programa que utilizamos dividiu todos os alimentos catalogados em grupos que, posteriormente, foram inter-relacionados por meio de análises estatísticas realizadas em parceria com o Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP”, explica a nutricionista da ABRASSO. “Como resultado, descobrimos quais eram os principais tipos de dieta adotados pelas participantes da pesquisa”, revela.
Padrões de Dieta – A partir dos dados fornecidos pelo do IME, cinco padrões de alimentação foram encontrados: o padrão “saudável”, composto por verduras, legumes, frutas e tubérculos; o padrão de “carne vermelha e cereais refinados”; o padrão de “leite e derivados magros”, como queijos magros, leite e iogurtes desnatados; o padrão de “doces, café e chás”, que também inclui açúcar refinado e mel; e o padrão “ocidental”, caracterizado pelo consumo frequente de refrigerantes e fastfood. “Cada padrão foi caracterizado conforme a quantidade de alimentos benéficos ou prejudiciais aos ossos que apresentava. Isso porque, no dia-a-dia, não consumimos os nutrientes que precisamos isoladamente. Para obtê-los, precisamos ingerir alimentos, cuja composição nem sempre é saudável em sua totalidade”, explica Dra Lígia. “Portanto, identificar todos estes diferentes tipos de dieta foi fundamental para descobrirmos exatamente quais substâncias – boas ou ruins – estavam sendo ingeridas pelas mulheres recrutadas pelo estudo e em que quantidade”, afirma.
Constatações – Essas últimas informações foram então submetidas a uma análise de regressão linear com o objetivo de avaliar como cada padrão de dieta encontrado podia, de fato, influenciar na densidade óssea das candidatas. O resultado foi que dietas compostas por maiores quantidades de laticínios, frutas e vegetais exercem uma função protetora em relação aos ossos. Por outro lado, uma alimentação composta por grandes quantidades de chá, café, refrigerantes, carne, frituras e alimentos industrializados provocam reações que contribuem com a desmineralização óssea. “Essas informações nos ofereceram parâmetros para a elaboração de dietas que podem ajudar a combater o avanço da osteoporose no organismo e, consequentemente, prevenir efeitos mais graves da doença, como fraturas por baixo impacto, por exemplo”, revela a Lígia. “Ou seja, com esse estudo, descobrimos que é possível utilizar a alimentação não só como uma medida preventiva, mas também como um importante aliado no tratamento da osteoporose que, atualmente, é feito apenas por meio de medicamentos”, conclui a nutricionista da Abrasso.
A amamentação é fundamental para todos os recém-nascidos, fonte de vitaminas e nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê, a sua alimentação deve ser feita exclusivamente com o leite materno até os seis meses e continuar, se possível, até os dois anos.
Neste sábado 01 de agosto é celebrado o Dia Mundial da Amamentação e a pediatra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Danielli Serra fala como a amamentação beneficia não somente a criança, mas também a mulher, “O nascimento da criança pode gerar da mãe uma turbulência de sensações e sentimentos”, diz a pediatra. Veja os benefícios listados pela médica:
– Incondicional.
A sucção do leite é muito importante, ela estimula a produção da ocitocina hormônio que leva a contração uterina e com isso o menor risco de sangramentos e consequente menor risco de anemia materna, ajudando também a volta do útero para o tamanho normal. Além disso, ele é conhecido como hormônio do amor porque diminui a ansiedade, relaxa, acalma e faz com que a ligação entre a mãe e o bebê se fortaleça.
– Se sinta valorizada.
O vinculo materno se cria no toque da pele do bebê com a mãe. Ele causa uma sensação de bem-estar, realização e importância na mulher.
– Mais bonita
Nos casos de diabetes gestacional, há estudos em que comprovam que o risco das mulheres desenvolverem diabetes após a gestação diminui quando estão amamentando, pois isso restaura a tolerância do corpo a insulina. E é claro que a amamentação consome calorias, o que também ajuda na perda de peso.
– Bom para memória
Pesquisas também dizem que a amamentação reduz a probabilidade do mal de Alzheimer, pois normaliza a tolerância à insulina, e há indícios de que a resistência das células cerebrais a insulina pode ser uma das causas do mal.
