OFTALMOLOGISTAS SUGEREM ATIVIDADES AO AR LIVRE SEM DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS PARA OS PEQUENOS
O uso em exagero dos aparelhos pode se tornar um problema grave de saúde ocular das crianças
Quem nunca ouviu uma criança pedir um celular ou um tablet como presente do Dia das Crianças? Na maioria das vezes, os pedidos são atendidos prontamente e entram para a estatística: 80% de crianças e adolescentes, entre 9 a 17 anos, navegam por celular todos dos dias, segundo a última pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (Cetic.br).
Mas, o mimo pode se tornar um problema grave de saúde ocular, caso não haja limites para o tempo de uso dos dispositivos eletrônicos, de acordo com a médica oftalmologista Maryela Ramos, do HCLOE Oftalmologia Especializada. “A dica é buscar equilíbrio, dividindo o tempo de atividade das crianças, intercalando com curtos períodos de uso livre dos aparelhos”, orienta.
De acordo com a especialista em oftalmopediatria e retina clínica, a falta de atividade ao ar livre e o esforço visual excessivo ao utilizar os apetrechos tecnológicos são receitas infalíveis para o desenvolvimento da miopia, distúrbio que faz com que as imagens sejam formadas na frente da retina, desfocando tudo o que estiver distante. “Quanto mais perto dos olhos estiver o equipamento, maior a chance de desenvolver miopia, pelo esforço que se faz para enxergar objetos a curta distância”, diz.
Outro problema gerado nas crianças é a evaporação da lágrima pelo calor emanado do dispositivo. Neste caso, os sintomas são vermelhidão, ardência e coceira.
A Academia Americana de Pediatria recomenda que, para evitar os males da exposição precoce a dispositivos eletrônicos, crianças menores de dois anos sejam preservadas dos “brinquedos”; de três a cinco anos tenham tempo limitado a hora por dia e de 6 a 18 anos, por no máximo duas horas.