Um em cada quatro brasileiros com menos de 25 anos está desempregado. Cerca de 12 milhões de pessoas, somadas todas as faixas etárias, atualmente estão sem trabalho no Brasil. O cenário de instabilidade econômica exige a adoção de medidas emergenciais em prol da empregabilidade. “Se houver incentivo por parte do governo, o trabalho temporário pode contribuir para a redução do desemprego.

As recentes Instruções Normativas do Ministério do Trabalho e as Súmulas do Tribunal Superior criaram uma série de contradições e impeditivos à contratação. É preciso facilitar a geração de empregos formais e decentes”, afirma Vander Morales, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirização (Fenaserhtt).

        O trabalho temporário, regulamentado no Brasil pela Lei 6.019/74 e utilizado no mundo todo, deve ser visto pelas autoridades como um importante aliado no combate ao desemprego. “As empresas se esforçam diariamente para permanecer no mercado e arcar com custos e tributos. Todas precisam de mão de obra e, com tantos desempregados, por que não facilitar a criação de vagas temporárias para situações específicas e emergenciais como a crise pela qual o país está passando?”, questiona Morales.       

      Grandes economias mundiais fazem uso do trabalho temporário para a empregabilidade em curto e médio prazo, não só pela geração de renda, mas também pela aquisição de habilidades e experiência profissional. Segundo relatório econômico anual divulgado recentemente pela Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego (International Conferation of Private Employment Services), quase 90% dos temporários e efetivados nos EUA relatam mais chances de emprego, com acréscimo de habilidades no currículo após o contrato. Destes, 58% acreditam que o trabalho temporário ajudou na efetivação.

TRABALHO TEMPORÁRIO NO MUNDO (SETORES)

40% Serviços
32% Indústria
10% Construção
8% Administração pública
3% Agricultura
17% Outros

DURAÇÃO DO CONTRATO (MÉDIA MUNDIAL)

29% menos de um mês
27% de um a três meses
49% mais do que três meses

Fonte: Ciett Economic Report 2016