Todos queremos ser felizes. Não queremos o sofrimento. Experimentamos a dor, mas
queremos sair dela o mais rápido possível. A questão é que nem sempre conseguimos isso
rapidamente. Não existe uma varinha mágica. O que podemos é expandir nossa mente,
ampliar boas atitudes, buscar ajudar os outros, para que o sofrimento seja mais leve.
No
cristianismo apreendemos que o sofrimento precisa ser suportado, carregado. Jesus carrega a
cruz do sofrimento e nisso mostra sua solidariedade contínua com nosso sofrimento. No
budismo, a compaixão é definida como o desejo de que todos os seres se libertem do
sofrimento.
Se todos temos o desejo de felicidade e não queremos sofrer, todos também temos
potencial idêntico de desenvolver a paz interior. Embora sejamos diferentes fisicamente,
temos semelhança mental e emocional. Temos emoções positivas e emoções perturbadoras.
As positivas nos trazem força interior. As perturbadoras diminuem nossa energia e mexem
com nossa confiança. Diante da dificuldade, entregamos a Deus a nossa vida. Podemos
entregar a Deus o peso, dividimos com Ele o fardo e esse fica mais leve, mais suportável. O
budismo ensina a treinar a mente para aliviar o sofrimento.
Atitudes mentais positivas
possibilitam a paz interior mesmo diante das dificuldades. Se, porém, as atitudes mentais
forem negativas, influenciadas pelo medo, desconfiança, desamparo, aversão por nós
mesmos, paixões e ilusões não resolvidas, então, mesmo cercados dos melhores amigos, não
nos sentiremos bem e não desfrutaremos da alegria.
Claro, você deseja saber como fazer para ter o domínio da mente, bloqueando as
emoções negativas. Não é simples, mas é um exercício. Nesse caminho vamos substituindo em
nossa mente os arquivos negativos da memória e expandindo o pensamento para coisas boas,
positivas, que aconteceram conosco e que podemos fazer e viver.
Substituir o medo pela
confiança, o sentimento de baixa autoestima pela decisão que me faz perceber minhas
potencialidades e criatividades. Preciso me dar conta daquilo que me faz mal, me deixa
angustiado, limitado e triste e ir substituindo por ideias, ambientes e ações positivas e sadias,
que produzem alegria.
Padre Ezequiel Dal Pozzo