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Giorgia Meloni deve se tornar a primeira mulher premiê da Itália no comando do governo mais à direita desde a Segunda Guerra Mundial, depois de liderar uma aliança conservadora que obteve vitória na eleição de domingo (25).
Os resultados quase finais mostravam que o bloco de direita deve ter uma maioria sólida em ambas as casas do Parlamento, potencialmente dando à Itália uma rara chance de estabilidade política após anos de agitação e coalizões frágeis.
“Devemos lembrar que não estamos no ponto final, estamos no ponto de partida. É a partir de amanhã que devemos provar nosso valor”, disse Meloni, de 45 anos, aos apoiadores de seu partido nacionalista Irmãos da Itália.
Desafios
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É improvável que seu governo de coalizão, o 68º da Itália desde 1946, seja instalado antes do final de outubro e, por enquanto, o primeiro-ministro Mario Draghi permanece à frente de um governo interino.
As nações e os mercados financeiros europeus examinarão cuidadosamente seus primeiros movimentos – começando por suas escolhas ministeriais – dado seu passado eurocético e a posição ambivalente de seus aliados sobre a Rússia.
“O que a Itália precisa é de um governo estável”, disse Giovanni Donzelli, uma figura sênior dos Irmãos da Itália, à emissora SkyTG24. “Os resultados parecem nos dar essa possibilidade e não vamos fugir disso.”
Meloni minimiza as raízes pós-fascistas de seu partido e o retrata como um grupo convencional como os conservadores britânicos. Ela prometeu apoiar a política ocidental sobre a Ucrânia e não correr riscos com as frágeis finanças da Itália.
Ela adotou um tom conciliatório em seu discurso de vitória.
“Se formos chamados a governar esta nação, faremos isso por todos os italianos, com o objetivo de unir o povo e focar no que nos une e não no que nos divide”, disse ela. “Este é um momento para ser responsável.”
Resultado
Com resultados apurados em mais de 97% das urnas, os Irmãos da Itália lideravam com mais de 26%, contra apenas 4% na última eleição nacional em 2018, superando o partido Liga, de Matteo Salvini, como a força da direita.
A Liga tinha apenas cerca de 9% dos votos, abaixo dos mais de 17% obtidos há quatro anos. O outro grande partido conservador, o Força Itália, de Silvio Berlusconi, aparecia com cerca de 8%.
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