A soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos pela economia brasileira no primeiro trimestre teve alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior. O resultado do PIB, divulgado nesta terça-feira (1º) pelo IBGE, levou a economia brasileira de volta ao patamar em que estava antes da pandemia da Covid-19. Entre os números positivos, como exportações (3,7%), investimento em capital fixo (4,6%), indústria da transformação (5,6%) e produção agropecuária (5,7%), está o setor da Tecnologia da Informação e Comunicação, que cresceu 5,5% no primeiro quarter do ano, frente ao mesmo período do ano anterior. Muito desse crescimento se explica pela necessidade de uma relação cada vez mais digital entre marca e consumidor, uma vez que o comércio eletrônico cresceu muito com o distanciamento social.
Na carona dessa nova tendência, a Alana AI, startup de Inteligência Artificial focada em marketing digital, criada em 2015 com o objetivo de automatizar o atendimento e a comunicação, triplicou sua receita desde o início da pandemia. E, este ano, a expectativa é avançar ainda mais, chegando a R﹩25 milhões em captação de recursos – sendo R﹩10 milhões no Brasil e R﹩15 milhões em países da América Latina de língua espanhola, além de dobrar o número de funcionários ao redor do mundo. A startup já soma mais de R﹩20 milhões captados em diferentes rounds de investimentos estrangeiros, como Distrito, Morro Ventures e GAA Investments, o que permitiu sua expansão para a América Latina e o desenvolvimento da melhor inteligência artificial para marketing e customer experience.
Crescendo com qualidade
No último ano, a inteligência artificial Alana já respondeu mais de 570 mil interações nos diferentes canais e redes sociais das mais de 50 marcas que atende, como Coca-Cola, Nivea, Johnnie Walker e Polishop. Com respostas a um nível de precisão de 99,7%, a solução digital da Alana aumentou a velocidade média de resposta em 23 vezes e a taxa de feedbacks positivos em 42 vezes – considerando uma média entre todas as marcas ativas. Isso se dá, principalmente, pelo fato da Alana já ter nascido em português (e recriada em espanhol), diferentemente da maioria das soluções do segmento, que são traduzidas do inglês.
“Com a missão de facilitar o cotidiano e atender nossas necessidades enquanto consumidores, grandes marcas começaram a enxergar o cliente por novos ângulos e entenderam que o segredo para o sucesso seria conhecer mais a fundo este novo consumidor. Diante do cenário, empresas passaram a alinhar inteligência artificial às suas estratégias de marketing”, afirma Marcel Jientara, CEO da Alana AI.
E as expectativas não param por aí. Segundo estudo da IDC Brasil, que antecipa tendências e movimentos de mercado, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação deve fechar o ano com crescimento de 7%.
Empresa de Life Science aponta crescimento de 75% na venda de insumos e produtos de laboratórios no primeiro trimestre de 2021
A Eppendorf, empresa alemã de biotecnologia com foco em Life Science, aponta um crescimento expressivo na comercialização de seus produtos na América Latina durante os primeiros meses de operação em 2021. Em especial, na busca de produtos relacionados a diagnóstico e pesquisa de Sars-CoV-2. “A estimativa inicial era de que no primeiro quarter do ano, a curva da Covid estivesse reduzida e, infelizmente, isso não aconteceu. Os números cresceram e parece que a gravidade da doença também aumentou, provavelmente devido às novas variantes do vírus”, avalia Adriana Machado, gerente de marketing da empresa.
Na América Latina, a demanda por consumíveis plásticos cresceu 100% em relação ao mesmo período do ano anterior. Outros itens da linha de instrumento de manuseio de líquidos cresceram em torno de 67%, enquanto que as microcentrífugas também tiveram aumento de mais de 100% na demanda. Estes itens são utilizados em laboratórios que trabalham com Sars-CoV-2, seja na detecção do vírus em exames de pacientes, seja na produção/estudos de vacina ou pesquisa com análises genéticas do vírus e suas atuais mutações.
A empresa, também abriu o semestre de 2021 significativamente fortalecida após a aquisição no último ano da japonesa Koki Holdings Co, Ltd, incluindo a marca premium Himac, uma das grandes marcas de centrífugas de alto desempenho, que está sendo lançada este mês no Brasil. Com o novo negócio, que contou com um acordo firmado em Tóquio, a empresa passa a fazer parte do Grupo Eppendorf AG como Eppendorf Himac Technologies. A multinacional alemã, sediada em Hamburgo, consolida sua posição de liderança no mercado, como um dos principais fabricantes mundiais de centrífugas de alta qualidade para os mercados de pesquisa científica, diagnóstico, bancos de sangue e indústrias.
“Com a aquisição da Himac teremos mais soluções em centrífuga de alta escala de volume, centrifugação em altas forças e seus consumíveis, e teremos um portfólio mais amplo aplicações de bioprocessos, terapia gênica, entre outras” conclui Adriana Machado, gerente de marketing da Eppendorf no Brasil.