Psicoterapeuta Maura de Albanesi explica como a nossa sociedade impõe paradigmas que nos impedem de realizar nossos sonhos; saber enfrentá-los é a chave para alcançar os objetivos
• Vídeo – O bem que vira mal: https://www.youtube.com/watch?v=gOKoaW1-sYs

São Paulo – 28/04/2015 – Jean Cocteau, poeta francês, tem uma frase célebre, muito usada como forma de encorajamento: “Não sabendo que era impossível, foi lá e fez”. Mas e quando aceitamos opiniões de pessoas que dizem que nossos sonhos são impossíveis? Mais especificamente: Alguma vez você já se sentiu como se tivesse sendo desencorajado a cada nova ideia que você tem para mudar sua vida? Por exemplo: você quer abrir seu próprio negócio, pede auxílio dos seus amigos e familiares, e eles descarregam muito pessimismo ou então dizem que é melhor ficar onde está. Se essa ou alguma situação parecida já aconteceu com você, saiba que é possível quebrar as barreiras do desencorajamento e enfrentar esses paradigmas.
“A nossa sociedade é formada por grandes paradigmas, logo, nossa vida reflete isso”, explica a psicoterapeuta Maura de Albanesi. “Então, antes de tudo, para quebrá-los, é necessário questionar-se para saber o que você quer fazer — e sabe que consegue —, mas de repente acha que não pode, porque tem todo um contexto ao redor que fala que seu objetivo não vai ser alcançado”, pontua, destacando a necessidade de pensar qual a raiz do problema, o sonho que é desencorajado.
A família, os amigos e os chefes, em muitos casos, são os grandes desencorajadores, segundo Maura. “Eles fazem isso devido às experiências que eles tiveram, e passam isso a você como se o modo de pensar deles fosse a verdade — e como se isso se encaixasse na sua vida. E eles fazem isso por amor, por proteção, não por maldade”, esclarece.
Mas, de acordo com a terapeuta, é necessário entender que eles querem oferecer uma proteção de algo que talvez nem exista ou que talvez eles nem saibam o que é. “E quando você ouve isso e não consegue ir além, você está fechado nesses paradigmas. E em nenhum momento você parou e pensou ‘mas será que é isso mesmo? Por que as coisas tem que ser exatamente desse jeito? Porque não posso ousar? Por que não enfrentar tudo isso?’ A gente se acomoda, não questiona e vai aceitando.”
E é tão possível enfrentar tudo isso, segundo Maura, que basta lembrar pessoas que já quebraram esse paradigma. “Nelson Mandela, por exemplo: enfrentou todo aparthaid, toda força contrária; ele acreditou que podia fazer diferente e vislumbrou algo que acreditou ser possível e veja o benefício que ele trouxe para a humanidade toda, a mensagem que ele deixou para todos nós”, exemplifica.
Outra pessoa que a psicoterapeuta destaca é Mahatma Gandhi. “Mesmo diante de toda violência que vivia, ele traz a não-violência, a passividade. Ambos são pessoas que não se contentaram com as verdades contadas a elas, nem se submeteram aos embates que todos travavam contra o que elas queriam”. E, segundo a terapeuta, qualquer pessoa pode fazer o mesmo. “Eles eram pessoas como nós. A diferença é que eles não se submeteram a todos esses paradigmas. Não morreram com frustrações.”
Portanto, para Maura, o segredo é colocar a mente consciente para raciocinar, pensar, questionar, para poder colocar em prática aquilo que você quer. “Dessa forma podemos fugir daquilo que nos impede de prosseguir”, finaliza.

Fonte: Maura de Albanesi é mestranda em Psicologia e Religião pela PUCSP, Pós-Graduada em Psicoterapia Corporal, Terapia de Vivências Passadas (TVP), Terapia Artística, Psicoterapia Transpessoal e Formação Biográfica Antroposófica, atua com o ser humano há mais de 30 anos.