A poliomielite, causada pelo poliovírus, e a meningite são doenças que já haviam praticamente desaparecido no Brasil. O último caso de pólio registrado no país, por exemplo, data de 1989. Porém, a baixa taxa de vacinação percebida nos últimos anos volta a colocar o país em alto risco. Na última quinta-feira, 06, um caso de poliomielite foi confirmado no Pará. Uma criança de 3 anos, que tem paralisia, testou positivo para o poliovírus. A possibilidade de propagação da doença, contagiosa aguda, preocupa. O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a se pronunciar nas redes sociais, convocando os pais a levarem seus filhos aos postos de vacinação para se imunizar.
Na cidade de São Paulo, um surto de meningite também colocou os profissionais da saúde em alerta. Ainda nesta quinta-feira, 06, um rapaz de 22 anos morreu em decorrência da doença. Foram registrados até o momento 10 mortes e 58 casos na capital paulista, o que configura situação de surto, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Alexandre Calandrini, coordenador médico do time de saúde da Sami, operadora que é a revolução dos planos de saúde, reforça que a vacinação para crianças e adultos é a única forma de erradicar novamente essas doenças. “A queda da cobertura vacinal no Brasil agravou-se durante a pandemia, mas é um fenômeno que já vinha sendo observado desde 2015. Fomos de 95% em 2015 para 59%, em 2021. Temos atualmente, taxas semelhantes àquelas observadas na década de 80. É um retrocesso evidente que traz o risco real de observarmos o ressurgimento de diversas doenças graves, que já haviam sido declaradas eliminadas ou controladas no país”, ressalta.