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O escritor Jorge Caldeira, doutor em ciência política e mestre em sociologia, foi eleito hoje (7) para ocupar a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras (ABL), vaga com o falecimento da acadêmica Lygia Fagundes Telles, ocorrido no dia 3 de abril deste ano. Caldeira recebeu 29 dos 33 votos possíveis.

Concorriam também à cadeira os escritores João Marcos Pereira, Jefferson Marcelo de Lima Vasques, Denilson Marques da Silva, Jackeson dos Santos Lacerda, Eloi Angelos G. D’Aracosia, Raquel Naveira, Carina da Silva Vicentini, Tania Zagury e Cecília Prada.

A posse é prevista para dentro de três meses. O escritor já ocupa a cadeira número 18 da Academia Paulista de Letras, na qual foi empossado no dia 8 de maio de 2008.

Nascido em São Paulo, em 1955, Jorge Caldeira é formado em ciências sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH – USP). É casado com a antropóloga Cynthia Sarti, com quem tem dois filhos.

Convívio

Em entrevista à Agência Brasil, Jorge Caldeira avaliou que sua eleição é “o reconhecimento de todos os acadêmicos da ABL para uma obra de toda uma vida”. Significa também uma passagem para estar no convívio de todos os escritores que são membros da ABL.

Após ser empossado, Caldeira reiterou que “é convívio o que eu vou procurar fazer. Conviver com as pessoas, estar dentro da instituição”.

Lygia

Lygia Fagundes Telles foi uma das maiores representantes da literatura brasileira. Era a

quarta ocupante da cadeira nº 16 da ABL, para a qual foi eleita em outubro de 1985, na sucessão de Pedro Calmon, professor, político, historiador, biógrafo, ensaísta e orador, nascido em Amargosa (BA), em 23 de dezembro de 1902, e falecido no Rio de Janeiro, em 17 de junho de 1985.

Lygia recebeu vários prêmios ao longo da carreira, entre os quais o Camões (2005), Jabuti (1966, 1974 e 2001) e Guimarães Rosa (1972). Possui obras traduzidas para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, português de Portugal. Contribuiu para diversas áreas da cultura, com adaptações de suas obras para o cinema, teatro e televisão.

Rouanet

Também hoje (7), foi declarada a aberta a cadeira ocupada pelo diplomata e ex-ministro da Cultura, Sergio Paulo Rouanet, morto no último dia 3, no Rio de Janeiro. Com isso, podem ser feitas candidaturas para a cadeira 13, que Rouanet ocupou por cerca de 30 anos

Agência Brasil –