– Fique mais saudável
Amamentar por mais de um ano, reduz as chances de doenças cardiovasculares após a menopausa. Especialistas dizem que a amamentação diminui em 3% ou 4% as chances de desenvolver câncer de mama e ovário, pois causa alterações na menstruação e diminui a exposição da mulher ao estrógeno.
– Contraceptivo
Quando o bebê suga o leito do peito materno faz com que aumente os níveis de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite que também inibe a ovulação e diminuindo a chance de engravidar enquanto amamenta.
Todos esses benefícios podem ser facilmente atingidos quando se tem o cuidado necessário para manter a sua saúde e também a do seu bebê, a médica do Hospital e Maternidade São Cristóvão lembra, “Os cuidados com o seio materno, areal e mamilo são importantes, caso contrário pode acarretar em inflamações locais e até a fissura com sangramentos”. Confira algumas dicas da pediatra Danielli Serra para se prevenir:
– Antes do nascimento e mesmo depois que começar a amamentar, lave a mama com uma bucha macia, sem esfregar, massageando. Isso ajuda a diminuir a sensibilidade local;
– Sempre que possível exponha os seios ao sol por 15minutos antes da 10h e após as 16h;
– Lembrar sempre que a “boa pega” do bebe diminui as chance de “empedrar” o leite pelo esvaziamento da mama e diminui o risco de fissuras dos mamilos;
– Passe uma gota do seu próprio leite no mamilo e espere secar após as mamadas e apos o banho, isso ajuda a evitar as rachaduras;
– Deixar que o bebê solte a mama espontaneamente, não puxe;
Os bancos de leite da rede pública de saúde do Estado de São Paulo estão operando com capacidade abaixo do ideal, conseguindo suprir a demanda das unidades neonatais entre 60% e 80% da necessidade. Por isso, na Semana Mundial de Aleitamento Materno desse ano, a Secretaria convoca todas as mães em fase de amamentação para doarem o leite excedente, com o intuito de aumentar o estoque paulista dos Bancos de Leite Humano (BLH) e contribuir no desenvolvimento das crianças recém-nascidas.
O Hospital Geral de Pedreira, unidade da Secretaria gerenciada em parceria com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), é uma das unidades que necessita de doações para atender mães e recém-nascidos. A maternidade do hospital é referência para atendimento na zona sul de São Paulo. “Em 2015, registramos uma queda acentuada no número de doações. No primeiro semestre de 2014, tivemos uma média mensal de 237 doadoras e 27 litros de leite coletados. Neste ano, mensalmente estamos recebendo 164 doadoras e coletando 13 litros de leite”, alerta a nutricionista clínica Bruna Peiker de Oliveira, responsável pelo Banco de Leite da unidade.
O volume ideal de leite coletado varia de acordo com a demanda, que hoje seria de 30 litros ao mês no hospital, mais que o dobro da média atual. A queda nas doações ocorre principalmente durante o período de férias e inverno. Assim, a convocação da unidade é uma forma de conscientizar as mães da necessidade de doarem o excedente de leite e não jogá-lo fora.
No Banco de Leite, além da captação, tratamento e doação de leite materno, é oferecido também suporte multiprofissional para mães, bebês e orientações às doadoras sobre diversos temas, como coletar o leite em sua residência, por exemplo. “Dependendo da disponibilidade, retiramos o leite coletado em domicílio, caso elas não possam se dirigir ao banco. A sobrevivência de várias crianças depende das doações, seja por estarem abaixo do peso, ou porque suas mães não produzem leite para amamentá-las. O leite materno é imprescindível para a saúde do recém-nascido, com nutrientes e anticorpos que o protegem de doenças, por exemplo”, explica a nutricionista.
As interessadas em doar leite podem entrar em contato com o Banco de Leite do Hospital Geral de Pedreira, pelo telefone (11) 5613-5900, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h . O endereço é Rua João Francisco de Moura, 251 – Vila Campo Grande, São Paulo. Existem mais de 50 bancos de leite em todo o Estado de São Paulo. A lista completa pode ser consultada no site http://www.redeblh.fiocruz.br, por meio do link “Encontre o BLH mais próximo de você”.